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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 04, 2010

Gilmar perde ação contra Carta Capital





Do Blog Brasilia eu vi

Jornalismo 1 x 0 Gilmar Mendes

Posted by Leandro Fortes under Primeira instância


Na edição de 8 de outubro de 2008 da CartaCapital, em uma reportagem de minha autoria intitulada “O empresário Gilmar Mendes”, revelei a ligação societária entre o então presidente do Supremo Tribunal Federal e o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Trata-se de uma escola de cursinhos de direito cujo prédio foi construído com dinheiro do Banco do Brasil sobre um terreno, localizado em área nobre de Brasília, praticamente doado (80% de desconto) a Mendes pelo ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz. O IDP, à época da matéria, havia fechado 2,4 milhões em contratos sem licitação com órgãos federais, tribunais e entidades da magistratura, volume de dinheiro que havia sido sensivelmente turbinado depois da ida de Mendes para o STF, por indicação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O corpo docente do IDP era formado, basicamente, por ministros de Estado e de tribunais superiores, desembargadores e advogados com interesses diretos em processos no Supremo, o que, por si só, já era passível de uma investigação jornalística decente. O que, aliás, foi feito pela CartaCapital quando toda a imprensa restante, ou se calava, ou fazia as vontades do ministro em questão. Foi a época da Operação Satiagraha, dos dois habeas corpus concedidos por Mendes ao banqueiro Daniel Dantas, em menos de 48 horas. Em seguida, a mídia encampou a farsa do grampo sem áudio, publicado pela revista Veja, que serviu para afastar da Agência Brasileira de Inteligência o delegado Paulo Lacerda, com o auxílio luxuoso do ministro da Defesa, Nelson Jobim, autor de uma falsa denúncia sobre existência de equipamentos secretos de escuta telefônica que teriam sido adquiridos pela Abin.
Naqueles tempos duros, fazer uma cobertura crítica da atuação de Gilmar Mendes no STF era uma tarefa quase suicida. Mesmo o governo federal, instado a não comprar briga com Mendes justo no momento em que o inquérito do chamado “mensalão” passava às barras do Supremo, manteve-se amedrontado. Emblema daquela circunstância foi a submissão do presidente Lula às idiossincrasias de Mendes, chamado pelo ministro “às falas” para responder pela inverossímil denúncia de espionagem no STF. CartaCapital e este repórter, por revelarem as atividades comerciais paralelas de Gilmar Mendes, acabaram processados pelo ministro, evidencie-se, dentro das regras democráticas e legais do Estado de direito.
Acusou-nos, Mendes, de termos elaborado a referida reportagem com o intuito de lhe “denegrir a imagem” e “macular sua credibilidade”. Alegou, ainda, que a leitura da reportagem atacava não somente a ele, mas serviria, ainda, para “desestimular alunos e entidades que buscam seu ensino”. Essa argumentação foi desmontada ainda antes da sentença, por este blog, no post que pode ser acessado aqui.
Em 26 de novembro de 2010, portanto, na semana passada, a juíza Adriana Sachsida Garcia, do Tribunal de Justiça de São Paulo, julgou improcedente a ação de Gilmar Mendes e extinguiu o processo contra mim e a CartaCapital. Dentre outras considerações, afirmou:
“As informações divulgadas são verídicas, de notório interesse público e escritas com estrito animus narrandi. A matéria publicada apenas suscita o debate sob o enfoque da ética, em relação à situação narrada pelo jornalista. Não restou configurado o dolo ou culpa, condição sine qua non para autorizar a condenação no pagamento de indenização. A população tem o direito de ser informada de forma completa e correta, motivo pelo qual esse direito deve sobrepor-se às garantias individuais, sob determinadas circunstâncias, como são as objeto de análise.”
Abaixo, alguns trechos da sentença proferida pela juíza Adriana Garcia. A decisão ainda é passível de recurso por parte da defesa do ministro Gilmar Mendes:
“(…) Desnecessária a colheita de outras provas, pois a matéria é eminentemente de direito e os fatos controversos vieram bem comprovados por documentos, de maneira que autorizado o julgamento antecipado, em conformidade com a regra do artigo 330, inciso I, do Código de Processo Civil. O pedido é improcedente. (…) Ocorre que, a documentação trazida com a defesa revela que a situação exposta é verídica; o que, aliás, não foi negado pelo autor.”
“Considerado o modelo da reportagem e as palavras utilizadas, não vislumbro ofensa ao ordenamento jurídico, condição indispensável para a condenação no pagamento de indenização.”
“O tema exige cautela do julgador para que não incida na odiosa restrição das liberdades de informação e de expressão, as quais contêm o direito de criticar. Careceria de justa causa a notícia falsa ou imprudentemente divulgada, mas não a baseada em fatos reais e de manifesto interesse público.”
“Insta aqui destacar que a reportagem de fato assevera não haver ilegalidade no proceder do autor ou de qualquer das pessoas físicas mencionadas, tanto que eminentes juristas foram entrevistados para emitir opinião técnica sobre a participação de magistrados em sociedades empresariais e restou registrada a controvérsia existente sobre o tema.”
“Não se considera ‘caviloso’ o texto do jornalista porque não criou fatos ou incluiu inverdades, nem omitiu dados importantes ao bom entendimento da notícia. De fato, já na inicial, o autor reconhece que o Ministro Gilmar Mendes é sócio da empresa e detém uma terça parte das quotas sociais. (…) Bem assim, a inicial admite a realização de contratos com vários órgãos do Poder Público no âmbito federal, com dispensa de licitação, por inexigibilidade.”
“Ainda, o autor relata que possui corpo discente de alto gabarito, ilustrado por figuras ocupantes do alto escalão dos diferentes Poderes da República. E se os fatos não são mentirosos, não vejo fundamento jurídico para coibir o livre exercício do questionamento e da crítica pela imprensa.”
“A reportagem impugnada consubstancia regular exercício de direito, consubstanciado em crítica jornalística própria dos regimes democráticos. A doutrina e a jurisprudência concordam que, pelo menos para efeito de responsabilidade civil, a licitude da matéria jornalística decorre do interesse público, da veracidade e pertinência de seu conteúdo.”
“E, finalmente, também o conteúdo é pertinente – não obstante a crítica inserida – havendo articulação lógica entre o conteúdo narrado e as conclusões expostas. A relevância dos fatos narrados foi apresentada de modo adequado em relação ao contexto dos fatos noticiados. A documentação acostada pela defesa demonstra que foi apurada a procedência dos fatos narrados, de modo a neutralizar a alegação de que houve divulgação precipitada e indevida de fatos aptos a arruinar a reputação das pessoas citadas.”
“Não se pode cogitar de verdadeira liberdade de informação e expressão sem a possibilidade da crítica, a possibilidade de emitir juízo de valor – favorável ou não – em relação a determinado comportamento.”
“Reconhecer ilicitude, sem provas sobre animus injuriandi ou animus nocendi, constitui, pelo peso da indenização por dano moral, restrição que se aproxima da censura”
“Condeno o autor no pagamento das verbas oriundas de sua sucumbência, com honorária que fixo em R$ 5.000,00 para cada um dos co-réus, atualizados monetariamente a partir da data desta sentença pelos índices da Tabela Prática editada pelo Egrégio Tribunal de Justiça deste Estado, nos termos do que preceitua o artigo 20, § 4º, do mesmo Código de Processo Civil. Transcorrido o prazo para recurso, ou processado o que houver, diligencie a serventia o arquivamento dos autos, observadas as formalidades legais e cautelas de praxe.
P.R.I. São Paulo, 26 de novembro de 2010.
Adriana Sachsida Garcia Juíza de Direito”
Aqui, a íntegra da sentença.
*amoralnato

Democracia na América Latina está consolidada, mas é preciso ficar alerta






Presidente Lula em sua intervenção na sessão plenária da XX Cúpula Ibero-Americana realizada em Mar del Plata, na Argentina. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Viagens internacionaisApesar de todas as campanhas feitas nos últimos anos para enfraquecer os governos dos países latino-americanos, a democracia na região está consolidada e a América Latina já não é tratada no mundo como se fosse menor, enalteceu o presidente Lula em discurso feito na sessão plenária da XX Cúpula Ibero-Americana realizada neste sábado em Mar del Plata, na Argentina. Mas Lula alertou: é preciso ficar alerta para não permitir que aconteça o que tentou-se fazer no Equador em setembro passado, quando o presidente Rafael Correa enfrentou uma violenta onda de insurreição por parte da polícia equatoriana, e também o que aconteceu no Brasil em 2005 quando, segundo Lula, houve “uma sórdida campanha que tinha como objetivo enfraquecer o governo para provar que um trabalhador não poderia governar”.
Nós estamos aprendendo a construir esse mundo extraordinário que se transformará numa grande nação. Acho que o exemplo que Kirchner deixa para nós é que o corpo se vai, mas as ideias não. Elas estão aí a adentrar na cabeça dos estudantes, dos trabalhadores, das mulheres, e dos companheiros presidentes.
Em suas duas intervenções durante a sessão plenária, Lula fez sua homenagem ao ex-presidente argentino Nestor Kirchner, morto em outubro passado, afirmando que ele é um dos responsáveis pela melhora nas relações Brasil-Argentina, bem como na mudança de comportamento dos empresários, diplomatas e governos de ambos os países. Para Lula, Kirchner foi fundamental para recuperar o Mercosul, derrotar a Alca na América do Sul e criar a Unasul. Era um conciliador, afirmou o presidente brasileiro, que recuperou a economia argentina e também a autoestima de seu povo.
Eu acho que da mesma forma que coube a mim recuperar a autoestima do povo brasileiro, voltar a fazer o povo brasileiro gostar do Brasil, eu acho que o Kirchner conseguiu fazer na Argentina. Era o Maradona no futebol e o Kirchner na política, era quase uma unanimidade, mesmo os que não gostavam tinham que respeitar a ousadia.
Lula reafirmou ainda a importância dos países latino-americanos atuarem mais em conjunto, mantendo estreitos laços políticos e comerciais, para fortalecer a região. Se o Brasil cresce, disse, os demais países do continente também crescem. É preciso fazer um esforço para explorar a totalidade do potencial que existe entre os países latino-americanos, afirmou. Como exemplo, citou a melhora nas relações econômicas entre Brasil e Argentina, que tinham uma balança comercial de apenas US$ 7 bilhões em 2003 e hoje têm de quase US$ 35 bilhões. “Hoje nós temos consciência o quanto a Argentina é importante para o Brasil, e a Argentina tem a consciencia de quanto o Brasil é importante para a Argentina”, frisou Lula.
Ouça aqui a primeira intervenção do presidente Lula na sessão plenária da XX Cúpula Ibero-Americana de Mar de Plata:
Segunda intervenção do presidente Lula na reunião:

Artigos relacionados

Cúpula exige que os EUA coloquem fim ao bloqueio a Cuba





Na 20ª Cúpula Ibero-Americana, em Mar del Plata, na Argentina, os chefes de Estado e do Governo reiteraram neste sábado sua exigência aos Estados Unidos para que coloquem um ponto final no embargo a Cuba.
Pedimos que os Estados Unidos da América coloquem fim ao bloqueio", diz o documento que pede para Washington cumprir "com o disposto em 19 sucessivas resoluções aprovadas na Assembleia Geral das Nações Unidas" sobre a questão.
O comunicado é uma reafirmação e atualização de textos muito similares aprovados nas cúpulas de Salamanca em 2005, Montevidéu em 2006, Santiago do Chile em 2007, San Salvador em 2008 e Estoril em 2009. A declaração final da cúpula de Mar del Plata, que tem como lema "Educação para a inclusão social", incluirá também uma cláusula democrática contra tentativas golpistas na região, entre outros pontos.
*cappacete

Turma da AMAN do Johnbim rende homenagem a Médici?!?






Viva o Brasil do Johnbim !
O Conversa Afiada reproduz e-mail do amigo navegante Stanley Burburinho (o reparador de iniquidades):

Assunto: AMAN – Academia Militar das Agulhas Negras – Declaração de Aspirantes a Oficial da Turma General Emílio Garrastazu Médici.

AMAN – Academia Militar das Agulhas Negras – Declaração de Aspirantes a Oficial da Turma General Emílio Garrastazu Médici.

A AMAN realiza, no dia 04 de dezembro  2010, a cerimônia de Declaração de Aspirantes a Oficial da Turma General Emílio Garrastazu Médici.

“Cerimônia de Entrega de Espadas e Declaração de Aspirantes a Oficial

29/11/2010

A Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) realiza, no dia 04 de dezembro  2010, acerimônia de Declaração de Aspirantes a Oficial da Turma General Emílio Garrastazu Médici. A cerimônia é uma das mais importantes da nossa Escola e representa o cumprimento da missão, que é a de formar o oficial de carreira combatente, futuro líder do Exército Brasileiro.

O momento é de bastante vibração para todos os militares, mas, sobretudo, de muita expectativa e emoção para os futuros oficiais, seus familiares e amigos. Compartilham dos mesmos sentimentos os Oficiais, Praças e servidores civis da AMAN.

Recebem a espada de Oficial do Exército Brasileiro, 360 cadetes das mais distintas regiões do Brasil, sendo 11 de Resende. Esse ano, cinco formandos são, ainda, de nações amigas (dois da República Dominicana, um de Guiné Bissau, um do Paraguai e um da Venezuela).

Ao passar pelo Portão Monumental, os mais novos oficiais da Força seguirão destino para as diferentes localidades do País, disseminando novos e consolidados conceitos e colaborando, assim, para a modernização e progresso da Instituição. O “Sangue Novo” também carregará, para onde for, alegres e saudáveis recordações dos quatro anos de formação.

A ocasião nesse ano marca, ainda, o início das comemorações do Bicentenário da Academia Militar no Brasil, a ser consolidada em 23 de abril de 2011.

Programação:

(…)”

http://www.aman.ensino.eb.br/index.php?option=com_content&task=view&id=343&Itemid=1

A partir de dica do Blog do Mello: http://blogdomello.blogspot.com/2010/12/otavio-ditabranda-frias-vai-aman-para.html

Navalha


Viva o Brasil !



Paulo Henrique Amorim




Geisy Arruda prova que burrice não é obstáculo para fama e dinheiro



*esquerdonews
A MENTIRA DO DIA D'O JUMENTO
No fim desta legislatura Marx estará careca!

Folha fica surda na homenagem a Stédile




Do Blog da Reforma Agrária via Vi o Mundo
“João Stédile, fundador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), recebe homenagem na Câmara dos Deputados; ao ser anunciado, ouviu vaias”, afirma nota do Painel da Folha de S. Paulo.
Não poderia ser diferente.
No Brasil, existe um número grande de parlamentares que são donos de grandes propriedades que não cumprem a sua função social.
Ou seja, proprietários de áreas que são improdutivas, desmatam o meio ambiente ou desrespeitam a legislação trabalhista.
E lá na Câmara dos Deputados onde está parada desde 2004 a PEC do Trabalho Escravo, que obriga a expropriação de terras de quem explora trabalho escravo.
Essa máfia de deputados ruralistas tem nome e sobrenome: bancada ruralista.
De acordo com o Instituto de Estudos Socioeconômicos ( Inesc), há 117 deputados na atual legislatura.
Esses parlamentares vaiaram João Pedro Stedile, assim como vaiaram aquele que indicou o militante do MST, Brizola Neto, assim como vão vaiar qualquer lutador do povo que questione as bases da desigualdade social do Brasil.
Ou seja, a nota do painel da Folha poderia constatar também a existência da gravidade.
Essa foi a conclusão, mais do que óbvia, que chegou o jornal Estado de Minas, em nota da coluna de Baptista Chagas de Almeida: “Líder e fundador do Movimento dos Trabalhadores sem terra (MST), João Pedro Stedile foi homenageado na Câmara dos Deputados. Ficou entre vaias e aplausos. Nenhuma surpresa numa casa que tem a bancada ruralista”.
A Folha esqueceu de registrar que as vaias dos parlamentares latifundiários foram sufocadas pelos aplausos à premiação do coordenador do MST.
A Folha conhece menos o Brasil que o Estado de Minas, e só ouviu vaias ao João Pedro Stedile*.
Isso não é novidade também.
Já conhecida como “Falha de S. Paulo”, está caminhando para se tornar um “Diário Veja”, na mesma linha de um panfleto semanal vendido no nosso país.
* No mesmo mundo em que vive a Folha, vivem pessoas valorosas como o escritor Eduardo Galeano, que mandou a seguinte mensagem ao MST e ao João Pedro Stedile: “qué boa notícia, essa. medalha! boa e rara. nao é frequente encontrar evidencias de que a justiça existe. te abraça, teu irmao”

Em nome do MST, Stédile recebe medalha das mãos do deputado Brizola Neto 

O grande conglomerado EUA-Israel Terrorismo S/A










Laerte Braga
A insanidade e o terrorismo andam de mãos dadas. A matriz é em Washington e a sucursal em Tel Aviv. Há filiais em colônias (Grã Bretanha e Itália, na Europa. Colômbia e Honduras na América Latina. Paquistão na Ásia e outras), em protetorados como a Alemanha, Bélgica, além de escritórios e agências em todos os cantos do mundo.
O site WikiLeaks trouxe mais de duzentos mil documentos secretos do núcleo central do terrorismo em Washington a público e ali estão contidas desde operações de assassinato puro e simples de adversários, até meticulosos e doentios estudos sobre líderes mundiais.
A maior organização terrorista do mundo EUA-Israel Terrorismo S/A dispõe de um banco de dados completos sobre chefes de governos, estados, lideres partidários e até a presidente eleita Dilma Rousseff é contemplada na obsessão norte-americana/sionista pelo controle absoluto de todos os negócios em todos os cantos do mundo.
Fica-se sabendo, por exemplo, que o terrorista Meir Dagan, chefe do Mossad para o exterior, propôs aos EUA um golpe de estado contra o governo do Irã e contava com apoio de governos árabes corruptos como o da Jordânia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Boa parte dos documentos foi divulgada pelos jornais The New York Times e o inglês The Guardian e, Hillary Clinton, versão branca de Condoleezza Rice, não dorme há dias na tentativa de apagar os incêndios.
Sílvio Berlusconi segundo documentos secretos dos EUA revelados pelo site é descrito como um "irresponsável, vão e pouco eficaz como líder moderno europeu... Frágil, física e politicamente, que não descansa apropriadamente por causa das festas que dá até altas horas da madrugada"
Há dúvidas sobre o "estado de saúde mental" da presidente da Argentina Cristina Kirchner e o líder bolivariano da Venezuela Hugo Chávez é chamado de "louco."
Kadafi não viaja sem estar acompanhado de uma "voluptuosa enfermeira ucraniana", a alemã Angela Merkel "não corre riscos."
Os documentos revelam que os EUA consideram que o governo do Brasil disfarça a prisão de "terroristas" e que a então ministra Dilma Rousseff, presidente eleita do País, foi um obstáculo a uma lei antiterrorista que Washington desejava que fosse proposta ao Parlamento brasileiro.
Por mais repetitivo que possa parecer a ideia que os Estados Unidos se constituem como nação é equivocada. Não passa de um conglomerado terrorista associado ao governo sionista de Israel, é o que o site WikiLeaks vem revelando ao mundo, daí a preocupação do governo de Washington em desmentir e atenuar o impacto dos tais documentos.
Uma organização mafiosa de porte nunca visto dantes e cujos objetivos são manter o controle absoluto dos negócios. Montada num arsenal nuclear capaz de destruir o mundo cem vezes.
No caso específico do Brasil, os norte-americanos trabalham com a velha máxima do terrorista Richard Nixon, à época da ditadura militar brasileira. "Para onde inclinar-se o Brasil, inclina-se a América Latina".
Em 1989, com uma estrutura montada a partir de um dos seus braços mais poderosos por aqui, as Organizações Globo, elegeu um tresloucado para a presidência da República, Collor de Mello. Como era de se esperar meteu os pés pelas mãos, as carreirinhas foram em excesso e acabou sendo necessário um período de dois anos e meio de transição, o governo Itamar Franco (pensa que foi presidente até hoje) até que conseguissem retomar o controle dos "negócios" com Fernando Henrique Cardoso.
Quase todos os setores políticos e econômicos estratégicos foram entregues aos EUA sob o disfarce de companhias das mais variadas bandeiras (são bandeiras piratas, a caveira e duas tíbias). Os estragos causados ao Brasil pela privatização da Vale e da EMBRAER ainda não foram percebidos pela maior parte dos políticos de esquerda até hoje. E muito menos os gerados pelo SIVAM (Sistema de Monitoramento da Amazônia)
O controle das forças armadas brasileiras a partir da missão no Haiti e dos acordos militares frustraram esforços, por exemplo, da Marinha brasileira de dispor de submarinos a propulsão nuclear com tecnologia nacional. Sem falar nos 16 anos de espera, até agora, para reequipar a Força Aérea Brasileira com caças capazes de assegurarem a integridade do território nacional e a soberania brasileira.
No governo FHC era permanente a intervenção da CIA – Agência Central de Inteligência –, companhia norte-americana de sequestros, assassinatos, etc, e do FBI – Federal Bureau of Investigation – e em vários momentos o governo foi pressionado a permitir a instalação de bases militares na região Sul, a pretexto de controlar o "terrorismo", além da cessão da base espacial de Alcântara.
Foi a reação de setores do movimento popular e militares não subordinados a Washington que impediu a consumação desses crimes.
Pela vontade de FHC as concessões seriam totais, eternas e o inglês a língua oficial.
No governo Lula diminuiu esse nível de pressão, ou direcionou-se a outros campos, já que o presidente petista optou por escapar de armadilhas como a ALCA – Aliança de Livre Comércio das Américas –, apostando num "capitalismo a brasileira", expressão de Ivan Pinheiro, secretário geral do PCB – Partido Comunista Brasileiro – para caracterizar os contornos do governo Lula diante da chamada "herança maldita" deixada por FHC.
Essa realidade mundial chamada de "nova ordem econômica", gerada a partir do fim da União Soviética, ganha outros contornos no dia de hoje, mantém a essência terrorista norte-americana/sionista, o fascismo vendido por Hollywood, e lança um desafio extremo para a presidente eleita Dilma Rousseff.
O de avançar no caminho de mudanças políticas e econômicas, com profundas alterações em setores ainda sob controle da organização EUA-Israel Terrorismo S/A (burocracia, parte ponderável do Poder Judiciário e do Poder Legislativo) e buscar cada vez mais políticas de integração com países latino-americanos.
O que os documentos do site WikiLeaks revelam no seu todo é que a única ameaça real à paz mundial é o conglomerado de empresas que forma a EUA-Israel Terrorismo S/A.
A face visível é o suposto presidente da extinta nação norte-americana, o branco Barack Obama, e a face invisível é todo esse leque de milhares de documentos que exibem o caráter terrorista do conglomerado.
Só um detalhe para arrematar: Obama pensa que é negro.

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Lula não quer deixar para Dilma decisão sobre extradição de Battisti


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quer deixar para a sucessora Dilma Rousseff a decisão sobre a extradição do italiano Cezare Battisti. Em entrevista a correspondentes internacionais, no Rio de Janeiro, Lula disse que aguarda, apenas, parecer do advogado-geral da União sobre o assunto.
“O parecer é o que vai balizar a minha decisão. Tivemos um processo eleitoral, um segundo turno e tudo isso atrasou um pouco o trabalho”, disse Lula aos jornalistas estrangeiros.
“Espero que o meu advogado-geral possa me apresentar a proposta da decisão antes de terminar o mandato. Não gostaria de deixar para Dilma tomar a decisão”, completou.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Battisti, que responde a vários processos na Itália e está preso no Brasil, mas deixou a decisão para o presidente da República.
*comtextolivre

LULA DIZ QUE JÁ CHEGOU A UMA CONCLUSÃO SOBRE O CASO BATTISTI

Celso Lungaretti (*)
Entrevistado nesta 6ª feira (03/12) por correspondentes internacionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou já ter chegado a uma conclusão sobre o pedido italiano de extradição do escritor e perseguido político Cesare Battisti, devendo anunciá-la ainda neste mês de dezembro:
"Eu espero que o meu advogado-geral possa me apresentar a proposta da decisão antes de terminar o meu mandato. Não gostaria de deixar esse assunto para a companheira Dilma tomar a decisão em janeiro ou fevereiro. Preferia tomar eu mesmo a decisão. Aliás, eu já tenho a decisão na minha cabeça, só não posso antecipar".
A expectativa da imprensa e dos círculos políticos é de que Lula rechace o pedido do Governo Berlusconi -- a revista IstoÉ já fez até matéria sobre os planos para a liberdade  de Battisti --, pondo fim a um pesadelo que já dura quase 46 meses, desde sua detenção no Brasil por causa de crimes ocorridos há mais de três décadas na Itália.
Crimes de que não foi acusado no seu primeiro julgamento, em julho de 1979, quando recebeu a exageradíssima sentença de 12 anos de prisão, por mera subversão contra o Estado italiano.
Crimes que lhe foram jogados nas costas quando o processo, já transitado em julgado, foi reaberto em 1987 por conta das delações premiadas de Pietro Mutti, o líder do grupo de ultraesquerda do qual Battisti havia participado.
Acusado por um juiz, noutro processo, de mentir sistematica e descaradamente à Justiça, distribuindo culpas de acordo com suas conveniências, Mutti inculpou Battisti por quatro assassinatos -- e, pateticamente, a acusação teve de ser reescrita pelos promotores quando se constatou que dois desses episódios haviam ocorrido com intervalo de tempo insuficiente para que Cesare pudesse ter se locomovido de uma a outra cidade.
Em vez de jogarem esse amontoado de mentiras no lixo, inventaram que Battisti teria sido só o autor intelectual de um desses homicídios. Poderiam também ter-lhe atribuído o dom da ubiquidade, por que não? As fábulas aceitam tudo...
Com o único respaldo de outros interessados em favores da Justiça italiana, cujos depoimentos  magicamente  se casaram com os de Mutti, Battisti foi condenado em 1987 à prisão perpétua.
Depois ficou indiscutivelmente provado que, foragido no México, ele esteve representado nesse julgamento por advogados que não constituíra para tanto, os quais fraudaram procurações para apresentarem-se como seus patronos (embora houvesse conflito de interesses entre Battisti e os co-réus que eles também defendiam).
Nem sequer isto foi levado em conta pela Justiça italiana, que lhe nega o direito líquido e certo a novo julgamento, como qualquer sentenciado à pena máxima cuja condenação tenha se dado à revelia.
O quadro se completa:
com as pressões políticas e caríssimas campanhas de mídia que a Itália desenvolveu para convencer a França a renegar o compromissso solene que assumira com os perseguidos políticos italianos, de deixá-los em paz desde que se abstivessem de interferir na política de sua pátria; com as descabidas pressões políticas sobre o governo brasileiro, depois que este, soberanamente, concedeu refúgio a Battisti; e com a interferência exorbitante nos trâmites do caso no STF, servilmente consentidas por Cezar Peluso, que em momento algum mostrou a isenção inerente a um relator, tomando invariavelmente partido pela posição italiana contra Battisti e contra o ministro da Justiça do Brasil (que sempre deu e deveria continuar dando a última palavra nos casos de asilo político e refúgio humanitário).
Nem sequer a GRITANTE prescrição do caso foi levada em conta por Peluso, que recorreu a filigranas jurídicas para confundir o óbvio, com a anuência de outros ministros reacionários do Supremo.
Depois de rasgar a Lei do Refúgio e desconsiderar a jurisprudência consolidada em vários outros casos, o STF não ousou, contudo, consumar o linchamento de Battisti: contra a vontade dos ministros alinhados com a posição italiana, reconheceu que continuava cabendo ao presidente da República dar a última palavra no assunto.
Já se roubaram quase quatro anos da vida de Cesare Battisti, cidadão que  foi mais do que punido pelo que realmente fez, mas quiseram transformar em bode expiatório do que não fez, como um símbolo do triunfo da pior direita européia sobre os ideais de 1968.
Os brasileiros ciosos da soberania nacional e inspirados pelo espírito de Justiça estão certos de que o presidente Lula dará um fim a essa jornada kafkiana, confirmando o direito que nosso Ministério da Justiça já reconheceu, de Battisti morar e trabalhar no Brasil, definitivamente a salvo da vendetta  dos neofascistas italianos. 
* Jornalista e escritor. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com