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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
segunda-feira, novembro 01, 2010
Tudo do Povo Brasileiro
A presidenta do povo
Ufa!
Depois de mais de um ano na peleja contra os Hermógenes, vencemos!
Dilma venceu
O Brasil venceu
O povo trabalhador venceu
O PIG, a elite branca, os fundamentalistas de aluguel, o Zé Povinho, a tucanagem,
Vão todos para o diabo!
É tudo nosso!
Chora direita
O povo é quem dá as cartas
A rede Globo está com as horas contadas
Assim como os terroristas da Ditadura
Et caterva
Mais forte são os poderes do povo!
Chupa direita!
Durma com essa...
É nóis!!!
Viva a blogosfera progressista!
No Pasarán!!!
*docappacete
NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESSE PAÍS: BRASIL ELEGE UM PROJETO POLÍTICO E NÃO UM LÍDER
A Dilma Rousseff mal pode comemorar a vitória e o bloco conservador da velha mídia (Globo, Veja, Estadão e Folha) já tentam envenenar o PMDB.
As análises dos colonistas (falam fino com os EUA e grosso com o Paraguai) agora são de que o governo Dilma já está deixando o PMDB de lado ou que o PMDB ganhou e tem que levar, tem que governar. É essa a linha de raciocínio dos derrotados.
Aliás, o núcleo duro da velha mídia, marcado por esses quatro grupos, são os grandes derrotados com a vitória de Dilma Rousseff. José Serra é um político, sujeito a ganhar ou perder, faz parte da política, da vida do político. Mas quando uma empresa perde, um grupo econômico perde, a derrota é muito mais sentida, porque mostra que o país mudou e seu peso político não é como foi um dia.
Essa foi a grande ira da mídia contra o presidente Lula. Esses grupos econômicos foram massacrados pelo presidente que não caiu na armadilha esquizofrênica por eles montada. A armadilha esquizofrênica da mídia é exigir que o político (Lula) não participe do jogo político para que ela (mídia-apolítica) atuasse como partido e definisse as eleições.
A vitória de Dilma Rousseff é realmente um fato inusitado. A melhor manchete foi do Diário de Natal, pelo significado múltiplo, remetendo não só a questão da mulher, mas também ao presidente Lula. Mas não é só isso.
A vitória de Dilma não é um fato inusitado somente por ser a primeira mulher, mas sim por representar uma derrota, ou consolidar uma derrota, de setores da sociedade acostumados a ganhar durante todo o século 20, do suicídio de Getúlio Vargas ao Collor de Mello, passando em grande estilo pelo Golpe de 64.
Pela primeira vez, as forças políticas que sustentaram durante um século a construção do país mais desigual do mundo, um país de ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres, perdeu. Isso não significa que Dilma representa o socialismo, a igualdade, mas um novo caminho democrático, uma democracia com o povo decidindo o seu próprio caminho, com possibilidade real de o governo melhorar as condições de vida da população.
A vitória de Dilma é inédita porque pela primeira vez não se elegeu um líder marcado pelo personalismo e por uma história de vida, como foram de certa forma as eleições de todos os presidentes e de Lula, mas de um projeto político. A população votou em um projeto político e não em uma liderança carismática.
Nesse sentido, apesar de José Serra ter transformado a eleição na mais suja, baixa e hipócrita da história recente do país (Collor é amador perto de Serra e Índio da Costa), foi a eleição em que a população elegeu um projeto político e não um líder. Esse foi o voto que Serra perseguiu o tempo todo, o voto em um líder, em um salvador, em prometedor, mas foi derrotado. Viva o povo brasileiro!
*educaçãopolitica
As análises dos colonistas (falam fino com os EUA e grosso com o Paraguai) agora são de que o governo Dilma já está deixando o PMDB de lado ou que o PMDB ganhou e tem que levar, tem que governar. É essa a linha de raciocínio dos derrotados.
Aliás, o núcleo duro da velha mídia, marcado por esses quatro grupos, são os grandes derrotados com a vitória de Dilma Rousseff. José Serra é um político, sujeito a ganhar ou perder, faz parte da política, da vida do político. Mas quando uma empresa perde, um grupo econômico perde, a derrota é muito mais sentida, porque mostra que o país mudou e seu peso político não é como foi um dia.
Essa foi a grande ira da mídia contra o presidente Lula. Esses grupos econômicos foram massacrados pelo presidente que não caiu na armadilha esquizofrênica por eles montada. A armadilha esquizofrênica da mídia é exigir que o político (Lula) não participe do jogo político para que ela (mídia-apolítica) atuasse como partido e definisse as eleições.
A vitória de Dilma Rousseff é realmente um fato inusitado. A melhor manchete foi do Diário de Natal, pelo significado múltiplo, remetendo não só a questão da mulher, mas também ao presidente Lula. Mas não é só isso.
A vitória de Dilma não é um fato inusitado somente por ser a primeira mulher, mas sim por representar uma derrota, ou consolidar uma derrota, de setores da sociedade acostumados a ganhar durante todo o século 20, do suicídio de Getúlio Vargas ao Collor de Mello, passando em grande estilo pelo Golpe de 64.
Pela primeira vez, as forças políticas que sustentaram durante um século a construção do país mais desigual do mundo, um país de ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres, perdeu. Isso não significa que Dilma representa o socialismo, a igualdade, mas um novo caminho democrático, uma democracia com o povo decidindo o seu próprio caminho, com possibilidade real de o governo melhorar as condições de vida da população.
A vitória de Dilma é inédita porque pela primeira vez não se elegeu um líder marcado pelo personalismo e por uma história de vida, como foram de certa forma as eleições de todos os presidentes e de Lula, mas de um projeto político. A população votou em um projeto político e não em uma liderança carismática.
Nesse sentido, apesar de José Serra ter transformado a eleição na mais suja, baixa e hipócrita da história recente do país (Collor é amador perto de Serra e Índio da Costa), foi a eleição em que a população elegeu um projeto político e não um líder. Esse foi o voto que Serra perseguiu o tempo todo, o voto em um líder, em um salvador, em prometedor, mas foi derrotado. Viva o povo brasileiro!
*educaçãopolitica
Samba pra tucanada
Samba pra TUCANADA !!!!!!!!!
CHORA TUCANADA!!!!! AGORA É DILMA!!!!!!! ^___^
*umpoucodetudodetudoumpouco
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
*GilsonSampaioMacho que é Macho não se rende ainda mais pra Mulher
PiG começa ofender a Dilma:
ela não passa de um fantoche
Diz a manchete do Estadão: A vitória de Lula.
Diz a manchete do Globo: Lula elege Dilma e aliados já articulam sua volta em 2014.
Ou seja, a Dilma não é nada.
Não passa de um fantoche.
A Bachelet, presidente do Chile, entende disso.
Bachelet, como Lula, tinha uma popularidade acima dos 80%.
Só que o candidato à sucessão dela, o Eduardo Frei, não prestava.
E ganhou a oposição.
Ou seja, se a Dilma não prestasse, o Piñera seria o presidente do Brasil, um legítimo descendente do neoliberalismo de Pinochet – como Serra.
Acontece que a Dilma não é o Frei.
Acontece que a Dilma teve a oportunidade, no segundo turno, de ganhar a eleição, por conta própria.
Demonstrou que não era, apenas, herdeira do Governo Lula.
Já no primeiro debate do segundo turno, na Band, a Dilma foi para cima do Serra com o Paulo Preto.
E denunciou a Monica Serra, como agente da calhordice do aborto, na qualificação sempre precisa do Ciro, que conhece a alma do Serra como ninguém.
A Dilma foi para cima.
E tão importante quanto ser a herdeira do Lula, Dilma representa um projeto político – clique aqui para ler sobre o combate ao apartheid.
É ser líder de uma coalizão majoritária no Congresso.
Dilma não é o Frei.
Mas, como prometeu o grande aliado do Serra, o notável Thomas Jefferson, numa entrevista ao jornal O Globo, em 29 de setembro de 2010:
“Nós vamos incendiar o país. Esse Governo (Dilma Rousseff) vai dar manchete todos os dias”.
Já começou o incêndio.
O processo vai se radicalizar com a Dilma.
Primeiro, porque ela é mulher.
E muito machista brasileiro acha que mulher gosta de apanhar.
Segundo, porque, como ela mesma diz, ela “tem lado: o esquerdo”.
A Dilma é mais definida ideologicamente do que o Lula.
Lula é um trabalhista derivado da Igreja de João XXIII, do Concílio Vaticano, quando a Igreja ainda não tinha sido tomada pela extrema direita.
E, terceiro, porque o PiG (*) e seus colonistas (**) já, já vão dizer que a Dilma foi eleita pelos pobres nordestinos.
Os “migrantes”, diria o presidente eleito José Serra.
Só que a Dilma ganhou nas regiões proletárias de todo o país.
A Dilma ganhou no Sudeste.
A Dilma ganhou em Minas e no Rio.
Já, já o PiG (*) vai dizer, como nos Estados Unidos, por exemplo, que o eleitor dos trabalhistas vive do Bolsa Família.
Nos Estados Unidos é a “Cadillac lady”, do Ronald Reagan.
Aqui, é a Bolsa Esmola da Mônica Serra.
Não vai haver trégua.
Não vai haver lua de mel.
O PiG (*) vai pro pau.
O Serra vai querer “incendiar” o país, segundo Jefferson.
E é bom não esquecer: o Serra é o presidente eleito de 2014.
Como foi o presidente eleito de 2002.
Ele não perde.
Quando é obrigado a recuar, ele se joga prá frente.
Com a tocha na mão, para jogar na poça de gasolina.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
Os derrotados da eleição
Os derrotados da eleição
A guerra acabou. Dilma Rousseff é presidente do Brasil. Para chegar até aqui, teve que enfrentar uma das batalhas mais violentas da história da República. E venceu.
Derrotou não só seu adversário, José Serra, mas também um exército implacável, cruel e muito poderoso: os principais grupos de comunicação do país. Estes são os grandes derrotados nesse dia de glória para a democracia.
Os milhões de votos recebidos pela candidata petista são a prova gigantesca de que os brasileiros nunca mais se deixarão ser manipulados. Nem permitirão ser tratados como gente ignorante. O povo, definitivamente, não é bobo.
Durante meses, houve um bombardeio incessante de manchetes, chamadas, apelos, boatos e factoides. Um massacre impiedoso, orquestrado. Em fiapos de verdade, urdiram uma rede de mentiras e preconceitos.
Não bastou ser atacada durante o horário eleitoral gratuito. Isso faz parte do jogo. Infame foi ser fustigada diariamente pela propaganda política voluntária dos barões da mídia.
Dilma Rousseff e milhões de brasileiros enfrentaram o maior jornal do país, a Folha de S.Paulo. E a maior emissora de TV, a Globo. A revista de maior tiragem, a Veja. Nessa tropa de choque incansável também perfilam os jornais O Estado de S.Paulo e O Globo. Turma da pesada.
Nos próximos dias, sempre às 10h e às 16h, vamos usar este espaço para detalhar a forma como esses derrotados agiram do alto de seus palanques. Como pisotearam a liberdade de imprensa.
Cada um com seus soldados. Ou capangas. Tanto poder para quê? Tanta arrogância, fulminada pela força das urnas. Os que escrevem e entrevistam e ditam editoriais ficaram mudos. Quem manda, senhores do universo, é quem lê, quem ouve, quem vê. Os vitoriosos. Deste Brasil.
*turquinho
não importa,
pode até ser roubada de outro túmulo,
ele não liga,
está até acostumado!
.*amoralnato
Amanhã, dia de Finados, leve uma flor pro ssERRA em algum cemitério perto de você!
não importa,
pode até ser roubada de outro túmulo,
ele não liga,
está até acostumado!
.*amoralnato
Nunca antes na história desse país, um blog foi acusado de derrotar um candidato à presidência
E o nosso blog saiu muito maior da campanha eleitora.l Fizemos sucesso absoluto na blogosfera e na imprensa até internacional (Veja aqui), conquistamos milhões de novos leitores, ajudamos na campanha e conseguimos votos de indecisos. E incomodamos José Serra.Tudo isso sem contar que explodimos em acessos depois que o bom marqueteiro José Serra passou a citar esse humilde blog diariamente em suas entrevistas na TV e jornais. E, veja só, a coordenadora de campanha do candidato tucano diz na entrevista (vídeo) que, nosso blog teve culpa na derrota de Serra!.*amigosdopresidenteLula
Os marqueteiros são os mesmos. Por que em 2002 nada foi divulgado, a não ser esta foto do Diário de Sorocaba, onde se deu o ovo ao alvo? Será que aquela ligação que fez Serra colocar a mão na cabeça foi feita por seus marqueteiros ou por algum diretor de uma rede de televisão? Mistérios da campanha. Mas, eis aí a foto, que peguei no Blog do jornalista Dacio Malta.
A Globo transmitiu o primeiro discurso da presidenta Dilma, tin tin por tin tin, 25 minutos, sem intervalos comerciais. Tirando-se a expressão de enterro de Wiliam Bonner e seus “analistas”, menos mal e com alguma simpatia, Patrícia Poeta foi quem conduziu a apresentação oficial da nova e primeira mulher eleita presidenta do Brasil.
Por que em 2002 Serra levou um ovo na cara e a imprensa não deu, e agora fez um auê por causa de uma bolinha de papel?
Os marqueteiros são os mesmos. Por que em 2002 nada foi divulgado, a não ser esta foto do Diário de Sorocaba, onde se deu o ovo ao alvo? Será que aquela ligação que fez Serra colocar a mão na cabeça foi feita por seus marqueteiros ou por algum diretor de uma rede de televisão? Mistérios da campanha. Mas, eis aí a foto, que peguei no Blog do jornalista Dacio Malta.
*domello
Serra não se enterra nem morto. E o golpe está muito vivo!
A Globo transmitiu o primeiro discurso da presidenta Dilma, tin tin por tin tin, 25 minutos, sem intervalos comerciais. Tirando-se a expressão de enterro de Wiliam Bonner e seus “analistas”, menos mal e com alguma simpatia, Patrícia Poeta foi quem conduziu a apresentação oficial da nova e primeira mulher eleita presidenta do Brasil.
Pelo que pude acompanhar, Serra não fez o habitual telefonema à adversária admitindo a derrota e desejando-lhe boa sorte. Vai ver que, no mundo da política serrista, isso só é feito de homem pra homem. Por outro lado, estou certo que não fez falta alguma a Dilma receber aquela gentileza protocolar – hipócrita que teria sido certamente. Imagino aqui se ela teria forças pra se conter e não mandá-lo com todas as letras ao seu devido “lugar”. De qualquer maneira, qualquer coisa, agenda com a secretária…
A TV Brasil mostrava imagens ao vivo de Serra se preparando para discursar. Preparava, preparava e… nada. Deduzi que, assim como no futebol, Serra aguardava o sinal verde para o início da transmissão pela Globo.
E nada. Na Globo, uma porcaria qualquer de concurso de adolescentes pra modelo – a mesma coisa de sempre: anônimos expondo mesquinhez, sem retoques. Programação dominical “de primeira”. E Serra, na TV Brasil, esperando. Bem, talvez no intervalo comercial da Globo? E nada. Nada daquela vinheta de “interrompemos nossa programação…versão eleições 2010″.
Busquei todos os canais pra conferir. Aí me caiu a ficha! Ninguém estava interessado no que o Serra tinha a dizer. Nenhuma emissora. Exceto a TV Brasil e a Band.
A Globo voltou dos comerciais para as adolescentes magrelas disputarem a saída, ou a permanência na casa. (Não sei qual das duas opções é, realmente, a mais feliz! Ficar naquele concurso pra anta-objeto da moda ou ir pra casa estudar e virar um ser humano de verdade).
O fato é que os amigos de Serra perceberam que a Globo o deixou a ver navios e preferiu manter sua audiência com as gatinhas fúteis de biquini. Preferiu faturar e chutou cachorro morto. Aliás, é bom mesmo a Globo começar a faturar e abrir caderneta de poupança. Terá vacas magras, (espero!) se depender das verbas institucionais do(s) próximo(s) governo(s). Mas este é outro assunto.
Na Brasil, a transmissão de Serra arrastando um discurso azedo parecia uma cena de reunião de gângsters de filmes antigos, em preto e branco. Só homens. E uma chilena com cara de paraquedista, aliás. Enquanto Serra lia, os homens concordavam. Todos pálidos de noite mal dormida. E na platéia, só vozes masculinas feito torcida de futebol. A cada fim de parágrafo aclamavam não sei o quê.
Resumindo o discurso de Serra: “nós somos os melhores, mas Dilma foi desleal. Porque foi covardia do governo Lula – do qual ela foi o braço direito – ter melhorado a vida de tantos milhões de brasileiros nos últimos 8 anos e induzi-los a desejarem continuar com isso!”
E os caras na platéia vibrando. O curioso foi que a câmera (que não era da TV Brasil) não mostrava a tal platéia de torcida organizada. Será que também era… “bolinha de papel” ?
No fim, Serra deixou um recado: “Não é adeus, é até logo”.
E a Globo deixou outro recado: como sempre, estaremos ao lado do poder. Oficialmente ao menos, desta vez.
Serra e Globo se divorciaram ontem. Mas ele não sabe fazer outra coisa. Vai continuar buscando eleger-se a qualquer cargo feito um saco vazio intitulado “o mais preparado”. Enquanto respirar.
PS.: Quando já me preparava para postar este texto, eis que resolvi ver o que a Globo falava hoje pela manhã. Adivinhem qual foi a primeira imagem que apareceu na tela da minha TV em CLOSE? A ficha falsa da Dilma. Enquanto Ana Maria Braga discorria a biografia da presidenta eleita, a imagem da ficha falsa ocupava a tela inteira.
Não vamos nos iludir. Antes mesmo de Dilma tomar posse, já estão tramando o(s) golpe(s) para sua deposição.
*oqueseraquemedá
Dilma tem mais preparo e sinceridade.
A coluna “Rosa dos Ventos” do sempre agudo Mauricio Dias, na Carta Capital que chegou hoje às bancas, mostra gráficos de autoria de João Francisco Moura, diretor da Vox Populi.
Eles revelam que, ao longo da campanha do segundo turno, Dilma desmontou, um por um, os estereótipos que o PiG (*) e o Serra (foram e são a mesma coisa) tentaram lhe impingir.
No fim da eleição, o eleitor considerou Dilma “mais preparada”: 46% a 41%.
Com mais capacidade de comandar e liderar: 46% a 41%.
E o que é muito importante, depois de todas as empulhações, como o aborto e a bolinha de papel: a questão da sinceridade.
Dilma foi para a eleição com uma boa vantagem sobre o Serra neste capitulo da sinceridade: 48% a 36%.
Quer dizer, o jenio é um blefe.
Diz o Valor de hoje que ele acreditava piamente na vitória.
Porque acreditava piamente em que ia destroçar a Dilma nos debates.
Não se sabe por que cargas d’água o Serra se acha imbatível nos debates.
Em 2002 também foi assim.
Ele quis porque quis empurrar o Lula para os debates.
O Lula foi de bom grado.
E o Serra destroçou o Lula por 39 a 61%.
Ele é um jenio.
Agora, ele tinha certeza de que ia humilhar a Dilma nos debates.
Foi o que aconteceu, de fato: ele esmagou de 44 a 56%.
Deve haver alguma coisa de psicopatologia nisso.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Dilma tem mais preparo e sinceridade.
É o que diz o eleitor (mas não o PiG)
A coluna “Rosa dos Ventos” do sempre agudo Mauricio Dias, na Carta Capital que chegou hoje às bancas, mostra gráficos de autoria de João Francisco Moura, diretor da Vox Populi.
Eles revelam que, ao longo da campanha do segundo turno, Dilma desmontou, um por um, os estereótipos que o PiG (*) e o Serra (foram e são a mesma coisa) tentaram lhe impingir.
No fim da eleição, o eleitor considerou Dilma “mais preparada”: 46% a 41%.
Com mais capacidade de comandar e liderar: 46% a 41%.
E o que é muito importante, depois de todas as empulhações, como o aborto e a bolinha de papel: a questão da sinceridade.
Dilma foi para a eleição com uma boa vantagem sobre o Serra neste capitulo da sinceridade: 48% a 36%.
Quer dizer, o jenio é um blefe.
Diz o Valor de hoje que ele acreditava piamente na vitória.
Porque acreditava piamente em que ia destroçar a Dilma nos debates.
Não se sabe por que cargas d’água o Serra se acha imbatível nos debates.
Em 2002 também foi assim.
Ele quis porque quis empurrar o Lula para os debates.
O Lula foi de bom grado.
E o Serra destroçou o Lula por 39 a 61%.
Ele é um jenio.
Agora, ele tinha certeza de que ia humilhar a Dilma nos debates.
Foi o que aconteceu, de fato: ele esmagou de 44 a 56%.
Deve haver alguma coisa de psicopatologia nisso.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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