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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, fevereiro 05, 2015
Governabilidade depende das ruas:José Serra, também uma autoridade do PSDB, vaticinou que Dilma não completará seu mandato.
Governabilidade depende das ruas
Editorial do Portal Vermelho
A eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados impacta o quadro político nacional e torna ainda mais turvo o horizonte do desenvolvimento político do país.
Cunha venceu em primeiro turno, com 267 votos, quase o dobro dos 136 sufrágios colhidos pelo petista Arlindo Chinaglia. Chama a atenção que o deputado petista obteve menos votos do que o número de integrantes do bloco que liderava. Uma derrota do governo e das forças progressistas que o apoiam, principalmente do PT. A refletir sobre as causas e, sobretudo, agir para impedir que a instabilidade política que este fato gera dificulte a governabilidade da presidenta Dilma desde o início do segundo mandato.
A eleição de Cunha é um dos reflexos do feixe de contradições da situação política brasileira, cada vez mais complexa, instável e ameaçadora à democracia e ao progresso social. O deputado fluminense, embora seja membro do PMDB, partido do vice-presidente da República e principal aliado do governo e do PT no Congresso Nacional, é um ativo opositor do governo da presidenta Dilma Rousseff, o que ficou patente em sua atuação como deputado singular e, no último período, como líder do PMDB na Câmara.
O novo presidente da Câmara se elegeu à frente de uma coalizão de deputados oriundos de diferentes partidos, entre estes siglas que formalmente integram a base do governo e inclusive ocupam ministérios, com uma plataforma conservadora, e de aberta oposição ao governo da presidenta Dilma Rousseff.
O discurso improvisado que fez logo após a proclamação do resultado, em que, empregando tom conciliatório, tentou encobrir seus reais propósitos, é apenas a primeira revelação, no exercício da presidência da Câmara, do seu método de ação política, que a sabedoria popular chama de “morde e assopra”. Nega que vá fazer oposição ao governo, mas acentua que não será “submisso”, expressão que contém severa e falsa acusação ao governo sobre o seu relacionamento com o Legislativo. Acentua, em tom ameaçador, sua prerrogativa de organizar a pauta de votações, começando com projetos sobre os quais o governo já expressou preocupação.
Soma-se a tudo isso a pregação golpista dos principais caciques do PSDB e da mídia, e o uso político da Operação Lava Jato, com a preparação de mais uma CPI da Petrobras proposta com o exclusivo fim de incriminar o governo e a mandatária. Não foi à toa que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo publicado neste domingo (1º/2) cifrou a mensagem do golpe por meio do Judiciário, e o senador José Serra, também uma autoridade do PSDB, vaticinou que Dilma não completará seu mandato.
Diante de tais ameaças, urge ao governo e às forças progressistas assumir a iniciativa política e mobilizar o povo brasileiro, reunir forças para percorrer o caminho indicado na campanha eleitoral – mudanças e reformas – proclamado e reiterado pela presidenta Dilma em seus últimos pronunciamentos. O esforço pela recomposição da base política no Congresso é urgente e necessário, mas seria uma ilusão supor que a governabilidade depende apenas disso. A unidade das forças progressistas e a mobilização do povo são indispensáveis para impedir a interrupção do ciclo político iniciado em 2003 e assegurar o avanço da luta pela democracia, a soberania e o progresso social.
A eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados impacta o quadro político nacional e torna ainda mais turvo o horizonte do desenvolvimento político do país.
Cunha venceu em primeiro turno, com 267 votos, quase o dobro dos 136 sufrágios colhidos pelo petista Arlindo Chinaglia. Chama a atenção que o deputado petista obteve menos votos do que o número de integrantes do bloco que liderava. Uma derrota do governo e das forças progressistas que o apoiam, principalmente do PT. A refletir sobre as causas e, sobretudo, agir para impedir que a instabilidade política que este fato gera dificulte a governabilidade da presidenta Dilma desde o início do segundo mandato.
A eleição de Cunha é um dos reflexos do feixe de contradições da situação política brasileira, cada vez mais complexa, instável e ameaçadora à democracia e ao progresso social. O deputado fluminense, embora seja membro do PMDB, partido do vice-presidente da República e principal aliado do governo e do PT no Congresso Nacional, é um ativo opositor do governo da presidenta Dilma Rousseff, o que ficou patente em sua atuação como deputado singular e, no último período, como líder do PMDB na Câmara.
O novo presidente da Câmara se elegeu à frente de uma coalizão de deputados oriundos de diferentes partidos, entre estes siglas que formalmente integram a base do governo e inclusive ocupam ministérios, com uma plataforma conservadora, e de aberta oposição ao governo da presidenta Dilma Rousseff.
O discurso improvisado que fez logo após a proclamação do resultado, em que, empregando tom conciliatório, tentou encobrir seus reais propósitos, é apenas a primeira revelação, no exercício da presidência da Câmara, do seu método de ação política, que a sabedoria popular chama de “morde e assopra”. Nega que vá fazer oposição ao governo, mas acentua que não será “submisso”, expressão que contém severa e falsa acusação ao governo sobre o seu relacionamento com o Legislativo. Acentua, em tom ameaçador, sua prerrogativa de organizar a pauta de votações, começando com projetos sobre os quais o governo já expressou preocupação.
Soma-se a tudo isso a pregação golpista dos principais caciques do PSDB e da mídia, e o uso político da Operação Lava Jato, com a preparação de mais uma CPI da Petrobras proposta com o exclusivo fim de incriminar o governo e a mandatária. Não foi à toa que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo publicado neste domingo (1º/2) cifrou a mensagem do golpe por meio do Judiciário, e o senador José Serra, também uma autoridade do PSDB, vaticinou que Dilma não completará seu mandato.
Diante de tais ameaças, urge ao governo e às forças progressistas assumir a iniciativa política e mobilizar o povo brasileiro, reunir forças para percorrer o caminho indicado na campanha eleitoral – mudanças e reformas – proclamado e reiterado pela presidenta Dilma em seus últimos pronunciamentos. O esforço pela recomposição da base política no Congresso é urgente e necessário, mas seria uma ilusão supor que a governabilidade depende apenas disso. A unidade das forças progressistas e a mobilização do povo são indispensáveis para impedir a interrupção do ciclo político iniciado em 2003 e assegurar o avanço da luta pela democracia, a soberania e o progresso social.
Após 17 anos, a Justiça age contra "Trensalão"
A Justiça demorou 17 anos para agir contra o 'trensalão' - cartel que envolveu grandes empresas em contratos no setor metroferroviário paulista, durante governos do PSDB. A demora é criticada por Ricardo Kotscho, em seu blog. Ele também ressalta que a mídia não deu o destaque necessário para a notícia, veiculada ontem, de que a Justiça de São Paulo bloqueou bens da Alstom, envolvido no escândalo, e do conselheiro do TCE Robson Marinho. Ele diz que o caso tem o mesmo "modus operandi" do chamado 'petrolão'. Leia abaixo:
Após 17 anos, a Justiça age contra "Trensalão"
Nenhum dos nossos jornalões deu esta notícia em manchete, mas merecia. O caso é de 1998, quando o governador era Mário Covas, do PSDB. Só agora, a Justiça resolveu agir para recuperar os prejuízos milionários causados aos cofres públicos de São Paulo pelo cartel formado por empresas multinacionais e agentes públicos, popularmente conhecido como "Trensalão".
Nesta segunda-feira, finalmente, a juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública da Capital, decretou o bloqueio de bens, no valor de R$ 282 milhões, de Robson Marinho, ex-chefe de gabinete de Covas e atual conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, e da multinacional francesa Alstom, entre outros.
Apesar de ser em tudo semelhante ao "modus operandi" do esquema do "Petrolão" petista, que começou a ser investigado no ano passado, e já levou muita gente para a cadeia, o "Trensalão" tucano não mereceu a mesma atenção e presteza da Justiça e da mídia, mostrando o caráter seletivo dado aos casos de corrupção que assolam nosso país, faz muito tempo.
Na Folha, o decreto da juíza não mereceu nem chamada de capa e apareceu escondidinha num canto da página A10, quase pedindo desculpas, sob o título "Justiça bloqueia bens de Robson Marinho, do TCE". Quem não conhece o passado de Marinho nem o que quer dizer TCE, nem nunca ouviu falar em "Trensalão", passa batido.
No concorrente Estadão, a notícia mereceu chamada e mais destaque numa página interna, dando maiores detalhes da história, mas sem em nenhum momento falar em escândalo, nem citar a palavra pela qual o caso ficou conhecido.
Só relembrando: fundador do PSDB e homem de confiança de Mário Covas, Marinho foi seu chefe da Casa Civil entre 1995 e 1997, sendo indicado para o Tribunal de Contas em 1998, quando esta história começou, 17 anos atrás. Segundo o Estadão, "o conselheiro está sob suspeita de ter recebido na Suíça US$ 2,7 milhões em propinas da Alstom, entre os anos 1998 e 2005 (US$ 3,059 milhões em valores atualizados)".
Os promotores de Justiça Silvio Antonio Marques, José Carlos Blat e Marcelo Daneluzzi acusam Robson Marinho de enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e de ter participado de um "esquema de ladroagem do dinheiro público". Na ação de improbidade, eles pediram o bloqueio total de R$ 1,129 bilhão, valor referente aos danos causados pelos acusados ao erário e à multa processual. Todos os réus juntos devem, por responsabilidade solidária, pagar este valor.
"Há provas robustas sobre o esquema de corrupção que envolveu o conselheiro do Tribunal de Contas e grandes empresas", justificou o promotor Blat. Em sua defesa, Marinho negou tudo: "Nunca recebi um tostão da Alstom, nem na Suíça, nem no Brasil".
Como cabe recurso contra a liminar, não se sabe quando esta história vai chegar ao fim. Ninguém ainda foi preso, mas agora, pelo menos, e já não era sem tempo, o "Trensalão" tucano está saindo da clandestinidade, antes que tudo prescreva e seja esquecido.
KOTSCHO CRITICA POUCA ATENÇÃO DA MÍDIA E DA JUSTIÇA AO ‘TRENSALÃO’
http://www.brasil247.com/ pt/247/midiatech/168834/ Kotscho-critica-pouca-atenç ão-da-mídia-e-da-Justiça-a o-‘trensalão’.htm
Queima de arquivo:
Mascarados sumiram com provas do propinoduto dos tucanos paulistas, queimando 15 mil caixas de documentos
http://www.istoe.com.br/ reportagens/ 316677_QUEIMA+DE+ARQUIVO
*piggolpista
Após 17 anos, a Justiça age contra "Trensalão"
Nenhum dos nossos jornalões deu esta notícia em manchete, mas merecia. O caso é de 1998, quando o governador era Mário Covas, do PSDB. Só agora, a Justiça resolveu agir para recuperar os prejuízos milionários causados aos cofres públicos de São Paulo pelo cartel formado por empresas multinacionais e agentes públicos, popularmente conhecido como "Trensalão".
Nesta segunda-feira, finalmente, a juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública da Capital, decretou o bloqueio de bens, no valor de R$ 282 milhões, de Robson Marinho, ex-chefe de gabinete de Covas e atual conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, e da multinacional francesa Alstom, entre outros.
Apesar de ser em tudo semelhante ao "modus operandi" do esquema do "Petrolão" petista, que começou a ser investigado no ano passado, e já levou muita gente para a cadeia, o "Trensalão" tucano não mereceu a mesma atenção e presteza da Justiça e da mídia, mostrando o caráter seletivo dado aos casos de corrupção que assolam nosso país, faz muito tempo.
Na Folha, o decreto da juíza não mereceu nem chamada de capa e apareceu escondidinha num canto da página A10, quase pedindo desculpas, sob o título "Justiça bloqueia bens de Robson Marinho, do TCE". Quem não conhece o passado de Marinho nem o que quer dizer TCE, nem nunca ouviu falar em "Trensalão", passa batido.
No concorrente Estadão, a notícia mereceu chamada e mais destaque numa página interna, dando maiores detalhes da história, mas sem em nenhum momento falar em escândalo, nem citar a palavra pela qual o caso ficou conhecido.
Só relembrando: fundador do PSDB e homem de confiança de Mário Covas, Marinho foi seu chefe da Casa Civil entre 1995 e 1997, sendo indicado para o Tribunal de Contas em 1998, quando esta história começou, 17 anos atrás. Segundo o Estadão, "o conselheiro está sob suspeita de ter recebido na Suíça US$ 2,7 milhões em propinas da Alstom, entre os anos 1998 e 2005 (US$ 3,059 milhões em valores atualizados)".
Os promotores de Justiça Silvio Antonio Marques, José Carlos Blat e Marcelo Daneluzzi acusam Robson Marinho de enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e de ter participado de um "esquema de ladroagem do dinheiro público". Na ação de improbidade, eles pediram o bloqueio total de R$ 1,129 bilhão, valor referente aos danos causados pelos acusados ao erário e à multa processual. Todos os réus juntos devem, por responsabilidade solidária, pagar este valor.
"Há provas robustas sobre o esquema de corrupção que envolveu o conselheiro do Tribunal de Contas e grandes empresas", justificou o promotor Blat. Em sua defesa, Marinho negou tudo: "Nunca recebi um tostão da Alstom, nem na Suíça, nem no Brasil".
Como cabe recurso contra a liminar, não se sabe quando esta história vai chegar ao fim. Ninguém ainda foi preso, mas agora, pelo menos, e já não era sem tempo, o "Trensalão" tucano está saindo da clandestinidade, antes que tudo prescreva e seja esquecido.
KOTSCHO CRITICA POUCA ATENÇÃO DA MÍDIA E DA JUSTIÇA AO ‘TRENSALÃO’
http://www.brasil247.com/
Queima de arquivo:
Mascarados sumiram com provas do propinoduto dos tucanos paulistas, queimando 15 mil caixas de documentos
http://www.istoe.com.br/
*piggolpista
É regra, na política, não se precipitar, deixar que as situações fluam.
Dilma e a lição de Pinheiro Machado
: Fernando Brito
É das melhores frases do folclore político a de Pinheiro Machado, ao sair do Senado (no prédio onde hoje é a Faculdade de Direito da UFRJ) e dizer ao cocheiro, frente a uma manifestação de partidários de seu desafeto Nilo Peçanha, há um século:
- Vamos. Mas não tão devagar que pareça afronta, nem tão depressa que pareça medo!
É regra, na política, não se precipitar, deixar que as situações fluam. Mas também é regra não deixar que se deteriorem e, ao intervir, parecer comandado pelo inevitável e não pela vontade.
A demissão, agora consumada, da direção da Petrobras capitaneada por Graça Foster, teria provocado urticária em Pinheiro Machado.
Dilma colheu todos os desgastes de meses de massacre e, agora, fará com muito mais dificuldade (e concessões) o que antes podia ter feito.
É claro que o novo dirigente da Petrobras está definido. Se não estiver e Dilma venha a se expor, outra vez, ao capitis diminutio do “foi convidado mas não aceitou” será o impensável.
Esta história de “o Conselho de Administração se reunirá na sexta-feira” é pra boi dormir, trata-se apenas de agendar o óbvio e protocolar.
Idem a de que Lula “sugerirá” o nome de Henrique Meirelles. Como assim? É claro que se Lula acha que Meirelles na presidência da empresa servirá como um “paredão” contra as explorações contra a empresa, separando a gestão empresarial da responsabilização (e contabilização) pelos danos causados por Paulo Roberto Costa – e que não são assunto de contador, mas do Judiciário – ele já disse a Dilma, já convocou Meirelles e tem sua anuência e a da Presidenta.
Se não o fez, ou se sua sugestão não foi aceita, ele não estaria deixando isso “rolar”, ou estaria apenas por uma razão: sinalizar que o embrulho é só de Dilma, porque faz tempo que ele vem tentando desembrulhá-lo.
O mais curioso, em tudo isso, para esfumaçar o sonho dos ingênuos, é que Graça Foster, ao assumir a direção da empresa, foi saudada por todos como o início de uma “gestão técnica” na Petrobras, algo em que ela própria acreditava piamente.
A gestão de uma grande organização não é técnica, é sempre política, porque só a política pode trabalhar com os sinais que um ente que faça mais do que vegetar precisa ter para progredir.
A política não se exerce apenas com os iguais, do contrário teria outro nome.
Ela é, essencialmente, a capacidade de fazer vetores diferentes apontarem, até certo ponto, na mesma direção.
*Tijolaço
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