PiG começa ofender a Dilma:
ela não passa de um fantoche
Diz a manchete do Estadão: A vitória de Lula.
Diz a manchete do Globo: Lula elege Dilma e aliados já articulam sua volta em 2014.
Ou seja, a Dilma não é nada.
Não passa de um fantoche.
A Bachelet, presidente do Chile, entende disso.
Bachelet, como Lula, tinha uma popularidade acima dos 80%.
Só que o candidato à sucessão dela, o Eduardo Frei, não prestava.
E ganhou a oposição.
Ou seja, se a Dilma não prestasse, o Piñera seria o presidente do Brasil, um legítimo descendente do neoliberalismo de Pinochet – como Serra.
Acontece que a Dilma não é o Frei.
Acontece que a Dilma teve a oportunidade, no segundo turno, de ganhar a eleição, por conta própria.
Demonstrou que não era, apenas, herdeira do Governo Lula.
Já no primeiro debate do segundo turno, na Band, a Dilma foi para cima do Serra com o Paulo Preto.
E denunciou a Monica Serra, como agente da calhordice do aborto, na qualificação sempre precisa do Ciro, que conhece a alma do Serra como ninguém.
A Dilma foi para cima.
E tão importante quanto ser a herdeira do Lula, Dilma representa um projeto político – clique aqui para ler sobre o combate ao apartheid.
É ser líder de uma coalizão majoritária no Congresso.
Dilma não é o Frei.
Mas, como prometeu o grande aliado do Serra, o notável Thomas Jefferson, numa entrevista ao jornal O Globo, em 29 de setembro de 2010:
“Nós vamos incendiar o país. Esse Governo (Dilma Rousseff) vai dar manchete todos os dias”.
Já começou o incêndio.
O processo vai se radicalizar com a Dilma.
Primeiro, porque ela é mulher.
E muito machista brasileiro acha que mulher gosta de apanhar.
Segundo, porque, como ela mesma diz, ela “tem lado: o esquerdo”.
A Dilma é mais definida ideologicamente do que o Lula.
Lula é um trabalhista derivado da Igreja de João XXIII, do Concílio Vaticano, quando a Igreja ainda não tinha sido tomada pela extrema direita.
E, terceiro, porque o PiG (*) e seus colonistas (**) já, já vão dizer que a Dilma foi eleita pelos pobres nordestinos.
Os “migrantes”, diria o presidente eleito José Serra.
Só que a Dilma ganhou nas regiões proletárias de todo o país.
A Dilma ganhou no Sudeste.
A Dilma ganhou em Minas e no Rio.
Já, já o PiG (*) vai dizer, como nos Estados Unidos, por exemplo, que o eleitor dos trabalhistas vive do Bolsa Família.
Nos Estados Unidos é a “Cadillac lady”, do Ronald Reagan.
Aqui, é a Bolsa Esmola da Mônica Serra.
Não vai haver trégua.
Não vai haver lua de mel.
O PiG (*) vai pro pau.
O Serra vai querer “incendiar” o país, segundo Jefferson.
E é bom não esquecer: o Serra é o presidente eleito de 2014.
Como foi o presidente eleito de 2002.
Ele não perde.
Quando é obrigado a recuar, ele se joga prá frente.
Com a tocha na mão, para jogar na poça de gasolina.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
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