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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, agosto 03, 2011

Entrevista com Zé Dirceu


*comtextolivre

Charge do Dia

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Dilma: Brasil deve defender-se da insanidade

“Assim como em 2008, o momento hoje exige coragem e ousadia. Como naquela ocasião, é preciso proteger a nossa economia, as nossas forças produtivas, o nosso mercado consumidor, o nosso emprego.
Hoje, mais do que nunca, é imperativo defender a indústria brasileira e nossos empregos da concorrência desleal, da guerra cambial, que reduz nossas exportações e, mais grave ainda, tenta reduzir o nosso mercado interno, que construímos com grande esforço e com muita dedicação. É urgente garantirmos condições tributárias e de financiamento adequadas ao estímulo dos investimentos produtivos e o estímulo à geração de emprego”.
O trecho acima é parte do imperdível discurso da presidenta Dilma Roussef, hoje, no lançamento do plano de incentivos aos setores da indústria ameaçados pela onda de desvalorização do dólar.
Dilma explica o processo de construção do plano mas, sobretudo, adota um tom duro e sem meias palavras sobre o que está acontecendo.
Daqui a pouco mostro em dados os efeitos deste processo sobre nossa economia.
*Tijolaço

terça-feira, agosto 02, 2011

OLIGOPÓLIO TOTAL: APENAS QUATRO EMPRESAS CONTROLAM 90% DA BANDA LARGA DO BRASIL

Agora está explicado porque o serviço é caro e ruim

Quatro empresas dominam 90% da internet no Brasil

A banda larga no Brasil é controlada por apenas quatro empresas: Oi, Telefônica, Net e GVT. Elas dominam 90% da banda larga do país. É um escândalo. É um serviço oligopolizado e, por isso, caro e ruim. Um dos piores e mais caros do mundo.

A esperança para uma mudança é a entrada da Telebrás  no mercado com infraestrutura de transmissão, permitindo que pequenas empresas possam oferecer internet de melhor qualidade e com um preço mais baixo. A empresa pode ser uma espécie de reguladora do mercado.

A banda larga é o grande Custo Brasil que o país tem de enfrentar. Essa infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento da educação, da democracia e  para a diminuição dos custos das empresas brasileiras.

Somente a publicação do decreto do Plano Nacional de Banda Larga fez com que os preços fossem reduzidos em 30%, segundo pesquisa da própria diretoria comercial da Telebrás. A estatal pode estabelecer certa competição no setor forçando as grandes teles a reduzir o custo e investir em qualidade.

Veja trecho matéria sobre o assunto no Baguete:
*educaçãopolítica

Charge do Dia

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Lula na TV Argentina Lula participa da inauguração da embaixada da Argentina e recebe elogios de uma Cristina Kirchner visivelmente emocionada.



Dilma ao vivo na TV Argentina



*blogdamilitância

A rendição do presidente Obama

Por Paul Krugman, na Revista Fórum:

Está sendo gestado um acordo para aumentar o teto da dívida federal. Se ele passar, muitos comentaristas dirão que se evitou o desastre. Mas eles estarão errados.

Porque o acordo mesmo, dada a informação disponível, é um desastre, e não apenas para o presidente Obama e seu partido. O acordo vai causar danos a uma economia já deprimida; provavelmente tornará o velho problema do déficit estadunidense pior, não melhor; e, mais importante, ao demonstrar que a pura extorsão funciona e não traz custos políticos, ele leva os EUA mais perto ainda do estatuto de "república bananeira".

Uma nova era de jornalismo marrom?

Por Michelle Chen, no sítio Outras Palavras:

Com culpado prazer, a grande mídia nos está servindo um cardápio de razões para desprezar o império midiático de Rupert Murdoch. Em meio à confusão mal-cheirosa, no entanto, não se deveria esquecer que por baixo de qualquer magnata da mídia, apesar de podre, existe uma empresa de pessoas reais – uma cultura de trabalhadores que representam o estado trágico e conflagrado do jornalismo atual. As violações éticas que estão sendo reveladas refletem corrupção de cima a baixo. Ainda mais importante, a criminalidade instala-se em uma cultura corporativa de laissez faire vulgar, na qual honestidade e pensamento crítico são descartados e vistos como um impedimento ao sucesso comercial.

PARLAMENTARES PARAENSES IGNORAM SOFRIMENTO IMPOSTO PELA EXPLORAÇÃO DA TRAÇÃO ANIMAL



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Eduardo Bueres

O hoje delegado geral da polícia do Pará, Nilton Atayde, relatou que, certa vez, quando trafegava pela principal avenida de Belém, Almirante Barroso, próximo ao 2º Batalhão de Infantaria do Exercito, deparou-se com uma carroça puxada por um cavalo velho, 'tipo couro no osso', abarrotado de toda sorte de pesadas sucatas e artefatos de ferro. 
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O Animal  lagrimava, menos pelas chicotadas que tomava do seu carrasco condutor e mais pelo esforço descomunal que fazia para mover seus limitados músculos. O delegado parou o seu carro e obrigou o carroceiro a desembarcar toda a 'cangalhada'  do  lombo ferido do pobre do bicho e, sob aplausos dos transeuntes, o encaminhou a Delegacia de Meio Ambiente para ser atuado e responder por crime ambiental. 
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O fato é uma exceção, mas serve para exemplificar o quanto existe -  multiplicado por dezenas de milhares -  de  casos parecidos de tortura e maltrato com os animais, não somente aqui no Pará, em todo o  Brasil.
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Há muito a a tração animal urbana já deveria ter sido extinta.Se permanece é porque os interesses do segmento de comerciantes donos de lojas de material de construção e das chamada 'estâncias' que, em alguns casos, são deslavados sonegadores, gente muito rica que, muitos acreditam, recebe uma forte e muy bem desfardada 'blindagem' dos legisladores locais que não os enquadram ou importunam, jamais, por conta de interesses eleitoreiros. Precisamos todos de um bom choque de civilização. Aguardemos pois a manifestação de palanque dos 'prefeituraveis' papa-chibés edição Belém-2012: Valdir Ganzer, Edmilson Rodrigues, Arnaldo Jordy,  Priante  e  Zenaldo para avaliarmos como irão lidar com esse tipo de crime-lixo absurdo.

Enquanto isso,vejamos  um dos bons exemplos que nos chega de são Paulo,voltado á defesa de outros animais domésticos abaixo:
Ministério Público de SP cria grupo para investigar tortura de animais .
O veterinário Danilo Testa e o pit bull queimado com óleo em SP (Foto: Arquivo pessoal)

O veterinário Danilo Testa e o pit bull queimado
com óleo em SP (Foto: Arquivo pessoal)

Procuradores criminais do estado de São Paulo poderão integrar a partir de agora um grupo especializado em apurar denúncias de maus-tratos contra cães, gatos, pássaros e outros animais domésticos. A determinação está no ato normativo 704, que cria o Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo Urbano (Gecap). O ato foi assinado na semana passada pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Fernando Grella Vieira.
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Os promotores vão atuar apoiados em leis como a 9.605/98, que trata de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. A criação do Gecap permitirá ao Ministério Público atuar em representações, inquéritos policiais, procedimentos investigatórios criminais e em termos circunstanciados, assim como também nos processos criminais que envolvam a prática de crimes de parcelamento e ocupação irregular do solo urbano (Lei nº 6.766/79).
Autor da proposta, o promotor de Justiça e deputado estadual Fernando Capez afirma que a criação do Gecap é o primeiro passo na direção da criação de uma promotoria de defesa animal. "Esse grupo vai receber denúncias, representações e vai poder investigar. Nossa expectativa é de que em pouco tempo o volume de trabalho ligado à área animal acarrete a criação da promotoria", disse Capez. Segundo o parlamentar, existe demanda reprimida por esse tipo de atuação do Ministério Público em São Paulo.
Segundo Capez, o grupo deverá ter de três a cinco promotores criminais, que terão de elaborar relatórios mensais e trimestrais de atuação. O deputado afirmou que eles terão poder de investigação. E deu um exemplo de como a promotoria pode ser útil nesse caso.
"Chegou ao meu conhecimento, há 20 dias atrás: um cara colocou no site na sexta-feira que no domingo ele iria esquartejar o gato dele e colocar o filme na internet. Ele fez um torneio: esquartejo ou não esquertejo. Estava vencendo que ele devia matar o gato. Fiquei sem ação. A quem se pode recorrer? Eu fui diretamente ao Deic, delegacia de crimes cibertnéticos, e consegui que eles localizassem o sujeito", afirmou. 

*militânciaviva