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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, julho 25, 2010

Ruptura já o Planeta não aguenta






O dinheiro e a ficção do dinheiro

O complicado discurso econômico muitas vezes encobre realidades que, explicadas de maneira simples, em seu contexto histórico são de uma clareza meridiana. Meu avô me contava que, nos anos 50, a ideia de inflação era a de emissão de moeda “sem o suficiente lastro em ouro”. Não é possível que alguém hoje, com conhecimento de economia repita este conceito, mas foi ele e sua maior referência até o fim da 2a. Guerra, quando a Conferência de Breton-Woods, em 1944, quando o padrão-ouro foi substituído pelo dólar como referência de valor nas relações econômicas mundiais.

Neste filme de animação, Paul Grignon explica a natureza do dinheiro, dos juros e do sistema bancário, e coloca questões fundamentais como: “Porque é que os governos optam por pedir dinheiro emprestado – com juros associados – aos bancos privados, quando poderiam simplesmente criar todo o dinheiro que necessitassem, sem quaisquer juros?” O filme me foi sugerido pelo leitor Paulo Bulgarelli, no Brizolaço, e achei tão legal e didático que resolvi partilhar com todos.

Posto aí em cima a parte 1, de cinco vídeos, legendados. A parte dois, a três, a quatro e a cinco e final podem ser acessadas clicando em cada link que aparece ao final do vídeo, na própria tela de exibição, na parte de baixo, onde aparecerá a parte seguinte, depois de você asistir cada capítulo.

dotijolaço

Semana da Dilma







As recentes provocações do governo colombiano contra a Venezuela obedecem a um plano ardiloso e sinistro de Washington






Império contra-ataca com fúria e quer a guerra, acusa Chávez

As recentes provocações do governo colombiano contra a Venezuela obedecem a um plano ardiloso e sinistro de Washington, na opinião do presidente Hugo Chávez. Os Estados Unidos têm interesse na guerra e buscam criar as condições para uma conflagração na região, segundo o líder da revolução bolivariana, que rechaçou de forma enérgica as insinuações feitas por Uribe de que o país socialista estaria mancomunado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

“Não devemos subestimar o que está ocorrendo”, alertou Chávez durante um longo discurso para centenas de sindicalistas que participaram do 3º Encontro Sindical Nossa América, na noite de sexta-feira (23), em Caracas. Ele rechaçou de forma enérgica as acusações do governo Uribe, comparando-as às mentiras inventadas contra o Iraque pelo governo Bush para justificar a guerra (“disseram que o país tinha um grande arsenal de armas de destruição em massa, depois ficou comprovado que isto não era verdade”) e assegurou que, diferentemente dos EUA, a Venezuela quer a paz e não a guerra.

Ironia

O presidente venezuelano acentuou que o mundo, e em especial a América Latina, vivem um momento de transição e mudança. Por aqui, ao longo dos últimos anos, foram eleitos vários governos progressistas que, embora em graus diferenciados, contestam a hegemonia norte-americana e buscam abrir caminho para um desenvolvimento soberano e a integração política e econômica da região.

Com a economia em frangalhos e num processo histórico de decadência, os EUA recorrem ao poder militar, terreno em que sua superioridade é incontestável, como último recurso para manter o domínio sobre o mundo. A guerra é, hoje, o principal instrumento do imperialismo. Isto explica um orçamento militar que corresponde à metade dos gastos bélicos do resto do mundo e foi ampliado apesar da crise (agravando os desequilíbrios financeiros e o déficit do governo imperial), bem como a crescente agressividade contra os povos.

No Oriente Médio, onde tem Israel como ponta de lança, Washington mantém a guerra imperialista contra o Iraque e o Afeganistão e respalda o terrorismo sionista contra os palestinos. Na Ásia, está por trás das provocações contra a Coréia do Norte e na América Latina são notórios os preparativos para conflitos bélicos com o objetivo de reverter o processo de mudanças progressistas no subcontinente. Por ironia da história, neste momento o senhor da guerra é o Prêmio Nobel da Paz, Barack Obama.

O espaço mais tenso

Entre as mais recentes iniciativas do império contra os povos e nações latino-americanos Chávez apontou a reativação da 4ª Frota de Intervenção, a ocupação militar do Haiti (disfarçada de “ajuda humanitária”), da Costa Rica (a pretexto de combater o narcotráfico), o golpe militar contra Zelaya (e a Alba) em Honduras, a instalação de sete novas bases na Colômbia e, agora, as falsas acusações vomitadas pelo governo Uribe.

“Os EUA vêm agredindo nossos povos faz muitos anos”, lembrou o comandante da revolução bolivariana, ele próprio vítima de um golpe militar desferido pela oligarquia venezuelana com apoio explícito do império em abril de 2002, felizmente abortado e revertido pelo povo em aliança com os militares progressistas em pouco mais de 24 horas. Quando aplicou o golpe frustrado contra a revolução bolivariana, o governo Bush já tinha planejado a guerra contra o Iraque, mas queria primeiro recuperar o controle sobre as ricas reservas de petróleo venezuelano.

“Aqui na América Latina não há dúvida de que o espaço mais quente e mais tenso que o império escolheu para a guerra é a parte norte da Sul América, onde Bolivar sonhava que nasceria a maior nação do universo, não pela sua extensão mas pelo caráter progressista e popular que imaginou com a integração”, destacou.

Território de guerra

Interessa ao imperialismo “preparar as condições para que aqui se desate um conflito armado e tristemente o território da irmã e querida Colômbia foi transformado em território de guerra, estabelecido um regime militarista, que vai contra seu próprio povo, em 1º lugar, e contra os povos irmãos ao se converter em instrumento do imperialismo”.

“Vivemos momentos de tensões, como Fidel vem alertando ao longo dos últimos meses”, disse Chávez, aludindo ao “perigo de que se desate uma grande conflagração que pode gerar uma guerra atômica no Oriente Médio, com uma guerra imperialista contra o Irã, ou na península da Coréia”.

O atual governo colombiano, lacaio do imperialismo, cumpre na América Latina papel análogo ao de Israel no Oriente Médio. Hoje, entre Colômbia e Venezuela, “o contraste é muito grande”, sublinhou Chávez. “Aqui sabemos que está em marcha uma revolução, estamos construindo nosso modelo socialista, enquanto a Colômbia se foi convertida por Uribe num enclave do imperialismo”.

O medo da burguesia

“Fui obrigado a romper relações com o governo da Colômbia e não com a Colômbia ou o povo colombiano, porque Colômbia e Venezuela constituem uma mesma pátria. Há razão para preocupação (deles), pois a oligarquia sabe que os destinos da Venezuela e Colômbia no fundo são os mesmos. Uma vez desatada a revolução bolivariana aqui a burguesia colombiana ficou apavorada”, disse o presidente venezuelano, lembrando que tal temor vem de longe e já se manifestava desde 4 e fevereiro de 1992, quando liderou uma insurreição militar (derrotada) contra o governo neoliberal de Carlos André Peres.

“Quando a oligarquia colombiana e o imperialismo se deram conta do ímpeto revolucionário de militares venezuelanos começaram as hostilidades. Já naquela época se dizia que o movimento militar bolivariano era uma extensão da guerrilha colombiana. Como hoje, divulgaram imagens, fotografias e montaram o cenário para nos associar às Farc. Recordo isto à imprensa lembrando que está tudo registrado. A Venezuela participou da guerra contra a guerrilha.”

"Eu declarei que não iria mais participar daquela guerra, que o conflito era um problema interno da Colômbia. Nós queremos buscar o mecanismo para a paz, mas me acusaram com informes, documentos e mapas falsos de apoiar as Farc e querer a guerra. Disseram que o golpista, o coronel Chávez comandou assalto contra unidade militar venezuelana, tudo isto está registrado. A oligarquia colombiana, temerosa do efeito contágio da revolução bolivariana, arremete contra o nosso governo, o nosso povo, a nossa revolução".

Novo cenário

Acrescentou que os EUA “lhes metem ainda mais medo. Eu estou seguro que este show montado por este senhor que parece inabilitado para exercer cargo público na Colômbia, que essas imagens que ele apresentou lhes foram dadas pelo império ianque, pois agora a Colômbia tornou-se uma grande base militar do imperialismo”.

O presidente venezuelano lembrou que é uma vergonha o que vem ocorrendo no interior da Colômbia. Os militares estadunidenses praticam toda sorte de crimes, inclusive tráfico de droga inclusive, dos militares ianques, mas gozam de imunidade. “Não dá vergonha ao governo colombiano entregar de forma tão abjeta o território colombiano a este tipo de gente?”, indagou.

Hugo Chávez salientou que o mundo vive um momento bem diferente de 10 ou 15 anos atrás. “Em 1994, o governo Clinton reuniu os chefes de estados de todos os países americanos, com exceção de Cuba, para anunciar a instalação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Chegou a dizer que estava realizando o sonho de Bolívar, o que era uma mentira, pois se tratava do sonho de domínio do império”.

Era uma época que sucedeu a queda do Muro de Berlin e o colapso da União Soviética. Parecia que a história tinha chegado ao fim e o capitalismo neoliberal era o fim da história, como sustentou um ideólogo estadunidense Francis Fukuyama. “As ideias de Marx, Engels e Lênin foram negadas. As luzes do socialismo se apagaram no mundo. Uma das poucas luzes acesas era Cuba revolucionária, Cuba de Marti, de Fidel, de Che Guevara.”

Bumerangue

Mas, as coisas mudaram. “Em 1998, quando fui eleito pela primeira vez, era só eu e Fidel. Depois vieram Lula no Brasil, Evo Morales na Bolívia, Kirchner na Argentina, Tabaré Vasquez (depois Pepe Mujica), Rafael Correia no Equador. A Alca foi enterrada em Mar del Plata na Argentina, em dezembro de 2005”.

O socialismo voltou à ordem do dia. “Estamos fazendo um grande esforço para construir o socialismo, sabemos que socialismo não se decreta e nem se impõe de um dia para o outro, é um caminho largo de construção de um novo modo de vida, um novo modo de produção e de relacionamento entre os homens, num processo em que a classe trabalhadora joga um papel protagônico”, afirmou o líder da revolução bolivariana.

Diante deste cenário de transição e mudança “o império contra-ataca e contra-ataca com fúria”, observou, citando os exemplos de ofensiva capitalista e destacando o golpe contra Zelaya em Honduras, “que foi um golpe contra a Alba e contra todos nós”. Eles querem a guerra, alertou, “nós queremos a paz”, reiterou, “mas reagiremos à altura se formos agredidos. A Venezuela não voltará a ser colônia dos EUA nem de ninguém. Se vierem estarão desencadeando uma guerra de 100 anos, que pode se transformar num bumerangue contra o governo colombiano e o império”.

De Caracas,
Umberto Martins



Chavez ameaça cortar fornecimento de petróleo aos EUA


Por Frank Jack Daniel

CARACAS (Reuters) - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, ameaçou neste domingo cortar o fornecimento de petróleo aos Estados Unidos caso a Colômbia promova um ataque militar contra o país devido às crescentes rixas por acusações de que a Venezuela abriga rebeldes colombianos.

Chávez, esquerdista e crítico dos EUA, cortou relações diplomáticas com a Colômbia na semana passada, devido a acusações de que o governo de Álvaro Uribe, que está em seu fim, é um aliado dos norte-americanos.

"Se houver qualquer agressão armada contra a Venezuela, vinda do território colombiano ou de qualquer outro lugar, causado pelo império ianque, suspenderemos os carregamentos de petróleo aos Estados Unidos, mesmo que tenhamos de comer pedra aqui", afirmou Chávez.

"Não mandaremos uma gota mais para as refinarias dos EUA", afirmou, causando um grito uníssono de aprovação de milhares de partidários em um comício do Partido Socialista.

Chávez afirmou temer que um ataque da Colômbia era iminente, depois de Bogotá ter acusá-lo de permitir que importantes comandantes dos rebeldes esquerdistas das FARC operem livremente em regiões perto da fronteira.

O presidente negou as acusações colombianas e disse que não tolerará qualquer grupo armado estrangeiro na Venezuela.

A disputa com a Colômbia dominou a agenda política da Venezuela antes das eleições legislativas de 26 de setembro, desviando a atenção de uma grande recessão no país e da alta inflação.

doyahoo

Por todo canto dos "esportes" só safadeza MENTIRA sempre tem perna curta












Massa cede vitória a Alonso

Ferrari manda recado, Massa abre e cede vitória a Alonso em Hockenheim

Líder da prova até a 49ª volta, brasileiro recebe 'indireta' pelo rádio e permite ultrapassagem do espanhol; Sebastian Vettel completa o pódio em terceiro

Por GLOBOESPORTE.COM Hockenheim, Alemanha

F1 da Globo é mutreta ? Massa deixa Alonso ganhar

Clique para ampliar


O domingo para os brasileiros na Fórmula 1 terminou com um gosto amargo que não era sentido há tempos. Após uma bela largada, quando superou Fernando Alonso e Sebastian Vettel para assumir a liderança do GP da Alemanha, Felipe Massa se dedicou a segurar a pressão do companheiro de equipe. Resistiu aos ataques do espanhol, que chegou a se irritar – "Isto é ridículo!" – com a resistência do brasileiro. A bravura, no entanto, caiu por terra na 49ª volta, a 18 do fim, quando a Ferrari decidiu acabar com a disputa. Rob Smedley, engenheiro de Massa, disse pausadamente, dando ênfase a cada palavra:



Vídeo: Globo vende uma
fraude aos espectadores, a F1


E você, caro amigo navegante, fica em terceiro: no papel de otário

Saiu no Estadão:

“O espanhol chegou a tentar ultrapassar Massa, que enfrentou problemas de rendimento com os pneus duros, mas não teve sucesso. Na volta 48, veio a ordem implícita da equipe, através da comunicação pelo rádio, para deixar Alonso passar.

“Fernando Alonso é mais veloz do que você. Você entendeu?”. No giro seguinte, o brasileiro tirou o pé do acelerador e abriu mão da vitória.”

Confira, abaixo, a mensagem da Ferrari para Felipe Massa:

Navalha

E os patrocinadores ?

Os patrocinadores concordam em patrocinar um campeonato em que o melhor piloto brasileiro não pode ganhar ?

E o idiota do espectador torce por ele ?

Em tempo: por causa da Globo e do Cala a boca, Galvão, o Brasil é o país que mais leva a F1 a sério.


Clique aqui para ler “F1 da Globo é mutreta ? Massa deixa Alonso ganhar”.

Paulo Henrique Amorim


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Um Judeu com vergonha na cara Noam Abraham Chomsky






"Parte de Colombia fue robada por Roosevelt"
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Luis Ángel Murcia, Semana.En su visita a Colombia, Noam Abraham Chomsky habló en exclusiva con Semana. com.
ENTREVISTANoam Abraham Chomsky, intelectual gringo padre de la lingüística y polémico activista por sus posturas contra el intervencionismo militar de Estados Unidos, visitó Colombia para ser homenajeado por las comunidades indígenas de Cauca. Habló en exclusiva con Semana.com
Miércoles 21 Julio 2010

El cerro El Bosque, un trozo de vida natural amenazado por la riqueza aurífera que esconde en sus entrañas, desde la semana pasada tiene una importancia de talla internacional. Esa reserva ubicada en el centro de Cauca muy cerca al Macizo Colombiano, es el cordón umbilical que hoy tiene a los indígenas de la región conectados con uno de los intelectuales y activistas de la izquierda democrática más prestigiosos del planeta. Noam Abraham Chomsky. Quienes lo conocen aseguran que es el ser humano vivo cuyas obras, libros escritos o reflexiones, son las más leídas después de la Biblia.

Sin duda el señor Chomsky, con 81 años de edad, es toda una autoridad en geopolítica y Derechos Humanos. Su condición de ciudadano americano le da autoridad moral para ser considerado uno de los más recalcitrantes críticos de la política expansionista y militar que Estados Unidos aplica en el hemisferio. En su país y Europa es escuchado y leído con mucho respeto, se ha ganado todos los premios y reconocimientos como activista político y sus obras tanto en lingüística como análisis político han sido premiadas.

Su paso discreto por Colombia no era para ofrecer las laureadas charlas, sino para recibir un particular homenaje de la comunidad indígena que vive en el Cauca. El cerro El Bosque fue rebautizado como Carolina, que es el mismo nombre de su esposa, la mujer que durante casi toda su vida lo acompañó. Ella murió en diciembre de 2008.

En medio de su agenda, coordinada por la CUT y la Defensoría del Pueblo del Valle, el señor Chomsky sacó unos minutos para atender en exclusiva a Semana.com y hablar de todo.

Semana.com: ¿Qué significado tiene para usted ese homenaje?

Noam Abraham Chomsky: Estoy muy conmovido; especialmente de ver que gente pobre que no tiene riquezas se presten a hacer ese tipo de elogios, mientras que la gente más rica no le presta atención a este tipo de cosas.

Semana.com: ¿Sus tres hijos saben del homenaje?

N.A.C: Todos saben de esto y el bosque. Una hija que trabaja en Colombia contra las empresas internacionales de minería también está enterada.

Semana.com: En esta etapa de su vida qué le apasiona más: ¿la lingüística o su activismo político?

N.A.C: He estado completamente esquizofrénico desde que era joven y sigo así. Es por eso que tenemos dos hemisferios en la mente.

Semana.com: Por cuenta de ese activismo ha tenido problemas con algunos gobiernos, uno de ellos y el más reciente fue con Israel, que le impidió ingresar a tierra palestina a dar una conferencia.

N.A.C: Es cierto, no pude hacerlo pese a que fui invitado por una universidad palestina, pero me encontré con un bloqueo en toda la frontera. Si la charla fuera para Israel, me hubieran dejado pasar.

Semana.com: ¿Esa censura tiene que ver con uno de sus libros titulado Guerra o Paz en Medio Oriente?

N.A.C:
Es por cuenta de mis 60 años de trabajo por la paz entre Israel y Palestina. Realmente yo he vivido en Israel.

Semana.com: ¿Cómo califica lo que pasa en Oriente Medio?

N.A.C: Desde 1967 fue ocupado el territorio palestino y eso hizo de Gaza la prisión al aire libre más grande del mundo donde lo único que les queda por hacer es morir.

Semana.com: ¿Llegó a ilusionarse con las nuevas posturas del presidente Barack Obama?

N.A.C: Es muy similar a George Bush, ya lo había escrito. Hizo más de lo que esperábamos en cuanto al expansionismo militar. Lo único que cambió con Obama fue la retórica.

Semana.com: Cuando Obama fue galardonado con el premio Nobel de Paz, ¿qué pensó?

N.A.C
: Media hora después del nombramiento, la prensa noruega me preguntó qué pensaba del tema y respondí: 'Tomando en cuenta su récord, este no fue el peor nombramiento'. El Nobel de Paz es un chiste.

Semana.com: ¿Estados Unidos sigue repitiendo sus errores de intervencionismo?

N.A.C: Ha sido muy exitoso. Por ejemplo, Colombia tiene el peor récord de violación de Derechos Humanos desde el intervensionismo militar de Estados Unidos.

Semana.com: ¿Tiene alguna opinión sobre el concepto de guerra preventiva que pregonó Estados Unidos?

N.A.C: No existe ese concepto, es simplemente una forma de agresión. La guerra en Irak fue tan agresiva y terrible que se asemeja a lo que hicieron los Nazis. Si aplicáramos esa misma regla Bush, Blair y Aznar estarían colgados, pero la fuerza se aplica a los más débiles.

Semana.com: ¿Qué pasará con Irán?

N.A.C: Hoy existe una gran fuerza naval y aérea amenazando a Irán y sólo Europa y EE.UU. piensan que eso está bien. El resto del mundo cree que Irán tiene derecho a enriquecer uranio. En medio oriente tres países (Israel, Pakistán, India) desarrollaron armas nucleares con la asistencia de EE.UU. y no han firmado ningún tratado.

Semana.com: ¿Cree en la guerra contra el terrorismo?

N.A.C: Estados Unidos es el mayor terrorista del mundo. No se puede pensar en algún país que haya causado más daño que él. Para EE.UU. terrorismo es lo que usted nos hace a nosotros y no lo que nosotros le hacemos a usted.

Semana.com: ¿Hay alguna guerra justa de Estados Unidos?

N.A.C: La participación en la segunda guerra mundial fue legítima y además entraron demasiado tarde.

Semana.com: ¿Esa guerra por recursos naturales en Medio Oriente se puede repetir en Latinoamérica?

N.A.C: Es diferente. Lo que Estados Unidos ha hecho en América Latina tradicionalmente es imponer brutales dictaduras militares que no se discuten por el poder de la propaganda.

Semana.com: ¿Latinoamérica es realmente importante para Estados Unidos?

N.A.C: Nixon dijo: "Si no podemos controlar a América Latina cómo podremos controlar al mundo".

Semana.com: ¿Colombia juega algún papel en esa geopolítica gringa?

N.A.C: Parte de Colombia fue robada por Teodoro Roosevelt con el canal de Panamá. Desde 1990 este país ha sido el mayor recipiente de ayuda militar estadounidense y desde esa misma fecha tiene los mayores récord en violación de Derechos Humanos en el hemisferio. Antes el récord lo tenia El Salvador quien curiosamente también recibía ayuda militar.

Semana.com: ¿Sugiere que esas violaciones tienen alguna relación con los Estados Unidos?

N.A.C: En el mundo académico se ha concluido que existe una correlación entre la ayuda militar que dan los EE.UU. y la violencia en los países que la reciben.

Semana.com: ¿ Qué opina de las bases militares gringas que hay en Colombia?

N.A.C: No es una sorpresa. Después de El Salvador, es el único país de la región dispuesto en dejar que se instalen. Mientras Colombia siga haciendo lo que EE.UU. le pide que haga, éstos nunca van a tumbar al Gobierno.

Semana.com: ¿Está diciendo que EE.UU. derroca gobiernos en América Latina?

N.A.C: En esta década apoyó dos golpes. En el fallido golpe militar de Venezuela en 2002 y en 2004 secuestraron en Haití al presidente electo y lo mandaron para África. Pero ahora es más difícil hacerlo porque el mundo cambió. Colombia es el único país latinoamericano que apoyó el golpe en Honduras.

Semana.com: ¿Tiene algo para decir de las tensiones actuales entre Colombia, Venezuela y Ecuador?

N.A.C: Colombia invadió a Ecuador y no conozco a ningún país que apoye eso, salvo Estados Unidos. Y respecto a Venezuela las relaciones son muy complicadas, pero abogo porque mejoren.

Semana.com: ¿Latinoamérica sigue siendo una región de caudillos?

N.A.C: Ha sido una tradición muy mala, pero en ese sentido América Latina ha progresado y por primera vez el cono sur del continente se está movilizando hacia una integración para superar sus paradojas, como por ejemplo ser una región muy rica pero con una gran pobreza.

Semana.com: ¿El narcotráfico es un problema exclusivo de Colombia?

N.A.C: Es un problema de los Estados Unidos. Imagínese que Colombia decida fumigar Carolina del Norte o Kentucky donde se cultiva tabaco, el cual ocasiona más muertes que la cocaína.
dogilsonsampaio








NORDESTE é Brasil

- Transposição, Transnordestina e Refinaria Abreu e Lima. Qual desses projetos do PAC que não vão ficar prontos até o fim de 2010, ao contrário do previsto, o senhor mais lamenta não poder inaugurar e por quê?
- Não é verdade que as três obras estavam previstas para 2010. A Refinaria Abreu e Lima estava inicialmente planejada para 2011. E quanto à integração das bacias do São Francisco, o Eixo Leste, que estava previsto para 2010, tem 49% das obras realizadas e será entregue no prazo. No Eixo Norte, já estão realizadas 37% das obras e a conclusão está prevista para 2012. São três obras extraordinárias, que vão transformar completamente a realidade econômica e social do Nordeste. Eu gostaria muito de inaugurar as três, não por vaidade pessoal, e sim para beneficiar o quanto antes possível a população da região, que já estava cansada de esperar por estes empreendimentos. No entanto, o mais importante é que as obras tiveram início e estão avançando. Pra se ter uma idéia, a primeira proposta de fazer a transposição do São Francisco é de 1847. De lá para cá, ou seja, durante mais de 150 anos, esporadicamente os governos voltavam ao assunto elaborando estudos e projetos, mas não saía disso, ficava tudo no papel. Só em nosso governo as obras tiveram início de fato e isso é o mais importante. Como diz um provérbio chinês, "uma caminhada de mil léguas começa com o primeiro passo". Além da integração das bacias, estamos promovendo a revitalização ambiental dos rios e implementando o Água para Todos, para o suprimento de 593 localidades. Quanto à Ferrovia Transnordestina, a proposta é também do tempo de D. Pedro II e só agora ganha efetividade. São 1.728 km de construção e 550 km de remodelação. A Ferrovia vai ligar o porto de Suape, em Pernambuco, à cidade de Eliseu Martins, no Piauí, e ao porto de Pecém, no Ceará. Estão em obra no momento trechos que somam 1.362 km e a conclusão está prevista para 2012. A Refinaria Abreu e Lima, planejada para processar 230 mil barris de petróleo por dia, está com obras em andamento e com 20%já realizadas. Pelo planejamento, a conclusão será em 2013. Se nós fôssemos pensar em realizar apenas obras que terminassem em nosso período de governo, não daríamos início a nenhuma grande obra, a nenhuma obra estruturante. Boa parte será inaugurada no próximo governo, mas o mais importante é que toda a população nordestina será beneficiada e terá todas as condições para superar o atraso em várias áreas e ingressar num período duradouro de prosperidade. Aliás, a população já está sendo beneficiada, com a geração de milhares de empregos e com a forte ativação da economia. O Nordeste vive hoje talvez o melhor momento da sua história. E vai melhorar ainda mais.
- O senhor acredita que o próximo presidente, independentemente de quem seja, vai continuar sua política de atenção para com o Nordeste, descentralizando investimentos? Ou essa é uma característica muito própria do seu governo, já que o senhor é nordestino?
- Eu sinto muito orgulho de ser nordestino e pernambucano e tenho pela região um sentimento de carinho que guardo no lado esquerdo do peito. É uma coisa minha, pessoal. Mas, como presidente, preciso olhar para o Brasil como um todo. Se tenho investido fortemente no Nordeste, não é por ter nascido aqui, e sim porque o Nordeste é uma das regiões que sempre estiveram esquecidas pelos governantes. Essa é a razão dos investimentos pesados que estamos fazendo. Somando-se os empreendimentos exclusivos em cada estado do Nordeste, constantes do PAC, são R$ 101,1 bilhões de 2007 a 2010. Fora os empreendimentos de caráter regional, a exemplo da Transnordestina e do Projeto de Integração de Bacias, mais conhecido como Transposição do São Francisco. Com um volume inédito de obras e empreendimentos direcionados ao Nordeste fica a impressão de que estamos privilegiando a região. Não, nós simplesmente estamos resgatando uma dívida antiga, conferindo ao Nordeste a mesma importância que antes era conferida apenas às regiões do centro-sul do país. Precisamos promover um crescimento harmônico e sustentável do país. Chega decrescer de maneira torta. Governos anteriores só investiam em infraestrutura onde havia uma forte atividade econômica e os empresários só investiam onde havia boa infraestrutura, criando um círculo vicioso, concentrando empreendimentos, pessoas e problemas de todos os tipos em poucas regiões metropolitanas. Os investimentos que fazemos no Nordeste e outras regiões antes esquecidas, será benéfica inclusive para as regiões que sofreram inchamento, como São Paulo. Haverá desconcentração, maior equilíbrio e desenvolvimento harmônico em todo o país.
- Com a descoberta de petróleo na camada pré-sal, a produção de biodiesel no Nordeste, tão importante para o desenvolvimento da população de baixa renda e anunciado com pompa ainda no seu primeiro mandato, ficou em segundo plano?
- No setor de energia, nós consideramos que o mais importante é contar com uma matriz diversificada, é ter a possibilidade de, havendo a necessidade, poder substituir rapidamente uma fonte de energia por outra. E nós já somos, seguramente, opaís de matriz energética mais diversificada do planeta. Já atingimos a autossuficiência e ainda estamos nos capacitando a integrar o grupo dos grandes exportadores. E o mais importante é que dentro da nossa matriz energética, 46% são provenientes de fontes renováveis - biodiesel, etanol, carvão vegetal, eólica (que aproveita a força dos ventos), hidreletricidade, etc. No resto do mundo, essa porcentagem é de apenas cerca de 14%. Por todas essas razões, e também por seu conteúdo social, o biodiesel jamais ficaria em segundo plano. Tanto que nós estamos aumentando ano a ano a porcentagem obrigatória de biodiesel no diesel mineral. De 2005 a 2007, era facultativa a mistura de 2% de biodiesel. A partir de janeiro de 2008, essa porcentagem de mistura passou a ser obrigatória. Ainda em 2008, aumentamos a adição para 3% e, em 2009, para 4%. A mistura obrigatória de 5% estava prevista somente para 2013, mas nós antecipamos para este ano, o que representa, apenas para a mistura, uma demanda anual de 2,3 bilhões de litros. A capacidade instalada das usinas está em 4 bilhões de litros anuais de biodiesel. E o que mais me deixa feliz é constatar que 93% são produzidos por empresas que utilizam o Selo Combustível Social. Este Selo dá direito a benefícios tributários e é fornecido às usinas que adquirem uma porcentagem mínima de matéria-prima dos agricultores familiares. São milhares de agricultores que hoje têm como principal fonte de renda o fornecimento de matéria-prima às usinas. Em termos de volume, o Brasil se orgulha hoje de ser o terceiro maior mercado mundial de biodiesel, mesmo tendo entrado há muito pouco tempo no setor.
- Qual o projeto político do senhor para quando deixar a Presidência? O senhor cogita a possibilidade de se consolidar como um estadista global?
- Já ouvi algumas sugestões nesse sentido, a imprensa, inclusive internacional, tem feito especulações a respeito, mas eu, sinceramente, não trabalho com essa perspectiva. Fico lisonjeado com a lembrança do meu nome, mas estou convencido de que o cargo de secretário-geral da ONU deve ser ocupado por funcionários internacionais, por membros da burocracia que estejam familiarizados com organizações multilaterais. Não nego que pretendo ter atuação internacional. Penso muito em contribuir para amenizar a situação de precariedade e de fome em que vivem populações de vários países da África e da América Latina. Como presidente do Brasil, acho que acumulei uma boa experiência, que poderá ser transmitida para desenvolver projetos em outros países. Temos no Brasil instituições de excelência como a Embrapa, com a qual pretendo trabalhar. As técnicas agrícolas desenvolvidas pela empresa, o aprimoramento de variedades adaptáveis aos mais diferentes tipos de solo e de clima, poderão ser levadas a esses países e dar uma contribuição decisiva para diminuir ou eliminar a fome e o sofrimento de milhões de seres humanos. Além disso, pretendo continuar a contribuir na política brasileira, não me metendo em questões do dia a dia, mas levantando bandeiras fundamentais parao Brasil, a começar pela reforma política.
- O senhor acabou de lançar o programa Um Computador por Aluno, em Caetés, mas como o senhor avalia a política de inclusão digital no seu governo e quais foram as dificuldades encontradas? Na sua opinião, o que o próximo presidente terá que fazer para avançar nesta área?
- No início do meu primeiro mandato, nós fizemos um levantamento e descobrimos que estávamos bastante atrasados em relação a outros países quanto ao uso do computador e da internet. Começamos a dialogar com diversos especialistas e com representantes da área, surgindo daí várias iniciativas como, por exemplo, o programa Computador para Todos, com linhas de financiamento que facilitam o acesso a computadores domésticos. Pouca gente acreditou na sua eficácia, mas passado pouco tempo, os resultados começaram a aparecer. Em 2004, foram 4 milhões de computadores montados no Brasil e agora, em 2010, estamos atingindo a marca de 12 milhões. Além da inclusão, estamos fomentando a indústria montadora de computadores. Segundo dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil, 30% dos lares brasileiros já contam com esses equipamentos. Estamos investindo também num programa inovador que é o Um Computador por Aluno (UCA), projeto pedagógico de uso dessa tecnologia em sala de aula. Até o final deste ano vamos completar a entrega de 150 mil laptops para 300 escolas, na segunda fase do projeto piloto. Já estamos apoiando 5 mil Telecentros e até o final deste ano estaremos apoiando outros 5 mil. São núcleos de inclusão digital localizados sobretudo em locais remotos, onde o acesso à internet é mais difícil. Nós fornecemos equipamentos de informática, conexão à internet e bolsas para jovens monitores. As dificuldades são muitas, mas estamos conseguindo superar todas elas. Um dos principais problemas é a falta de Banda Larga em boa parte das regiões. Para resolver o problema, começamos a trabalhar desde o ano passado na implementação do Plano Nacional de Banda Larga. Queremos que a Telebrás, que nós reativamos, e as operadorasde telecomunicações participem dessa proposta, que é levar banda larga para todos e ajudar a construir o país do futuro. Quanto ao próximo governo, espero que dê continuidade aos programas já iniciados. Não se trata de completar a tarefa, mas de avançar, sabendo que nesta área estarão surgindo sempre novos e estimulantes desafios. A inclusão digital não é um luxo ou um supérfluo. É fundamental para a igualdade de oportunidades e a construção de um Brasil mais justo. (Entrevista publicada no Diário de Pernambuco)
dodesabafobrasil

Lula é o ídolo no show do Paralamas do Sucesso

A noite no Festival de Inverno de Garanhuns bateu o recorde de público, na sexta-feira, quando Paralamas do Sucesso chegou a antecipar o horário do seu show, por conta da visita do presidente Lula ao camarote do governador Eduardo Campos.

Lula chegou pouco depois do começo do show e a cena foi histórica para o povo de Garanhuns e para o próprio Festival de Inverno. A praça estava lotada como nunca esteve, em todos os dias de festa. A estimativa era de 60 mil pessoas.

Antes mesmo da imagem do presidente chegar aos telões da praça, as pessoas já o tinham avistado e ovacionavam com gritos e palmas. Lula, tímido e visivemente emocionado, apenas acenou e sorriu. O delírio do público passou então a se dividir entre os hits do Paralamas do Sucesso e a movimentação do governador Eduardo Campos (PSB), ao lado de Lula, que se divertiram com o show. Dilma Rousseff (PT) não os acompanhou por restrições da lei eleitoral.

O apresentador do palco, chamou o presidente para perto e declamou uma poesia em sua homenagem. Lula, que já tinha avisado que não iria discursar, permaneceu entre sorrisos e acenos.

Depois do show, ele percorreu outros camarotes, cumprimentou candidatos e pousou para muitas fotos, e cumprimentou os músicos do Paralamas.

Mais cedo, num centro poliesportivo de Garanhuns, havia participado com Dilma Rousseff, de evento político com diversas lideranças aliadas. (Com informações do Portal Pernambuco.com).

dosamigosdopresidentelula


24 2010

Sobre mulheres e homens

Categoria: Biografia,Crônica,Senhor do ServoSenhor_do_Servo @ 21:12

A casa onde uma mulher deu a luz ao homem que viria a ser nosso presidente

Diz-se que certa vez, num repente de vaidade, alguns discípulos perguntaram ao Profeta quem era a pessoa no mundo que ele mais amava, nas esperança de ser um deles, ao que ele respondeu ser a sua esposa. Um pouco decepcionados, perguntaram quem seria então a segunda pessoa que ele mais amava, ao que ele respondeu ser seu sogro, visto que era o pai da sua esposa. Quero começar dizendo que eu compreendo o profeta, neste sentido, bem mais que seus discípulos. Sinto o mesmo.

O homem que mais amo neste mundo, é sem dúvida o meu pai. Depois, o pai de quem eu amo, por que é pai de quem eu amo. Em seguida o homem que nasceu no casebre da foto aí em cima, por que representa quase tudo que amo. Meu pai, hoje mesmo, quando mostrei esta foto (da qual fiz de papel de parede para o meu computador) marejou quando disse _Pai, o Lula foi neste casebre que o Lula nasceu.

Quando eu nasci, meu pai tinha 19 anos. Minha mãe, 16. Eram muito jovens. Meu pai era “lavrador” (hoje é jardineiro) mas lia bastante, e não sei se por ironia, ou se por amor _ parafraseando aquela célebre canção, deu-me como segundo nome “Lincoln”. Não por admiração ao país, mas ao homem. Lincoln também nasceu num casebre semelhante a este e foi também o melhor presidente de seu país sem ter cursado a universidade.

Diz-se que quando ele foi eleito a primeira vez, multidões cantavam em todo o país “o velho Lincoln nasceu no mato, no mato de Illinois [mas acho que ele nasceu de fato no Kentuchy...]“. As pessoas sabiam que ele era um homem humilde. De fato, nasceu nesta casa abaixo.

Modelo de um casebre idêntico àquele em que nasceu Abrahan Lincoln

Foram os dois, sem sombra de dúvida, os melhores presidentes de seus países e ambos tem, na história do mundo, lugar marcado. Eu sempre meditei _ até por força do nome que deu-me o meu pai, no tipo de força extraordinária que faria com que um homem saísse de um casebre ao comando de uma nação, à testa de um povo ao qual não trairia.

Encontrei a resposta no filme que o Barreto fez sobre o Lula. Aliás, apenas os boçais enxergaram no filme, um filme sobre o Lula. Até colocaram política no mesmo, não entenderam nada. O herói do filme não é o Lula, é a dona Lindu, a MÃE do Lula. Ela é a heroína. Acredito que Nancy Lincoln também tenha sido.

Há de ser um ser humano extraordinário para se nascer num casebre e chegar à presidência de uma nação poderosa? Sem dúvida! Sem nenhuma dúvida… Mas há, talvez, de se ser ainda mais grandioso para dar à luz a um filho em um casebre, e educá-lo para ser um ser humano tal que consiga ser a inspiração de toda uma nação, a redenção de um povo.

Eu ia acrescentar mais umas coisinhas, mas suponho que assim como a dona Lindu e a Ms. Nancy devessem ser, nas horas apropriadas, um tanto quanto rigorosas (Lula e Lincoln não são propriamente homens que de cara se toma como “espertos”) eu não as acrescentarei por saber que mesmo as mulheres mais extraordinárias podem ser bravas. E devem ter as suas razões, pelo que é bom e conveniente não teimar.

Isto posto, compreendido fique a minha posição sobre as mulheres de um modo geral e se quer se tornar um ser humano melhor, leia também este texto aqui da Conceição Oliveira. Fala de homens que não entenderam o quanto as mulheres podem ser extraordinárias ao ponto de, mesmo no mais humilde dos casebres, forjarem líderes que fizeram a Grandeza de suas nações, o Orgulho de seus povos e a História do mundo. Mas para pessoas como a que eu amo, que conhecem a vida de uma certa Maria e seu filho, não há novidade nisso.

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Post Scriptun: mudei no texto o original “Eurídice” para “Lindu”, que era como a mãe do Lula era conhecida. E em homenagem também à Conceição, cuja mãe recebeu o mesmo epíteto. Em honra, no fundo, à todas as mães do mundo (Dona Vera, é a senhora na fita!). Acho que a parte dela, de me fazer um bom homem, conseguiu fazer. Mas não ser mais alguém que irrita quando quer fazer sorrir, penso que dependerá de mim.

MAIS SOBRE O ASSUNTO, E MAIS BEM ESCRITO? AQUI!

doestadoanarquista