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quinta-feira, setembro 23, 2010
Denuncie a baixaria
Diante desse cenário de vitória, inúmeras mentiras sobre Dilma tem sido inventadas e espalhadas na internet. Chega-se ao absurdo de e-mails com frases, atribuídas a Dilma, que ela nunca disse.
A baixaria também reeditou a tática do medo, utilizada contra Lula em 2002. E espalhou, por exemplo, que o PT seria contra a liberdade de culto e a liberdade de imprensa, o que também não é verdade.
Já vimos este filme. Em 2002, após a bela vitória de Lula, o presidente foi muito feliz ao resumir a situação: "A esperança venceu o medo". E vai ser assim novamente, com a eleição de Dilma presidente.
Em todos os eventos de que tem participado, Dilma demonstra coerência e valores como responsabilidade, compromisso e, principalmente, respeito aos eleitores e aos adversários.
É isso o que tem norteado a campanha de Dilma. É inadmissível que queiram vencer as eleições com base em calúnias e difamações. Não se deixe enganar. Denuncie a baixaria na internet!
*comtextolivre
ENQUANTO O BRASIL QUEIMA, A CIDADE DE SÃO PAULO VAI A LUGAR NENHUM _click no título
Este foi o ano que triplicaram as queimadas no Brasil...óbvio que tem a ver com as mudanças climáticas...mas não há dúvida que só em pensar a mudança do CÓDIGO FLORESTAL
http://www.oeco.com.br/images/stories/flash/queimadas2010/queimadas2010.swf
Este caos e desespero foram acionados num toque de botão! São Paulo parou! Este é o grande "modelo de desenvolvimento" . Pensar? Parecemos gado abestalhados !!!!
quarta-feira, setembro 22, 2010
América Latina, pela primeira vez, está mais próxima de sua independência.
TeleSUR entrevista Noam Chomsky: 'Os Estados Unidos estão perdendo o controle'
Via DiarioLiberdade
Brasil de Fato - Para o escritor e filósofo estadunidense a América Latina, pela primeira vez, está mais próxima de sua independência.
O escritor e filósofo estadunidense Noam Chomsky assinalou que os Estados Unidos estão perdendo o controle no mundo e indicou que a América Latina, região que a nação norteamericana considerou por décadas como "quintal", está se aproximando da sua independência e da integração.
"Agora estamos em um momento dramático porque os Estados Unidos estão perdendo o controle em todas as partes. O Oriente Médio é o lugar mais importante. Mas a China é outro caso, assim como é o hemisfério ocidental", indicou Chomsky.
Acrescentou que "sempre se deu por certo que o chamado quintal estaria sob controle. Se você olhar os documentos internos, durante os anos de [ex-presidente estadunidense Richard ] Nixon, quando estavam planejando a derrocada do governo de [Salvador] Allende [ex-presidente chileno derrubado pelo ditador Augusto Pinochet], disseram exatamente que, se não podiam controlar a América Latina, como iriam controlar o resto do mundo".
"Já não podem controlar a América Latina. De fato, passo a passo, a América Latina, pela primeira vez, está se aproximando da sua independência e da integração", sublinhou.
Recordou que, em fevereiro, realizou-se a Cúpula da Unidade da América Latina e Caribe, em Cancún, no México, em que foi aprovado um organismo regional que reúne os países da América Latina e Caribe sem a participação dos Estados Unidos nem Canadá, com o objetivo de integrar a região, isso "foi um tapa" para ambos países norteamericanos.
"Por enquanto, somente é formal. Mas se chega a ser operativo, elimina a OEA [Organização dos Estados Americanos] que é dirigida pelos Estados Unidos. É como se dissessem aos Estados Unidos que se retirem de nossos assuntos. E há outras medidas que estão sendo tomadas. Por exemplo, a China superou os Estados Unidos como importador do Brasil e provavelmente o superará como sócio comercial. É uma grande notícia", acrescentou.
A seguir, a entrevista na íntegra realizada com o escritor e filósofo estadunidense Noam Chomsky.
TeleSUR - Quero começar perguntando-lhe sobre o Irã, os Estados Unidos estão pressionando para que o Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] imponha-lhe sanções mais duras. Até onde vão os Estados Unidos ou Israel, poderiam invadir ou atacar o Irã?
Noam Chomsky - Israel não é previsível. Particularmente, nos últimos dois anos, tem agido de maneira muito irracional, com muita paranóia, em uma situação em que não se pode saber o que vão fazer. Não creio que nem eles saibam o que vão fazer. Estão chegando a um ponto onde podem não ter outra saída a não ser bombardear o Irã. Mas não podem fazer isso sem o apoio dos Estados Unidos. Assim, a pergunta é se os Estados Unidos autorizarão.
Tecnicamente, Israel poderia fazê-lo. Tem submarinos, que conseguiram da Alemanha, com mísseis nucleares profundamente submersos no Golfo Pérsico.
Teoricamente, poderiam atacar ao Irã sem passar pelo espaço aéreo. Mas quase todos os ataques que se podem conceber passariam pelo espaço aéreo de algum país, assim seria difícil o fazerem sem algum tipo de autorização pelo menos tácita. A Turquia não vai consentir. A pergunta é se os Estados Unidos a autorizaria contra o Iraque. E a outra pergunta é a Arábia Saudita. É concebível que tentaria. Eu acredito que seria uma loucura. E os Estados Unidos? [Barack] Obama, que avançou com os programas de [George W.] Bush, junto com seus assessores, também está se metendo em uma situação onde poderia não ter opção. Porque criaram essa ideia de ameaça do Irã. A ilha mais importante é Diogo García, uma ilha africana onde a Grã-Bretanha expulsou todos os habitantes para que os Estados Unidos pudessem construir uma base militar grande, e é uma das bases militares para atacar o Oriente Médio na Ásia Central. E Obama avançou ali. Enviou centenas de artilharia com penetração profunda chamada "rompe-bunkers", que estão apontados para o Irã. Enviou instalações para apoiar submarinos nucleares com mísseis Tomahawk. Tudo isso representa uma ameaça direta ao Irã. E as sanções estadunidenses estão ficando mais duras. Mas chama a atenção que fora da Europa e do Japão ninguém está prestando muita atenção. Esses países estão de acordo em ser servis aos Estados Unidos.
Não é o caso do resto do mundo. Os países não alinhados, que são a maioria dos países do mundo, têm apoiado fortemente o direito do Irã em enriquecer o urânio. Mas ninguém presta atenção a eles. São as colônias. Mas é cada vez mais difícil de evitá-los. Turquia, o poder regional mais importante, está construindo oleodutos através do Irã. Está aumentando o comércio com o Irã. Opuseram-se às sanções. O Paquistão acaba de abrir oleodutos para o Irã. Mas o que mais preocupa os Estados Unidos é a China. A China simplesmente não presta atenção às ordens dos Estados Unidos. E se acreditam que são o dono do mundo, isso dará medo. De fato, o governo de Obama está desesperado por isso. Apenas há duas semanas, o Departamento de Estado emitiu advertências à China, dizendo que, se querem ser aceitos no mundo civilizado, tem que cumprir com suas responsabilidades internacionais. O que são as responsabilidades internacionais? Seguir as ordens dos Estados Unidos. Obedecer às sanções dos Estados Unidos. Essas sanções não têm nenhuma força, exceto os meios de violência por detrás delas.
A China está satisfeita em obedecer às sanções da ONU [Organização das Nações Unidas] porque são fracas. Os Estados Unidos não podem fazer com que aprovem sanções sérias na ONU. Assim, a China aprova as sanções da ONU e não tem nenhuma responsabilidade de seguir as sanções dos Estados Unidos. O mais provável é que estejam rindo na Chancelaria porque os Estados Unidos não podem fazer nada.
Igual à Rússia, seguem com suas relações econômicas. Estão desenvolvendo suas terras para gás natural etc. É provável que a China esteja de acordo com as sanções dos Estados Unidos porque abre oportunidades a eles. Não tem que competir com empresas dos Estados Unidos e Europa. E as empresas estadunidenses e europeias provavelmente estão furiosas por isso. Mas é uma política de Estado. Isso também está se passando com as manobras navais. A China criticou que os Estados Unidos estejam fazendo manobras navais perto da costa da China. Estavam muito incomodados pelo plano de enviar um porta-aviões nuclear Aircraf avançado, com o nome de George Washington, ao mar Amarelo com capacidade para atacar Pequim [capital da China] com mísseis, segundo os chineses. Aqui nos Estados Unidos não dão importância. Mas nós não reagiríamos dessa forma se a China estivesse realizando manobras no Caribe. De fato, a reação dos Estados Unidos é muito interessante, tanto do governo como da imprensa. A China não está sendo razoável. Estão interferindo na liberdade dos mares, é dizer, nossa liberdade de realizar manobras militares perto de sua costa.
Claro que ninguém tem esse direito, somente nós. E estão possivelmente estão interferindo com nosso desenvolvimento avançado perto da sua costa. Ninguém tem esse direito perto da nossa costa. Todas essas coisas são reflexo de uma ideologia imperialista profundamente arraigada, que diz que é nosso mundo, nós somos os donos e, se alguém interfere com nosso direito de fazer o que queremos, é sua culpa. E quando a China não aceita, a China é considerada uma ameaça. Não seguem ordens e exercem sua própria soberania, e isso não se pode tolerar. E se nos voltarmos para o Irã, é a mesma coisa.
Segunda-feira [13], o Wall Street Journal anunciou que os Estados Unidos estão acelerando seus planos para um enorme envio de armas a Arábia Saudita. Helicópteros, aviões F-15 etc, projetado cuidadosamente para que Israel consiga armas avançadas e a Arábia Saudita consiga as armas inferiores. No entanto, é enorme. Talvez a maior venda de armas na história. Supostamente é para se defender contra o Irã. Mas o que é exatamente a ameaça iraniana? É interesante. Sempre se fala disso.
É considerado, pelos analistas da política externa dos Estados Unidos e pelo governo estadunidense, de ser um problema maior para a ordem mundial. De fato, tem se chamado o ano do Iraque porque é um problema tão grande. Assim, qual é a ameaça? Na verdade, temos uma resposta definitiva para isso.
Desgraçadamente os meios não a cubrirão. Porém está. A cada ano, o Pentágono e os Serviços de Inteligência nos Estados Unidos entregam informes ao Congresso analisando a situação global de insegurança.
Acabam de fazê-lo em abril passado. Há uma seção sobre o Irã. O que dizem é muito interessante e, por isso, os meios não cobrem. Dizem que o Irã tem gastos militares muito baixos, inclusive em comparação com outros países da região. Portanto não está claro por que a Arábia Saudita necessita de helicópteros e F-15. O Irã não tem praticamente nenhuma capacidade de mobilizar forças no exterior. Sua doutrina militar é puramente defensiva, projetada para postergar uma invasão do Irã por tempo suficiente para permitir a diplomacia.
Os informes afirmam também que se o Irã está desenvolvendo uma capacidade nuclear, que não quer dizer uma arma nuclear necessariamente, seria parte da estratégia de uma força dissuasiva. Necessitam uma força dissuasiva que não é surpreendente porque há dois países em suas fronteiras ocupados por uma superpotência hostil. Israel e Paquistão têm armas nucleares. Assim, estão em uma situação de perigo. Portanto, se supõe que isso seria parte de sua estratégia de uma força dissuasiva, se estão fazendo isso. Assim, qual a ameaça? Os informes explicam a ameaça. A ameaça é que estão exercendo sua soberania. Estão tentando estender sua influência para países vizinhos, como o Afeganistão e o Iraque. E isso não se pode tolerar porque nós somos os donos desses países. Se nós invadimos esses países, está tudo bem. Mas se eles tentam influenciá-los, chama-se de desestabilização. Impomos a estabilidade. É uma terminologia comum. É tão comum que um editor de uma publicação de relações internacionais uma vez escreveu, sobre o golpe de Estado no Chile contra Allende, que desgraçadamente tivemos que desestabilizar o Chile para estabelecer a estabilidade. E não estava se contradizendo porque tivemos que desestabilizar ao depor o governo e impor uma ditadura, e o resultado é estabilidade porque o novo governo segue ordens e sua visão do mundo. Cada artigo do jornal que lê, cada publicação acadêmica sobre as relações internacionais, dão por certa essa perspectiva. É uma perspectiva natural se acredita que é o dono do mundo. E se você olha os documentos internos dos Estados Unidos, têm suas origens há muito tempo, desde a Segunda Guerra Mundial, quando os assessores de Roosevelt se deram conta de que os Estados Unidos saíam de uma guerra com um poder mundial dominante substituindo a Grã-Bretanha. E estabeleceram diretrizes que são explícitas e nunca são discutidas porque são demasiado explícitas. Dizem que os Estados Unidos devem controlar uma vasta área, pelo menos no hemisfério ocidental, o anterior império britânico, que inclui o Oriente Médio, o Extremo Oriente e, talvez mais, e dentro dessa área nenhum país pode exercer sua soberania se interfere com os planos dos Estados Unidos. Os Estados Unidos devem ter poder absoluto.
Professor Chomsky, o império dos Estados Unidos está acabando?
Agora estamos em um momento dramático porque os Estados Unidos estão perdendo o controle em todas as partes. O Oriente Médio é o lugar mais importante. Mas a China é outro caso, assim como é o hemisfério ocidental.
Sempre se deu por certo que o chamado pátio estaria sob controle. Se você olhar os documentos internos, durante os anos de [ex-presidente estadunidense Richard] Nixon, quando estavam planejando a derrocada do governo de [Salvador] Allende [ex-presidente chileno derrubado pelo ditador Augusto Pinochet], disseram exatamente que, se não podiam controlar a América Latina, como iriam controlar o resto do mundo.
Já não podem controlar a América Latina. De fato, passo a passo, a América Latina, pela primeira vez, está se aproximando da sua independência e da integração.
Por ahora, sólo es formal. Pero si llega a ser operativo, elimina la OEA (Organización de Estados Americanos), que es dirigido por EE.UU. Es como si dijeran a EE.UU. que se retire de nuestros asuntos. Y hay otros pasos que se están tomando. Por ejemplo, China ha superado a EE.UU. como importador de Brasil y probablemente lo superará como socio comercial. Es una noticia grande.
Por enquanto, somente é formal. Mas se chega a ser operativo, elimina a OEA [Organização dos Estados Americanos] que é dirigida pelos Estados Unidos. É como se dissessem aos Estados Unidos que se retirem de nossos assuntos. E há outras medidas que estão sendo tomadas. Por exemplo, a China superou os Estados Unidos como importador do Brasil e provavelmente o superará como sócio comercial. É uma grande notícia.
Professor Chomsky, no caso de Honduras, o golpe de Estado do ano passado. Esse não foi um golpe duro para a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e uma grande vitória para os Estados Unidos?
A América do Sul avançou em direção à independência e a integração. A Unasul [União de Nações Sul-americanas], por exemplo, não é uma organização somente escrita no papel. Não faz muito, mas se opôs às bases estadunidenses na Colômbia. Apoiou a [presidente boliviano Evo] Morales quando estava sob atraque da velha elite nas províncias do leste.
O Banco do Sul poderia chegar a ter importância e o Mercosul [Mercado Comum do Sul] está se formando. Assim a América do Sul está saindo do controle dos Estados Unidos, o que é muito significativo. Mas a América Central está sob controle até agora. Foi devastada pelas guerras terroristas de [Ronald] Reagan, incluindo Honduras, e apenas está emergindo disso. Porém tem estado disciplinada pelos Estados Unidos.
Com a Nicarágua tem sido um pouco diferente, mas também não tem incomodado muito os Estados Unidos. Honduras é sério. E uma razão é a base de Palmerola. É a única base militar importante que os Estados Unidos têm nessa região. Foi a principal base para atacar a Nicarágua durante a guerra dos Contras. E os Estados Unidos querem mantê-la. E como disse, Honduras é a república bananeira tradicional. Se não podemos mantê-la, estamos com problemas sérios.
Assim, Obama apoiou o golpe de Estado astutamente. Nas palavras, estavam contra, mas nas ações, mostravam que apoiavam. E conseguiram fazer isso. Foi um golpe militar de Estado exitoso. Mas se você fizer uma comparação com o passado, a forma como foi realizado explica muito.
Em anos passados, se os Estados Unidos quisessem apoiar um golpe militar de Estado, simplesmente diriam às Forças Armadas que derrubassem o Governo, e o fariam por si mesmos. Desta vez, se obrigaram a fazê-lo de uma forma mais astuta e indireta que poderia chegar a ser aprovada na Europa.
A Europa é tão obediente aos Estados Unidos. A Europa poderia dizer que não gostou, mas poderia dizer que se manteve dentro da lei, o que por certo não é verdade por certo. Mas não puderam fazer algo assim com o resto do mundo e não puderam fazer como faziam no passado.
São sinais da debilidade crescente dos Estados Unidos, de impor o que chamam de estabilidade no hemisfério. Se fixar nesta década, houve três tentativas de golpe de Estado. O primeiro na Venezuela, apoiado abertamente pelos Estados Unidos, foi revertido. O segundo, no Haiti, os Estados Unidos conseguiram levar a cabo. Estados Unidos, França e Canadá, de fato, levaram a cabo um golpe militar no Hati. Sequestraram o presidente e o enviaram á África Central e baniram seu partido, que ganharia qualquer eleição. Foi um golpe militar de Estado verdadeiro. O Haiti é um Estado fraco, assim puderam fazer isso. E o terceiro foi em Honduras.
São três em uma década. Mas não tem nada a ver com a época em que os Estados Unidos podiam derrubar governos à vontade.
Nada a ver, por exemplo, com John F. Kennedy, que pôde organizar um golpe militar de Estado no Brasil, que ocorreu justamente depois de seu assassinato, mas foi organizado pelos Kennedy. O Brasil é um país grande, não é um lugar pequeno, e não foi um grande problema. Instalaram um de seus primeiro países assassinos de segurança nacional que depois se estendeu como uma praga por todo o continente.
Esses dias acabaram. E está causando muita preocupação entre os formadores da política externa dos Estados Unidos. Inclusive um país tão poderoso como os Estados Unidos já não podem manter o tipo de dominação mundial que foi projetada depois da Segunda Guerra Mundial e implementá-la em grande medida.
Professor Chomsky, você escreveu um livro muito importante há 20 anos sobre a fabricação do consenso feito por grandes meios comerciais. A capacidade dessas empresas de controlar o pensamento das pessoas mudou nesse período?
Tomamos os exemplos da Telesur, RT, Press TV ou Al-Jazeera, que é o maior. Vemos um exemplo real, como a invasão israelense a Gaza, que foi uma invasão israelense e estadunidense a Gaza porque os Estados Unidos participaram plenamente. Foi possível conseguir uma cobertura ao vivo 24 horas de Gaza da Al Jazeera. E havia dois povos nos Estados Unidos de onde se poderia ver. Um está em Michigan [centro-norte] onde há uma grande população árabe e outro é um pequeno povo no norte de Nova Hampshire.
No resto do mundo, foi possível ver a cobertura 24 horas do evento mais importante desse período. Nos Estados Unidos, foi proibido. Se por acaso estivesse nesses povos, poderia ver pela televisão a cabo. Se foi suficientemente inteligente para encontrar pela internet, podia encontrar pela internet. Mas quanto ao impacto sobre a população, teve mais êxito sobre os que viviam na União Soviética. Havia muito mais gente escutando a BBC na União Soviética, escutando fontes no exterior.
Um grande número estava conseguindo suas notícias da BBC e pela Voz da América. Sabemos isso por estudos que foram realizados. Aqui está essa voz alternativa, e se sabe o que busca e faz um esforço, pode encontrar. Isso é bom, porém só alguns aproveitam.
A internet tem muito valor se você sabe o que está fazendo. Mas para a maioria da população, é como se você quisesse ser biólogo e eu diga que vá a bibliotecas de Harvard e leia todas as revistas sobre biologia. Não vai aprender nada. Estão ali. No entanto, tem que saber o que está buscando. E as pessoas nos Estados Unidos não sabem porque tem havido uma campanha extremamente exitosa, especialmente nos últimos 20 anos, de fragmentação para as pessoas, subordinando-as.
Professor Chomsky e a mudança climática, a possibilidade de uma guerra nuclear, a crise alimentar, os desastres naturais, nesse sentido o mundo é assustador. Você tem esperança?
O mais surpreendente é que quase não há uma forma de abordar a mudança climática com as instituições já existentes. Os Estados Unidos realmente não têm um sistema de mercados, nenhum país poderia sobreviver com um sistema de mercados. Mas têm um sistema de mercados parcial. E na medida em que funciona um sistema de mercados, você perdeu. Se você é executivo de uma empresa, está obrigado por lei a maximizar as ganâncias em curto prazo e ignorar as externalidades, por exemplo, o destino da espécie humana.
Não faz isso porque é uma pessoa má, talvez lhe importe o destino da espécie. Mas não pode importar em teus negócios. Se você decide ser uma pessoa decente, está fora, e se incorpora outra pessoa que vai fazer o que se requer institucionalmente. O efeito nos Estados Unidos é que há campanhas de propaganda importantes dirigidas a um mundo dos negócios que tentam convencer as pessoas a esquecer. O que não está se passando, o que os humanos não têm que ver, o que seja. É uma sentença de morte.
E as mesmas pessoas que estão fazendo essa campanha sabem bem disso. Sabem igualmente como eu, você e outros que é muito sério. Mas estão presos. Estão nessa estrutura institucional e não podem sair. E isso é sério. Se você vê o mundo, há duas trajetórias. Há a trajetória que está sendo perseguida, lentamente, irregular, de que na América Latina há mais independência em direção aos horríveis problemas internos da pobreza massiva e o sofrimento e a desigualdade. Há passos tímidos para essa direção. É uma trajetória positiva. Há outra trajetória que conduz à destruição. A mudança climática é um caso. A guerra nuclear é outro. E há outros. A pergunta é qual trajetória acabará dominando. Não tem sentido especular.
Tradução: Patrícia Benvenuti
Socorro São Paulo não merece isso
Metrô de São Paulo está em colapso
por Conceição Lemes
Hoje, das 7h51 às 10h40, a linha Leste/Oeste do Metrô de São Paulo – também conhecida como Vermelha, ou linha 3 — parou totalmente. Quase três horas de caos, medo, desconforto, tumulto. Algumas pessoas passaram mal. Vidros de janelas foram quebrados, para que outras pudessem sair de vagões, mantidos com as portas fechadas. Dezessete composições acabaram depredadas.
“O que aconteceu foi uma falha de porta entre a estação Pedro II e a Sé”, afirma Bene Barbosa, diretor de Comunicação do Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo. “Uma pane técnica fez com que a porta se abrisse fora da plataforma, em pleno túnel. ”
“Uma blusa foi colocada na porta para travar o fechamento“, diz o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB). Acrescenta que é estranho que isso tenha ocorrido e deixa no ar a hipótese de sabotagem com fins eleitorais.
“Uma blusa não acarretaria a abertura da porta”, explica Barbosa. “Quando algo obstrui o fechamento, e isso todo mundo que anda de metrô já viu, o operador vai lá, resolve, a porta fecha e a composição segue. Só que hoje a pane ocorreu entre uma estação e outra. Insinuar sabotagem é má-fé. É tentar jogar nas costas dos outros uma responsabilidade que é única e exclusivamente do governo de São Paulo.”
Soninha Francine (PPS), ex-subprefeita de São Paulo e atual coordenadora da campanha de internet do tucano José Serra (PSDB), seguiu a linha de Goldman. Pela manhã, cogitou no twitter que a paralisação foi provocada por “sabotagem” do PT, como mostrou Conceição Oliveira no blog Maria-Frô.
A mensagem virou na piada na internet. Às 15h, o assunto já estava entre os mais comentados no dia no Twitter (Trending Topics – TT).
Surgiu até o movimento SoninhaFacts, a exemplo do que aconteceu recentemente com uma manchete absurda da Folha de S. Paulo. “Soninha acusa PT de mandar militantes lotarem o metrô da ZL todos os dias para criar caos”, satiriza um. “Ih! Vai cair um mega temporal aqui em SP. Vai alagar tudo, certeza, e a culpa vai ser do PT né”, brinca outro.
Ao Terra Magazine, Soninha justifica a acusação: “É absurdo para um sistema que é referência em São Paulo”.
A ex-petista ouviu o tucano cantar mas não sabe aonde. Ou melhor, sabe, mas ouviu de uma penosa mentirosa. Bastaria tomar uma só vez o metrô às seis da tarde na Sé ou às 6 da manhã em Itaquera para descobrir a verdade.
Aliás, para quem utiliza a linha Leste/Oeste do metrô, o caos de hoje não foi surpresa. Paradas ao longo do percurso são cada vez mais freqüentes por diversos motivos, entre os quais: pane elétrica; usuário que, devido à superlotação, escorrega no vão que se forma entre a plataforma e o trem; sobrecarga de passageiros. A linhaVermelha, que pega a região mais pobre da cidade, é também a com a maior lotação e a mais penalizada.
“Andar hoje na linha Leste/Oeste do metrô é uma verdadeira aventura”, avalia Barbosa. “O aceitável é transportar 6 pessoas em pé por metro quadrado. A Linha Vermelha transporta 11! É um dos metrôs mais carregados do mundo.”
“A lotação da linha Vermelha é quase o dobro do recomendado”, reforça Leonardo Sakamoto, no seu blog. ” A aquisição de composições não tem acompanhado o ritmo da demanda e a sensação é de lata de sardinha. Ou pior, de atum moído.”
“O metrô de São Paulo está em colapso”, denuncia Barbosa ao Viomundo. “Está transportando 3,5 milhões de pessoas por dia. Não tem condições de carregar mais gente.”
De 2007 para cá, já registrou 34 panes. Há 11 dias, por exemplo, uma falha de duas horas na linha Azul provocou lentidão e tumulto na estação Sé. Elas resultam de uma combinação perversa: redução de investimentos na manutenção com superlotação.
“Hoje tivemos a pane da blusa ‘vermelha’”, ironiza o deputado estadual Antonio Mentor, líder do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo. “Seria cômico se não fosse trágico. Só que nem sempre é véspera de eleição, como agora, e se tenta desesperadamente encontrar uma digital ‘vermelha’ para incriminar.”
“Na verdade, o que aconteceu mostra a fragilidade do metrô paulistano”, considera Mentor. “O fato de o governador aventar que uma simples blusa possa ter causado a pane inicial dá a dimensão do quão vulnerável é o sistema.”
“Mostrou também que o metrô não está preparado para lidar adequadamente com situações de emergência”, salienta Mentor. “Imaginem a situação. As pessoas trancadas no escuro [o trem que teve problema na porta parou a 150 metros da plataforma da Sé, no meio do túnel], sem informações, querendo saber o que havia acontecido à frente, e ninguém para explicar. É natural que algumas tenham se desesperado e quebrado vidros, para sair dos vagões.”
“Este foi o 12º incidente nos trens da CPTM e no Metrô-SP, em apenas dois meses, ou seja, em média, um a cada 3,6 dias. E não há planos de contingência”, atenta José Augusto Valente, no Portal T1 – Logística e Transportes. “Como consequência, cada vez que ocorre um problema, a CPTM e o Metrô-SP são incapazes de reagir para minimizar os danos e evitar o caos. É simples assim. Falar em sabotagem com fins eleitorais é subestimar demais a nossa inteligência.”
“O que aconteceu hoje foi em efeito cascata. O primeiro trem parou no horário de pico, justamente quando o intervalo entre um e outro é muito reduzido. Logo, todos os que vinham atrás foram parando”, esclarece Barbosa. “Como o problema inicial demorou para ser solucionado, passageiros de outros trens começaram a sair também dos vagões e andar pelos trilhos, levando os operadores a cortar completamente a energia. Por isso toda a linha Leste/Oeste parou.”
Agora, já que Goldman e Soninha estão tão “por dentro” do que acontece no metrô de São Paulo, seria bom que explicassem aos usuários dois fatos comprovados:
1) Por que o governador José Serra deixou de investir no metrô R$ 1,7 bilhão em 2008 e 2009?
2) Por que o metrô de São Paulo tem uma das tarifas mais caras da América Latina ( R$2,65)? A da cidade do México, por exemplo, custa o equivalente a R$ 0,40. A cobrada na vizinha Buenos Aires, Argentina, corresponde a R$0,48.
Enquanto isso, fiquem com a mensagem e os vídeos que o Emerson Luis, do blog Nas Retinas, nos enviou. Ele foi o primeiro a divulgar no twitter esse caos: Jornalismo cidadão não falha.
Poucas horas depois do caos desta manhã, ocorrido no Metro de SP devido a falhas na linha Leste/Oeste, que deixou todo o sistema parado e as autoridades públicas ainda não se explicaram (a mídia não cobra deles), os cidadãos estão postando no YouTube imagens gravadas no local. Nos vídeos abaixo, gravados pelo usuário do Metro (e do YouTube) williamfcosta, pode-se ver os passageiros andando na linha, em elevado e nos túneis, no meio da escuridão. Na era da mobilidade, não dá pra esconder essas imagens. Os cidadãos, com os meios digitais, possuem mídia para se comunicar e enfrentar as barreiras da velha mídia.
*Viomundo
Nota do Viomundo de atualização: Nesta quarta-feira, 22 de setembro, houve nova pane. Desta vez foi falha no sistema pneumático, na estação Sé do metrô.
Escândalos do Vaticano + 1 Ratzinger no antigo Tribunal da Inquisição, acobertou casos de pedofilia.
Outro escândalo no Vaticano
Wálter Maierovitch 22 de setembro de 2010 às 17:14h1. Para quem acredita em milagres, pode começar a genuflexão e agradecer. Afinal, por mais que o diabo tente, é sempre vencido.
Mas, como alertava o pranteado padre Vicente, da igreja de Santo Antonio do bairro da Barra Funda, em São Paulo, o diabo é trabalhador, “labuta 24 horas”. Para todos os meninos da época, a fala do padre Vicente impressionava, até porque não conseguíamos ver o diabo e só se ouvia sobre as “infernais roubalheiras” do então governador Adhemar de Barros.
De repente, em menos de um mês, três fatos vêm à luz e revelam mistérios escondidos dos cidadãos comuns. Milagres!!!.
Vamos a eles, para entender melhor sobre os 23 milhões de euros,
pertencentes ao banco do Vaticano, apreendidos ontem por ordem da Justiça italiana.
Primeiro fato – Roberto Calvi, apelidado Banqueiro de Deus por operar as finanças do Estado do Vaticano nos anos 60 e 70, não morreu enforcado pendurado na ponte londrina onde o seu corpo foi encontrado pela polícia, em 17 de junho de 1982.
A Justiça italiana concluiu, definitivamente, neste mês de setembro, pelo envenenamento de Calvi. Calvi foi envenenado, assim como o banqueiro Michele Sindona.
Sindona era o banqueiro da Máfia. Quando simulou o seu sequestro, permaneceu hóspede da Máfia, que se encarregava de enviar mensagens com exigências, de vários pontos do planeta. As mensagens eram elaboradas e datilografadas pelo próprio Sindona. Do seu esconderijo, chamado de cativeiro nos bilhetes da falsa vítima.
Além de banqueiro da Máfia, Sindona era o mentor do cardeal Paul Marcinkus, diretor do Banco do Vaticano, conhecido pela sigla IOR — Instituto para as Obras Religiosas.
Foi Sindona que ordenou a Marcinkus a colocação de Roberto Calvi à frente das finanças do Vaticano. Aí, o Banco Ambrosiano, operado por Sindona, passou a usar a IOR para lavar dinheiro sujo e reciclar capitais.
Sindona era membro da Loja Maçônica P2 de Licio Gelli, uma holding no
sistema de lavagem de dinheiro elaborado pelo chamado Banqueiro da Máfia, que mandava em Calvi, o Banqueiro de Deus.
Para Giulio Andreotti, o banqueiro Sindona era o herói que havia salvado a lira italiana e mantido em pé o meio circulante italiano.
Andreotti, atual senador vitalício, de 92 anos, foi sete vezes
primeiro-ministro da Itália. Por decisão da Suprema Corte italiana de
Justiça (Corte de Cassação) foi condenado por associação à Máfia e teve a punibilidade extinta por prescrição.
Sindona morreu envenenado em 3 de março de 1986, em cela individual do cárcere de Voghera. Recebeu do carcereiro uma xícara de café.
Para o leitor que quiser se aprofundar, recomendo o livro intitulado Il
Caffè di Sindona, dos magistrados Giuliano Turone e Gianni Simoni.
Segundo fato – Duas semanas atrás, o presidente da Itália, o respeitado Giorgio Napolitano, promoveu uma tocante homenagem ao corajoso e dedicado advogado Giorgio Ambrosoli.
Ambrosoli era o responsável pela liquidação da Banca Privata Italiana,
quebrada por Sindona.
As apurações financeiras conduzidas por Ambrosoli, por evidente, incomodavam Sindona, que resolveu mandar matá-lo e restou definitivamente condenado por isso.
Como Sindona lavava dinheiro para a Cosa Nostra norte-americana, ficou facial a contratação nos EUA, por intermédio da famiglia Gambino, de um killer para assassinar Ambrosoli.
William Arrico, killer norte-americano, foi enviado à Itália e, no dia 12 de julho de 1979, em Milão, matou a tiros Ambrosoli. Ele estava saído da sua casa e o governo italiano nunca lhe forneceu escolta, embora pedida.
Para Giulio Androtti, em declarações ao jornal Corriere della Sera da semana passada, Ambrosoli “estava procurando encrenca”.
Só para lembrar e destacou o jornalista italiano Paolo Manzo, –em matéria sobre a fala de Andreotti e que está publicada na revista CartaCapital desta semana–, o senador Andreotti, homem do Vaticano na política italiana (mandava no Partido da Democracia Cristã, extinto depois do escândalo da Operação Mãos Limpas.), comparece diariamente às missas e recebe a comunhão. Na Itália, sabe-se que já consumiu “quantidades industrias” de hóstias consagradas.
Como se percebeu, e os protestos na Itália foram pesados, Andreotti
demonstrou como a influência mafiosa ainda domina o seu pensamento, ou seja, quem procura acaba mesmo por merecer a morte.
Terceiro fato – Ontem, a juíza Maria Teresa Covatta, por provocação de Stefano Rocco Fava, da magistratura do Ministério Público, determinou o seqüestro de 23 milhões de euros e deu sinal verde a processo apuratório contra a cúpula que dirige o IOR: o IOR é dirigido por três gestores laicos (Ettore Gotti Tedeschi, Paolo Cipriani e Massimo Tuli) e sob fiscalização de um colégio de cardeais, cujos membros nomeados pelo papa têm mandato por cinco anos.
A comissão de cardeais é presidida por Tarcisio Bertone, secretário de
estado, e segundo na hierarquia da Igreja. O cardeal Bertone é o homem da confiança do papa Ratzinger. Pelo New York Times, o cardeal Bertone, quando com Ratzinger no antigo Tribunal da Inquisição, acobertou casos de pedofilia.
O sequestro de valores do IOR levantou suspeitas em face de duas ordens de transferências eletrônicas: 20 milhões ao banco JP Morgan, agência de Frankfurt, e 3 milhões para o banco italiano Fucino.
As transferências não obedeciam as regras internacionais. Regras baixadas para evitar a lavagem de dinheiro, em especial por organizações terroristas.
O IOR tentava realizar a transferência para contas-correntes identificadas apenas por números: contas sem identificar o nome do beneficiário.
No âmbito da União Européia, desde 2007, é proibido a remessa de capitais só com número codificado do destinatário da transferência. São exigidas informações completas sobre o beneficiário.
–2. Em nota, a secretaria de estado do Vaticano, cujo secretário é Bertoni, comunica ter a máxima confiança nos atuais gestores do IOR, que apoiará as investigações, mas que as contas de remessa eram para instituições religiosas e de caridade.
O estatuto do IOR estabelece ser sua missão “ promover a custódia e a administração dos bens móveis e imóveis transferidos ou sob guarda do IOR e destinados às obras religiosas e de caridade”.
–3. PANO RÁPIDO. O dinheiro sequestrado estava depositado em conta do “Credito artigiano”, que ficaria com um saldo, depois das transferências, de 5 milhões de euros.
É a primeira vez que ocorre esse tipo de intervenção e sequestro de capitais da Santa Sé.
A Corte de Cassação Italiana, equivalente ao nosso Supremo Tribunal Federal, firmou jurisprudência no sentido de a Justiça italiana ter competência para apurar sobre transações, com circulação na Itália, do banco da Santa Fé. Em outras palavras, não há imunidade e, assim, lavar ficou mais difícil para quem usava o banco Vaticano.
Wálter Maierovitch
Walter Maierovitch é jurista e professor, foi desembargador no TJ-SP
*CartaCapital
Ato contra o golpismo midiático
Conheça a íntegra do documento convocatório elaborado por seus organizadores:
Como num jogo combinado, as manchetes da velha mídia viram peças de campanha no programa de TV do candidato das forças conservadoras.
Abaixo o golpismo midiático!
Viva a Democracia!
Data: 23 de setembro, 19 horas
Local: Auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530, próximo ao Metrô República, centro da capital paulista).
Presenças confirmadas de dirigentes do PT, PCdoB, PSB, PDT, de representantes da CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, MST e UNE e de blogueiros progressistas.
Olá,
Eu sempre que vejo o horário político vejo só a Dilma e o Mercadante, ja sei em quem votar, o SS erra, deve reclamar no procon, pois pagou e não vai levar, bem que o PIG "Partido da Imprensa Golpista" se esforça, agora literalmente estão soltando os cachorros. Quanta ineficiência, também o que esperar de quem se apoia em mentiras. Só a verdade têm força, a mídia faturou com êle e esta cumprindo seu papel, a mídia que não se reformar se revolucionar, como vem se reformulando a opinião pública, estará fadada ao fim, como também estes partidos demotucanalhas , que mais uma vez terão que mudar de nome em mais uma tentativa de apagar seu passado. Lamento ver tanta falta de imaginação tanto banditismo midiático e dos marketeiros de aluguel. PT saudações
*Chebola
José Serra não sairá dessa campanha apenas menor do que entrou. Sairá escorraçado como um vira-latas, junto com seus rottweillers.
Serra usa rottweillers. Tática de vira-latas?
Alô procuradora-eleitoral Sandra Cureau!
A senhora conhece o artigo 51, Inciso IV, da Lei 9504, que regula a propaganda eleitoral?
Pois ele expressa que “na veiculação das inserções é vedada a utilização de gravações externas, montagens ou trucagens, computação gráfica, desenhos animados e efeitos especiais, e a veiculação de mensagens que possam degradar ou ridicularizar candidato, partido ou coligação.”
Pois é exatamente isso do que se vale a ofensiva terrorista tucana no seu desespero diante da derrota anunciada.
Na reta final da campanha, será o “terrorismo eleitoral” declarado, como classifica o próprio Estadão, usando uma série de vídeos de ataques à Dilma Rousseff preparados pelo marqueteiro Adriano Gehres, e que estão prontos para serem utilizados no programa eleitoral gratuito.
Os vídeos, aprovados por José Serra, se valem de todos os recursos proibidos em uma campanha eleitoral: montagem, trucagem e efeitos especiais para reforçar a agressividade do que pretendem disseminar para assustar a sociedade.
Em um dos vídeos, que já pode ser visto na internet e a esta altura certamente está sendo disseminado pelos brucutus da campanha serrista, a imagem sorridente de Dilma vai se transfigurando até assumir o rosto de José Dirceu. A voz grave, em off, narra: “Dilma foi escolhida a dedo pelo PT por um motivo muito simples: ela vai trazer de volta todos os petistas que foram cassados ou que renunciaram. Dilma vai trazer de volta inclusive aquele que o procurador-geral da República chamou de chefe da quadrilha. Você pode até escolher a Dilma, mas quem vai governar é o PT.”
Os outros vídeos seguem o mesmo nível baixo deste e um deles chega a usar um clone do presidente Lula segurando quatro cães rottweilers, como se fossem os radicais do PT. O texto diz que Lula soube segurá-los, “já a Dilma…”
O terrorismo eleitoral dos vídeos é o retrato de uma campanha derrotada, que abandonou qualquer princípio ético, e tenta manipular as pessoas pelo sentimento do medo. Não se trata de nenhuma novidade em se tratando de Serra. Em 2002, ele recorreu a um vídeo com Regina Duarte dizendo que tinha medo do que seria o país com Lula. O povo ignorou o temor da atriz e votou sem medo de ser feliz.
Como voltará a fazer agora, depois de oito anos gloriosos, em que viu suas condições de vida melhorarem sensivelmente.
José Serra não sairá dessa campanha apenas menor do que entrou. Sairá escorraçado como um vira-latas, junto com seus rottweillers.
*Tijolaço