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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
segunda-feira, julho 08, 2013
Parceiros da Globo preocupados com o ato do dia 11 em SP
Parceiros da Globo preocupados
do Intervozes, sobre o ato do dia 11, em São Paulo (aqui, a página do Facebook que convoca)
POR QUE UM ATO NA FRENTE DA GLOBO?
MONOPÓLIO
O cenário na televisão brasileira é de quase monopólio. Na TV aberta, a Globo controla 73% das verbas publicitárias, embora tenha 43% da audiência. A Globosat participa de 38 canais de TV por assinatura e tem poder de veto na definição dos canais da NET e da SKY, que juntas controlam 80% do mercado. No Rio de Janeiro, o grupo controla os principais jornais, TVs e rádios, situação que seria proibida nos Estados Unidos e em vários países da Europa, onde há regulação democrática da mídia.
#OcupeaMidia
PROMISCUIDADE POLÍTICA
Várias das afiliadas da Globo pelo Brasil são controladas por políticos de direita envolvidos em inúmeros escândalos. A família Sarney controla a TV Mirante (GLOBO) no Maranhão e Fernando Collor controla a Gazeta (GLOBO) em Alagoas. A Globo construiu seu império a partir da relação promíscua com o regime militar, que lhe garantiu o acesso a toda a estrutura da Telebrás e a expansão nacional do seu sinal.
#GloboSemBigode
#GloboSemCollor
CORRUPÇÃO
A corrupção é marca da Globo desde a fundação. Seu crescimento na década de 60 se deu a partir de um acordo técnico ilegal com o grupo Time-Life, que mereceu uma CPI, mas foi abafado. Recentemente, veio à tona uma operação fraudulenta da empresa para sonegar impostos na compra dos direitos de exibição da Copa do Mundo de 2002. Além disso, a empresa vende espaços editoriais para divulgação de filmes e artistas, numa verdadeira grilagem eletrônica que a faz absorver recursos incentivados do cinema nacional.
MANIPULAÇÃO
A emissora opera como um partido político, direcionando o noticiário jornalístico a partir de suas opiniões conservadoras (seu ‘programa político’) e buscando definir a agenda pública a partir de entrevistados que têm visões alinhadas. A mudança na abordagem dos protestos simboliza bem a transição entre a deslegitimação e a tentativa de cooptação a partir de sua própria pauta. Momentos grosseiros de manipulação, como o das diretas já ou a eleição de Collor, ainda existem, mas perdem espaço para uma manipulação mais sutil, sofisticada e cotidiana.
*Viomundo
Curso de medicina passará de 6 para 8 anos de duração a partir de 2015
Curso de medicina passará de 6 para 8 anos de duração a partir de 2015
Medida anunciada por Dilma incluirá dois anos de atuação obrigatória em serviços públicos de saúde na formação dos médicos
BRASÍLIA - O curso de medicina passará de 6 para 8 anos a partir de 2015. A mudança integra um pacote de medidas anunciado nesta segunda-feira, 8, pela presidente Dilma Rousseff para ampliar a oferta de médicos no País e melhorar a formação dos profissionais. Definida numa Medida Provisória, a ampliação deverá ser regulamentada pelo Conselho Nacional de Educação, num prazo de 180 dias.
O programa, batizado de Mais Médicos, inclui ainda o recrutamento de profissionais estrangeiros para trabalhar em áreas prioritárias, a abertura de 11.447 novas vagas para graduação e outros 12.376 postos de especialização em áreas consideradas prioritárias até 2017. O novo formato do curso de Medicina é inspirado no modelo existente em países como Inglaterra e Suécia, diz o Ministério da Saúde.
Concluído o curso de seis anos, o estudante passa para um segundo ciclo, de dois anos, onde terá de atuar em serviços públicos de saúde. A exigência do segundo ciclo será universal: tanto para estudantes de instituições da rede pública quanto privada da ensino.
No período em que trabalharem nos serviços públicos de saúde, estudantes receberão uma bolsa, financiada pelo Ministério da Saúde. Os valores ainda não foram definidos. O governo calcula, no entanto, que ela ficará entre o que é concedido para as residências médicas (R$ 2,9 mil mensais) e o que é pago para profissionais inscritos no Provab (R$ 8 mil).
No primeiro ano, estudantes vão atuar na rede de atenção básica. No segundo ano, o trabalho será feito nos serviços de urgência e emergência. Os alunos continuarão vinculados à instituição de ensino onde foi feita a graduação e, assim como ocorre com a residência, serão avaliados. A carga horária ainda não foi definida.
Pela proposta, o segundo ciclo poderá ser aproveitado para abater um ano de curso de residência em especialidades básicas, como medicina de família, ginecologia, obstetrícia, pediatria e cirurgia geral. Há também a possibilidade de o período ser incluído na contagem para cursos de mestrado. A forma como isso será feito também está nas mãos do Conselho Nacional de Educação.
O formato de oito anos poderá ser revisto num curto prazo. Há a possibilidade de o primeiro ciclo, atualmente de seis anos, ser reduzido para cinco. O assunto, no entanto, ainda terá de ser debatido pelo Conselho Nacional de Educação. A intenção é se aproximar do modelo inglês, onde a duração do primeiro ciclo varia entre 4 a 6 anos, treinamento supervisionado dura outros dois anos e a especialidade médica, 3 a 8 anos.
Para atuar no segundo ciclo, os alunos receberão um registro provisório. A instituição de ensino deverá estar ligada a uma rede de serviços públicos de saúde, onde seus alunos vão desempenhar as atividades. Caberá à instituição definir o local de trabalho do estudante.
A ideia é que o aluno seja supervisionado por professores. A forma como isso será feito também será definida pelo Conselho Nacional de Educação. Também não está acertado como será feito o reembolso das instituições de ensino pelo trabalho de supervisão.
O aluno receberá o diploma somente depois de completar os oito anos de formação. Só aí receberá a inscrição permanente. De acordo com o Ministério da Saúde, o modelo proposto prevê que o profissional com registro provisório, mesmo sem diploma, responderá caso cometa uma infração ética ou erro no atendimento do paciente.
A criação do segundo ciclo não vai dispensar o internato, realizado atualmente no quinto e sexto ano. Nesta etapa, o estudante não tem autonomia. Durante o treinamento da segunda etapa, o estudante aos poucos ganha mais autonomia.
A expansão da duração do curso de medicina, de acordo com o governo, não tem como objetivo principal a ampliação da oferta de médicos. A meta, de acordo com ministérios da Saúde e da Educação, é ampliar a formação do profissional e driblar um problema que o governo julga enfrentar atualmente, que é a especialização precoce. Na avaliação do governo, a partir do 4º ano, estudantes concentram suas atenção nas áreas com que têm mais afinidade, deixando de lado pontos considerados essenciais para o atendimento do paciente.
Embora detalhes ainda não estejam definidos, o governo já decidiu que durante o ciclo de dois anos, o estudante terá permissão para atuar apenas nos locais indicados pela instituição de ensino a que ele está ligado. Não será permitida a realização de plantões ou atuação em outros serviços.
Filho de Joaquim Barbosa recebeu dinheiro de Marcos Valério.
Marcos Valério contratou filho de Joaquim Barbosa
O grupo Tom Brasil contratou Felipe
Barbosa, filho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim
Barbosa, para assessor de Imprensa na casa de shows Vivo Rio, em 2010.
Até poucos dias atrás, antes de ele ir trabalhar na TV Globo com
Luciano Huck, Felipe ainda era funcionário da Tom Brasil.
Nada demais, não fosse um forte
inconveniente: a Tom Brasil é investigada no inquérito 2474/STF,
derivado do chamado "mensalão", e o relator é seu pai Joaquim
Barbosa. Este inquérito, aberto para investigar fontes de financiamento
do chamado "mensalão", identificou pagamento da DNA propaganda, de
Marcos Valério, para a Casa Tom Brasil, com recursos da Visanet, no
valor de R$ 2,5 milhões. E quem autorizou este pagamento foi Cláudio de
Castro Vasconcelos, gerente-executivo de Propaganda e Marketing do Banco
do Brasil, desde o governo FHC. Estranhamente não foi denunciado na
AP-470 (chamado "mensalão") junto com Henrique Pizzolato.
Outra curiosidade é que um dos sócios do
grupo Tom Brasil, Gladston Tedesco, foi indiciado na Operação
Satiagraha, sob a acusação de evasão de divisas como cotista do
Opportunity Fund no exterior, situação vedada a residentes no Brasil.
Ele negou ao jornal Folha de S. Paulo que tenha feito aplicações no referido fundo.
Tedesco foi diretor da Eletropaulo
quando era estatal em governos tucanos, e respondeu (ou responde) a
processo por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público.
Pode ser só que o mundo seja pequeno, e
tudo não passe de coincidência, ou seja lobismo de empresários que
cortejam o poder, embora o ministro Joaquim Barbosa deveria ter se
atentado para essa coincidência inconveniente, dada a sua dedicação ao
inquérito. Entretanto, não custa lembrar que se o ministro, em vez de
juiz, fosse um quadro de partido político, o quanto essa relação poderia
lhe causar complicações para provar sua inocência, caso enfrentasse um
juiz como ele, que tratou fatos dúbios como se fossem certezas absolutas
na Ação Penal 470. Também é bom lembrar que o ministro Joaquim Barbosa
já declarou que não tem pressa para julgar o mensalão tucano, no qual
Marcos Valério é acusado de repassar grande somas em dinheiro para a
campanha eleitoral dos tucanos Eduardo Azeredo e Aécio Neves.
Sonegação da Globo vira caso de polícia, não é mais fiscal só
8 de Jul de 2013 | 09:33
Vianna levanta o “desparecimento” do processo fiscal que resultou numa autuação contra a Globo no valor de R$ 615 milhões em 2006 (R$ 1,2 bilhão, corrigidos para hoje pela Selic).
Segundo a fonte ouvida pelo repórter, “o processo teria sido sido retirado do escritório da Receita do Rio, desviado de forma subterrânea”.
Se foi ou não, é fácil de esclarecer. Basta a Receita informar onde o processo está agora. Não precisa dar detalhes que violem o sigilo fiscal, mas deve informações, porque um processo é documento público, mesmo que seu conteúdo seja sigiloso.
E fazê-lo desaparecer é crime, previsto no art. 377 do Código Penal:
Art. 337 – Subtrair, ou inutilizar,
total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à
custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço
público:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave.Aliás, o caso já tem natureza penal, pois o auditor que constata a sonegação pede “a abertura de uma “Representação Fiscal para Fins Penais” (ou seja: investigação criminal contra os donos da Globo) que recebeu o número 18471.001126/2006-14″ que, informa Rodrigo Vianna, também está “em trânsito” há sete anos.
Vianna diz que sua fonte assegura que houve, em 2006, tentativa da Globo de obter “ajuda” de Lula no processo por sonegação e que o ex-presidente teria dito que os fiscais tinham autonomia para agir profissionalmente.
E conta ainda que, mesmo com o desaparecimento do processo, existiria uma cópia, e que nela se conteriam “provas avassaladoras, “com nome, endereço e tudo o mais”. Em suma: uma bomba atômica contra a Globo.”
Leia aqui, na íntegra, o belo trabalho de Rodrigo Vianna.
Por: Fernando Brito
*Saraiva
Lula retirou a tampa do esgoto
O livro que a mídia não quer que você leia porque contém as verdades que ela não quer que você saiba.
Lula retirou a tampa do esgoto!!!
Para
o autor de "O Governo Lula e o Combate à Corrupção", Jorge Hage, "o que
o governo Lula fez foi retirar a tampa do esgoto e revelar a sujeira
que se escondia abaixo da superfície. Tudo o que agora exala do que há
de podre estava aí acumulado e abafado havia muito tempo."
O
livro aposta em uma leitura rápida, direta e informativa. Com 80
páginas, apresenta estatísticas e explicações sobre a ação repressiva do
governo aos crimes do colarinho branco nos últimos anos. Além disso,
salienta a importância da criação do Portal da Transparência (www.portaltransparencia.gov.br)
), site no qual qualquer cidadão pode fiscalizar os gastos do dinheiro público.
Segundo Hage,
"o elemento novo no tocante à corrupção praticada no Brasil é que agora
ela está sendo investigada e revelada de modo sistemático e eficaz. Por
essa razão, há uma maior percepção do problema pela sociedade."
1-
O governo Lula, desde 2003, em cumprimento a um de seus compromissos de
campanha, adotou a decisão política fundamental de investir no
fortalecimento dos órgãos de controle e de investigação, tais como a
Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal, o Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (COAF) e o Departamento de
Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça (DRCI/MJ). Isso se
traduziu, concretamente, por exemplo, no incremento substancial do
número de policiais e de auditores, na recomposição salarial dessas
categorias, no reequipamento desses órgãos e, mais importante, na
absoluta independência de atuação dessas instituições;
2-
A decisão política de abrir as portas e as informações do Poder
Executivo ao amplo exame do Ministério Público, de modo que este pudesse
melhor cumprir sua função constitucional, bem ao contrário do que
ocorria até então, conforme é público e notório. Será que alguém já
esqueceu que no governo anterior, o procurador-geral da República
permaneceu no cargo por oito anos e ganhou a alcunha de
"engavetador-geral da República?". No atual governo, ao contrário, o
Executivo, por meio da CGU, celebrou inúmeros convênios de parceria e
deu início a um intercâmbio permanente de informações com o Ministério
Público. Além disso, neste governo, os procuradores-gerais da República
escolhidos foram, sempre, os indicados pelo voto da categoria e deram
todas as mostras de sua total autonomia, como o país inteiro tem
testemunhado;
3-
A imprensa jamais teve tamanha liberdade de acesso às informações sobre
as investigações e sobre a execução dos gastos públicos, mercê do
aumento cada vez maior da transparência na administração federal
(conforme detalhado adiante). Além disso, não há como negar que jamais
os meios de comunicação tiveram tamanha disposição e interesse pelo
jornalismo investigativo, o que é bom para a democracia e pode ser
explicado, em parte, pelo fato de que, pela primeira vez, o Poder
Executivo Federal não se encontra nas mãos do mesmo campo de forças
sociais e econômicas, detentoras da propriedade das empresas de
comunicação;
4-
A radical mudança na forma de operação dos organismos de controle do
Estado, que passaram a atuar de forma integrada e articulada, embora
cada um no seu papel: a CGU, a Polícia Federal, o Ministério Público, o
Tribunal de Contas da União, o COAF, a Receita Federal, o DRCI/MJ, entre
outros;
5-
A criação de um Sistema de Correição da Administração Federal, com uma
corregedoria setorial em cada ministério e uma corregedoria geral na
CGU. Às corregedorias competem a condução e o acompanhamento dos
processos administrativos disciplinares, que visam à responsabilização
de agentes públicos federais que cometem irregularidades.
Quando,
antes de 2003, o povo brasileiro viu a Polícia Federal prendendo tantas
pessoas envolvidas em corrupção, independentemente das altas funções
que ocupem em qualquer dos três Poderes da República?
do Blog do Briguilino
*cutucandodeleve
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