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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, novembro 16, 2010

OBAMA E OS EUA"usa" SÃO OS FELIZES PROPRIETÁRIOS DA ONU:GRANDE NOVIDADE!



O líder cubano Fidel Castro comparou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com um "rei mago" que "anda repartindo postos" no Conselho de Segurança das Nações Unidas, segundo seu artigo publicado nesta segunda-feira pela imprensa oficial da ilha.
"Obama, como rei mago, anda repartindo postos no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como quem controla uma propriedade sua", disse Fidel em suas novas reflexões, que dedica às recentes reuniões do G20 e do Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec).
Fidel citou declarações dadas por Obama segundo as quais o presidente americano considera que o Japão é o modelo de país que deveria ocupar um posto permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. "Já antes, no plenário parlamentar de Nova Délhi, (Obama) tinha dito que seu governo 'apoiará a eventual entrada da Índia no Conselho de Segurança das Nações Unidas'. O Paquistão, certamente, se queixou amargamente dessa promessa ianque", afirmou. "O que não disse (Obama) é se esse posto é com ou sem direito a veto, como se esse privilégio antidemocrático fosse eterno", acrescentou.
Além disso, Fidel ressaltou que "igualmente se ignora se tão generoso oferecimento deveria ser feito também a Lula, apesar dos mais de 500 milhões de latino-americanos", e lembrou também que "quase 1 bilhão de africanos não têm representação permanente nesse Conselho".
Portal Terra 15.01.2010.

Interessante, mais uma vez, as considerações que Fidel faz à "visão de democracia" que os EUA possuem.
De outra forma, aqui no Brasil, o PIG, quase chegou ao orgasmo com a declaração do fantoche do capitalismo atual, Obama, sobre apoiar India ao conselho de segurança da ONU.
Estes órgãos, fiéis ao colonialismo que pregam, agiram como se o "Pai maior do planeta" desse um recado ao Brasil, por ter se comportado mal em não apoiar o belicismo americano.
O entreguismo, o anti-patriotismo das camadas mais abastadas do Brasil está chegando às raias da indecência, faça, caro leitor, um simples e eficaz teste com um amigo burguês:
Pergunte-lhe se gostaria que os EUA encampassem o Brasil, tal qual vez com Porto Rico, e instala-se a obrigatoriedade do inglês como lingua oficial,;se ele apoiaria tal medida.
Garanto-lhe que a imensa maioria responderia um sim, não um simples sim, mas acompanhado de um estrondoso prazer de desejo.
Pois é esta gente que escreve e comanda a grande mídia nacional.
Vergonhoso, mas verdadeiro.

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