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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
terça-feira, julho 29, 2014
Ataque a abrigo da ONU em Gaza mata crianças, mulheres e funcionários das Nações Unidas
Secretário-geral da ONU condenou veementemente ação e informou que as Nações Unidas estão buscando cessar-fogo. Ele pediu respeito ao direito internacional.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta quinta-feira (24) estar “estarrecido” com a notícia de um ataque a uma escola de uma agência da ONU no norte de Gaza, onde centenas de pessoas haviam se abrigado.
Segundo os relatos da imprensa, o ataque do governo de Israel contra a instalação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) em Beit Hanoun, no norte de Gaza, matou pelo menos 15 pessoas e deixou pelo menos 200 feridas.
Havia centenas de deslocados no abrigo na ocasião. Um fotógrafo da imprensa internacional que estava no local disse que havia “poças de sangue no chão e nas mesas dos alunos e no pátio da escola”. Esta foi a quarta vez que uma instalação da ONU foi atingida desde o início das hostilidades. Dezenas de outras instalações das Nações Unidas foram danificadas pelos bombardeios israelenses.
“Muitos foram mortos, incluindo mulheres, crianças e funcionários da ONU. As circunstâncias ainda não estão claras. Condeno veementemente este ato”, afirmou o chefe da ONU em nota.
O porta-voz da UNRWA, Chris Gunness, confirmou em seu Twitter o ataque. “Coordenadas precisas do abrigo da UNRWA em Beit Hanoun foram formalmente dados para o Exército de Israel. No curso do dia, a UNRWA tentou coordenar com o Exército israelense uma janela para que civis deixassem o local, mas isso não foi concedido”, disse.
Ban Ki-moon afirmou que, durante todo o dia, a ONU estava tentando coordenar uma pausa humanitária nas hostilidades para que civis pudessem ser evacuados. “Quero expressar os meus profundos pêsames às famílias das vítimas e as de tantas centenas de habitantes de Gaza inocentes que foram tragicamente mortos como resultado do ataque massivo israelense”, disse Ban Ki-moon.
Respeito ao direito internacional
No início desta semana, durante reunião no Conselho de Segurança da ONU e falando por videoconferência de Ramallah, Ban havia condenado o lançamento de foguetes pelo Hamas e apelado a Israel para ter um cuidado particular para evitar qualquer ataque a instalações das Nações Unidas em que os civis se refugiaram.
“Eu mais uma vez ressalto a todos os lados que eles devem cumprir as suas obrigações sob o direito internacional humanitário de respeitar a santidade da vida civil, a inviolabilidade das instalações da ONU e honrar suas obrigações para com os trabalhadores humanitários”, diz Ban Ki-moon.
“O ataque de hoje destaca o imperativo de que a matança deve parar – e parar agora”, disse Ban.
Ele disse que continuará trabalhando com os parceiros regionais e internacionais para ajudar a chegar a um acordo para acabar com o conflito “o mais rápido possível” para a população de Gaza e Israel.
Quase 800 mortos
Os últimos dados do Ministério da Saúde palestino apontam que 771 pessoas morreram em Gaza e 4.750 ficaram feridas, com pelo menos 76 mortos somente nesta quinta-feira (24). Mais de 140 mil habitantes de Gaza estão deslocados, segundo a ONU.
Do lado israelense, dois civis foram mortos, com 32 soldados tendo perdido a vida desde o início das hostilidades.
Em Gaza, seis membros de uma mesma família e um bebê de 18 meses de idade foram mortos quando um ataque aéreo israelense atingiu o campo de refugiados de Jebaliya, nas primeiras horas da manhã, segundo funcionários da administração civil de Gaza. Um ataque aéreo contra uma casa em Abassan, perto de Khan Yunis, no sul de Gaza, matou cinco membros de outra família, segundo o ministério.
Assessores especiais da ONU alertam sobre crimes em Gaza
Os assessores especiais do secretário-geral da ONU para a Prevenção do Genocídio, Adama Dieng, e para a Responsabilidade de Proteger, Jennifer Welsch, expressaram preocupação com a escalada de violência em Gaza e o ataque a civis durante a crise que ocorre na região.
“Expressamos choque com o elevado número de civis mortos e feridos nas operações israelenses em Gaza e nos ataques com foguetes lançados pelo Hamas e outros grupos armados palestinos em áreas civis israelenses.”, afirmaram através de um comunicado tornado público nesta quinta-feira (24).
Adama Dieng e Jennifer Welsch afirmaram que o grande número de baixas, especialmente da parte palestina, pode demonstrar uso desproporcional e indiscriminado de força pelo exército israelense.
No entanto, relembrando os ataques provenientes de Gaza em direção a solo israelense, os assessores disseram que “as duas partes em conflito estão violando a lei humanitária internacional e a lei internacional dos direitos humanos e isso pode constituir crimes atrozes”.
Apelando a uma investigação que responsabilize, das duas partes, os possíveis responsáveis por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, Dieng e Welsch afirmaram ainda que estão “igualmente perturbados com o flagrante uso de discurso de ódio na mídia, particularmente contra a população palestina”. Leia o comunicado clicando aqui.
‘Ninguém em Gaza está seguro’, diz chefe de agência da ONU
O comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Pierre Krähenbühl, classificou as “cenas de carnificina e sofrimento humano” vistas na escola em Gaza atingida por ataques desta quinta-feira (24) como “terríveis e intoleráveis”.
Segundo ele, a situação de segurança na área de Beit Hanoun estava se deteriorando rapidamente ao longo do dia. Segundo ele, a UNRWA tinha tentado negociar com as Forças de Israel uma pausa nos combates para garantir um corredor seguro para realocar funcionários e quaisquer pessoas deslocadas que gostariam de partir para um local mais seguro.
“A aprovação para esse pedido nunca chegou à UNRWA. Além disso, as coordenadas da escola tinham sido formalmente comunicadas às autoridades israelenses em 12 ocasiões, mais recentemente às 10:56 desta manhã”, disse Krähenbühl por meio de um comunicado. Leia o comunicado, em português, clicando aqui.
A ONU está acompanhando a crise em www.onu.org.br/especial/gaza
A TRAGÉDIA PALESTINA E A VITÓRIA DOS “ANÕES DIPLOMÁTICOS” SOBRE ISRAELENSES NA ONU
MAURO SANTAYANNA
As razões da repentina e grosseira resposta israelense contra o Brasil - que ressaltou, desde o início, o direito de Israel a defender-se - devem ser buscadas não no “nanismo” diplomático brasileiro, mas no do próprio governo sionista
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, deve estar achando o máximo ter sido repentinamente elevado, pela rançosa e entreguista direita latino-americana - como o Sr. Andrés Oppenheimer - à condição de “superstar”, depois de ter chamado o Brasil de “anão diplomático” e de ter nos lembrado, com a autoridade moral de um lagarto, que “desproporcional é perder de 7 x 1”, referindo-se à Copa do Mundo, e não, matar e ferir mais de 3.000 pessoas e desalojar quase 200.000, para “vingar” um número de vítimas civis que não chegam a cinco.
Com acesso a drones e a sofisticados satélites de vigilância norte-americanos, e a compra de espiões em território “controlado” pelo Hamas – traidores e mercenários existem em todos os lugares - Israel poderia, se quisesse, capturar ou eliminar, com facilidade, em poucos meses, os responsáveis pelolançamento de foguetes contra seu território, assim como alega contar com eficaz escudo que o protege da maioria deles.
O governo de Telaviv - e o Mossad - não o faz porque não quer. Prefere transformar sua resposta em expedições punitivas não contra os responsáveis pelos projéteis, mas contra todo o povo palestino, matando e mutilando - como fizeram os nazistas com os próprios judeus na Segunda Guerra Mundial- milhares de pessoas, apenas pelo fato de serem palestinos.
Essa atitude, no entanto, não impediria que surgissem novos militantes dispostos a encarar a morte, para continuar afirmando – pelo único meio que bélico lhes restou - que a resistência palestina continua viva.
Do meu ponto de vista, nesse contexto de cruel surrealismo e interminável violência do confronto, para chamar a atenção do mundo, os palestinos, principalmente os que não estão ligados a grupos de inspiração islâmica, deveriam não comprar mais pólvora, mas tecido.
Milhares e milhares de metros de pano listrado, como aqueles que eram fabricados por ordem doKonzentrationslager Inspetorate, e das SS, na Alemanha Nazista, para vestir entre outros, os prisioneiros judeus dos campos de extermínio.
Os milhões de palestinos que vivem na Cisjordânia e na Faixa de Gaza poderiam - como fez Ghandi na Índia - adotar a não violência, raspar as suas cabeças, as de suas mulheres e filhos, como raspadas foram as cabeças dos milhões de judeus que pereceram na Segunda Guerra Mundial, tatuar em seus braços, com números e caracteres hebraicos, a sua condição de prisioneiros do Estado de Israel, costurar, no peito de seus uniformes, o triângulo vermelho e as três faixas da bandeira palestina, para ser bombardeados ou morrer envoltos na mesma indumentária das milhões de vítimas que pereceram em lugares como Auschwitz, Treblinka e Birkenau.
Quem sabe, assim, eles poderiam assumir sua real condição de prisioneiros, que vivem cercados dentro de campos e de guetos, por tropas de um governo que não é o seu, e que, em última instância, controla totalmente o seu destino.
Quem sabe, despindo-se de suas vestimentas árabes, das barbas e bigodes de seus homens, dos véus e longos cabelos de suas mulheres, despersonalizando-se, como os nazistas faziam com seus prisioneiros, anulando os últimos resquícios de sua individualidade, os palestinos não poderiam se aproximar mais dos judeus, mostrando-lhes, aos que estão do outro lado do muro e aos povos do resto do mundo - com imagens semelhantes às do holocausto – que pertencem à mesma humanidade, que são, da mesma forma, tão vulneráveis à doença, aos cassetetes, às balas, ao desespero, à tristeza e à fome, quanto aqueles que agora os estão bombardeando.
As razões da repentina e grosseira resposta israelense contra o Brasil - que ressaltou, desde o início, o direito de Israel a defender-se - devem ser buscadas não no “nanismo” diplomático brasileiro, mas no do próprio governo sionista.
É óbvio, como disse Yigal Palmor, que no esporte bretão 7 a 1 é um número desproporcional e acachapante.
Já no seu campo de trabalho - a diplomacia –como mostrou o resultado da votação do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que aprovou, há três dias, a investigação das ações israelenses em Gaza, os “anões” diplomáticos - entre eles o Brasil, que também votou contra a posição israelense - ganharam por 29 a 1, com maioria de países do BRICS e latino-americanos. Só houve um voto a favor de Telaviv, justamente o dos EUA.
Concluindo, se Palmor – que parece falar em nome do governo israelense, já que até agora sequer foi admoestado - quiser exemplo matemático ainda mais contundente, bastaria lembrar-lhe que, no covarde “esporte” de matar seres humanos indefesos – entre eles velhos, mulheres e crianças – disputado pelo Hamas e a direita sionista israelense, seu governo está ganhando de goleada, desde o início da crise, pelo brutal - e desproporcional placar - de quase 300 vítimas palestinas para cada civil israelense.
MAURO SANTAYANNA
As razões da repentina e grosseira resposta israelense contra o Brasil - que ressaltou, desde o início, o direito de Israel a defender-se - devem ser buscadas não no “nanismo” diplomático brasileiro, mas no do próprio governo sionista
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, deve estar achando o máximo ter sido repentinamente elevado, pela rançosa e entreguista direita latino-americana - como o Sr. Andrés Oppenheimer - à condição de “superstar”, depois de ter chamado o Brasil de “anão diplomático” e de ter nos lembrado, com a autoridade moral de um lagarto, que “desproporcional é perder de 7 x 1”, referindo-se à Copa do Mundo, e não, matar e ferir mais de 3.000 pessoas e desalojar quase 200.000, para “vingar” um número de vítimas civis que não chegam a cinco.
Com acesso a drones e a sofisticados satélites de vigilância norte-americanos, e a compra de espiões em território “controlado” pelo Hamas – traidores e mercenários existem em todos os lugares - Israel poderia, se quisesse, capturar ou eliminar, com facilidade, em poucos meses, os responsáveis pelolançamento de foguetes contra seu território, assim como alega contar com eficaz escudo que o protege da maioria deles.
O governo de Telaviv - e o Mossad - não o faz porque não quer. Prefere transformar sua resposta em expedições punitivas não contra os responsáveis pelos projéteis, mas contra todo o povo palestino, matando e mutilando - como fizeram os nazistas com os próprios judeus na Segunda Guerra Mundial- milhares de pessoas, apenas pelo fato de serem palestinos.
Essa atitude, no entanto, não impediria que surgissem novos militantes dispostos a encarar a morte, para continuar afirmando – pelo único meio que bélico lhes restou - que a resistência palestina continua viva.
Do meu ponto de vista, nesse contexto de cruel surrealismo e interminável violência do confronto, para chamar a atenção do mundo, os palestinos, principalmente os que não estão ligados a grupos de inspiração islâmica, deveriam não comprar mais pólvora, mas tecido.
Milhares e milhares de metros de pano listrado, como aqueles que eram fabricados por ordem doKonzentrationslager Inspetorate, e das SS, na Alemanha Nazista, para vestir entre outros, os prisioneiros judeus dos campos de extermínio.
Os milhões de palestinos que vivem na Cisjordânia e na Faixa de Gaza poderiam - como fez Ghandi na Índia - adotar a não violência, raspar as suas cabeças, as de suas mulheres e filhos, como raspadas foram as cabeças dos milhões de judeus que pereceram na Segunda Guerra Mundial, tatuar em seus braços, com números e caracteres hebraicos, a sua condição de prisioneiros do Estado de Israel, costurar, no peito de seus uniformes, o triângulo vermelho e as três faixas da bandeira palestina, para ser bombardeados ou morrer envoltos na mesma indumentária das milhões de vítimas que pereceram em lugares como Auschwitz, Treblinka e Birkenau.
Quem sabe, assim, eles poderiam assumir sua real condição de prisioneiros, que vivem cercados dentro de campos e de guetos, por tropas de um governo que não é o seu, e que, em última instância, controla totalmente o seu destino.
Quem sabe, despindo-se de suas vestimentas árabes, das barbas e bigodes de seus homens, dos véus e longos cabelos de suas mulheres, despersonalizando-se, como os nazistas faziam com seus prisioneiros, anulando os últimos resquícios de sua individualidade, os palestinos não poderiam se aproximar mais dos judeus, mostrando-lhes, aos que estão do outro lado do muro e aos povos do resto do mundo - com imagens semelhantes às do holocausto – que pertencem à mesma humanidade, que são, da mesma forma, tão vulneráveis à doença, aos cassetetes, às balas, ao desespero, à tristeza e à fome, quanto aqueles que agora os estão bombardeando.
As razões da repentina e grosseira resposta israelense contra o Brasil - que ressaltou, desde o início, o direito de Israel a defender-se - devem ser buscadas não no “nanismo” diplomático brasileiro, mas no do próprio governo sionista.
É óbvio, como disse Yigal Palmor, que no esporte bretão 7 a 1 é um número desproporcional e acachapante.
Já no seu campo de trabalho - a diplomacia –como mostrou o resultado da votação do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que aprovou, há três dias, a investigação das ações israelenses em Gaza, os “anões” diplomáticos - entre eles o Brasil, que também votou contra a posição israelense - ganharam por 29 a 1, com maioria de países do BRICS e latino-americanos. Só houve um voto a favor de Telaviv, justamente o dos EUA.
Concluindo, se Palmor – que parece falar em nome do governo israelense, já que até agora sequer foi admoestado - quiser exemplo matemático ainda mais contundente, bastaria lembrar-lhe que, no covarde “esporte” de matar seres humanos indefesos – entre eles velhos, mulheres e crianças – disputado pelo Hamas e a direita sionista israelense, seu governo está ganhando de goleada, desde o início da crise, pelo brutal - e desproporcional placar - de quase 300 vítimas palestinas para cada civil israelense.
Maluf ajudou ditadura a instalar centro de torturas em SP
Maluf ajudou ditadura a instalar centro de torturas em SP
Decreto de 1979 assinado pelo então governador de São Paulo, Paulo Maluf, que regularizou o uso de imóvel que se tornaria um centro de torturas do DOI-CODI, nas imediações da Rua Tutóia, em São Paulo.
Na prática, porém, o imóvel começou a ser usado em junho de 1969, tendo o então prefeito paulistano Paulo Maluf participado da cerimônia de lançamento da Operação Bandeirantes (OBAN) naquele local. Durante os dez anos seguintes, até que Maluf regularizasse a posse do imóvel pelo Exército, o funcionamento das instalações era clandestino.
O mais escandaloso é que Maluf assinou o decreto regularizando a situação do centro de torturas no ano em que seria promulgada a Anistia (1979). Apesar do surgimento dessa prova, o ex-prefeito e ex-governador da Arena sempre negou apoio à implantação daquela instalação onde tombaram figuras como Wladimir Herzog, negativa que, agora, cai por terra.
Veja, abaixo, reprodução do decreto assinado pelo então governador Paulo Maluf em 1979
Ataque israelense deixou usina de energia inoperanteCIDADE DE GAZA (Reuters) - Disparos de um tanque israelense atingiram nesta terça-feira o depósito de combustível da única usina de energia da Faixa de Gaza, interrompendo o suprimento de eletricidade para a Cidade de Gaza e várias outras partes do enclave palestino de 1,8 milhão de habitantes.
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Uma grossa coluna de fumaça emergia das instalações, que suprem dois terços das necessidades de energia do território, e os contêineres de combustível estavam em chamas.
"A usina de energia se foi", disse seu diretor, Mohammed al-Sharif. Ele afirmou que a equipe local de combate a incêndios não tinha os equipamentos adequados para extinguir o fogo.
Uma porta-voz militar israelense não fez comentários de imediato e informou apenas que estava checando a informação.
A usina já havia sido atingida na semana passada e operava com cerca de 20 por cento de sua capacidade, o que garantia apenas algumas horas por dia de eletricidade para os moradores de Gaza.
Israel iniciou sua ofensiva militar na Faixa de Gaza em 8 de julho dizendo ter como objetivo deter os ataques de foguetes por parte do movimento dominante Hamas e outros grupos armados. Dez dias depois, enviou forças terrestres com o objetivo declarado de destruir os túneis construídos pelo Hamas na fronteira.
Embora a pressão internacional para o fim dos combates tenha aumentado, não há nenhum sinal que indique o fim do conflito de 22 dias, nos quais morreram 1.116 palestinos, muitos deles civis, além de 53 soldados e três civis israelenses.
(Reportagem de Nidal al-Mughrabi
*Yahoo
segunda-feira, julho 28, 2014
Paulinho: sogra investigada e 20 mil adesivos contra Dilma
PAULINHO: SOGRA INVESTIGADA E 20 MIL ADESIVOS CONTRA DILMA
Francisca Gleivani Gomes Silva é mãe de Samantha, apontada como esposa do deputado Paulinho da Força; ela é acusada pela PF de forjar assinaturas de onze pessoas, de um total de 22 contestadas, na criação do partido Solidariedade; estruturado no ano passado, o partido é O NONO na bancada da Câmara, com 21 deputados, e declarou apoio ao presidenciável tucano Aécio Neves; recentemente, Paulinho mandou imprimir cerca de 20 mil adesivos com a mensagem “Fora Dillma – Chega de corrupção”, com os clássicos “LL” do Collor
28 DE JULHO DE 2014 ÀS 06:37
247 – A sogra do deputado Paulinho da Força, Francisca Gleivani Gomes Silva, foi indiciada pela Policia Federal sob acusação de atuar em esquema para falsificar assinaturas para a criação do Solidariedade (SDD).
Francisca é mãe de Samantha, apontada como esposa de Paulinho. Ela é acusada de forjar assinaturas de onze pessoas, de um total de 22 contestadas. Outras duas pessoas também foram indiciadas. Para ser registrado no TSE, o SDD teve de validar 500 mil assinaturas.
Estruturado no ano passado, o partido é o nono na bancada da Câmara, com 21 deputados, e declarou apoio ao presidenciável tucano Aécio Neves.
Estruturado no ano passado, o partido é o nono na bancada da Câmara, com 21 deputados, e declarou apoio ao presidenciável tucano Aécio Neves.
Segundo a coluna Poder Online, Paulinho mandou imprimir cerca de 20 mil adesivos com a mensagem “Fora Dillma – Chega de corrupção”, com os clássicos “LL” do ex-presidente Fernando Collor.
Segundo ele, os adesivos têm feito mais sucesso por São Paulo do que os dele próprio. “Os meus ninguém pede, mas os dela todo mundo quer. O pessoal vê no carro e me para no trânsito. Por isso mandei fazer um monte”, diz o deputado federal e líder da Força Sindical.
Paulinho: sogra investigada e 20 mil adesivos contra Dilma http://brasil247.com/
26 DE JULHO – DIA DA REBELDIA CUBANA (Galeano)
26 de Julho (por Eduardo Galeano)
26 DE JULHO – DIA DA REBELDIA CUBANA
EU TINHA 12 ANOS QUANDO HOUVE O ASSALTO A MONCADA
Por Eduardo Galeano
Eu tinha doze anos quando do assalto ao Moncada, dezesseis no desembarque do Granma, dezoito quando os guerrilheiros entraram, vitoriosos, em Havana. Os homens da minha geração tivemos a sorte de coincidir, no tempo, com a Revolução Cubana. Que desde o começo se misturou na vida e entrou na alma. Junto a muitos milhões de homens, celebro esta revolução como se fosse minha.
Ela me transmitiu forças quando me sentia cair. Me contagiava energia dia após dia, ano após ano, ao longo do processo que a colocou a salvo da derrota ou da traição. Cuba quebrou em pedaços a estrutura da injustiça e confirmou que a exploração de umas classes sociais por outras e de uns países por outros não é o resultado de uma tendência "natural" da condição humana, nem está implícita na harmonia do universo. Muitos muros se levantaram diante deste vento de boa fúria popular.
A colÃ?nia se fez pátria e os trabalhadores, donos do seu destino. A mulher deixou de ser uma passiva cidadã de segunda classe. Se acabou o desenvolvimento desigual que em toda a América Latina castiga o campo ao mesmo tempo que incha umas poucas cidades babilÃ?nicas e parasitárias. Não se vê mais a fronteira que separa o trabalho intelectual do trabalho manual, resultado das tradicionais mutilações que nos reduzem a uma única dimensão e nos fraturam a consciência.
Não foi nada fácil esta proeza nem foi linear o caminho. Quando verdadeiras, as revoluções ocorrem nas condições possíveis. Em um mundo que não admite arcas de Noé, Cuba criou uma sociedade solidária a um passo do centro do sistema inimigo. Em todo esse tempo tenho amado muito esta Revolução. E não somente em seus acertos, o que seria fácil, senão também em seus tropeços e em suas contradições.
Também em seus erros me reconheço: este processo tem sido realizado por pessoas simples, gente de carne e osso, e não por heróis de bronze nem máquinas infalíveis. A Revolução Cubana tem me proporcionado uma incessante fonte de esperança. Aí estão, mais poderosas que qualquer dúvida ou conserto, essas novas gerações educadas para a participação e não para o egoísmo, para a criação e não para o consumo, para a solidariedade e não para a competição. E aí está, mais forte que qualquer desânimo, a prova viva de que a luta pela dignidade do homem não é uma paixão inútil e a demonstração, palpável e cotidiana de que o mundo novo pode ser construído na realidade e não só na imaginação dos profetas.
Postado por robson ceron
*Solidários
26 DE JULHO – DIA DA REBELDIA CUBANA
EU TINHA 12 ANOS QUANDO HOUVE O ASSALTO A MONCADA
Por Eduardo Galeano
Eu tinha doze anos quando do assalto ao Moncada, dezesseis no desembarque do Granma, dezoito quando os guerrilheiros entraram, vitoriosos, em Havana. Os homens da minha geração tivemos a sorte de coincidir, no tempo, com a Revolução Cubana. Que desde o começo se misturou na vida e entrou na alma. Junto a muitos milhões de homens, celebro esta revolução como se fosse minha.
Ela me transmitiu forças quando me sentia cair. Me contagiava energia dia após dia, ano após ano, ao longo do processo que a colocou a salvo da derrota ou da traição. Cuba quebrou em pedaços a estrutura da injustiça e confirmou que a exploração de umas classes sociais por outras e de uns países por outros não é o resultado de uma tendência "natural" da condição humana, nem está implícita na harmonia do universo. Muitos muros se levantaram diante deste vento de boa fúria popular.
A colÃ?nia se fez pátria e os trabalhadores, donos do seu destino. A mulher deixou de ser uma passiva cidadã de segunda classe. Se acabou o desenvolvimento desigual que em toda a América Latina castiga o campo ao mesmo tempo que incha umas poucas cidades babilÃ?nicas e parasitárias. Não se vê mais a fronteira que separa o trabalho intelectual do trabalho manual, resultado das tradicionais mutilações que nos reduzem a uma única dimensão e nos fraturam a consciência.
Não foi nada fácil esta proeza nem foi linear o caminho. Quando verdadeiras, as revoluções ocorrem nas condições possíveis. Em um mundo que não admite arcas de Noé, Cuba criou uma sociedade solidária a um passo do centro do sistema inimigo. Em todo esse tempo tenho amado muito esta Revolução. E não somente em seus acertos, o que seria fácil, senão também em seus tropeços e em suas contradições.
Também em seus erros me reconheço: este processo tem sido realizado por pessoas simples, gente de carne e osso, e não por heróis de bronze nem máquinas infalíveis. A Revolução Cubana tem me proporcionado uma incessante fonte de esperança. Aí estão, mais poderosas que qualquer dúvida ou conserto, essas novas gerações educadas para a participação e não para o egoísmo, para a criação e não para o consumo, para a solidariedade e não para a competição. E aí está, mais forte que qualquer desânimo, a prova viva de que a luta pela dignidade do homem não é uma paixão inútil e a demonstração, palpável e cotidiana de que o mundo novo pode ser construído na realidade e não só na imaginação dos profetas.
Postado por robson ceron
*Solidários
TEMER CANCELA PRESENÇA EM EVENTO DO SANTANDER
Banco espanhol sofre mais um prejuízo depois da lambança causada pelo envio de uma recomendação aos clientes contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff; agora, o vice-presidente Michel Temer cancelou sua presença num evento que seria promovido pelo Santander no Rio de Janeiro; antes disso, prefeito de Osasco (SP), Jorge Lapas, cancelou convênio com o Santander; trapalhada motivou demissões internas no banco e um grande pedido de desculpas; ainda assim, clima com o Palácio do Planalto continua tenso
27 DE JULHO DE 2014 ÀS 13:31
247 - A trapalhada do Santander no Brasil causou mais um estrago. Agora, foi o vice-presidente Michel Temer quem cancelou sua presença num evento que será promovido pelo Santander no Rio de Janeiro. Trata-se do encontro mundial de reitores, que contaria com a presença também do presidente mundial do banco, Emílio Botín. Agora, o próprio Botín cogita cancelar a vinda.
O Santander já pediu desculpas formalmente, mas o clima com o Palácio do Planalto continua pesado. Leia, abaixo, reportagem do 247, sobre outros danos de imagem sofridos pelo banco:
TRAPALHADA ATINGE IMAGEM E PRESTÍGIO DO SANTANDER
Em site oficial, banco Santander produziu hoje manchete "importante"; sobre vermelho berrante, instituição "pede desculpas" por texto que "feriu a diretriz interna" de não aplicar "viés político ou partidário" em recomendações de investimentos; prejuízo de imagem não vem só; sob a justificativa de maus serviços à população da cidade, prefeito de Osasco encerra convênio com o banco espanhol para recolhimento de tributos municipais; orçamento municipal é de R$ 1,9 bilhão; "O banco orienta os caixas a se recusarem a receber IPTU e taxas sob argumento de que isso forma fila nas agências", assinala Jorge Lapas, do PT; instituição presidida por espanhol Jesús Zabalza, que mais cedo projetara a clientes de alta renda que dólar pode disparar, juros subirem e bolsa cair se presidente Dilma Rousseff subir nas pesquisas, é quem escorrega
247 – Todos os clientes do banco Santander que tentaram, nesta sexta-feira 25, acessar o site da instituição espanhola no Brasil se depararam, antes de entrar no ambiente privado, com um aviso "importante". Tratava-se, em letras brancas sobre o vermelho berrante da instituição, de um "pedido de desculpas". Mais cedo, em mensagem dirigida a clientes de alta renda, o mesmo Santander recomendara por escrito que seus clientes tomassem cuidado com o que poderá acontecer com seus investimentos caso a candidata à reeleição, pelo PT, suba nas pesquisas eleitorais.
- Se a presidente (Dilma Rousseff) se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir", elaborou o texto que tinha apenas a assinatura da instituição espanhola. A seguir, traçou-se o quadro de que "o câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice Bovespa cairia". Em resumo, um inferno.
A recomendação para seus clientes endinheirados tomarem cuidado com a eventual ascensão da presidente pegou especialmente mau para o Santander porque não é nada disso que o presidente mundial da banca espanhola, Emílio Botín, fala nas vezes em vai ao Palácio do Planalto. Ali, sorridente, já posou para fotos e manifestou crer na economia brasileira gerenciada por Dilma.
Para compensar o estrago cometido pela parcialidade da avaliação, o próprio Santander primeiro pediu desculpas em forma de declaração oficial, e mais tarde resolveu ocupar toda a primeira página de seu site para dizer que "o referido texto feriu a diretriz interna" que barra análises marcadas pelo "viés político ou partidário".
Enquanto a imagem do banco se derretia, o primeiro prejuízo objetivo aconteceu. Em Osasco, na Grande São Paulo, município que arrecada R$ 1,9 bilhão em transferências, impostos municipais e taxas todos os anos, o prefeito Jorge Lapas encontrou o mote que precisava para tomar uma decisão que já vinha estudando: romper o convênio mantido com o Santander para o recolhimento de impostos e taxas municipais.
Ao 247, Lapas explicou sua decisão:
- O volume de reclamação que a Prefeitura recebe contra o Santander é grande. Acontece que os caixas das agências têm sido orientados a não receberem pagamentos de IPTU e taxas municipais, sob a alegação de que esse movimento forma filas", disse o prefeito petista. "Agora esse problema vai acabar tanto para a população como para o Santander. Notificamos o banco que em trinta dias o convênio será encerrado. Outros bancos continuarão a atender o nosso público".
A recomendação do Santander para seus clientes de alta renda ficarem com um pé atrás diante do crescimento da presidente Dilma foi considerada "descabida" pelo prefeito Lapas:
- O banco praticou uma partidarização fora de hora e lugar.
Para a coleção de escorregões e quedas que o Santander já levou em sua trajetória no Brasil, agora o presidente local Jesús Zabalza já tem uma a mais para mostrar a dom Emílio.
*247
*TadeuVezzi
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