Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, dezembro 27, 2011

Um belo presente de Papai Noel

Anonymous acessam cartões de crédito milionários e fazem doações aos pobres

Anonymous


Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.



Por Redação Correio do Brasil, com Esquerda.net - de Lisboa

O grupo de hackers Anonymous atacou, nesta segunda-feira, a base de dados da agência de segurança norte-americana Stratfor e roubou os dados de, pelo menos, 4 mil cartões de crédito de grandes empresas mundiais e da Defesa dos EUA. Em seguida, numa fração de segundos, passaram a distribuir o saldo das contas milionárias a orfanatos, asilos e casas de saúde ao redor do mundo.


As doações a instituições de caridade foram acompanhadas da frase “Obrigado! Agência de Segurança Interna”.


Os piratas do cyberespaço alegaram que um dos motivos pelos quais conseguiram roubar dados da Stratfor deve-se ao fato da não encriptação (conversão ou transmissão de dados em código) da informação, o que será um grande embaraço para uma empresa que fornece análises políticas, econômicas e militares para clientes que precisam reduzir os riscos de segurança.


Entre os clientes da empresa, que fornece serviços de informação de defesa, lobby político e econômico, encontram-se algumas das 500 organizações mais lucrativas do mundo listadas na revista Fortune, como a BNP Paribas, Wester Union, American Express ou Visa, entre outras, e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.


Os Anonymous anunciaram o ataque através do Twitter e justificaram a ação como uma “doação de Natal”. O grupo divulgou também, no Twitter, a lista das empresas clientes da Stratfor juntamente com os respetivos dados dos cartões de crédito, como o Departamento da Defesa norte-americano, o Exército, a Força Aérea e empresas do ramo tecnológico como a Apple ou a Microsoft.


Segundo diário norte-americano New York Times, os hackers mostraram ainda imagens de recibos de transferências feitas a partir de alguns desses cartões de crédito para instituições de caridade, acompanhadas da frase de agradecimento: “Obrigado! Agência de Segurança Interna”.


Um dos recibos divulgados estava em nome da Cruz Vermelha Norte-americana e tinha o nome de um ex-responsável do Departamento Governamental Bancário do Texas, Allen Barr. Citado pelo mesmo jornal norte-americano, Barr afirmou que foram debitados US$ 700 do seu cartão a favor de várias instituições de solidariedade.


– Foram todas instituições de caridade, Cruz Vermelha, CARE, Save The Children. Por isso, quando a empresa do cartão de crédito contactou a minha mulher ela não tinha a certeza se tinha sido eu a fazer a doação – explicou.


Fred Burton,vice-presidente da Stratfor, cujo site se encontra em manutenção, disse à agência norte-americana de notícias Associated Press que a empresa apresentou queixa às autoridades e que trabalham em conjunto na investigação.


Os Anonymous cumpriram, desta forma, a ameaça divulgada há algumas semanas de realizar um ataque a sites de grandes instituições durante o fim-de-semana de Natal. Em um e-mail aos clientes, a que a AP teve acesso, a Stratfor afirma que suspendeu o correio eletrônico e os seus servidores.

A corrupção do Grupo Estado, Editora Abril e Organizações Globo causam a perda total da pouca credibilidade da imprensa brasileira. Essa gente não pensa o futuro do Brasil e acha que tudo será como no século passado. Já estamos na segunda década do século XXI e a mídia não consegue evoluir. Eles, os donos, acham que poderão passar de pai para filho as empresas com essa mentalidade escravagista e excludente ad eternum, mas não será possível. A História do Brasil os julgará sem complascência. Tudo virá a público desde a escravidão, passando pelas ditaduras, o descalabro dos governos do PSDB, o assalto perpetrado por José Serra e gangue à riqueza do nosso país até a corrupção da imprensa brasileira 

 


VEM AÍ A CPI DA PRIVATARIA DA TUCANALHA !
*aposentadoinvocado

Casa dos tucanos está podre, vai cair

Por Marco Antonio Araujo, no blog O Provocador:

Diante do silêncio absoluto da mídia canalha, se tornou obrigação cívica divulgar o livro A Privataria Tucana (Geração Editorial), do jornalista Amaury Ribeiro Jr. A reportagem é uma porrada.

Charge do Dia

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQW7ARvsICgrGnjWONa1vrtyG0H43NgC3GThy6KVywInVkVD4s25Xm5qMD_yZnq3OojMODQ2i4-urytUzDBOGVX1qjTUDK1CRR6vf7Xh6ULfGh8H94OQ-t7MiDZBaXb8L1_0h7FUobtBXg/s1600/bessinha.jpghttps://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifZUuGoru07aGxdcwNtG93Szb-ATJvuhu7GJ4xbyZbYAAKklPVZgCoALF9nfIYhvbgzboO-Tb37ZiUdpMNn5OMmbjzz0hGKE3z1eJ_wcne5cakEXfYdQWgXtPw8PODcqWbWz21-tUoPG-i/s1600/bessinha.jpg

PSDB vai processar o Amaury:
vem que tem



Extraído do Tijolaço:

Vem que tem…

Da incansável amiga Conceição Lemes, no domingo de Natal, no Viomundo:


Deu ontem no blog do Noblat: PSDB decide processar autor do livro A Privataria Tucana.


Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, disse há pouco a este blog que na próxima semana seu partido entrará com ações na Justiça contra o jornaista Amaury Ribeiro Jr., autor do livro “A Privataria Tucana”, e o editor Luiz Fernando Emediaro, dono da Geração Editorial e responsável pela publicação do ivro.  “Vamos para cima deles. O livro está repleto de mentiras”, explica Sérgio.


Acabei de conversar, por telefone, com o jornalista Luiz Fernando Emediato sobre o assunto.


“Vivemos num sistema democrático e nos processar é um direito do PSDB”, afirma Emediato “Consequentemente, que o exercite, se julgar conveniente.”


“Apenas advirto que o último a processar o jornalista Amaury Ribeiro Jr. se deu mal”, observa. “Além de ter resultado na inocência do jornalista, o processo fez com que ele tivesse acesso aos documentos da CPI do Banestado, que embasam parte do livro A Privataria Tucana.”


Emediato refere-se a Ricardo Sérgio de Oliveira, ex- presidente da área internacional do Banco do Brasil na gestão FHC e tesoureiro de campanhas do PSDB, inclusive das de José Serra à presidência.


Ricardo Sérgio  entrou com processo contra Amaury por danos morais em função de  reportagens nas quais o denunciou. O jornalista recorreu então a um procedimento  chamado exceção da verdade, que lhe permitiu ter acesso a todos os documentos da CPI do Banestado que envolviam o Ricardo Sérgio.


Em entrevista dada a esta repórter, Amaury Ribeiro Jr. já antecipou:  “Com certeza, vou recorrer novamente à exceção da verdade para  provar que tudo o que está em A Privataria Tucana é verdade. É só me questionarem”.


Quanto à possibilidade de o PSDB processar  a Geração Editorial e/ou o seu dono, Emediato retruca: “Eu trabalhei em várias campanhas  do PSDB na década de 1990. Portanto, não me faltam documentos para eu me defender. Que venham os processos!”


Em tempo: o PSDB poderia aproveitar e entrar no Justiça contra os Anões do Orçamento que escaparam ilesos. Seria notável contribuição à Moral e aos Costumes. PHA

Portugueses desmascaram anúncio da Coca-cola


*comtextolivre

Protesto porque???

A Palestina vai de novo à ONU. Dessa vez, contra Israel.



Via Patria Latina
Palestina denunciará na ONU violações sistemáticas de direitos humanos, expansão das colônias em terras palestinas – colônias já consideradas ilegais pela Corte Internacional de Justiça, em 2004 – e a violência de exército, polícia e colonos israelenses contra a população palestina, suas plantações, seus meios de vida e seus bens.
Baby Siqueira Abrão*
A Palestina se prepara para levar outro pleito às Nações Unidas. E agora o alvo é Israel. Os motivos já são bem conhecidos de todos os que acompanham o dia a dia na região: violações sistemáticas de direitos humanos, expansão das colônias sionistas em terras palestinas – colônias consideradas ilegais pela Corte Internacional de Justiça em documento elaborado em 2004 – e a violência de exército, polícia e colonos israelenses contra a população palestina, suas plantações, seus meios de vida e seus bens.
Segundo Riyad Al-Malki, (foto) ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que anunciou a medida no domingo, 11 de dezembro, o objetivo é obter a condenação de Israel. Os diplomatas já estão trabalhando para obter o apoio de 140 países, a maioria dos quais reconheceu o Estado palestino dentro das fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, quando Israel invadiu e tomou Gaza, Cisjordânia e Jerusalém oriental. Ryad Mansour, embaixador palestino na ONU, já iniciou conversações com os governos árabes, visando à nova iniciativa. Não se sabe ainda, porém, se ela será levada à Assembleia Geral ou ao Conselho de Segurança.
Na Palestina, a situação é cada dia mais tensa. Apenas na primeira semana de dezembro, de acordo com dados do Centro Palestino de Direitos Humanos, uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas em consequência de um bombardeio em Gaza. Também em Gaza, a marinha israelense continua ameaçando os pescadores e atirando contra seus barcos, impedindo-os de trabalhar. A pressão também existe em outros pontos da faixa costeira: agricultores e pastores são alvos de atiradores do exército israelense, que não lhes permitem circular nas próprias terras, cuidar de seus animais e de suas plantações. Além disso, o bloqueio a postos de passagem de produtos comerciais levou ao fechamento de armazéns, causando desemprego, desabastecimento e crise no setor de gás.
Na Cisjordânia, 61 incursões militares em vilas e cidades e ataques às manifestações não violentas contra o muro e as colônias, realizadas às sextas-feiras, levaram à prisão 53 palestinos (8 crianças), 2 jornalistas e 3 ativistas de direitos humanos estrangeiros, além de provocar ferimentos em 4 pessoas e asfixia em dezenas delas. Em 10 de dezembro, dia em que se comemora a Declaração dos Direitos Humanos, adotada pela ONU em 1948, morria Mustafá Tamimi, um dos líderes da resistência popular da vila de Nabi Saleh, vítima de uma granada atirada contra seu rosto um dia antes por um soldado israelense.
Ainda na Cisjordânia, Ahmed Attoun, membro do Conselho Legislativo Palestino, foi deportado de Jerusalém para Ramala. O governo israelense demoliu uma fábrica e seis casas de famílias palestinas, obrigando outras duas a destruir as próprias moradias. Novos checkpoints foram colocados dentro de Jerusalém e ao redor da cidade, tornando ainda mais difícil a vida dos palestinos que moram lá.
Além disso, em 13 de dezembro, um grupo de 20 das mais importantes organizações humanitárias e de direitos humanos condenou, em documento conjunto, as violações cometidas pelo governo israelense. Às vésperas de mais uma reunião do Quarteto (Rússia, União Europeia, ONU e EUA) em Jerusalém, para tentar negociar um acordo entre Israel e Palestina, essas entidades revelaram dados preocupantes, computados pela ONU e pelo Peace Now: mil palestinos tiveram de abandonar suas moradias em 2011, o dobro de pessoas que passaram pelo mesmo drama em 2010. Metade são crianças.
Mais de 500 casas, poços de água e outras estruturas foram destruídas este ano, acompanhadas da expansão das colônias judaicas ilegais na Palestina (4 mil unidades só em Jerusalém oriental, o maior número desde 2006) e do aumento da violência dos colonos contra a população palestina. Mais de 10 mil oliveiras e outras árvores foram destruídas este ano. Como cada oliveira rende cerca de U$ 100 quando seus frutos são transformados em azeite, a economia das famílias dos vilarejos sofreu uma perda estimada em U$ 1 milhão.
“O aumento da expansão das colônias e da demolição de casas está levando a Palestina ao limite, destruindo seus meios de vida e as perspectivas de paz justa e duradoura”, afirmou Jeremy Hobbs, diretor executivo da Oxfam International, à agência de notícias Ma’an. “Há uma crescente desconexão entre o discurso do Quarteto e a situação real. O Quarteto precisa revisar de maneira radical sua abordagem e mostrar que pode mesmo mudar a vida de palestinos e israelenses”, acrescentou ele.
Apesar de todos esses graves problemas, a Assembleia Geral da ONU aprovou, no começo de dezembro, seis resoluções condenando apenas a expansão das colônias, que são somente parte – embora importante – da questão. O fato é que a ONU já condenou Israel centenas de vezes, por meio de resoluções, e os governos sionistas nunca se abalaram com isso. Continuam firmes no plano de expandir seus domínios para toda a Palestina histórica, criando um “Estado judeu” em toda ela, o que implica, forçosamente, a limpeza étnica e religiosa da região. Para impedir que esse plano se concretize são necessárias medidas muito mais convincentes do que discursos retóricos. Mas até agora nenhum governo se atreveu a propor e a aprovar sanções econômicas e políticas contra os governos de Israel.
Se a nova iniciativa palestina nas Nações Unidas conseguirá interromper a sanha sionista, é difícil avaliar. Como fato político, a atitude é bem-vinda: criará mais espaço para que a indignação do mundo se volte contra a política dos governantes de Israel e exija o fim de ocupação. Na prática, entretanto, é quase certo que as coisas continuem como estão. A menos que a comunidade internacional decida tomar medidas realmente definitivas para deter o monstro que ela mesma criou ao ceder às pressões dos lobbies sionistas e aprovar a recomendação da partilha da Palestina, em 1947, os palestinos continuarão a sofrer as consequências dessa decisão.
Mas, a julgar pela saída diplomática do Conselho de Segurança, ao reconhecer-se incapaz de um consenso sobre a admissão da Palestina como Estado-membro da ONU, muitos anos ainda se passarão antes que a população palestina consiga ter seus direitos mais elementares assegurados e respeitados. Até lá, ela, assim como a maioria dos povos da Ásia e da África, continuará vivendo a condição de pária num mundo cada vez mais à mercê dos senhores da guerra e do dinheiro.
(*) Baby Siqueira Abrão, correspondente do jornal Brasil de Fato no Oriente Médio, veio ao Brasil sob os auspícios da Embaixada Palestina, para uma série de palestras com Abdallah Abu Rahmah, líder do comitê popular de Bil’in, e para participar do I Encontro Brasileiro em Solidariedade ao Povo Palestino, realizado na Escola Florestan Fernandes, em Guararema, SP.
Fonte: Carta Maior
*GilsonSampaio