Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 01, 2010

O povo brasileiro não será mais escravo de ninguém




A eleição vista de alto-mar

image 
O Brasil deixou de ser uma sardinha – se é que foi um dia. Olhando para a política externa brasileira, dá para comparar nosso amável e complicado país a um... golfinho! Os golfinhos são seres coletivos – ao contrário dos tubarões. Nadam em equipe, defendem-se e pescam em grupo.
Flávio Aguiar
A política brasileira tem muito a ver com peixes.
Lá por volta de 195... e poucos, Getúlio declarou num de seus discursos melhores e mais inflamados: “enganam-se os que pensam que o povo nos reconduziu ao poder para comer sardinhas. Vamos comer tubarões”. Ou algo assim, estou citando de memória frase que anotei mais de 50 anos atrás.
Depois, guardei essa frase que um amigo meu, engenheiro naval, me contou, na seguinte história:
“Conversando com um oficial da marinha sobre as opções do Brasil, há 30 anos, quanto à construção de navios de toda a sorte, ele me observou que tínhamos de escolher entre produzir não só navios, mas um parque industrial próprio para isso, e depender das potências então existentes (eram tempos da guerra fria). É uma escolha: ser rabo de tubarão ou cabeça de sardinha”.
Hoje só resta um tubarão na geopolítica. Com algumas orcas (baleias assassinas) e tubarinhos ao redor. Mas tem gente – as oposições – que continua afincada na idéia de que devemos ser rabo de tubarão. Talvez barbatana, porque no rabo a gente participa do leme, e isso é demais para aquela gente. Preferimos – eles, na verdade – só usufruir as algas que as correntes nos trazem aos bigodes, para eles, é claro, não para a maioria do povo. Este que vá pescar sardinhas.
Por outro lado, o Brasil deixou de ser uma sardinha – se é que foi um dia. Olhando para a política externa brasileira, dá para comparar nosso amável e complicado país a um... golfinho!
Os golfinhos são seres coletivos – ao contrário dos tubarões. Defendem-se, pescam, em grupo. Os tubarões não os atacam – porque uns cinco golfinhos juntos conseguem dar cabo de um tubarão, ou pelo menos mandá-lo para longe, senão para as profundas. Além do mais, os golfinhos nadam em equipe, deveriam ganhar a medalha de ouro da olimpíada de nado coletivo natural, se isso houvesse. Mal comparando (com óbvia vantagem para os golfinhos, mas sem desmerece-la) é isso que a nossa diplomacia tem feito, faz muito tempo e também nos últimos anos, na orquestra sinfônica de Lula sob a batuta de Amorim.
E é isso que as nossas oposições não agüentam. Por isso hoje pensam que são orquídeas, tão belas, nas árvores do nosso Brasil, quando não passam de caranguejos (nada contra os caranguejos naturais!!!), que só andam para trás e pensam que o espelho retrovisor é o pára-brisa. Ou vai ver que têm, eles sim, cabeça de sardinha. E das enlatadas, ao molho do império de plantão.
Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.

quinta-feira, setembro 30, 2010

E lula diz que "Votar na Dilma é votar em mim, com a certeza de um governo ainda melhor".


*dosamigosdoPresidenteLula

Trecho da entrevista de Chavez sobre o golpe no Equador.








GilsonSampaio
Trecho da entrevista, por telefone, de Hugo Chavez sobre o golpe no Equador, via TELESUR.
A grande pergunta é: Porque as forças armadas não cercaram o hospital para resgatar o Presidente Correa e nem se pronunciaram?
*GilsonSampaio

SS erra e mendes são derrotados no STF



Serra e Mendes são derrotados no STF



Qualquer brasileiro só precisará apresentar um documento oficial com foto para votar nas eleições do próximo domingo. Por oito votos a dois, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a exigência de dois documentos, que tinha sido criada pela minirreforma eleitoral, aprovada ano passado.
A decisão já estava consagrada desde ontem, quando sete ministros do STF já tinham votado contra a necessidade de dois documentos, e só foi postergada para hoje pelo pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes, após receber um telefonema de Serra.
Flagrado na conversa telefônica, Mendes ficou desmoralizado perante seus pares, e teve que apresentar o seu voto hoje, o que confirmou que não necessitava de nenhum exame mais aprofundado, pois juridicamente a situação estava clara.
Mesmo assim, Mendes ficou contra a suspensão da exigência de dois documentos, e só não ficou totalmente sozinho, porque o presidente da Corte, Cezar Peluso, o acompanhou. Com isso, frustrou-se a tentativa tucana de apostar numa abstenção maior que o habitual com a possível falta dos documentos necessários, principalmente pelos mais humildes.
Então gente, para votar domingo nem é mais preciso o título de eleitor. Basta um documento oficial com foto, como carteira de identidade, carteira de trabalho, carteira de motorista ou passaporte.
*Brizolaço

Polícia de Serra cerca casa de Netinho sem mandado





    Aloisio Nunes, candidato de Serra, está atrás de Netinho nas pesquisas

    O Conversa Afiada reproduz post do Viomundo, do Azenha:

    Polícia paulista dispara bala de prata em Netinho


    Netinho é alvo de blitze por suspeita de fraude


    AE – Agência Estado


    A Polícia Civil de São Paulo fez uma varredura na casa do candidato ao Senado Netinho de Paula (PC do B), na manhã de ontem, para apurar denúncias de fraude nos bens declarados por ele à Justiça. Netinho se tornou alvo de investigação criminal aberta na Promotoria Eleitoral de Barueri, na Grande São Paulo, após denúncia de que ele não teria declarado a casa onde mora com os filhos no condomínio Alphaville 8.


    Dois investigadores e um perito criminal vasculharam e fotografaram a parte externa, a piscina, o campo de futebol e o salão de festas, mas foram impedidos de entrar por um dos filhos de Netinho. O candidato não estava em casa. Segundo o advogado de Netinho, Alexandre Rollo, os policiais não tinham mandado de busca. O procedimento criminal para “apuração ?em tese? da infração do artigo 350 do Código Eleitoral (omissão de bens)” foi aberto pela promotora eleitoral da 386.ª zona, Bárbara Valéria Cury e Cury.


    Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o motivo da visita foi fotografar a casa, objeto da denúncia, um procedimento rotineiro. Mas a coordenação da campanha promete entrar com representação na corregedoria da Polícia Civil contra o delegado Francisco José Alves Cardoso, do 2.º DP de Barueri.


    “A ação da polícia é inaceitável. Para averiguar fraude, a primeira providência é sempre chamar o acusado para prestar esclarecimentos, o que não ocorreu. Houve, claramente, desvio de conduta, invasão de domicílio, constrangimento e abuso de autoridade por parte dos policiais”, defende a presidente estadual do partido, Nádia Campeão, que insinuou haver motivação eleitoral por trás das denúncias. Ontem, os vereadores da bancada, liderada pelo PT, protestaram contra a ação da polícia e o posicionamento da Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


    PS: Fiquem de olho para descobrir onde as fotos feitas pela polícia paulista vão aparecer…

    *conversaafiada 

    A manipulação midiática

    Todo cuidado com as palavras


    Assentamentos? Onde?
    Idosa palestina sendo agredida por colonos adolescentes judeus
    Na Palestina com certeza não.
    Na Palestina não existem assentamentos, mas colônias.
    Por isso faz-se necessário o cuidado com as palavras.
    Assentamento, por exemplo, é uma palavra que pode ser utilizada para se referir às terras ocupadas pelo MST.
    São brasileiros que buscam melhorar sua vida ocupando terras brasileiras improdutivas para produzir alimentos.
    Mas quando israelenses invadem e ocupam terras palestinas, eles são invasores.
    Estão invadindo outro país.
    Quando ocupam terras de outro país eles não o fazem para construir assentamentos, mas colônias.
    Por isso, fica o apelo do blog para os jornalistas bem intencionados que me abastecem com textos utilizando a palavra “assentamento”, quando o correto é COLÔNIAS.
    Sei que essa não é uma batalha fácil, já que a linguagem é cheia de armadilhas.
    Abaixo, publico novamente, um texto mostrando como a mídia manipula a linguagem.
    Alguns exemplos de verbetes largamente utilizados pela mídia em seu esforço em manipular as palavras:
    Ditador – É a denominação que a mídia dá a um presidente eleito democraticamente e age de acordo com a Constituição. Exemplo: Hugo Chaves.
    Presidente – É a denominação que a mídia dá a quem aprova leis ditatoriais, invade nações para apossar-se de suas riquezas, assassina mais de um milhão de seres humanos; constrói muros segregacionistas; é contra o Tribunal Penal Internacional e os protocolos de Kioto.Exemplo: George W.Bush.
    Incursão: Assim a mídia denomina a invasão de um país.
    Tutela – É o sinônimo que a mídia dá à ocupação do Iraque pelos Estados Unidos.
    Terrorista – Assim a mídia denomina o revolucionário que luta contra o jugo colonialista.Exemplo: iraquianos, afegãos e palestinos.
    Suicida – É a denominação que a mídia dá ao prisioneiro assassinado pelos carrascos estadunidenses nas prisões de Abu-Ghraib, Guantánamo e Bagram.
    Ataques cirúrgicos– Assim a mídia repercute quando um míssil estadunidense erra o alvo e causa a morte de civis. Três exemplos:
    1)-O assassinato da filha de cinco anos do presidente líbio Muammar Kadhafi, em 1986;
    2)-O abate de um avião civil iraniano com 298 passageiros e tripulantes em 1988. Não houve sobreviventes.
    3)- A destruição de uma indústria farmacêutica no Sudão em 1998.
    Seqüestro – Se um soldado israelense é capturado quando invade o Líbano ou a Palestina, a mídia diz que foi seqüestro.
    Captura – Se um palestino ou libanês são seqüestrados em seus países  pelas tropas invasoras, a mídia diz que foi captura.
    Incidente ou efeito colateral –É quando tropas de Israel ou dos Estados Unidos massacram centenas de civis palestinos, iraquianos e afegãos.
    Massacre – É quando palestinos, iraquianos e afegãos matam dois ou três soldados de Israel e Estados Unidos.
    Assentamento – É a denominação que a mídia dá à usurpação de terras palestinas por invasores israelenses.
    Conflito – Assim a mídia denomina a invasão e ocupação da Palestina por tropas de Israel.
    Há muitos outros exemplos, que você leitor pode acrescentar.
    Como se ve, todo cuidado com as palavras...

    Mercadante para São Paulo ser decente



    Eminência Parda SS erra no STF

    Nem todos abandonaram Serra. Gilmar ficou

    A sessão de hoje do Supremo Tribunal Federal será marcada por um enorme constrangimento. Já estava evidente, pelo placar de 7 a 0 em favor da desnecessidade da apresentação de dois documentos na hora do voto que a questão era juridicamente clara.
    Já foi  miúdo – embora regimental – o pedido de vistas pelo Ministro Gilmar Mendes, apenas para protelar uma questão sem grande complexidade e  já resolvida pelos demais juízes.
    Agora, porém, com a revelação da repórter Cátia Seabra de que esse gesto veio depois de um telefonema de José Serra, Mendes está numa situação vexatória.
    É sabido, há dias, que o serrismo apostava numa alta abstenção e que, nela, se incluiriam aqueles que, desinformados, não levassem o documento com foto e o título para votar, exigência da nova lei, em relação à qual eu e muitos deputados “dormimos no ponto” e deixamos passar.
    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieJ5A-qDkMjQGMns7WRgYpSBU_SkoJ2KBtFZpm7ZnUrRuSWrfM0k0ycu08i2r8FxlUZjQKaYNHldGK2bgMWca-sAvBKqm25xNcSI9SlDanmyvhGAV21kA_UR9-Q0M4ZQZaxdX-MKMhrajZ/s1600/serra-gilmar.png
    O STF vai corrigir esta distorção da lei, que poderia privar centenas de milhares de brasileiros, em especial os mais humildes, do direito de voto.
    Parece que incorrigíveis, mesmo, só as atitudes do ministro Gilmar Mendes e de José Serra.

    [image[3].png]



    *Tijolaço


    Baixaria Suprema ! Serra
    liga para Gilmar. Impeachment !


      Quem será o “meu presidente” ?
      A Folha (*) divulga na primeira página informação estarrecedora: “Após ligação de Serra, Mendes para julgamento de ação do PT”.

      Perto das 14 horas, o jenio ligou para Gilmar Dantas (**) – clique aqui para ler o post “Gilmar dá “HC” a Serra”.

      Serra chamou Gilmar de “meu presidente” !

      À tarde, com o placar de 7 a 0, Gilmar Dantas – clique aqui para ver que até a Globo agora se refere a ele como Gilmar Dantas rotineiramente – Gilmar interrompeu a votação do Supremo que ia suprimir a exigência de dois documentos para votar.

      Ou seja, Gilmar suspendeu uma decisão para atender a interesses eleitorais de Serra.

      É o Golpe do Judiciário.

      A hondurização do sistema político brasileiro.

      A biografia de Gilmar já está maculada por um telefonema: o tal do grampo sem áudio.

      Cadê o áudio, Dr Corrêa ?

      Agora, esse telefonema e a sub-sequente decisão ofendem o Supremo, na sua essência.

      O Supremo já vai mal das pernas.

      Dois HCs Canguru, em 48 horas, a um passador de bola apanhado no ato de passar bola.

      O perdão aos torturadores do regime militar.

      O impasse da Ficha Limpa.

      E, agora, segundo a insuspeita Folha (*), uma decisão que pode macular o processo eleitoral e o Supremo – , por causa uma chicana de cupinchas: “meu presidente !”.

      O Supremo não vai fazer nada diante dessa chicana ?

      O Supremo é Juiz ou é parte ?

      O Presidente do Supremo não vai dar uma explicação à Nação ?

      Gilmar será capaz de desmoralizar o Supremo tal qual se desmoralizou ?

      O Supremo é Gilmar ?

      (Em tempo: quem mandou o Gilmar para o Supremo ? Ele, o Príncipe dos Sociólogos, o Farol de Alexandria, FHC. Gilmar foi a pior das heranças do neoliberalismo cardosiano.)

      O professor Wanderley Guilherme dos Santos publica hoje na pág. A5, no Valor, artigo excelente – “Repartição da renda faz sua última eleição”.

      E explica com profundidade e, é claro, mais argúcia, o que este ordinário blogueiro tinha sugerido, num post: “eleitor da Dilma vai votar no Berlusconi, sem uma Ley de Medios”.

      O Professor Wanderley observa que a “a nova classe média tende ao conservadorismo por entender que existem limites à mobilidade social existente”.

      Ele sustenta também que essa é a ultima, agonizante, aventura  Golpista do PiG (***).

      E oferece uma explicação muito interessante: o PiG (***) prega ao vento, porque não arranca mais os militares dos quartéis.

      E, sem os militares Golpistas, o Golpe do PiG (***) não existe.

      Boa, Wanderley !

      Mas, Wanderley observa, no fim do brilhante artigo: “o poder desestabilizador se concentra, hoje, nesse fóssil institucional que é a Justiça Eleitoral”.

      Não é a dra Cureau, que tentou calar o Blog dos Amigos do Presidente, e  a Carta Capital, quando mereceu essa exemplar resposta do Mino.

      O problema está num degrau bem acima da dra Cureau, não é, Wanderley ?

      Está no Gilmar Dantas (**) e nesse telefone desavergonhado.

      Mas, isso tem conserto.

      O novo Senado pode votar o impeachment do Gilmar.

      E devolvê-lo ao instituto Fernando Henrique Cardoso, como professor de Ética.

      Em tempo: na mesma página do Valor, Maria Inês Nassif escreve outro excelente artigo: “Uma democracia sem adjetivos vai às urnas”. Não perca. O amigo navegante vai reconstituir, lá, as promessas irresponsáveis que o Serra fez na campanha: asfaltar a Transamazônica, um salário mínimo de R$ 600, 13º. para o Bolsa Família, e abono de 10% para os aposentados. Ele diz qualquer coisa, não é Inês ?

      Paulo Henrique Amorim

      (*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

      (**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.


      (***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
      *ConversaAfiada 
      https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIryq1_bUDLCwMaf-UOemBMoNnzjnCeSvXB7My92dCCvxVWM6GZ4BGtBmlbxj3ao4pdj8C8jO4AUalo4pEoOr5el4_06yuu9JcWQxiUaEQM3F6qAmbN2ymVioH3INIsCzEDiD9RUA0AnM/s1600/bessinha_335.jpg

      impeachment de Gilmar


      Por Vieira 
      A idéia de ser processado o "impeachment" de Gilmar Mendes está lançada! É um deplorável atentado à dignidade da função jurisdicional em seu mais alto nível!
      Do Terra Magazine
      Nos corredores do Supremo, fala-se em impeachment de Gilmar Mendes
      A matéria apresentada pelo Jornal Folha de S. Paulo, informando que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes interrompeu o julgamento do recurso apresentado pelo PT contra a exigência de dois documentos na hora de votar, causou perplexidade entre alguns ministros da Casa.
      O barômetro em Brasília indica alta pressão. Já se fala, mas não se sabe se é o momento adequado, no impeachment do ministro Gilmar Mendes. É o que ecoa a "rádio corredor" do Supremo, caso seja comprovada a denúncia. A "rádio corredor" ecoa nos gabinetes e ministros frequentam os corredores.
      O telefonema foi testemunhado pela reportagem da Folha de S.Paulo, que publicou relatos assinados por Mocayr Lopes Júnior e Catia Seabra. O julgamento da ação proposta pelo PT transcorria sem nenhuma dificuldade de ordem técnica-processual. Em outras palavras, a matéria examinada pelos ministros não tinha complexidade jurídica, a gerar divergências. Sete ministros já tinham votado pelo acolhimento da pretensão apresentada, ou seja, ao eleitor, sem título eleitoral, bastava apresentar um documento oficial, com fotografia. A propósito, a ministra Ellen Gracie observou que a exigência da lei "só complica" o exercício do voto.
      O que surpreendeu, causou estranheza, foi o pedido de vistas de Gilmar Mendes. Como regra, o pedido de vistas ocorre quando a matéria é de alta complexidade ou quando algum ministro apresenta argumento que surpreende, provocando a exigência de novo exame da questão para se mudar de posição ou se reforçar argumentos contrários.
      Também causou estranheza um pedido de vista, de matéria não complexa, quando, pela proximidade das eleições, exigia-se urgência. Importante: não adianta só a decisão do Supremo. É preciso a repercussão da decisão pela imprensa, o que impõe urgência na solução do caso. Quanto antes for divulgadado, esclarecido, melhor.
      O terceiro ponto: a votação era conduzida no sentido de que, em primeiro lugar, está o exercício da cidadania. A meta toda era, como se disse no julgamento, facilitar e não complicar o exercício da cidadania que vai ocorrer no próximo domingo, dia das eleições.
      Um pedido de vista, a essa altura, numa questão simples, em que os sete ministros concluíram que a lei sobre a apresentação de dois documentos para votar veio para complicar, na realidade, dificultava o exercício de cidadania. O pedido de vistas numa questão que tem repercussão, é urgente e nada complexa, provocou mal-estar.
      Os ministros não querem se manifestar sobre a notícia divulgada pela Folha, uma vez que, tanto José Serra quanto Gilmar Mendes negaram. Mas vários delas acham que a apuração do fato, dado como gravíssimo, se for verdadeiro, é muito simples. Basta quebrar o sigilo telefônico.
      Pano rápido. O fato é grave porque coloca em jogo o direito de cidadania. Trata-se de um ministro do Supremo, que tem como obrigação a insenção. Serra e Mendes desmentiram. A denúncia precisa ser apurada pelo Ministério Público.
      A única forma de se tirar um ministro do Supremo, já que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não tem poder correcional sobre eles, é o impeachment. Ministros do Supremo só perdem o cargo por impeachment.
      O único caminho, quando se trata de grave irregularidade, de crime perpetrado - e esse caso, se comprovado, pode ser caracterizado como crime -, é o impeachment. Na história nunca houve impeachment de ministro do STF. Já houve cassação pela ditadura militar, e cassação por motivo ideológico.

      http://maierovitch.blog.terra.com.br/2010/09/30/nos-corredores-do-supremo-fala-se-em-impeachment-de-gilmar-mendes/


      Ao traidor, a vergonha

      Se existe um personagem que tenha conseguido ficar marcado pelo povo brasileiro, este é, sem dúvida, o senhor Fernando Henrique Cardoso. Tornou-se um espectro que vaga, fantasmagoricamente, na política brasileira. A impressão que se tem é que só mesmo as páginas dos jornais hoje o acolhem. Ninguém mais quer a sua companhia, nem mesmo José Serra, seu candidato e pupilo.

      Fernando Henrique é um desses exemplos que se adaptariam a perfeição à história bíblica de Caim. Trai estampado em suas têmporas o estigma da traição. É o homem condenado pelo crime político de vender o que não era seu, mas de toda a nacionalidade. É aquele que se pavoneando nos salões do capitalismo mundial vangloriava-se de ter entregado nossos minérios, nossa energia, nosso sistema de comunicações aos “luminares” do capitalismo que iam, finalmente, trazer a civilização e o progresso para o país de botocudos e incapazes.
      Olhem, se ele não tivesse feito o mal que fez a este país, bastaria que dele disséssemos que é um bobalhão, um daqueles tipos folclóricos de que as cortes se valiam para adocicar seu humor e distrair o povo.
      Mas, infelizmente, não lhe podemos ser indulgentes. O que ele entregou custará muito ao povo brasileiro para retomar, embora seja tão abençoado este país que o conseguiremos fazer.
      Vejam, agora, o quanto custou ao Brasil reaver parte do controle da Petrobras que o senhor Fernando Henrique Cardoso mercadejou na Bolsa de Nova Iorque. Nada menos que US$70 bilhões, foi quanto o governo brasileiro teve de aportar na capitalização da Petrobras para recuperar menos de dois terços das ações que FHC distribuiu em Nova Iorque. Benza-nos Deus que tínhamos 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal para usarmos no resgate do crime de lesa-pátria que fez aquele homem.
      Olhem os valores, vejam os números. Não se trata, absolutamente, de alguns tostões mal-empregados. Trata-se, como se viu, de dezenas de bilhões de dólares para recomprar o que foi vendido e que, aposto eu, não haverá um brasileiro capaz de dizer onde se empregou o dinheiro da venda, exceto no pagamento dos sanguessugas que vivem da especulação financeira.
      Hoje, Fernando Henrique Cardoso vai deitar falação sobre os “ganhos políticos” que Dilma Rousseff não teria, ao vencer no primeiro turno. Senhor Fernando Henrique Cardoso saiba que suas opiniões e conselhos só têm um valor para o povo brasileiro. É o de saber que nada do que o senhor diz tem serventia, de que todos os caminhos que o senhor aponta devem ser trilhados exatamente ao inverso, se desejamos um país desenvolvido e justo.
      Mesmo ausente, escondido, acoitado, homiziado nos seus artigos pedantes, o senhor, reconheça-se, tem um papel importantíssimo na campanha derrotada de José Serra. Ao vê-lo, é do senhor e do Brasil medíocre que saiu do seu governo que o nosso povão se lembra.
      Seu sucesso, senhor Cardoso, durou o quanto duraram as rendas da monstruosa venda que se fez das riquezas do patrimônio do povo brasileiro. Alguns anos de poder podem ter sido a paga do traidor, mas a história – ah, a história- é o inclemente castigo da traição.

      do  Tijolaço