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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 10, 2014

Charge foto e frase do dia





















































































































































































O perecimento do velho assistencialismo




Por Diogo Costa
O PERECIMENTO DO VELHO ASSISTENCIALISMO - O governo federal já entregou mais de 750.000 cisternas no Nordeste. Isso fere de morte a secular prática eleitoreira dos velhos coronéis dos carros-pipa.

O segundo ferimento, importantíssimo, foi transferir a tarefa do abastecimento com carros pipa, quando ainda necessários, ao Exército.

E tem mais. 
O Bolsa Família esculhambou de vez com o assistencialismo barato e fajuto de vereadores, deputados e prefeitos que condicionavam a "ajuda" (cestas básicas, dinheiro, etc), em períodos eleitorais, aos mais necessitados habitantes do Nordeste.

O cartão do Bolsa Família é praticamente um grito de independência e de liberdade das pessoas que antes tinham que se submeter aos chefetes dos grotões.

Não há mais intermediários operando com fins escusos, hoje as pessoas que tem direito ao benefício o retiram diretamente no banco, com o seu cartão magnético, sem precisar sequer olhar na cara dos antigos coronéis que antes os mantinham em situação de vexatória dependência.

Em função disto que foi relatado, e da várias outras coisas, é que o fenômeno Lula destruiu e varreu o PFL nos grotões do Nordeste, em 2006.
Assistencialismo era o que existia no tempo dos carros pipa bancados por chefetes políticos. Assistencialismo era o que existia no tempo dos "benefícios" condicionados que os coronéis ofereciam, em tempo eleitoral, ao povo mais humilde.

As cisternas, o carro pipa sob controle do Exército e o cartão magnético do Bolsa Família, bem como este benefício em si, são o contraponto ao assistencialismo. Esta é a verdade incômoda que uns e outros teimam em não ver.

Assistência social é o antônimo do velho e carcomido assistencialismo. E é assistência social que o Partido dos Trabalhadores vem construindo desde 2003, emancipando àqueles que dela se beneficiam.
^*LuisNassif