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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
terça-feira, maio 25, 2010
Chávez diz que Hillary Clinton tem "inveja" do presidente Lula
Chávez diz que Hillary Clinton tem "inveja" do presidente Lula
Agência Brasil
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse na tarde de hoje (25) em Buenos Aires, que não é o Irã que precisa de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) devido ao seu programa nuclear e, sim, os Estados Unidos. "Eles [EUA] invadiram o Iraque e desrespeitaram muitas resoluções da ONU. Os Estados Unidos estão com ciúmes porque o Sul existe", afirmou Chávez.
Chávez afirmou ainda que o acordo assinado pelo Irã, pelo Brasil e pela Turquia tem de ser comemorado. "A diplomacia é uma grande jornada da América Latina e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e, sobretudo, do presidente Lula, que é um grande estadista e um líder mundial".
Pelo acordo, o Irã concordou com a troca de 1,2 mil quilos de urânio enriquecido a 3,5% por combustível nuclear enriquecido a 20% necessário a suas pesquisas médicas. O Irã também já enviou uma carta à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) contendo todos os detalhes do acordo assinado com o Brasil e a Turquia.
Na opinião do presidente venezuelano, as pressões dos Estados Unidos para que o Conselho de Segurança da ONU aprove novas sanções contra o Irã são consequências da "inveja que [a secretária de Estado] Hillary Clinton tem do Lula".
Chávez está em Buenos Aires para participar, junto com outros presidentes, das cerimônias que marcam o Bicentenário da Independência da República Argentina. Um jantar reunindo 200 convidados nacionais e internacionais está marcado para a noite de hoje, na Casa Rosada, sede do governo.
TUCANOS QUEREM RASGAR A CONSTITUIÇÃO NOVAMENTE.
terça-feira, 25 de maio de 2010
TUCANOS QUEREM RASGAR A CONSTITUIÇÃO NOVAMENTE.
Serra vai oferecer o cargo de Vice à Aécio em troca de seis anos de mandato sem reeleição
Quando Aécio desembarcar no Brasil, de volta de suas “merecidas” férias, vai receber dos tucanos uma proposta que é fruto do desespero que reina naquele ninho. Aécio entra como vice na chapa, se eleito, Serra se compromete a mudar a Constituição, acabando com a reeleição, mais estendendo o mandato do presidente para seis anos, e a exemplo de Fernando Henrique, mudando as regras com o jogo em andamento e se beneficiando da alteração, pois, eleito para quatro anos, acabaria ficando seis.
É a última cartada dos tucanos nesse sentido, pois, do jeito que as coisas estão, Aécio Neves já avisou que não vai embarcar na canoa furada e correr o risco de deixar uma eleição quase certa para o Senado, e se arriscar a perder como vice. Além do que, ele não pretende passar oito anos esperando para ser candidato à presidência da República.
E isso é o que vai acontecer se José Serra ganhar agora e não houver o fim da reeleição, ele será pela ordem natural das coisas, novamente o candidato dos tucanos em 2014, restando para Aécio mudar de partido ou esperar 2018.
A situação está complicada para os tucanos, e Aécio Neves não parece disposto a se sacrificar, para ele é melhor não trocar o certo pelo agora mais duvidoso ainda. A candidatura de Serra está fazendo água muito depressa.
do Com texto livre
Poesia revolucionária... Não cultives a fraqueza
Poesia revolucionária...
Não cultives a fraqueza
Vive o fraco na fraqueza
o bom na sua bondade
vive o firme na firmeza
lutando por liberdade.
Não cultives a fraqueza,
procura sempre ser forte,
que o homem que tem firmeza
não se rende nem à morte.
Educa a tua vontade
faz-te firme: em decisões,
que não terá liberdade
quem não fizer revoluções.
Se queres o mundo melhor
vem cá pôr a tua pedra,
quem da luta fica fora
neste jogo nunca medra.
Francisco Miguel Duarte,
Poeta popular nascido no Alentejo,
Operário sapateiro, filho de camponeses
fBolha testa apoio ao golpe e toma uma virada espetacular!
Folha testa apoio ao golpe e toma uma virada espetacular!
enquete
Na enquete acima, a Folha testa o apoio a uma eventual cassação da candidatura de Dilma, um golpe branco dado pelo Judiciário, o famoso tapetão. O impressionante é que ontem, ao redor do meio-dia, a opção favorável à impugnação contava com 70% dos votos e a contrária, com apenas 30%. No entanto, menos de 24 horas depois, o resultado se inverteu surpreendentemente e os contrários ao tapetão passaram a ser maioria: 54%! Para votar na enquete, clique aqui.
Querer punir apenas Dilma por algo que todos os candidatos estão fazendo (clique aqui e aqui para ver), trata-se de um golpe. Coisa de setores que sabem que não ganham no voto.
Mídia oculta os crimes dos ruralistas
Mídia oculta os crimes dos ruralistas
18/05/2010
A Agência Câmara noticiou nesta semana que a Polícia Federal ouviu os depoimentos de três ex-diretores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), entidade vinculada aos ruralistas, suspeitos de fraudes em licitações que causaram rombo de R$ 10 milhões aos cofres públicos. A mídia hegemônica, que clamou pela instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) contra o MST, simplesmente evitou tratar do assunto. Ela faz alarde contra as entidades ligadas à reforma agrária, mas silencia totalmente sobre as falcatruas dos barões do agronegócio.
A reportagem revela que o esquema foi descoberto durante a “Operação Cartilha”, desencadeada em fevereiro passado. “Um dos ouvidos, segundo informações da PF, foi indiciado por formação de quadrilha e fraude em licitação. A Polícia Federal não revelou os nomes dos ouvidos e nem quem foi indiciado. Prestaram depoimento ao delegado Irene Pereira, esposa do deputado federal Homero Pereira (PR) e outros dois ex-diretores do Senar. Sendo que ela foi indiciada”. Irene e outros cinco executivos sob investigação sigilosa faziam parte da alta gerência do Senar.
Desvio para a campanha eleitoral?
A “Operação Cartilha” foi solicitada pela Controladoria-Geral da União para apurar o desvio de materiais destinados ao Programa de Formação Rural do Senar. A CGU estima que o prejuízo ao erário seja de R$ 9.926.601,41. “Investigações da PF indicam que contratações de entidades sem fins lucrativos visavam, na realidade, favorecer empresas do ramo gráfico de Brasília”. Inúmeras contratações foram executadas sem licitações e com preços superfaturados. Há suspeitas de que o dinheiro seria desviado para as campanhas eleitorais de candidatos vinculados aos ruralistas.
Esta não é a primeira, nem será a última, denúncia envolvendo os barões do agronegócio, que se travestem de “paladinos da ética” e lideram a histeria contra os subsídios públicos concedidos às entidades vinculadas à reforma agrária. O Senar, administrado pelas federações estaduais filiadas à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), presidida pela fascistóide Kátia Abreu, gerencia milhões de reais dos cofres públicos sem qualquer transparência. Levantamento recente confirma os seguintes valores doados às entidades ruralistas para a “qualificação dos produtores rurais”:
- Senar/Acre – R$ 978.854,63
- Senar/Alagoas – R$ 778.188,26
- Senar/Amazonas – R$ 663.270,90
- Senar/Amapá – R$ 426.151,81
- Senar/Bahia – R$ 2.171.477,38
- Senar/Ceará – R$ 3.782.325,73
- Senar/Distrito Federal – R$ 352.188,11
- Senar/Espírito Santo – R$ 411.689,98
- Senar/Goiás – R$ 1.634.195,00
- Senar/Maranhão – R$ 1.670.632,30
- Senar/Minas Gerais – R$ 11.274.446,00
- Senar/Mato Grosso do Sul – R$ 1.752.641,00
- Senar/Mato Grosso – R$ 3.813.263,87
- Senar/Pará – R$ 1.517.276,68
- Senar/Paraíba – R$ 184.633,07
- Senar/Pernambuco – R$ 400.000,00
- Senar/Piauí – R$ 345.638,43
- Senar/Paraná – R$ 6.710.444,31
- Senar/Rio de Janeiro – R$ 1.105.468,25
- Senar/Rio Grande do Norte – R$ 318.511,33
- Senar/Roraima – R$ 502.979,08
- Senar/Rondônia – R$ 1.047.509,27
- Senar/Rio Grande do Sul – R$ 4.817.230,00
- Senar/Santa Catarina – R$ 2.838.636,77
- Senar/Sergipe – R$ 609.533,90
- Senar/São Paulo – R$ 9.625.122,90
- Senar/Tocantins – R$ 650.523,70.
Kátia Abreu sob suspeição
Este enorme volume de recursos, porém, geralmente não é destinado à formação dos produtores. Ele serve, inclusive, para o pagamento de altos salários aos dirigentes das entidades ruralistas – o que é ilegal. A Federação da Agricultura de São Paulo, por exemplo, já foi condenada a devolver um milhão de reais, desviados para o pagamento de diárias dos seus dirigentes. As entidades dos ruralistas do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul também já estão sob investigação.
No caso da federação dos ruralistas do Tocantins, presidido por Kátia Abreu entre 1995-2005, as suspeitas são ainda mais graves. O Tribunal de Contas da União (TCU) já questionou a prestação de contas do Senar e até convocou Kátia Abreu para esclarecimentos. O caso é tão sinistro que a própria CNA, antes da eleição da senadora para sua presidência, decretou intervenção na unidade do Tocantins. A sujeira parece ser brava. Mas a mídia prefere ocultar os crimes dos ruralistas – inclusive porque Kátia Abreu é sondada para ser vice na chapa do demotucano José Serra.
do Altamiro
Procuradora Sandra Cureau está repetindo o caso do promotor Blat
Procuradora Sandra Cureau está repetindo o caso do promotor Blat
A própria procuradora Dra. Sandra Cureau está fazendo propaganda eleitoral subliminar negativa contra Dilma Rousseff, quando faz "denúncias" contra a campanha de Dilma na imprensa, sem que haja denuncia à justiça.
Uma denúncia destas à imprensa, partindo de uma autoridade como procuradores de república é muito séria contra qualquer pessoa, e nunca deve ser feita de forma informal, sobretudo em meios de comunicação de massa (até porque a pessoa acusada fica em extrema desvantagem para exercer seu direito de defesa). Esse tipo de denúncia informal traz prejuízos à imagem das pessoas, sobretudo àquelas expostas à opinião pública. Em um processo político pré-eleitoral, é uma forma de fazer campanha negativa.
Se a própria procuradora não formalizou denúncia à justiça, é porque não reuniu fundamentação suficiente ainda e, neste caso, como pode a segunda mais alta autoridade da procuradoria geral eleitoral, fazer acusações precipitadas através da imprensa?
A atuação da procuradora, neste caso, repete o episódio do promotor Blat. Fez acusações na imprensa contra o PT e diretores da Bancoop, sem apresentar denúncia à justiça.
Quer queira, quer não, isso é uma forma de fazer campanha eleitoral negativa.
Por que só contra Dilma?
Como agravante, por que a procuradora diz à imprensa estar reunindo provas apenas contra Dilma, se há denúncias equivalentes contra todos os candidatos?
Procuradores da República defendem o cidadão. Não são advogados do PSDB, nem do DEM. Tem que acompanhar e fiscalizar os atos de todas as candidaturas, e agir contra abusos de todas elas, sem usar "dois pesos e duas medidas".
A Procuradoria Regional Eleitoral de Santa Catarina (PRE/SC), já denunciou José Serra (PSDB/SP), por delitos que o Brasil todo já viu. A PRE/SC já encaminha a denúncia para Procuradoria Geral Eleitoral, em Brasília.
Será que a Dra. Cureau é única pessoa que ainda não viu esse delito de José Serra estampado na imprensa, para arrolar José Serra também em sua fala imprópria à imprensa? Logo ela, a autoridade mais envolvida no processo de fiscalização eleitoral dos presidenciáveis?
A denúncia contra José Serra é por propaganda eleitoral antecipada, no feriado do dia 1º de maio em Camboriú, no 28º Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários, patrocinado com dinheiro público de governos conduzidos pelo partido de José Serra:
* R$ 300 mil do Governo do Estado de Santa Catarina, cujo governador é do PSDB (Leonel Pavan);
* R$ 240 mil da Prefeitura de Camboriú, cuja prefeita também é do PSDB (Luzia Coppi);
Assim não dá. Parece que a Procuradoria só tem olhos para fiscalizar Dilma, e ainda com critérios duvidosos. Parece que está alocando 100% de seus esforços para fiscalizar Dilma, com um rigor arbitrário e inquisidor, e dedicando ZERO por cento para fiscalizar Serra.
Isso é também uma forma de parcialidade, ao privilegiar a fiscalização apenas de uma candidatura em detrimento de outra.
Queremos os pratos da balança da Justiça Eleitoral equilibrados. Queremos eleições limpas. Queremos um Ministério Público que defenda o cidadão, o eleitor, e seja completamente imparcial. Que não se submeta às pressões do poder econômico que controla a imprensa, nem das campanhas midiáticas dos donos da imprensa, nem das bancas de advocacia do DEM e do PSDB. Que a mesma lei e procedimentos que vale para Serra e Marina, valha para Dilma.
Atualização às 16:37hs
A amiga leitora Maria Isabel lembrou bem:
Endereço de reclamação ao Ministério Público Eleitoral: pge@pgr.mpf.gov.br
dos amigos do Presidente Lula
Irresponsabilidade na tragédia do Golfo do México
Irresponsabilidade na tragédia do Golfo do México
terça-feira, 25 maio, 2010 às 18:47
Explorar petróleo é uma atividade de alto risco e por isso mesmo deve estar cercada das maiores precauções. As empresas petrolíferas deveriam levar para todos os países em que atuam a experiência acumulada em termos de operação segura. Mas não foi isso que se viu no terrível acidente com a plataforma da BP, no Golfo do México, que continua despejando petróleo ininterruptamente no mar.
Segundo informação do Wall Street Journal, a instalação da BP não utilizava um sistema acústico de controle das válvulas de segurança capaz de tapar o poço imediatamente, já que a regulamentação dos Estados Unidos não o exige. Por isso que disse em post do dia 13 que não pode deixar de haver controle estatal sobre a operação de petróleo.
O uso desse sistema é obrigatório no Brasil e na Noruega, de acordo com o jornal americano, e se ele efetivamente aumenta a segurança deveria ser adotado pela BP ou qualquer outra empresa independentemente de ser compulsório ou não.
A Associação Brasileira de Integração e Desenvolvimento Sustentável (Abides) considera que a BP colocou as metas de produção à frente das metas de segurança, violando um dos pilares de qualquer indústria.
“O caso típico é a resistência da BP e da indústria do petróleo em adotar o “sistema acústico” de monitoramento como mais um equipamento redundante para monitorar as condições de fluxo na extração de petróleo e gás, equipamento que poderia ter alertado para as condições adversas da operação em curso e contribuído para evitar a catástrofe. As razões de custo foram os argumentos usados pela indústria”, diz a Abides em artigo que analisa a catastrofe com a plataforma Deepwater Horizon.
As empresas que tanto falam em responsabilidade social e ambiental estão mais preocupadas com seus lucros e dividendos, como observou o poeta argentino Juan Gelman no artigo Feras, publicado no site Cubadebate.
Gelman, vencedor do Prêmio Cervantes de 2007, escreveu que no dia 27 de abril, exatamente uma semana depois do desastre, a BP anunciava a seus acionistas que os lucros obtidos no primeiro trimestre do ano tinham duplicado em relação ao mesmo período de 2009. “Parece que não foi o suficiente para comprar a válvula”, ironizou o poeta e jornalista.
do Tijolaço
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