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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, junho 30, 2011
Crime de Racismo na UFMA
CARTA ABAIXO ASSINADO.
Nós, estudantes do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Maranhão/UFMA, matriculados na disciplina Cálculo Vetorial, informamos que o professor Cloves Saraiva vem sistematicamente agredindo nosso colega de turma Nuhu Ayuba humilhando-o na frente de todos os alunos da turma. Na entrega da primeira nota o professor não anunciou a nota de nenhum outro aluno, apenas a de Nuhu, bradando em voz alta que “tirou uma péssima nota”; por mais de uma vez o professor interpelou nosso colega dizendo que deveria “voltar à África” e que deveria “clarear a sua cor”;em um outro trabalho de sala o professor não corrigiu se limitando a rasurar com a inscrição “está tudo errado” e ainda faz chacota com a pronúncia do nome do colega relacionando com o palavrão “no cu”; disse que o colega é péssimo aluno por que “somos de mundos diferentes” e que “aqui diferente da África somos civilizados” inclusive perguntando “com quantas onças já brigou na África?”. Nuhu não retruca nenhuma das agressões e está psicologicamente abalado, motivo pelo qual solicitamos que esta instituição tome as providências que a lei requer para o caso.
Favor divulgar em todas as redes pois o que está acontecendo aqui é comum em outras Instituições.
Cristina Miranda
Coordenadora do CEN/MA
Clique aqui para assinar a Petição Pública.
Encerre sua conta no UOL hoje mesmo
“Hacker” da Folha é um tiro no pé
A Folha publica hoje que um “hacker” invadiu o computador pessoal da então candidata à Presidência da República e o do ex-ministro José Dirceu, e tentou vender dados sobre a correpondência de cada um deles ao PSDB e ao PFL.
Historinha mal-contada.
O tal hacker não invadiu o computador de ambos, mas os do UOL, pertencente à empresa que edita a Folha, onde estavam armazenadas as mensagens. Aliás, nem a matéria o nega.
No caso do ministro Dirceu, o “sofisticadíssimo” método de invasão foi dar um telefonema para o UOL e, dizendo ter perdido a senha, conseguir outra que permitiu o acesso à caixa postal.
Qualquer sistema be-a-bá de caixa postal não fornece isso, a não ser para outro e-mail registrado na abertura da conta.
Eu, se tivesse uma conta de e-mail no provedor UOL, a encerraria hoje mesmo.
A matéria bem que poderia ter um título do tipo “UOL permite violação da privacidade de seus clientes”.
Mas aquilo que é mais grave é que a Folha se tornou cúmplice da violação, ao divulgar conteúdo de natureza pessoal e privada, sem nenhuma questão que envolvesse o interesse público.
Diz que o “hacker” pediu dinheiro ao PSDB e ao DEM, e não diz a quem foi pedido. Nem sequer registra que ele se negou a dar nomes.
A matéria não é uma reportagem, é uma confissão.
E ainda tem um projeto determinando que os provedores guardem os dados de acesso e conteúdo de seus usuários, vejam só…
Depois da ficha falsa de Dilma, ficamos sabendo agora que a Folha acha “normal” violar dados de caixas postais do servidor que pertence a ela mesma…
A ansiedade neurótica dos fracassomaníacos
A Copa não é o diabo que pintam
Nirlando Beirão
A UDN, capitaneada pelo sinistro Carlos Lacerda, espalhou que Brasília fez do presidente Juscelino Kubitschek a sétima maior fortuna do mundo. Lacerda morreu milionário. JK morreu pobre.
Tem muita gente torcendo para que a Copa de 2014 seja um gol contra do Brasil. Dá para respirar no ar a ansiedade neurótica dos fracassomaníacos. O desejo doentio de reiterar nosso – cito Nelson Rodrigues – complexo de vira-latas.
Uma coisa é a gente exigir moderação nas despesas, honestidade nos gastos públicos, transparência nas prestações de contas. É fundamental que assim seja. Outra coisa é desqualificar de cara nossa capacidade de promover um evento de megavisibilidade internacional. Eu acredito que, seja como for, o Brasil pode fazer bem feito.
Os profetas do pessimismo têm certeza de que a corrupção endêmica dos políticos e dos cartolas do futebol vai redundar em catástrofe. Será – dizem – o império dos atrasos, da improvisação, da correria; tudo para escamotear a roubalheira.
A sociedade brasileira já tem controles suficientes para que isso não aconteça. Sugiro que os resmungões pensem nisso. Que Copa não é gasto, é investimento.
Tem também os que reclamam por razões esdrúxulas, periféricas. Entre estes os que murmuram contra o Itaquerão – escalado pela FIFA para sediar a abertura da Copa. Murmuram por mera dor de cotovelo: afinal, é o estádio do Corinthians. Reclamam hoje os mesmos que reclamaram quando o Corinthians muito legitimamente sugeriu à Prefeitura de São Paulo a transferência, em regime de comodato, do Pacaembu. Até editoriais nos jornalões foram escritos, veementes no ódio. Nas entrelinhas do fel, a mera paixão clubística.
Assisti na Record News uma noite dessa o debate na Câmara de Vereadores sobre a dotação do futuro estádio do Corinthians. O brutamontes de nome Aurélio Miguel investia seus argumentos de ex-judoca contra quem é a favor. Por que? Pela contundente razão de que Aurélio Miguel é torcedor do São Paulo. A isso é que se chama espírito público.
Um superestádio na periferia menos assistada da cidade não é um luxo, não é obra supérflua. É uma necessidade social, um investimento no bem-estar dos excluídos.
A discussão lembra Brasília. Diziam que criar uma capital federal no meio do nada, lá no cerrado, seria uma inutilidade e, claro, um convite à corrupção. Os arautos do apocalipse investiram com um furor descabelado.
A História tratou de ir revelando pouco a pouco os interesses que estavam por trás do susposto rigor moralista. O Globo, por exemplo, espumou de raiva. Queria porque queria que a nova Capital, quer dizer, os prédios oficiais e os palácios fossem transferidos do centro do Rio para a Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Coincidentemente onde o Dr. Roberto Marinho, dono da Globo, detinha enormes propriedades fundiárias (o atual Projac vem daí). Mais uma prova de impoluto civismo.
A UDN, o principal partido da oposição, capitaneada pelo sinistro Carlos Lacerda, espalhou que Brasília fez do presidente Juscelino Kubitschek a sétima maior fortuna do mundo. Lacerda morreu milionário. JK morreu pobre.
*esquerdopata
Luiza Erundina: Democracia Inacabada
Depois de mais de um ano que o Projeto de Lei 7.376/2010, que cria a Comissão Nacional da Verdade, está na Câmara dos Deputados, aguardando a instalação de Comissão Especial para apreciá-lo, a presidente Dilma Rousseff se mobiliza para apressar a votação do projeto, sem discussão no Congresso e, portanto, sem qualquer mudança na proposta original.
Orienta, inclusive, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia, para que a matéria seja votada em regime de urgência urgentíssima, o que contraria a expectativa dos familiares das vítimas da ditadura militar, que têm restrições ao texto e esperam ser ouvidos em audiências públicas para poderem oferecer sugestões de alteração do projeto.
Embora a iniciativa do então presidente Lula de enviar o projeto para o Congresso seja louvável, a proposta vem sofrendo muitas críticas, não só dos familiares das vítimas, mas também dos que lutam pelos direitos humanos no Brasil e que colocam a necessidade de se modificar vários pontos do texto, de modo a garantir, efetivamente, o direito à memória e à verdade histórica, bem como promover Justiça e, não apenas, "reconciliação nacional", conforme consta do art. 1º do referido projeto.
Assim, é absolutamente indispensável a revisão da Lei da Anistia, sem o que a Comissão da Verdade que vier a ser criada não poderá cumprir seus objetivos, pois não produzirá efeito jurídico prático, isso porque, de acordo com o projeto, deve atender aos dispositivos legais, inclusive a Lei da Anistia, Lei 6.683/79, editada ainda no período autoritário, e que teve como propósito permitir uma gradual e controlada abertura do regime político.
O projeto que deu origem a essa lei, de iniciativa do então presidente João Figueiredo, procurava, de um lado, excluir do alcance da anistia os opositores ao regime que, eventualmente, tivessem sido condenados por crimes de terrorismo, assalto, sequestro ou atentado a pessoas, e, de outro, assegurava que a anistia se estenderia àqueles que praticaram crimes conexos ao crime político, beneficiando, assim, os agentes do Estado que praticaram crimes comuns, todo tipo de tortura contra civis que se opuseram ao regime militar.
Em abril de 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), proposta pela OAB, a respeito da interpretação da Lei da Anistia face à Constituição de 1988 e ao Sistema Internacional de Direitos Humanos, e decidiu manter a atual interpretação da Lei 6.683 e impedir que os responsáveis por tortura contra opositores políticos sejam processados, julgados e punidos.
Ao dar parecer contrário à revisão da Lei da Anistia, o ministro relator do processo alegou que ela teria sido "amplamente negociada". É preciso lembrar, entretanto, as condições em que tal acordo se deu.
Os militares, embora fragilizados, ainda estavam com o controle do poder e a sociedade civil dava os primeiros passos na reconstrução da democracia no país.
Por entender a absoluta necessidade de revisão da Lei da Anistia para que se conheça toda a verdade sobre os crimes da ditadura militar e para que os responsáveis por eles sejam punidos, apresentei o Projeto de Lei 573/2011, que dá interpretação autêntica ao que dispõe a Lei 6.683/79, no artigo 1º § 1º.
Só assim será possível fazer justiça às vítimas do regime militar e comprovar o real compromisso do governo e do povo brasileiro com os direitos humanos.
Identificar e punir os responsáveis pelos crimes hediondos cometidos durante o regime militar em nome do Estado e fazer justiça às vítimas são condições para concluir-se a democratização do país, até hoje inacabada.
Com Portal CTB
Santayana chuta o balde
Os vassalos de Washington
por Mauro Santayana
A informação, ontem divulgada, de que um diretor da Vale do Rio Doce “se queixou”, junto à Embaixada dos Estados Unidos, contra as “pressões” do Presidente Lula, é muito grave. Segundo se noticia, o então diretor de Finanças Corporativas da empresa, e hoje Diretor-Financeiro e de Relações com os Investidores, Guilherme Cavalcanti, esteve com a encarregada de negócios da Embaixada em Brasília, e reclamou da ingerência do nosso Chefe de Estado, que queria obrigar a Vale a investir na exploração de cloreto de potássio, e em siderurgia – para agregar valor ao minério de ferro e criar empregos de qualidade no país.
Se o presidente da República fez essa pressão, agiu dentro de sua responsabilidade, e em defesa dos interesses nacionais. É inconcebível que continuemos, como há quase um século, sendo dos principais fornecedores de minérios ao mundo, quando podemos exportar aço. Recorde-se que desde Júlio Bueno Brandão e Artur Bernardes, que governaram Minas há quase um século, uma das exigências dos mineiros era a de que devíamos reduzir o minério em fornos próprios. A Vale do Rio Doce surgiu ao mesmo tempo em que criávamos a Usina Siderúrgica Nacional. Quanto ao cloreto de potássio, trata-se de mineral necessário à produção de fertilizantes, indispensáveis à agricultura brasileira. O Brasil importa 90% de seu consumo, embora disponha de grandes reservas de exploração a céu aberto em seu território.
Lula, além de exercer o direito de aconselhar esses investimentos, cumpriu seu dever. A Vale só foi privatizada com a salvaguarda de uma golden share, de que o Estado é portador, e lhe dá o direito de veto em decisões que possam comprometer o interesse soberano do Brasil. Assim, não houve ingerência, mas, sim o exercício de uma responsabilidade do presidente da República.
Além do episódio em si, há uma questão muito mais constrangedora para nós, brasileiros. Não é a primeira vez que – de acordo com o WikeLeaks e outras fontes, algumas delas norte-americanas – sabemos que brasileiros se prestam a levar informações sigilosas aos norte-americanos. Há casos em que ministros de Estado não se pejam de discordar dos rumos do próprio governo. O Ministro Edison Lobão, segundo os documentos revelados por Assenge, disse aos diplomatas americanos que é partidário da privatização das empresas de energia elétrica. Ele deveria ser questionado pela Presidente da República: se é essa a sua posição, não pode continuar fazendo parte do governo.
Podemos tolerar tudo, menos traição. A democracia se faz na luta entre direita e esquerda, entre o capital e o trabalho, entre os neoliberais e os defensores do desenvolvimento autônomo do país. Mas progressistas ou conservadores, heterossexuais ou homossexuais, brancos ou negros, católicos ou protestantes, umbandistas ou budistas, todos os brasileiros temos o dever de fidelidade à Nação. Não podemos prestar vassalagem às potências estrangeiras, sob nenhum pretexto. O exemplo a seguir é o de Floriano Peixoto, que, no alvorecer da República, ameaçou responder à bala a “ajuda” dos ingleses, na repressão à Revolta da Armada.
É natural que os diplomatas conversem com autoridades dos países em que atuam. Mas é necessário que, com toda a amabilidade, essas autoridades sejam discretas, e não façam revelações que comprometam a soberania nacional, nem o governo a que servem – a menos que o façam com o conhecimento prévio de seus superiores, e com propósito bem definido. É uma regra universal, e não devemos dela nos desviar.
Os acionistas da Vale do Rio Doce terão que chamar seu executivo às falas. É intolerável que admitam atos dessa natureza. São necessárias providências que os impeçam.
Registre-se, no final, que a remuneração dos oito diretores da empresa, incluído seu presidente, prevista para este ano é de mais de 80 milhões de reais. O minério que exportam pertence ao povo brasileiro.
E há quem se queixe dos proventos dos juízes de nossos tribunais superiores.
Se o presidente da República fez essa pressão, agiu dentro de sua responsabilidade, e em defesa dos interesses nacionais. É inconcebível que continuemos, como há quase um século, sendo dos principais fornecedores de minérios ao mundo, quando podemos exportar aço. Recorde-se que desde Júlio Bueno Brandão e Artur Bernardes, que governaram Minas há quase um século, uma das exigências dos mineiros era a de que devíamos reduzir o minério em fornos próprios. A Vale do Rio Doce surgiu ao mesmo tempo em que criávamos a Usina Siderúrgica Nacional. Quanto ao cloreto de potássio, trata-se de mineral necessário à produção de fertilizantes, indispensáveis à agricultura brasileira. O Brasil importa 90% de seu consumo, embora disponha de grandes reservas de exploração a céu aberto em seu território.
Lula, além de exercer o direito de aconselhar esses investimentos, cumpriu seu dever. A Vale só foi privatizada com a salvaguarda de uma golden share, de que o Estado é portador, e lhe dá o direito de veto em decisões que possam comprometer o interesse soberano do Brasil. Assim, não houve ingerência, mas, sim o exercício de uma responsabilidade do presidente da República.
Além do episódio em si, há uma questão muito mais constrangedora para nós, brasileiros. Não é a primeira vez que – de acordo com o WikeLeaks e outras fontes, algumas delas norte-americanas – sabemos que brasileiros se prestam a levar informações sigilosas aos norte-americanos. Há casos em que ministros de Estado não se pejam de discordar dos rumos do próprio governo. O Ministro Edison Lobão, segundo os documentos revelados por Assenge, disse aos diplomatas americanos que é partidário da privatização das empresas de energia elétrica. Ele deveria ser questionado pela Presidente da República: se é essa a sua posição, não pode continuar fazendo parte do governo.
Podemos tolerar tudo, menos traição. A democracia se faz na luta entre direita e esquerda, entre o capital e o trabalho, entre os neoliberais e os defensores do desenvolvimento autônomo do país. Mas progressistas ou conservadores, heterossexuais ou homossexuais, brancos ou negros, católicos ou protestantes, umbandistas ou budistas, todos os brasileiros temos o dever de fidelidade à Nação. Não podemos prestar vassalagem às potências estrangeiras, sob nenhum pretexto. O exemplo a seguir é o de Floriano Peixoto, que, no alvorecer da República, ameaçou responder à bala a “ajuda” dos ingleses, na repressão à Revolta da Armada.
É natural que os diplomatas conversem com autoridades dos países em que atuam. Mas é necessário que, com toda a amabilidade, essas autoridades sejam discretas, e não façam revelações que comprometam a soberania nacional, nem o governo a que servem – a menos que o façam com o conhecimento prévio de seus superiores, e com propósito bem definido. É uma regra universal, e não devemos dela nos desviar.
Os acionistas da Vale do Rio Doce terão que chamar seu executivo às falas. É intolerável que admitam atos dessa natureza. São necessárias providências que os impeçam.
Registre-se, no final, que a remuneração dos oito diretores da empresa, incluído seu presidente, prevista para este ano é de mais de 80 milhões de reais. O minério que exportam pertence ao povo brasileiro.
E há quem se queixe dos proventos dos juízes de nossos tribunais superiores.
Mais sobre a traição do Brasil pelo Serra e do traíra Guilherme Cavalcanti da Vale do Rio Doce
Prudente
por Chico Barauna
Na República Velha (1ª República), depois do exemplo do presidente Ploriano Peixoto, que era alagoano, militar, marechal e foi o 2º Presidente do Brasil. Aconteceu também um outro caso com o presidente Prudente de Morais, que era paulista, civil e foi o 3º presidente do Brasil.
O presidente Prudente adoeceu e depois de quase seis meses, recuperou-se, voltou e reassumiu o poder. Despachava no Palácio do Catete, quando recebeu um pedido de audiência feito pelo famoso Rotschild (o filho) que veio para renegociar a polêmica dívida externa brasileira. A audiência foi concedida ao Rotschild, que logo colocou as exigências e condições para renegociar a dívida, tudo assim feito na maior tranquilidade.
O presidente Prudente escutou tudo até que Rotschild parou de falar. Neste momento, com muita calma ele perguntou, terminou? Rotschild respondeu, sim. Em seguida, o Prudente de Morais tocou a campainha, apareceu o ajudante de ordens, que era um oficial da Marinha. Então ele disse: "Leve o senhor Rotschild até a porta, ele está de saída". Rotschild saiu espantado, surpreso, pois nunca tinha sido expulso daquela maneira, na maior tranquilidade.
Verdade seja dita, muitas críticas para Floriano e outras para Prudente, mas nenhuma delas pode ser por subserviência, traição, vassalagem ou entreguismo. Neste sentido, pode-se dizer que, se um foi de "ferro", o outro foi prudente.
*Brasilmostraatuacara
PÚBLICO NO AUXÍLIO DO PRIVADO: RESSARCIMENTO DE PLANOS DE SAÚDE AO SUS BATE RECORDE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2011
Como escrevemos em post recente, a saúde no Brasil está em estado delicado e grave, praticamente na UTI, quadro clínico que vale tanto para o setor público quanto para o privado. No entanto, por incrível que pareça, o SUS (Sistema único de Saúde) dá mostras de uma recuperação um pouco mais aparente do que a do setor privado.
Este último cobra um valor mensal da população em troca de rápido e bom atendimento médico, entretanto, não tem conseguido garantir o serviço para o qual é contratado. Prova disso é que segundo o Ministério da Saúde, os ressarcimentos ao SUS por parte dos planos de saúde pelo atendimento dos segurados em hospitais da rede pública somaram R$ 25 milhões até agora, mais do que o total recebido pelo SUS entre 2008 e 2010, como mostra notícia logo abaixo.
Ainda que o SUS tenha muito o que melhorar, o ideal em qualquer país desenvolvido é que o sistema de saúde público, bem como a educação, funcionem de forma saudável. É um absurdo ter que pagar para viver e aprender. Essa migração dos usuários de planos privados para o sistema público devido à falta de atendimento por parte do primeiro só beneficia o segundo. No entanto, aumenta ainda mais a exigência de que o setor público funcione de forma adequada, organizada e eficiente. O aumento de usuários pode ou não impulsionar essa melhora que, se vier, será em boa hora.
Veja trecho de notícia sobre o assunto publicada pela Agência Brasil:
Ressarcimentos de planos de saúde ao SUS batem recorde*educaçãopolítica
Por Vinicius Konchinski
São Paulo – O valor pago por operadoras de planos de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS) pelo atendimento dos segurados em hospitais da rede pública bateu recorde no primeiro semestre deste ano. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os ressarcimentos ao SUS somaram R$ 25 milhões até agora, mais do que o total recebido pelo SUS entre 2008 e 2010.
Os planos de saúde devem ressarcir o SUS sempre que um dos seus clientes é atendido pela rede pública, e não por médicos e hospitais conveniados. Padilha disse que esses pagamentos estavam sendo feitos em ritmo lento. O governo, porém, pretende acelerar as cobranças “Queremos um ressarcimento crescente e, para isso, é fundamental o ajuste de um sistema de informação”, disse Padilha após participar da abertura da 16ª Conferência Municipal de Saúde de São Paulo.
Padilha informou que o Ministério da Saúde está trabalhando com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula o funcionamento dos planos de saúde, para obter dados sobre todos os atendimentos a clientes das operadoras feitos pelo SUS. Ele disse que uma resolução da ANS já prevê que as guias de atendimento dos clientes de planos indiquem também a identificação deles no sistema do SUS, justamente para facilitar o ressarcimento.(Texto completo)
Dilma e eu temos orgulho, mesmo com erros”
Carlos Araújo, um dos militantes que construiu o PDT no Rio Grande do Sul e que hoje está afastado da vida pública, noticiam os sites, gravou um depoimento para a novela Amor e Revolução, do SBT. Ex-marido e sempre amigo da presidenta Dilma Rousseff, Araújo é um homem de grande lucidez e coragem pessoal, de quem muito me orgulha a amizade com que nos trata, a mim e a meus irmãos Juliana e Leonel.
Segundo do site SessãoTV.br, dividido em cinco partes, em capítulos sucessivos, seu depoimento está reproduzido abaixo:
Capítulo 65, segunda-feira, 4 de julho
Relação de companheirismo com Dilma – “Eu tenho muito orgulho de ser companheiro da Dilma. Sempre nos identificamos. O nosso bom companheirismo persiste até hoje. Eu sempre fui advogado de gente pobre. Sempre fui uma pessoa de esquerda. Com a ditadura não vi outra saída a não ser partir para a luta armada. Formamos uma organização chamada Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), e praticávamos ações de desapropriação de bancos. Buscávamos dinheiro no banco para comprar armas. Também fizemos algumas ações em quartéis para pegar armas. Praticamos ações sociais também: pegávamos caminhões de carne na Baixada Fluminense e distribuíamos em favelas.”
Capítulo 66, terça-feira, 5 de julho
Prisão de Dilma Rousseff – “A Dilma foi presa em frente ao Jornal O Estado de S. Paulo. Como todos os demais, foi torturada na Oban (Operação Bandeirante). Ela foi condenada por 3 anos e cumpriu toda a pena… A Dilma sente muito orgulho do que fez! Ela não ficou com sequelas. Felizmente. Ela entrou na cadeia nova e saiu nova… Não deixa de ser uma ironia… Eu moro aqui nessa casa na beira do rio em frente à Ilha do Presídio (Porto Alegre), onde fiquei preso por quase um ano.”
Capítulo 67, quarta-feira, 6 de julho
Roubo do cofre de Adhemar de Barros – “Conforme aumentava o número de clandestinos, de pessoas procuradas, tínhamos que planejar ações em bancos e pegar dinheiro para sustentar o pessoal. O Adhemar de Barros tinha o monopólio do jogo do bicho no Rio de Janeiro; não era só São Paulo. Tínhamos a informação de que o dinheiro do jogo do bicho era recolhido mensalmente e levado para a casa de Dona Ana Capriglione, no bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro, e depois mandado para o exterior. Soubemos disso, fomos lá e pegamos o cofre. Naquela época tinha aproximadamente US$ 2 milhões. O mais interessante é que Dona Ana nunca pôde denunciar nenhum companheiro. Ela sempre negava o roubo. Então, ninguém foi denunciado processualmente por essa ação. É como se não tivesse existido. Dona Ana não podia denunciar… Como ela justificaria o dinheiro?”
Capítulo 68, quinta-feira, 7 de julho
Tentativa de suicídio – “Fui pego em São Paulo e me levaram para o Dops. Fui torturado violentamente! Durante o processo de tortura tomei uma decisão: a de me matar. Durante um depoimento eu menti, e disse que tinha um encontro marcado com o Lamarca no dia seguinte pela manhã. Escolhi um lugar que era fácil para me matar: uma avenida da Lapa (Bairro de São Paulo) que passava carros em altíssima velocidade. Eu havia decidido me jogar. E foi o que aconteceu comigo: eu me atirei embaixo de uma Kombi e fiquei bastante ferido. Fiquei no hospital, mas depois de um tempo voltei para a tortura na Operação Bandeirante (Oban).”
Capítulo 69, sexta-feira, 8 de julho
Dilma não participou de ações armadas – “A Dilma não participou de ação nenhuma. Não existe nenhum processo. Ela não participou de nenhuma ação armada porque não era o setor dela. Ela atuava em outros setores. Nos orgulhamos do que fizemos, mas isso não quer dizer que somos desprovidos de uma visão crítica. Tínhamos uma visão idealista que entrava em choque com a realidade. Mas não renunciamos nada; temos orgulho do que fizemos. Mesmo agindo incorretamente, às vezes.”
*Tijolaço
Segundo do site SessãoTV.br, dividido em cinco partes, em capítulos sucessivos, seu depoimento está reproduzido abaixo:
Capítulo 65, segunda-feira, 4 de julho
Relação de companheirismo com Dilma – “Eu tenho muito orgulho de ser companheiro da Dilma. Sempre nos identificamos. O nosso bom companheirismo persiste até hoje. Eu sempre fui advogado de gente pobre. Sempre fui uma pessoa de esquerda. Com a ditadura não vi outra saída a não ser partir para a luta armada. Formamos uma organização chamada Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), e praticávamos ações de desapropriação de bancos. Buscávamos dinheiro no banco para comprar armas. Também fizemos algumas ações em quartéis para pegar armas. Praticamos ações sociais também: pegávamos caminhões de carne na Baixada Fluminense e distribuíamos em favelas.”
Capítulo 66, terça-feira, 5 de julho
Prisão de Dilma Rousseff – “A Dilma foi presa em frente ao Jornal O Estado de S. Paulo. Como todos os demais, foi torturada na Oban (Operação Bandeirante). Ela foi condenada por 3 anos e cumpriu toda a pena… A Dilma sente muito orgulho do que fez! Ela não ficou com sequelas. Felizmente. Ela entrou na cadeia nova e saiu nova… Não deixa de ser uma ironia… Eu moro aqui nessa casa na beira do rio em frente à Ilha do Presídio (Porto Alegre), onde fiquei preso por quase um ano.”
Capítulo 67, quarta-feira, 6 de julho
Roubo do cofre de Adhemar de Barros – “Conforme aumentava o número de clandestinos, de pessoas procuradas, tínhamos que planejar ações em bancos e pegar dinheiro para sustentar o pessoal. O Adhemar de Barros tinha o monopólio do jogo do bicho no Rio de Janeiro; não era só São Paulo. Tínhamos a informação de que o dinheiro do jogo do bicho era recolhido mensalmente e levado para a casa de Dona Ana Capriglione, no bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro, e depois mandado para o exterior. Soubemos disso, fomos lá e pegamos o cofre. Naquela época tinha aproximadamente US$ 2 milhões. O mais interessante é que Dona Ana nunca pôde denunciar nenhum companheiro. Ela sempre negava o roubo. Então, ninguém foi denunciado processualmente por essa ação. É como se não tivesse existido. Dona Ana não podia denunciar… Como ela justificaria o dinheiro?”
Capítulo 68, quinta-feira, 7 de julho
Tentativa de suicídio – “Fui pego em São Paulo e me levaram para o Dops. Fui torturado violentamente! Durante o processo de tortura tomei uma decisão: a de me matar. Durante um depoimento eu menti, e disse que tinha um encontro marcado com o Lamarca no dia seguinte pela manhã. Escolhi um lugar que era fácil para me matar: uma avenida da Lapa (Bairro de São Paulo) que passava carros em altíssima velocidade. Eu havia decidido me jogar. E foi o que aconteceu comigo: eu me atirei embaixo de uma Kombi e fiquei bastante ferido. Fiquei no hospital, mas depois de um tempo voltei para a tortura na Operação Bandeirante (Oban).”
Capítulo 69, sexta-feira, 8 de julho
Dilma não participou de ações armadas – “A Dilma não participou de ação nenhuma. Não existe nenhum processo. Ela não participou de nenhuma ação armada porque não era o setor dela. Ela atuava em outros setores. Nos orgulhamos do que fizemos, mas isso não quer dizer que somos desprovidos de uma visão crítica. Tínhamos uma visão idealista que entrava em choque com a realidade. Mas não renunciamos nada; temos orgulho do que fizemos. Mesmo agindo incorretamente, às vezes.”
*Tijolaço
quarta-feira, junho 29, 2011
A verdade sôbre os piratas da Somália
¡Piratas! from Juan Falque on Vimeo.
Um documentário imperdível sobre o badalado assunto da pirataria nas águas internacionais da Somália (leste da África). Como sempre, a imprensa internacional oculta as motivações e a realidade dos fatos noticiados. Antes disso, trata de criar versões mentirosas e distorcidas sobre um país que vive há anos em pleno "estado de natureza", numa insólita situação hobbesiana, sem governo estabelecido, em guerra civil permanente, fome generalizada, centenas de milhares de refugiados, guerra de raças, etc.
Como se isso não bastasse, a Somália ainda é vítima da pesca ilegal de grandes companhias, mas sobretudo, mais recentemente, serve de depósito de lixo tóxico e nuclear de empresas europeias e asiáticas. Veja tudo isso em 23 minutos deste importante documentário. Ao final, você verá que o alcance geopolítico e econômico do caso somali alcança muitos e importantes interesses das esgotadas economias centrais.
*comtextolivre
Cocaína-Cola
Qual uma das lutas mais difíceis que os Países Ocidentais travam? A luta contra a droga.Qual uma das bebidas mais vendidas no Mundo Ocidental? A Coca Cola.
Não sei se repararam: "Coca", como "cocaina".
Sim, mas a Coca Cola Company não utiliza a droga, só o nome ficou.
Não é bem assim.
The New York Times, 1988:
Esta semana surgiram, a partir de entrevistas com representantes do governo e cientistas envolvidos em programas de pesquisa sobre drogas, alguns detalhes sobre como a Coca-Cola obtém a coca e como esta é processada.
Eles identificaram a Stepan Company, no Illinois, qual importadora e empresa que processa a cocaína usada na Coca-Cola. Depois dos representantes da Stepan terem declarados os laços com a Coca-Cola, a gigante das bebidas confirmou os detalhes das operações.
Em entrevista telefónica com a sede da Coca-Cola em Atlanta, Randy Donaldson, porta-voz da empresa, disse: "Usamos ingredientes da folha de coca, mas não há cocaína e tudo é rigidamente controlado pelas autoridades ".
Nos Andes, as folhas de coca são mastigadas e usadas como chás de ervas desde milhares de anos.
São ricos em nutrientes essenciais, reduzem as dificuldades respiratórias e digestivas e são um estimulante e um calmante natural.
Os estudos confirmaram que no estado natural, as folhas são totalmente seguras e não levam ao vício: é para a produção da cocaína que são utilizados ingredientes químicos tóxicos.
No entanto, os EUA ainda têm uma política de erradicação, que apela para que os Países andinos queimem as florestas com produtos químicos tóxicos, tudo para eliminar esta planta medicinal.
Para travar a expansão da cocaína nas próprias terras, Washington pede que outros Países destruam tradições milenárias e inócuas.
Segundo a Lei dos Estados Unidos, é ilegal importar ou estar na posse de folhas de coca.
No entanto, há uma excepção: a Coca-Cola. Na tentativa de manter o sabor tradicional da bebida best-seller, a empresa de Atlanta convenceu o governo dos EUA a isentá-la de respeitar a lei. O que vale para um traficante não vale para uma empresa privada.
Mas atenção: as coisas não são assim simples. Vamos ver porque.
A Stepan Company importa a cada ano cerca de 100 toneladas de folhas de coca com uma "autorização especial" da DEA. Não esqueçam este "pormenor", sabendo que os jovens Africano-americanos recebem penas de 10 anos por posse de algumas gramas de cocaína enquanto uma das maiores corporações da América está a importar as folhas utilizadas para a produção de cocaína.
A cocaína é extraída das folhas, uma vez entradas nos Estados Unidos, com uma permissão especial da DEA. A Coca-Cola não usa cocaína, como sabemos, hoje não há cocaína na Coca-Cola.
E chegamos a uma pergunta óbvia: para onde acaba a cocaína em forma de pó branco que é extraída das folhas de coca mas que não é utilizada na Coca-Cola?
Acontece que esta cocaína é vendida a uma empresa chamada Mallinckrodt Incorporated, de St. Louis.
A Mallinckrodt recebe não só as importações de cocaína da Coca-Cola, mas também ópio importado da Índia. Além disso, compra também THC extraído da marijuana cultivada nos Estados Unidos.
Nada mal como "Guerra contra as drogas", nao é?
Mas quanta cocaína é adquirida pela Mallinckrodt Incorporated?
Mais de um quarto de tonelada.
É razoável perguntar para onde vão toda esta cocaína e ópio depois de terem chegado nos armazéns da Mallinckrodt. A explicação oficial é que destinam-se a "uso medicinal".
Vamos fazer duas contas.
De acordo com vários sites, são precisos cerca de 300 gramas de folhas de coca para produzir 1 grama de cocaína refinada.
Isso significa que 100 toneladas de folhas de coca podem produzir cerca de 333 quilos de cocaína a cada ano.
É um monte de cocaína. Lembrem que são 333 quilos de cocaína aprovada pela DEA, agência que pretende combater a "Guerra contra as Drogas", mas que de alguma forma concede imunidade aos fornecedores da Coca-Cola. Porque se a Coca-Cola goza de uma autorização especial para a importação, deve haver fornecedores com uma autorização especial também.
Tudo isso leva à segunda óbvia pergunta: o que faz a Mallinckrodt Incorporated com 333 quilos de cocaína refinada a cada ano? É impossível imaginar que 333 quilos de cocaína possam ser usados para "fins médicos", a menos que você tenha uma idéia bastante ampla deste conceito.
Mas vamos em frente com os cálculos.
333 quilogramas são, obviamente, 333 mil gramas de cocaína. De quanta cocaína falamos? Segundo The Goods Drugs Store, uma "normal pista" de cocaína (uma tira que o consumidor inala para assumir a droga) contem 50-75 mg, um vigésimo de grama.
Isso significa que uma grama é suficiente para obter 20 tiras. Multiplicamos tudo vezes 333 mil gramas de cocaína produzida com as 100 toneladas de folhas de coca importada legalmente pela Coca-Cola e obtemos 6,66 milhões de tiras de cocaína anuais.
100 toneladas de folhas de coca = 100 mil quilogramas de folhas de coca
100 mil quilogramas de folhas de coca = 333 quilogramas de cocaína
333 quilogramas de cocaína = 333 mil gramas de cocaína
333 mil gramas de cocaína = 6,66 milhões de tiras de cocaína.
Só como curiosidade: 333 mil gramas de cocaína representam 16,7 milhões de Dólares (50 Dólares/grama).
333 mil gramas que acabam onde?
Nota: se quanto acima parece ao leitor um bocado "esquisito", é bom lembrar que este é o fruto duma pesquisa de Natural News, um site de confiança, e que o material faz parte dum projecto maior, condensado no livro 25 Amazing Facts About Food, que é possível descarregar de forma livre neste link (livro em Inglês).
Ipse dixit.
Fontes: The New York Times, The Good Drugs, Natural News
O treino das crianças
A Suprema Corte dos EUA decidiu que a lei da Califórnia que proíbe a venda e aluguer de vídeo-jogos violentos a menores de idade é "inconstitucional e viola a liberdade de expressão.
Afirma o juiz Antonin Scalia:
Assim como os livros, os jogos e os filmes antes, os vídeo-jogos comunicam ideias e mensagens até sociais através de meios familiares. Isto é suficiente para conferir a protecção ao abrigo da Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.
O caso foi aberto em 2005, quando a Califórnia aprovou uma lei que previa multas de até 1.000 Dólares para quem vendia ou alugava vídeo-jogos rotulados como violentos para os menores de 18 anos. A lei já tinha sido rejeitada por um tribunal em 2007 e o então Governador, Arnold Schwarzenegger (Terminator contra os videojogos violentos: até a que ponto chegámos...), tinha apelado ao Tribunal Supremo.
A autoridade máxima dos EUA sublinhou que também os livros infantis contêm cenas violentas, como nos contos Cinderela ou de Hansel e Gretel, onde filhos matam os raptores ao cozinha-los num forno.
Segundo o Tribunal, todos os estudos que tentaram demonstrar a perigosidade dos vídeo-jogos violentos foram rejeitados por todos os tribunais e por uma boa razão:
não conseguiram provar que os videogames violentos possam provocar um comportamento agressivo nos menores.
Calling all station
Estou? Planeta Terra? Há ainda alguém aqui?
Estou a pensar em extinguir-me. Porque estou fora do tempo, vivo num outro mundo, um mundo que já não existe. Sou um dinossauro.
E o eventual Leitor que esteja a ler este artigo é um dinossauro também. Deveria pensar na própria extinção.
No meu mundo arcaico, para perceber que um videojogo pode ser negativo, não é preciso que uma criança entre numa loja armada com uma metralhadora, elimine o dono e os clientes, e depois peça para aceder ao nível seguinte.
No mundo arcaico é uma questão de senso comum, que deve ser usado "antes" e não "depois".
Ao submeter o cérebro duma criatura em plena fase de aprendizagem a cenas violentas e repetidas, onde matar é a única maneira para obter sucesso ou até sobreviver, esperemos o quê? Que um dia peça para ser o novo Gandhi?
Na verdade estas são observações banais e inúteis, pois os juízes sabem isso e muito mais. E a demonstração está na comparação entre os videojogos modernos e os clássicos da literatura infantil: só uma pessoa com grandes problemas pode aceitar um tal paralelo.
Se o nosso desejo for encontrar as verdadeiras razões duma tal decisão, então temos que procurar em outros lugares.
O treino
Vagueamos num infinito labirinto de paredes brancas, com portas que dão acesso a outras salas brancas. E, de vez em quando, aparece alguém com uma bata e uma caçadeira.
Temos que mata-lo, antes que seja ele a disparar. Assim será possível continuar, deixando atrás um rasto de cadáveres.
Paisagens cinzentas, de devastação. Tanques e vermelho, muito vermelho, a cor do sangue. A nossa cidade foi destruída, a nossa casa não existe mais, a nossa família foi morta, nós vivemos apenas para a vingança.
O nosso bairro é um monte de lixo na periferia, os nossos dias correm entre lutas com as gangues rivais, roubos e fuga da polícia.
Estamos numa estação espacial, numa escuridão claustrofóbica, rodeados por monstros extraterrestres: a nossa única hipótese é matar, mata-los todos até o último.
Estes são todos videojogos que é possível encontrar em qualquer hipermercado.
Aqui ninguém que voltar atrás e obrigar as crianças a jogar com o hula-hop: o tempo passa, a sociedade evolui e nós temos que evoluir com ela. Mas a questão é mesmo esta: os videogames violentos podem ser considerados uma evolução?
Segundo a Corte Suprema dos Estados Unidos a resposta é "sim": os videogames são hoje o que foi Capuchinho Vermelho no passado.
Mas a dúvida fica: são bons? São maus? Até a que ponto afectam os mais jovens?
Porque este é o ponto: um adulto tem a capacidade para operar uma clara separação entre virtual e real. Mas uma criança?
Neste aspecto, a nossa atitude enquanto espécie é curiosa.
Todos os animais escolhem proteger as próprias crias. Nós não. Com os videojogos, nós preferimos expor as crias a um mundo irreal onde domina a violência.
É possível objectar que afinal este pode ser outra forma de aprendizagem: até um certo ponto, constitui uma maneira virtual de apresentar os perigos do mundo real. Zombies e monstros espaciais, neste caso seriam apenas representações dos "maus" que existem na vida do dia a dia.
Não é bem assim. Nada conheço em termos de psicologia ou desenvolvimento infantil: mas acho não ser precisa uma licenciatura para entender que não é esta a forma adequada. Porque o que os videojogos fazem, na realidade, é realçar dois aspectos: a agressividade e o medo.
Curiosamente (?), num mundo cada vez mais competitivo como o nosso, a agressividade é um elemento destinado a ganhar espaço, cada vez mais. É normal que assim seja, pois este é um dos fundamentos da nossa sociedade: o crescimento continuo implica um conflito permanente, em contraposição à paz, que é sinonimo de calma.
O "bonito" não funciona, pois nós gostamos de contemplar o que é bom. E "contemplação" é outra vez sinonimo de calma. Não funciona.
O que funciona é a desolação, o feio, algo que estimule a criança, obrigada assim a mexer-se à procura duma condição melhor.
Para fazer isso, a criança tem que aprender apenas um conceito básico: a vida e os objectivos dela são mais importantes do que todas as outras vidas juntas.
Então é só matar.
E o medo?
Isso também faz parte do treino.
Por enquanto são zombies e extraterrestres maus. Uma vez crescidos, serão pandemias, acidentes nucleares, bactérias assassinas.
O que a Suprema Corte dos Estados Unidos está a dizer é apenas o seguinte: continuem a criar os futuros perfeitos cidadãos.
Como não concordar?
Ipse dixit.
Fontes: Stampa Libera, Il Cambiamento
*informaçãoincorreta
AL: Só o Brasil omite fatos ocorridos durante a ditadura
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário, afirmou nesta segunda que o projeto de lei que cria a Comissão Nacional da Verdade deverá ser votado antes do recesso parlamentar na Câmara dos Deputados. “Estamos com a expectativa de que este projeto seja votado na Câmara dos Deputados antes de julho”, disse a ministra.
O projeto que cria a Comissão da Verdade está em tramitação no Congresso Nacional desde maio do ano passado. O governo federal tenta aprovar o texto original com urgência urgentíssima na Câmara. Militantes de direitos humanos defendem a revisão do texto, alterando questões como a composição da comissão e o período histórico que será investigado.
Maria do Rosário participou pela manhã, em Porto Alegre, do lançamento da campanha “Rio Grande sem Homofobia”, no Palácio Piratini, e da Rede Estadual de Direitos Humanos, na sede do Ministério Público. À noite, a ministra participa do ato de criação do Comitê à Memória, à Verdade e à Justiça, na Assembleia Legislativa.
“A criação dos chamados Comitês da Verdade visam a contribuir para a aprovação do projeto de lei que vai instituir a Comissão Nacional da Verdade, além de acompanhar sistematicamente os trabalhos que serão realizados pela comissão”, explicou Maria do Rosário.
O Brasil é um dos únicos países da América Latina que ainda não divulgou informações de fatos ocorridos durante a ditadura militar, tais como torturas, mortes, desaparecimento forçados e ocultação de cadáveres. O Comitê pela Verdade que foi lançado nesta segunda em Porto Alegre, já é décimo sexto instaurado no país.
Com Rede Brasil
Dilma fez um gol na banda larga:Em seis meses de governo,uma negociação com as teles levará a internet ao andar de baixo
O GOVERNO DESATOU o nó da expansão do acesso à internet de banda larga em todos os municípios brasileiros. No anedotário de Brasília, essa iniciativa era conhecida como “Xodó 2.0″ de Dilma Rousseff. É boa notícia para ninguém botar defeito. Depois de uma negociação com as operadoras, chegou-se a um acordo pelo qual até 2014 todas as cidades brasileiras terão conexões rápidas. Cumprida a meta, será uma das joias da coroa do atual governo. O serviço, com 1 megabyte de velocidade, custará R$ 35 por mês, ou R$ 29, caso os governos estaduais abram mão da cobrança do ICMS.Leia aqui a matéria completa
*osamigosdopresidentelula
Que Luxo é a Guerra para USA
Tempestade no deserto. Mas com ar condicionado…
O site Europa Press publica uma curiosa reportagem, dizendo que o ar-condicionado para as tropas dos EUA no Iraque e no Afeganistão tem um custo de 20,2 bilhões de dólares por ano, cerca de 14.150 milhões de euros, mais do dobro do orçamento da NASA.A cifra, sempre absurda, passa a ser crível quando se considera uma década de guerra e centenas de milhares de soldados.
O custo seria derivado de gastos com condicionadores de ar, muitas vezes ligados a tendas individuais e do transporte de gás a partir destes dispositivos a lugares remotos, que envolve aviões, helicópteros e, sobretudo, escolta armada, segundo disse o disse o general reformado Steven Anderson à National Public Radio, dos EUA, em entrevista que você pode ouvir aqui, em inglês.
Anderson – que era o chefe da logística para o Iraque o general David Petraeus, agora comandante das forças dos EUA no Afeganistão -lembrou que, além destes custos, deve ser considerado que, para levar combustível para os geradores de eletricidade que alimentam os aparelhos, em lugares remotos do Afeganistão, a gasolina era aerotransportada a Karachi, no Paquistão, e daí enfrentava uma viagem de 800 milhas (1.300km) por estradas que, segundo ele, “eram trilhas de cabra melhoradas”.
A covardia desta querra da maior potência militar do planeta e seus recursos ilimitados contra populações miseráveis perdidas no deserto e nas montanhas não menos desérticas daquela parte do planeta é gritante até no ar que cada um respira.
O sol nasceu para todos, mas agora só esturrica os mais pobres.
*Tijolaço
Seminario Debate desafios de Cuba
*tijolaço
.*militanciaviva
ALEIDA GUEVARA PÕE O DEDO NA FERIDA
A médica cubana, Aleida Guevara, elogiou o Movimento dos Sem-Terra, “o movimento social mais importante da América Latina”, segundo ela. “Se pudesse dar um único conselho ao povo brasileiro, a partir da experiência socialista cubana, seria que vocês façam a reforma agrária. Não é possível que a maior parte das terras deste imenso país seja mantida nas mãos de apenas 17 famílias”, concluiu a herdeira de Che Guevara.
.*militanciaviva
Lição de economia: custo nada tem a ver com preço.
Nosso comentarista Tovar Fonseca adiantou-se e leu a segunda parte da reportagem sobre o gigantesco “lucro Brasil” das montadoras de veículos, escrita por Joel Silveira Leite, no UOL, e que se comentou ontem aqui.
O trecho final da matéria é estarrecedor e dispensa qualquer comentário:
Para o presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, os preços dos carros no Brasil são determinados pela Fiat e pela Volkswagen. “As demais montadoras seguem o patamar traçado pelas líderes, donas dos maiores volumes de venda e referência do mercado”, disse.
Fazendo uma comparação grosseira, ele citou o mercado da moda, talvez o que mais dita preço e o que mais distorce a relação custo e preço:
“Me diga, por que a Louis Vuitton deveria baixar os preços das suas bolsas?”, questionou.
Ele se refere ao “valor percebido” pelo cliente. É isso que vale.
“O preço não tem nada a ver com o custo do produto. Quem define o preço é o mercado”, disse um executivo da Mercedes-Benz, para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil.
“Por que baixar o preço se o consumidor paga?”, explicou o executivo.
Sobra dinheiro nas duas pontas desta equação do consumo de alto luxo, até porque ali falta imposto. Mas a regra que praticam é diferente para os consumidores de classe média? E será que esta genial “ciência econômica” é exclusiva dos executivos das montadoras? Em quantos produtos não estará sendo aplicada a “máxima” de “por que baixar o preço se o consumidor paga?”
*Tijolaço
terça-feira, junho 28, 2011
Aldo Rebelo ontem no Roda Viva
Muito bom o comentário sôbre o Partido Republicano em 200anos nos Eua já governou mais que qualquer partido comunista no mundo, e que lá só 2 partidos governam , um é Coca Cola o outro Pepsi Cola, GUARANÁ NÃO ENTRA kkkk
Marieta Severo pode interpretar Dilma Rousseff no cinema
A atriz Marieta Severo, 64, é cotada para interpretar a presidente Dilma Rousseff no cinema. O roteiro, ainda em fase de pré-produção, será baseado no livro "A Primeira Presidenta", do jornalista, analista político e palestrante Helder Caldeira, que faz um paralelo entre a trajetória política de Dilma e o processo de redemocratização do Brasil.
O produtor Antônio de Assis, que comprou os direitos cinematográficos da obra na semana passada, convidou a atriz na noite de sexta-feira (24). De acordo com ele, a resposta de Marieta foi positiva, mas ainda há detalhes a serem acertados. Segundo o agente da atriz, Marieta "ficou feliz com a lembrança" e "a princípio aceitou [o convite], mas ainda vai ler o roteiro e estudar a proposta". Ela preferiu não dar entrevista por enquanto.Marieta Severo é uma das atrizes mais premiadas do teatro brasileiro. Ex-mulher do cantor e compositor Chico Buarque, com quase 50 anos de carreira, ela tem dezenas de trabalhos na televisão e no cinema.
O escritor Helder Caldeira, que supervisionará o roteiro cinematográfico, afirmou que o financiamento do filme vai "se distanciar o máximo possível" de recursos públicos. "É a nossa convicção de trabalho", disse ele, que nega ter escrito uma biografia da presidente.
Segundo Caldeira, a obra é uma "análise política" que tenta explicar "como uma mulher que tinha sido torturada há menos de 40 anos era a mesma mulher que estava na TV, em 1º de janeiro, passando as tropas em revista como comandante-em-chefe".
A versão cinematográfica, porém, vai citar brevemente a infância, a adolescência e a fase de militância de Dilma durante o regime militar. "A redemocratização é o período em que temos informações sobre ela. Os documentos da ditadura estão naqueles arquivos em que não podemos mexer", disse.
O livro, escrito durante seis dias em janeiro de 2011, era vendido sob encomenda pela internet, mas será lançado oficialmente nesta segunda-feira (27) pela editora Faces. O filme deve chegar aos cinemas em um ano e meio. "Vamos começar a filmar em fevereiro de 2012 e o lançamento está previsto para dezembro de 2012", disse Caldeira.
*Militânciaviva
DEM resiste e prolonga a extirpação
DEM admite ter vergonha de se expor como partido de direita
Embalado pela crise que derrubou o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil) e pela desarticulação do PSDB, maior partido de oposição, o DEM resolveu fazer um novo “reposicionamento de imagem” para melhorar sua aceitação junto ao eleitorado. A medida já abriu internamente a discussão sobre o uso de expressões como “direita”.
Ao passar por uma refundação de fachada em 2007, o partido abandonou a sigla PFL numa péssima jogada de marketing da direção partidária. Nas urnas, os resultados não vieram — os “demos”, com exceção da vitória de Gilberto Kassab para a Prefeitura de São Paulo em 2008, naugrafaram.
Agora, depois de medir os ânimos do eleitorado em pesquisa qualitativa e quantitativa, o DEM vai lançar nova linha de comunicação no segundo semestre. A sondagem será decisiva para se chegar à nova “roupagem” do partido. Não está descartado o resgate do antigo PFL e o abandono da sigla DEM, manchada após o escândalo envolvendo o ex-governador José Roberto Arruda (DF), no episódio conhecido por “mensalão do DEM”.
“A questão do conteúdo a gente já tem avançado. A consistência do que acreditamos já está acertada. Agora, o que falta é a definição da embalagem”, afirmou o líder do partido na Câmara, ACM Neto (BA).
Parte do ideário do DEM — que se diz defensor do liberalismo econômico e da livre iniciativa — foi moldada após pesquisa de 2007, do Instituto GPP. De acordo com o levantamento, a maioria dos brasileiros é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a legalização das drogas e do aborto. A pesquisa ouviu 2 mil entrevistados.
Entre as palavras mais positivas consideradas pelo eleitor, estão “religião”, “trabalho” e “moral”. “Temos de mostrar nossas bandeiras. Se não, fica difícil sair da mesmice”, afirma o presidente do DEM paulistano, Alexandre de Moraes.
Mas, se há consenso sobre o programa do partido, há dúvidas a respeito do formato. Para uma vertente, o rótulo da direita ficou associado ao período da ditadura e a partidos que não gostam de pobres. Portanto, seria uma armadilha usá-lo. Para outra, existe no país um eleitor “órfão”, que é contra o governo e que quer um posicionamento claro de oposição.
“Há um congestionamento de partidos, como se todo mundo jogasse pendurado na esquerda. Virou moda dizer ‘sou de esquerda’. Mas não é isso que o brasileiro pensa”, diz o ex-deputado José Carlos Aleluia.
“O partido tem que ocupar esse espaço que abriga a direita”, agrega o parlamentar — que, no entanto, disse que o DEM deve evitar a adjetivação. “Mas não coloco objeção a companheiros que queiram colocar.”
“Não me incomodo em ser chamado de direita, de modo algum. Não tenho preocupação nenhuma. Pode chamar de direita, conservador, neoliberal. Não ligo. Sou mesmo”, disse o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO).
Já ACM Neto avalia que, no Brasil, não são claras as definições sobre conservadorismo. “Eu, a priori, refuto. Não me considero conservador. Não adoto esse discurso. Essa roupagem não me cabe”, afirmou. “O Democratas é um partido fundamentalmente de centro, com gente mais à esquerda e mais à direita”, ilude-se o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).
Com o portal Vermelho e informações do Estadão
Sem alarde, salário de Kassab tem alta de 62%
Terça-feira 28, junho 2011
O prefeito Gilberto Kassab (sem partido) usou uma brecha jurídica de 1992 para aumentar em 62% seu salário no início do ano. Sua remuneração passou de R$ 12,3 mil para R$ 20 mil sem aprovação da Câmara Municipal – segundo a Lei Orgânica, a Casa possui competência exclusiva para fixar os subsídios do prefeito. A justificativa é um decreto legislativo de 1992 que atrela seu salário ao dos deputados estaduais.
Segundo o texto, a remuneração do prefeito passou a corresponder, a partir de janeiro de 1993, a 75% do salário dos deputados estaduais. Os parlamentares tiveram um aumento de 61,8% aprovados na Câmara dos Deputados em dezembro de 2010, junto com os deputados federais.
Uma resolução similar a essa e também aprovada em 1992 foi utilizada no início do ano para elevar os salários dos vereadores da capital, mas foi questionada pelo Ministério Público, que entrou com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra a norma. A ação está sob análise da Justiça.
Desde janeiro de 2009, Kassab recebia salário de R$ 12,3 mil e não havia anunciado qualquer mudança na sua remuneração. O site da Prefeitura, porém, mostra que o prefeito ganha R$ 20 mi. Ontem de manhã, o JT o questionou pessoalmente sobre seu salário. O prefeito confirmou que recebia aproximadamente R$ 12 mil.
A Lei Orgânica do Município diz também que a remuneração do prefeito só poderá ser estabelecida por meio de lei, e não menciona a possibilidade de decreto. Por Helena
*osamigosdoBrasil
Marina Silva anunciará na próxima semana saída do PV
A ex-senadora Marina Silva, terceira colocada na eleição presidencial de 2010, deve anunciar na próxima semana sua saída do PV, após cerca de três meses de desavenças com a cúpula do partido. De acordo com matérias na imprensa, Marina espera reunir colegas de partido e simpatizantes em um movimento político baseado na internet antes de articular a criação de outra sigla para disputar a Presidência da República nas eleições de 2014.
Ainda segundo o jornal, a decisão deve ser anunciada no próximo dia 6, em ato público a ser realizado em São Paulo ou Brasília. A aliados, Marina comunicou sua intenção na noite de domingo, em reunião no apartamento do ex-deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), no Rio de Janeiro. A ex-senador viaja na próxima quinta-feira para encontro do PV alemão, onde buscará respaldo internacional ao novo projeto. Em conversas com aliados, Marina disse que perdeu a esperança num recuo do presidente do PV, deputado José Luiz Penna (SP), com quem disputava desde março o comando do partido.
*osamigosdopresidentelula
Demorou: UOL descobre que “custo Brasil” é o lucro.
O jornalista Joel Silveira Leite prestou um imenso serviço ao jornalismo hoje, em sua coluna “Mundo em Movimento“, no UOL.Escreveu o que centenas de jornalistas das editorias de economia não escrevem, às vezes nem por censura, mas pelo hábito de repetir, sem pensar, o que lhe dizem empresários, banqueiros e homens do “mercado”, como se fosse apenas transcrever ou propagandear o que estes falam.
Leite vai a um tema sobre o qual muita gente sabe e quase ninguém escreve.
Que o preço dos automóveis no Brasil é mais alto – e um dos mais altos do mundo – não por uma carga tributária elevada apenas, ou dos encargos trabalhistas – mas porque as margens de lucro das montadoras é muito maior aqui do que em outras partes do planeta.
Isto é, que o nome “custo Brasil” camufla, na verdade, outro: o “Lucro Brasil”.
Ele conta que as montadoras no Brasil têm uma margem de lucro muito maior do que em outros países, citando uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, e diz que elas respondem por boa parte do lucro mundial das suas matrizes.
As editorias de economia da grande imprensa, quando decidem usar a reconhecida capacidade de suas dezenas de profissionais, desempenham um papel fundamental na informação da sociedade.
Exatamente o que tinha sido apontado aqui, recentemente, quando afirmamos que os lucros da Fiat aqui no Brasil (e na América Latina) haviam ajudado a empresa a pagar parte da dívida da Chrysler com os governos americano e canadense, pela injeção de dinheiro para que esta não falisse, na crise de 2008.
Joel Leite usa um exemplo de um modelo da Honda que, sem considerar os impostos, dá a montadora um “lucro extra” (extra, porque sua margem de lucro “normal” já está embutida no preço de venda mexicano) de R$ 15.518,00 sobre os R$ 56.210,00 por que é vendido no Brasil, embora a versão vendida no México tenha muito mais equipamentos de segurança e acessórios.
“Será possível que a montadora tenha um lucro adicional de R$ 15,5 mil num carro desses? O que a Honda fala sobre isso? Nada. Consultada, a montadora apenas diz que a empresa “não fala sobre o assunto”. “
Mas o analista Adam Jonas, responsável pela pesquisa do Morgan Stanley fala, e diz que “no geral, a margem de lucro das montadoras no Brasil chega a ser três vezes maior que a de outros países”.
A reportagem de Joel Leite é a primeira de uma série que promete muita informação. Merecidamente, era a manchete de hoje de manhã no UOL.
Você pode conferir aqui.
*tijolaço
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