O golpismo nos ensina o que fazer com ele
Já não tenho dúvidas de que esta história do tal “dossiê” que ninguém vê e das acusações – mais que levianas, criminosas – da campanha de Serra, com o apoio desabrido de determinados órgãos de imprensa acabará por revelar algum esquema rastaquera de chantagem, de banditismo puro e simples ou – talvez, e – se voltará como um bumerangue contra os autores desta campanha golpista.
Pode ter partido de algum idiota que desejasse “prestar serviços” ao PT? Pode, mas acho remotíssima a possibilidade de que assim seja. Idiotas e puxa-sacos existem em qualquer parte, mas isso parece cada vez mais improvável pelo grau de primarismo que a coisa toma.
Agora, se não é obra de chantagistas comuns, atraídos pelas suspeitas de que as pessoas que foram alvo de seu interesse em conhecer as declarações de renda pudessem estar metidas em negócios escusos, pode ser, também, a tal “arma secreta” de que se ouviu falar na fase “hora da virada” (?) da campanha serrista.
Se partiu do centro pensante ou dos arraiais tucanos uma tentativa de armação, isso virá à tona. Sabemos que eles são capazes disso e, depois do que já vimos da campanha de Serra, não se pode ter dúvidas de que possam apelar para esse tipo de ação.
A parte de qualquer hipótese, o que está claro até agora é a absoluta transparência com que os órgãos públicos estão tratando o caso. Tudo o que se revelou, até agora, provém da Receita Federal. Seus dirigentes tem se portado com honradez e sabedoria, evitando que uma investigação de responsabilidades funcionais seja tratada como espetáculo sem, ao mesmo tempo, esconder os fatos.
É assim que o Governo deve tratar o assunto, sem omitir coisa alguma mas, ao mesmo tempo, sem entregar carniça às aves rapinantes. E carniça, para eles, é submeter o Governo e a candidata do Governo à exposição espetaculosa da mídia.
Eu fiquei muito bem impressionado com a reação de Dilma. Está segura, firme, dosando sua justa indignação de ser humano honesto com a necessidade que o papel de candidata lhe impõe, de manter o equilíbrio e a serenidade.
Só as pessoas seguras de si o podem fazer.
Ao mesmo tempo, creio que este episódio está sendo um ensinamento para Dilma e, muito mais, para parte do grupo dirigente do PT. Não é possível transigir, quando o que está em questão é a honra. Não é possível dizer: deixa, eles vão se desmoralizar.
Não, é preciso agir.
É preciso dar o exemplo, mostrar que não se tergiversa diante do golpismo, da tentativa de usurpação da vontade popular. Para usar o antigo ditado, não se pode desconhecer que “quem poupa o inimigo pela sua mão se expõe a morrer”.
Nós, que fomos a vanguarda da luta quando as restrições da política e das leis impediam que os que simbolizam nosso enfrentamento pudessem combater, estamos chamados a agir, outra vez.
Mobilize, esclareça, informe.
Divulgue o quanto puder que é contra a vontade do povo que se levanta a mão crispada do golpismo. Que é contra Lula e Dilma, mas é também contra o salário, contra o progresso, conta a justiça social, contra a soberania nacional que a face hedionda do golpismo se mostra.
Mantenha a serenidade, como só aqueles que têm a verdade e a razão ao seu lado podem manter. Mas não tergiversse, não conceda. Não podemos ter vergonha do combate que travamos, pois ele é por nós e por nossos filhos.
Trabalhe com a idéia simples e real, aquela que nosso povo entenderá, em sua lúcida simplicidade: eles perderam no voto, querem ganhar no golpe.
Contra nós, a força da mídia. Contra ela, a força do povo, que é a verdade. Verdade, que, como nos escritos bíblicos, nos libertará, se lutarmos à sua sombra.
Valente amigo, valente amiga, teu povo tem uma batalha diante de si, quase vencida. A única arma que podem usar é o nosso próprio medo.
O medo, disse Monteiro Lobato em um dos seus livros, é o filho da ignorância com a escuridão.
Portanto, informação e luz! Verdade e coragem!
Sinto-me no direito de invocar uma frase de Leonel Brizola: “vamos em frente e vamos vencer!”
*Tijolaço
Serra se queixa da imprensa. Dá para acreditar?
O espírito “Mein Fuher” baixou de vez em José Serra e ele, acredite, atacou a cobertura da imprensa na suposta quebra de sigilo fiscal de sua filha e de alguns tucanos.
Apesar de todo o esforço dos jornais, rádios e emissoras de TV em dar ao assunto ares de conspiração para derrotá-lo – como se ele já não estivesse, faz tempo derrotado e sustentado apenas pelas pesquisas e pela mídia – Serra não está satisfeito, quer mais. Quer que apenas ele seja ouvido, que suas versões dos fatos sejam as únicas, que ninguém o conteste.
“O PT sempre faz assim. Eles aprontam, fazem algo sujo e depois vêm com a outra versão, alguma versão fantasiosa, alguma loucura, e a imprensa pega e fala: aí tem dois lados. Aí não tem dois lados, aí tem o lado da verdade e o lado da calúnia, da fraude, do crime contra a Constituição”, disse ele, em São Paulo, como registrou a Folha.
Embora toda a mídia lhe seja favorável, parece que Serra só quer imprensa igual à da entrevista do Jornal Nacional, na base daquele “me perdoe” para com ele e fogo inclemente contra Dilma.
Serra, você precisa se conformar com o fato de que a ditadura do “pensamento único” já era. Não tem mais o tempo em que o “Dr. Roberto” escolhia o presidente. Voltamos a ter o contraditório, nem tanto por gosto dos jornalões, mas porque agora temos a internet atingindo milhões de brasileiros.
*Tijolaço
Maria Inês Nassif dá de 10 a 0 em todos os colonistas (*) do PiG (**), juntos.
Diz ela, hoje, no Valor, pág. A6:
“A saída de Serra (com o sigilo fiscal) é tentar ser, ele próprio, a vítima. A algoz tem que ser a Dilma, porque Lula não tem colado nesse papel. Como a prancha de Serra está contra a onda, no entanto, o marketing teria que conseguir uma sintonia muito fina. É tênue a separação entre uma acusação – de que Dilma é a responsável pela quebra do sigilo – e a infâmia, no ouvido do eleitor. Quando a onda está contra o candidato que faz a acusação, um erro é fatal. Essa sintonia não parece que está sendo conseguida. O aumento da rejeição do candidato tucano, desde o início da propaganda eleitoral, é alarmante.”
Merval e Nascimento:
vocês podem tirar a emissora do ar
O amigo blogueiro Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, me telefona para manifestar indignação diante do papel anti-ético do Carlos Nascimento, no SBT, durante entrevista com Dilma Rousseff, e Merval Pereira, no Jornal das Dez, da Globo News.
Guimarães já entrou na Justiça para impedir que emissoras que exploram um bem público – Nascimento, você sabia que o SBT é uma concessão pública ? – tomem partido em eleições.
Agora, ele precisa que você, amigo navegante, assine a moção que está no site dele – com nome e sobrenome – e reforce a campanha do “Cala a boca, Nascimento”, e “Cala a boca, Merval” !
Será que o Silvio viu ? Será que o Luiz Gonzaga Mineiro, respeitável diretor de jornalismo do SBT, viu o que o Nascimento fez ?
Já imaginou se o SBT sai do ar, Mineiro, sob a sua responsabilidade ?
Mineiro, cuidado: o Guimarães já ganhou uma na Justiça.
Ele é incansável.
Leia, amigo navegante, o que o Guimarães escreveu:
Tem início, neste post, a nova campanha do Movimento dos Sem Mídia por adesões à Representação que a ONG fará à Justiça Eleitoral brasileira contra o desafio da lei que regula as eleições no país, desafio esse representado pela prática ILEGAL de concessões públicas de rádio e tevê manifestarem opinião favorável a pelo menos um candidato no processo eleitoral de 2010.
O que é mais grave nessa prática é que o candidato favorecido pelas concessões públicas em tela disputa a Presidência da República, o que torna inaceitável que possa ter êxito em alcançar cargo dessa importância valendo-se de favorecimento ilegal por meios que pertencem a toda a sociedade e não, apenas, a grupos políticos amigos e/ou aliados dos concessionários.
Após debates e estudos, a Presidência e a Diretoria Jurídica do Movimento dos Sem Mídia compuseram minuta da Representação que será feita em benefício de eleições livres, limpas e democráticas, sem concurso de estratégia ilegal como é o uso de uma concessão pública em benefício de interesses particulares de grupos políticos e de empresários do setor de comunicação.
Trata-se de um documento preliminar que abro para contribuições, alterações e supressões por parte dos leitores deste blog durante o processo de finalização da medida a ser encaminhada à Procuradoria Geral Eleitoral em Brasília no menor prazo possível. Abaixo, a minuta da Representação.
*
Representação do Movimento dos Sem Mídia – MSM à Procuradoria Geral Eleitoral Federal – PGE sobre possível atuação ilegal de órgãos de mídia no atual processo eleitoral.
A Lei Federal nº 9.504, promulgada em 30/09/1997 e conhecida como Lei Geral das Eleições, regula o processo eleitoral deste ano no Brasil e dispõe, em seu artigo 45, sobre condutas vedadas aos veículos de mídia, visando o respeito à lei de propaganda eleitoral permitida e garantir as condições de igualdade e isonomia entre os candidatos que disputam o pleito.
Determina o artigo 45 da Lei :
– A partir de 1º de Julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário:
III – veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação e aos seus órgãos ou representantes;
IV – dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;
Ocorre que, neste ano, a campanha eleitoral de 2010, como já havia ocorrido na de 2006, foi fartamente discutida pela sociedade brasileira. Vários órgãos de mídia, principalmente redes de televisão e rádio, podem estar avançando e extrapolando os limites da legalidade fixados na Lei 9.504/97 no que diz respeito a tratamento igualitário aos candidatos que disputam estas eleições. Pela cobertura e abrangência que possuem sobre o território brasileiro, esses meios de comunicação podem influir decisivamente na vontade soberana do eleitorado distorcendo e influindo ilegalmente no resultado do pleito que se avizinha, ao arrepio do que determina a lei eleitoral supracitada.
A questão das redes de televisão e rádio é muito grave e afeta diretamente o interesse público, pois essas empresas somente funcionam porque exploram concessões públicas, outorgadas pelo Estado brasileiro. Portanto, exploram um bem que pertence a todos os cidadãos, o chamado espectro eletromagnético, através do qual transmitem e retransmitem programação para todo o território nacional, de maneira que essa programação não pode ser usada para incentivo, defesa ou promoção de grupos políticos determinados, pois constitui infração do que determina a legislação eleitoral vigente.
Sem a autorização do Governo Federal para funcionarem nos termos da lei que regula a matéria, as emissoras de TV e rádio não podem efetuar a transmissão de suas programações no território nacional e, assim, essas empresas de comunicação, mais do que qualquer outra organização ou entidade juridicamente constituída perante as leis brasileiras, têm que se ater aos termos das prerrogativas contidas nas concessões públicas que detêm e também devem obedecer rigorosamente a quaisquer restrições legais que se interponham.
Não obstante a legislação eleitoral, como mero exemplo do que vem ocorrendo relata-se aqui que certas redes de televisão e rádio podem ter extrapolado os limites da lei no que diz respeito a tratamento igualitário que devem dispensar aos candidatos que disputam o cargo de Presidente da República, sendo fato amplamente comentado pela população e por blogs e sites na internet que está havendo favorecimento ao candidato do PSDB, José Serra. São anomalias como as de 1º de setembro último, por exemplo, quando um apresentador e um comentarista de telejornais da Globo e do SBT, os senhores Carlos Nascimento e Merval Pereira, entre outros, apoiaram abertamente acusação do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, à candidata do PT, Dilma Rousseff, de que ela e sua campanha teriam ordenado o vazamento de dados sigilosos da Receita Federal concernentes à filha daquele candidato, senhora Verônica Allende Serra.
A cobertura enviesada e parcial de redes de televisão e de rádio sobre fatos e ações políticas das candidaturas no atual processo eleitoral pode constituir verdadeira “propaganda eleitoral negativa” contra uma candidatura e, no caso em tela, vitimização da outra, violando os dispositivos da lei 9.504/97, de maneira que deve ser objeto de investigação e coibida pela Procuradoria Geral Eleitoral – PGE e pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral. E o que é pior: sem que exista uma única prova que sustente a acusação comprada, in limine, pelos concessionários públicos supracitados.
A ONG Movimento dos Sem Mídia – MSM, diante de resultados díspares entre os quatro maiores institutos de pesquisas eleitorais do País no início deste ano, propôs, de forma republicana, Representação perante a douta Procuradoria Geral Eleitoral – PGE “pedindo investigação sobre a realização e divulgação de pesquisas eleitorais fraudulentas”. A Representação foi aceita, estando em curso Inquérito na Superintendência da Polícia Federal em Brasília – DF para investigar a denúncia. Mais uma vez, frente a fatos e ações de órgãos de mídia que revelam indícios de tentativas de influenciar ilicitamente o processo eleitoral, o Movimento dos Sem Mídia – MSM, organização da sociedade civil, na defesa dos interesses maiores da República, da Democracia e do Estado de Direito, prepara nova Representação. A manifestação do MSM à Justiça Eleitoral será aberta a apoio de todo e qualquer cidadão brasileiro a inve stigação da atuação de redes de televisão e rádio que pode estar tentando influir indevidamente na vontade soberana do eleitorado, podendo vir a distorcer os resultados da eleição presidencial vindoura.
São Paulo, 1º de setembro de 2010
Movimento dos Sem Mídia – MSM
Eduardo Guimarães
Presidente
Antonio Donizeti
Diretor Jurídico
Clique aqui para acessar o post no Blog da Cidadania.
Amaury não violou sigilo nenhum. Todos os documentos são públicos
Disse o amigo navegante Victor:
Caros amigos !
O cerne da questão nao é a Dilma, é o livro do Amaury.
Sinto que ( o Golpe – PHA) seja uma forma antecipada de impugnar a publicação.
A defesa da Dilma é moleza, mas,o factóide pode gerar problemas para o lançamento do livro.
O Conversa Afiada já tratou desse assunto.
O lançamento do livro do Amaury foi adiado porque ele fez um acordo com a TV Record, onde passou a trabalhar.
Sairá ano que vem.
Mas, é importante reforçar um ponto: o Amaury não quebrou o sigilo fiscal do Eduardo Jorge nem o da filha do Serra, aquela que teve uma sociedade com a irmã do Daniel Dantas – clique aqui para ver os documentos em Miami (Miami !).
Amaury só trabalhou com documentos públicos.
Documentos que, aliás, ele desde já colocou à minha disposição para usar em futuras ações judiciais (alô, alô, Daniel Dantas !).
Existe uma lógica tosca no ato Golpista do Serra de tentar se eleger com os sete votos do TSE e impugnar a candidatura da Dilma.
(O que pode derramar uma mancha de sangue no tapete)
A lógica seria a seguinte, me disse um amigo navegante, preocupado: um Amaury abre o sigilo do EG; escreve com os dados do EG um dossiê; entrega o dossiê ao Lambreta; o Lambreta entrega ao Pimenta Bueno; o Pimenta Bueno entrega à Vilma; a Vilma usa na campanha para tentar sair dos 20%.
Essa é a lógica de botequim.
Ou melhor, a lógica do Fasano.
Portanto, é importante ficar muito claro.
O livro do Amaury, que trata do Ricardo Sérgio, do Daniel Dantas, da filha do Serra e de outros insignes membros da elite da elite dos tucanos paulistas e suas operações empresariais – o livro do Amaury não estourou o sigilo fiscal de ninguém.
Se o Golpe depender disso, o Serra vai precisar de um Plano Cohen, de uma Carta Brandi, da foto do dinheiro dos aloprados e, de preferência, não deve deixar nenhum vôo da Gol cair na hora do jornal nacional. (Clique aqui para ler “O primeiro Golpe já houve. Falta o segundo” e aqui para ler “Só a Globo e o Kamel impedem a vitória da Dilma no primeiro turno”).
Paulo Henrique Amorim
Dilma lidera em todos os Estados. Ela vai ter mais votos que o Lula
A quem interessa vazar os dados da Receita ?
Por que, de 140 nomes, só aparecem os tucanos ?
Amigo navegante telefona para levantar uma suspeita.
Pergunta ele: por que cargas d’água o Serra e o PiG (*) souberam que havia sido violado, em São Paulo, o sigilo da filha do Serra, ANTES de a Corregedoria informar, formalmente , à Receita, em Brasília ?
Por que cargas d’água só aparecem nomes de tucanos vítimas de violação, quando, na verdade, a Corregedoria da Receita, em São Paulo, investiga mais de 140 acessos a declarações ?
Por que, por incrível coincidência, o PiG (*) só sabe quando aparece um nome de tucano ?
Quando apareceu o nome da Ana Maria Braga, o PiG (*) recolheu a informação imediatamente, porque deve ter percebido que a Ana Maria Braga diluiria o foco: o negócio é provar que o Serra é a vítima e a Dilma, o algoz.
Quem será que tem esse acesso privilegiado à informação – muito seletiva – do que acontece na Corregedoria de São Paulo ?
Outra pergunta desse amigo navegante: por que o senador Francisco Dornelles, que foi secretário da Receita e tem ainda muitos amigos lá, por que o Dornelles só pede a cabeça do chefe da Receita em São Paulo e, não, a cabeça de Brasília ?
Por que só o de São Paulo ?
Estranho, muito estranho.
Quem tiver acesso privilegiado ao que a Corregedoria de São Paulo faz pode saber, online, cada passo de cada funcionário da Receita envolvido na investigação.
Pode até ter acesso a informações de contribuintes cujas declarações estejam sob análise, numa operação rotineira.
Longe deste ordinário blogueiro supor que quem denuncia o vazamento é o mesmo que vaza.
O vazador é quem vaza – isso é possível, amigo navegante ?
Sim, é possível, claro.
Vale tudo numa campanha eleitoral.
Ainda mais se um dos lados – o da vítima – passasse com um trator por cima da cabeça da mãe, segundo Ciro Gomes, se fosse necessário.
Necessário ?
O que é mais necessário do que ser eleito Presidente de uma Nação de 190 milhões de almas com 7 votos ?
Necessaríssimo !
Agora, amigo navegante, medite: quem pode, por acaso, ter acesso à intimidade das investigações da Corregedoria da Receita de São Paulo ?
Agora, amigo navegante, medite: será possível que algum dirigente do PSDB tenha acesso a essas informações e seja ele o vazador: ou seja, quem denunciasse o vazamento fosse o próprio vazador ?
Não, amigo navegante, não seja pessimista.
O Serra e o PiG (*) não ousariam tanto.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Saiu no Valor, pág. A14, notícia que, hoje mesmo, vai obrigar o Serra a bombardear o Palácio de La Moneda, com o Salvador Allende lá dentro.
“Dilma lidera em todos os Estados.”
“Tendência (da Dilma) é de votação superior à de Lula em 2002 e 2006.”
“ … a candidatura Dilma retomou todos os espaço perdidos para a oposição na eleição em 2006, numa repetição da chamada ‘onda vermelha’ de 2002, só que ainda mais forte.”
“… de acordo com levantamento feito pelo Valor, na maioria dos estados nordestinos, por exemplo, o PT está aumentando largamente a vantagem sobre o PSDB obtida nas eleições de 2002 e 2006, num desempenho mais semelhante a uma bola de neve do que ao de uma onda.”
Clique aqui para ler “Golpe do Gilmar pode sujar o tapete de sangue – mobilização já !”, aqui para ler “Serra quer ganhar a eleição com sete votos”, aqui para ver o vídeo em que Dilma chama Serra de “leviano”, e aqui para ver o que Maria Inês Nassif diz: o tiro do sigilo pode ser no próprio pé.
Em tempo: este ordinário blogueiro esteve em Belém do Pará (cidade linda !). Não viu nas ruas uma única fotografia de José Serra. No Rio (clique aqui para ler “O Rio é Dilma), em dois dias, viu três.
Paulo Henrique Amorim
O ssErra é do tempo que o Brasil era Republica de Bananas.
Chebola
Mitômano se atira no lixo da história
GilsonSampaio
“É mentira, mentira descarada. Mentira descarada. E agora, você sabe, esse pessoal mente, eles são profissionais da mentira. Então são profissionais da mentira. Eles já… Mentem e dizem qualquer coisa. Tem que provar isso”.
Temos mais um movimento desesperado de saudosistas de 64 e do nefasto e deletério tempo de FHC estampado na mídia golpista, mais uma vã tentativa de forçar um improvável segundo turno. Não me preocupa a eleição de Dilma, o que me preocupa é o que virá depois da posse.
Claro que não devemos comparar as condições da tentativa de golpe na Venezuela de 2002 ou o golpe dado em Honduras no ano passado com a realidade brasileira atual, mas, também não podemos descartar que Dilma é Dilma e Lula é Lula, do alto de sua popularidade. Serra e a mídia golpista, enfim, a direita raivosa e troglodita, estão apostando no futuro, ou seja, estão forjando factóides para, aí, sim, numa eventualidade futura, repitirem o que foi feito na Venezuela e Honduras.
Serra ao acusar Dilma de criminosa responsável por esse nebuloso caso do sigilo quebrado de sua filha junto à Receita Federal, age de forma inconsequente e covarde, ao melhor estilo dos conspiradores de 54 – suicídio de Getúlio, e de 64 – ditadura militar, ao acusar sem provas.
No alto deste texto temos a fala de Serra defendendo sua filha em entrevista ao Jornal da Globo, faltou aos apresentadores perguntarem se ele tinha as provas que incriminariam Dilma, mas, isto era pedir demais para quem está comprometido com o ‘rascunho de ditadorzinho’. Na realidade, esse discurso sobre mentira é o mais perfeito e acabado auto-retrato do Mitômano.
Emir Sader: Corvos pregam golpe – como sempre
Ilustração: Maringoni
Por: Emir Sader, no Blog do Emir
02/09/2010
A direita sempre foi derrotada por Getúlio. Em 1930, pelo movimento popular que deu inicio ao Brasil moderno. Em 1945, o candidato de Getúlio derrotou o brigadeiro Eduardo Gomes, o próprio Getúlio o derrotou em 1950 e JK, com o mesmo bloco de forças de Getúlio, depois da sua morte, derrotou o general Juarez Távora.
Significativamente a direita sempre apelou para militares. Era o seu espaço de oposição – o Clube Militar, os quartéis. E sempre perdeu. Ia perder de novo em 1960, de novo com um militar de origem, Juracy Magalhães – que foi o primeiro ministro de relações exteriores da ditadura, autor da frase “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, avô de dirigente tucano baiano -, mas apelou para um aventureiro, de fora dos seus quadros – Jânio. Ganhou, com o símbolo da vassoura e o lema do “Tostão contra o milhão”, mas não levou , como se sabe.
Sempre que perdeu, a direita – que tinha no corvo-mor, Carlos Lacerda, seu principal expoente – apela para conclamar os militares para o golpe. A famosa afirmação de Lacerda: “Juscelino não pode ser candidato. Se for, não pode ganhar. Se ganhar, não pode tomar posse. Se tomar posse, deve ser derrubado.”, expressa, em estado puro o golpismo da direita dos corvos.
Hoje os militares não se prestam para isso e os corvos contemporâneos apelam para o Judiciário, na busca desesperada de impugnar a candidatura vitoriosa da Dilma. E a Marina se soma a esse coro. (Ninguém mais que se julgue de esquerda, progressista, democrático, pode continuar a apoiar a Marina, quando ela se revela abertamente de direita, golpista.)
Nada de surpreendente. Uma direita dirigida por jornais corvos só poderia desembocar no golpismo. Tentar ganhar no tapetão ou tentar desqualificar o processo eleitoral – ultimo apelo da tucanalhada. Perderão como perderam sempre contra o Getúlio, contra o JK e contra o Lula. Fim melancólico de um partido que se pretendia social democrata, implantou o neoliberalismo no Brasil e terminou como corvo golpista.
Serra na hora da virada.
Serra, o vampiro biruta, desesperado, rumo a virada.
Até agora apenas uma pessoa foi sem escrúpulos o suficiente para usar a filha de Serra na campanha eleitoral: o próprio pai.
Como Ciro Gomes já havia alertado: campanha com José Serra é baixaria na certa. O sujeito é capaz de passar com um trator por cima da própria família por suas ambições pessoais.
Em seu desespero, Serra fala tanta besteira diferente que eleitores de todos os espectros ideológicos já o consideram "biruta". Dessa vez o "tenebroso e autoritário" perdeu sua frieza habitual e faz papel de ridículo. Até o PIG mostra desconforto e, se não fosse tão preconceituoso com o PT, já teria abandonado o barco.
VOCÊ CONFIARIA NESSE HOMEM PARA SER SEU PRESIDENTE ?
Apóie a nova Representação do MSM à Justiça Eleitoral
O espetáculo do desespero
Preparem o vidro de antiácido. É provavel que vocês precisem dele hoje à noite, se forem assistir ao programa de José Serra. Segundo a Folha, Serra gravou, agora de manhã, uma pantomima onde vai se mostrar indignado com a quebra de sigilo fiscal de sua filha Verônica.
Que esta violação foi um delito, um crime, não há dúvidas. E é seu direito – mais, um dever como pai – protestar contra ela. Mas o que Serra vai fazer é se antecipar à apuração dos fatos e acusar o governo Lula e Dilma de serem promotores e “abafadores” do caso. Esta armação pode ter mil origens, desde um simples ato de estelionato a, até mesmo, uma tentativa de vingança dos muitos tucanos que Serra foi abatendo em sua inescrupulosa ânsia de nomear-se Presidente da República, convencido que é, de ser um “ser superior”, “o mais preparado” e que o mais alto cargo da República lhe caberia, desde 2002, como herdeiro da “capitania” de Fernando Henrique Cardoso.
Daqui a pouco coloco no ar o pronuciamento do presidente do PT, José Eduardo Dutra, que ingressou, com meu aplauso, com uma ação judicial por calúnia, injúria e difamação contra o senhor José Serra, cujos trapos remanescentes da dignidade já não conseguem cobrir os desígnios golpistas.
Serra não tolera, não admite e não suporta que o povão já tenha tomado sua decisão, que tenha escolhido Dilma como expressão da continuidade da mudança operada no governo Lula. Serra sabe muito bem de onde vem essa história do sigilo quebrado. É um fruto, ilegal, é verdade, da semeadura podre de golpes e chantagens que marca os subterrâneos do Tucanato.
Mas, estejam tranquilos. O mal que Serra vai causar não vai além de embrulhar o estômago das pessoas lúcidas e honradas que compõe a generalidade do povo brasileiro.
Aliás, a candidatura Serra se dissolve como um comprimido de Alka-Seltzer.
*Tijolaço