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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, abril 12, 2016

Chico Buarque rechaça golpe e Beth Carvalho defende legalidade (foto meus heróis) de longa data decisão luta consciência

Chico Buarque rechaça golpe e Beth Carvalho defende legalidade

Cantora defendeu a criação de uma cadeia de comunicação reunindo EBC, TV Brasil, Rádio Nacional, TVT e veículos comunitários para "derrotar o golpe". Wagner Moura vê risco à democracia
No: Rede Brasil Atual 
lula_golpeA sambista Beth Carvalho deu literalmente o tom no ato que reuniu artistas e intelectuais hoje (11), no bairro da Lapa, região central do Rio de Janeiro. Ela encerrou as falas com uma sugestão: “Proponho construir uma rede democrática de comunicação em defesa da legalidade tal como fez o inesquecível (Leonel) Brizola em 1961”. A cantora defendeu que essa rede tenha, como “cabeça”, a EBC, TV Brasil, Rádio Nacional, TVT, TVs educativas, rádios comunitárias “e todos os que quiserem participar e quiserem ajudar a derrotar esse golpe”.
“Essa ferramenta faria contraponto com capacidade de mobilizar o povão que não tem alternativa de informação”, acrescentou Beth Carvalho, que entoou um samba recém-composto: “Não vai ter golpe de novo/ reage, reage meu povo”.
O cantor e compositor Nelson Sargento, de 91 anos, saudado pela comunidade artística no palco, declarou: “Eu não ia dormir sossegado se não tivesse vindo aqui hoje”. Recebeu um beijo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não discursou.
Como sempre muito esperado e aplaudido desde o início do evento, o cantor e compositor Chico Buarque falou três frases. “Não teria muito mais coisas a dizer do que já disse no Largo da Carioca (no dia 31). Já que cheguei aqui e fiquei besta quando vocês começaram a dizer ‘Chico eu te amo’, nós também amamos todos vocês e essa energia. Estaremos juntos em defesa da democracia. Não vai ter golpe”, disse Chico.
Também muito aplaudido, o teólogo Leonardo Boff usou bom humor: “É muito bom eu falar por último, para fazer o sepultamento do impeachment”, afirmou. “Eles também (os golpistas) falam em democracia. A democracia dos ricos. Democracia para os ricos nós não queremos. Queremos uma democracia social inaugurada por Lula e Dilma. Queremos uma democracia participativa, que enriqueça a democracia representativa, que vem de baixo, onde os movimentos sociais contam. A crise trouxe a pergunta: que Brasil nós queremos? As ruas estão mostrando.”
O cineasta Luiz Carlos Barreto, o Barretão, declarou que “não é uma passeata de 3 milhões de pessoas que vai anular o voto de 53 milhões”. Ele disse também que o impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff está sendo desencadeado pelos sonegadores de impostos do país. “Em 2015, a sonegação chegou a 415 bilhões de reais. São dez programas Minha Casa, Minha Vida que ficaram nos bolsos de quem sonega.”
Segundo Barreto, a tentativa de golpe contra Dilma precede “um segundo golpe que pretende impedir que o presidente Lula concorra nas eleições de 2018”. O cineasta pediu que as mobilizações não parem mesmo após os movimentos em defesa da democracia vencerem a “batalha do impeachment”.
Em um dos depoimentos mais emocionantes, o cantor e compositor de rap, funk, hip hop Flavio Renegado declamou um poema e afirmou: “A periferia está organizada. As comunidades nunca se calaram. O Brasil nunca ouviu as comunidades. Nós sempre sobrevivemos a tudo e vamos sobreviver ao golpe”.
O ator Wagner Moura apareceu em vídeo. Reconheceu que nunca votou em Dilma Rousseff, mas observou que a democracia está sofrendo ataques. “Tenho sido um crítico duro do governo Dilma. Eu nunca votei nela, mas 54 milhões de brasileiros o fizeram. Se nossa democracia não fosse frágil, não estaria sendo atacada e correndo risco. Mas ela avançou, e isso graças aos governos Lula e Dilma.”
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse que a “mobilização é crescente no Brasil contra o golpe” dos que “namoram abertamente com o fascismo”. “A cada dia (o número) dos que são manipulados pelos meios de comunicação de massa é menor.” O ministro defendeu a construção de “uma ampla frente democrática” para enfrentar os problemas “depois de vencermos o impeachment”.

sábado, abril 09, 2016

Eduardo Cunha, que é primo do dono da Band, Johnny Saad, pode virar vice-presidente e se livrar da cassação, num golpe




Primeiro, deixa explicar o porquê de fazer esta citação do Saad no título. É que li num texto doLaurindo Lalo Leal Filho que a jornalista Barbara Gancia foi demitida da Band:
"Fui demitida da Band porque me recusei a pegar leve com o Eduardo Cunha. Um belo dia recebo uma orientação: você não pode falar do Eduardo Cunha porque ele é primo do Johnny Saad (dono da emissora). Como assim, eu sou comentarista. Jamais poderia aceitar uma coisa dessas"

Então, durante um tempo vou lembrar ou informar a todo mundo que o dono da Band, Johnny Saad, é primo do Eduardo Cunha.

Agora, vamos ao resto do título. Caso Dilma sofra impeachment (não acredito nisso, o jogo virou), Temer assume a presidência e Cunha (que é primo do dono da Band, Johnny Saad) vira vice. Já até fiz uma postagem sobre isso aqui.

Mas, tem mais: virando vice-presidente, Eduardo Cunha (que é primo do dono da Band, Johnny Saad) muda de patamar e seu processo de cassação na Câmara, que ele enrola e inacreditavelmente comanda há mais de seis meses, se transforma.

Como vice, ele só vai poder ser cassado por uma maioria de 2/3 da Câmara. Ou seja, jamais.

quinta-feira, abril 07, 2016

Contra o golpe, ‘Democracia Corinthiana’ volta a se unir mais de 30 anos depois - Boa Informação


Levante Popular da Juventude compartilhou um link.
1 h
Ato realizado na Universidade de São Paulo contou com ex-jogadores, dirigentes, líderes de torcidas organizadas e nomes históricos do momento em que o…
BOAINFORMACAO.COM.BR|POR REVISTAFORUM.COM.BR

Golpe é para desmantelar direitos sociais, diz juiz do Trabalho - Portal Vermelho


Castro J Joao compartilhou um link.
25 min
"Não tenho nenhuma dúvida de que o golpe visa à implantação de um projeto de…
VERMELHO.ORG.BR|POR PORTAL VERMELHO

Chico Buarque convoca ato pró-Dilma durante votação do impeachment


Castro J Joao compartilhou um link.
24 min
Junto com Wagner Moura, Leonardo Boff, Fernando Morais e Eric Nepomuceno, compositor e cantor convoca ato contra o que considera 'golpe de Estado'
OPINIAOENOTICIA.COM.BR

Colunista da Folha traz como saída o assassinato de Dilma

stro J Joao compartilhou a publicação de Deise Mara Do Nascimento.
9 h
JUSTIÇA
Trevas, mentes criminosas com o poder das mídias nas mãos.
Existe algo muito mal cheiroso saindo da boca e da mente de gente como esse colunista da Folha. Isso já passou do ponto da liberdade de expressão faz tempo. Isso é abuso de poder de influência, incitação à violência e ao crime.
Golpista, Helio Schwartsman defende o afastamento da presidente Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade e diz que ela merece sair por, na sua opinião, ter…
BRASIL247.COM|POR BRASIL 24/7

MBL recebe financiamento de petrolíferas americanas dos irmãos Koch


Castro J Joao compartilhou um link.
27 min
Eles possuem fortunas que, somadas, superam a de Bill Gates, e fazem reuniões com o Tea Party. Agora, seus nomes se misturam aos pedidos de impeachment no…
PLANTAOBRASIL.NET

SILÊNCIO MUITO SUSPEITO! Globo

h o NOSSO Brasil compartilhou a publicação de Elvis Rocha.
20 h
Elvis Rocha
SILÊNCIO MUITO SUSPEITO!
Globo sobre Zelotes, nada. Suissleaks, nada. Fifalão, nada. Lista da Odebrecht, nada. Listão da Mossak, nada. Sua sonegação, nada. Seus triplex e helicóptero na Lava Jato, NADA!
E ainda tem quem acredite nela! kkkkk

quarta-feira, abril 06, 2016

O Brasil que a “Casa Grande” (e os coxas) querem

PIG, o mesmo que deu sustentação ao golpe de 1964, impõe terror por inflação “jamais vista” que está girando em torno 10%/ano com tendência de queda. E o pior, houve época muito mais perniciosa, com hiperinflação “medida oficialmente” de 499,2%/ano. Mas todos que vivemos à época sabemos que foi mais de 1.000%/ano. Sem contar os diversos e mirabolantes “planos econômicos” que cortavam três zeros do nosso dinheiro. E o PIG, principalmente a Globo, Folha, Estadão e Veja sempre apoiaram.
Por: Eliseu 
golpe_folha_Tenho acompanhado a política brasileira há mais de meia década, quando aos 8 anos, logo no início do “regime”, meu pai foi preso pelos malfadados militares que se perpetuaram no poder por 21 anos, cometendo todo tipo de atrocidade.
Cometeram atrocidades com as pessoas, prendendo sem provas, torturando e matando sem nunca terem respondido por isso. Cometeram atrocidades no campo econômico, com o ditomilagre econômico. Este “milagre” foi bancado às custas de empréstimos no exterior, que causou elevada inflação no período, que ficou entre 15% e 20% ao ano. Hoje o PIG, o mesmo que deu sustentação ao golpe de 1964, impõe terror por inflação “jamais vista” que está girando em torno 10%/ano com tendência de queda. E o pior, houve época muito mais perniciosa, com hiperinflação “medida oficialmente” de 499,2%/ano. Mas todos que vivemos à época sabemos que foi mais de 1.000%/ano. Sem contar os diversos e mirabolantes “planos econômicos” que cortavam três zeros do nosso dinheiro. E o PIG, principalmente a Globo, Folha, Estadão e Veja sempre apoiaram.
Consequentemente houve o aumento da dívida externa, que só foi sanada no governo Lula. Esta dívida prejudicou o desenvolvimento do Brasil nos anos futuros, e até hoje, pois criou uma dependência com relação aos credores e ao FMI (Fundo Monetário Internacional), além de comprometer uma significativa fatia do orçamento para pagamento de juros da dívida.Embora a economia tenha crescido consideravelmente, não houve distribuição de renda e, portanto, aumentou ainda mais as desigualdades sociais no país com o aumento da concentração de renda nas mãos dos mais ricos. E a educação foi relevada à segundo plano. Quanto mais analfabetos, “melhor”, é o que pensa a elite.
golpeAgora vemos diuturnamente a mídia “batendo” na Presidenta Dilma, eleita por mais de 54,5 milhões de votos, dizendo que ela “acabou com o Brasil”. Por sua vez os políticos, encabeçados por Michel Temer, Eduardo Cunha, ambos do PMDD e na linha sucessória respectivamente, e pelo inconformado perdedor Aécio Neves (PSDB), tentam a todo custo dar um golpe de Estado disfarçado de impeachment. E o mais triste: vendo parte da população desinformada, analfabetos funcionais, que só veem Globo e similares acreditando nessa barbárie.
Concomitante à isso temos parte do judiciário também comprometido com a “Casa Grande”, como o juiz Sérgio Moro que foi censurado pelo STF por conduta irregular no caso da divulgação dos “grampos” com conversas da Presidenta da República. Também parte do STF, como o Ministro Gilmar Mendes que vem dando entrevistas à mídia fazendo prejulgamento de processos em andamento.
E como prova da parcialidade do judiciário, o Presidente da Câmara que aceitou o pedido de impeachment de Dilma, Eduardo Cunha, conhecido bandido, réu em vários processos no STF, não é cassado nem preso. Com o apoio de seus asseclas e a benevolência do STF, Cunha vem protelando sua cassação e prisão.
seduardo-cunha-pmdb-rj-em-sessao-na-camaraDe acordo com matéria do Rede Brasil Atual, Cunha protocolou na mesa diretora, na noite de ontem (5), um pedido para cancelar convite feito pelo relator do processo que o investiga no Conselho de Ética da Casa, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), a oito testemunhas que estão sendo investigadas na operação Lava Jato e que citaram o parlamentar durante depoimentos diversos. O argumento é que o processo do conselho investiga apenas se ele mentiu ao depor em comissão dizendo não ter contas no exterior uma vez que a mentira configura a quebra de decoro parlamentar e já pode levá-lo à cassação. Diante disso, sua defesa entende que outras denúncias feitas contra o presidente da Câmara por temas diferentes não poderiam ser objeto de convocações.
É esse o Brasil que a elite (com toda razão) quer de volta. O problema é que boa parte da população de pobres desinformados (os coxinhas), que também sofrerão as consequências ululam em apoio aos que lhes querem mal. Por exemplo, a FIESP.
*OCarcará