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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 11, 2010

Um dia na Vida


*esquerdonews
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"LIBERDADE DE EXPRESSÃO" É FALAR O QUE O DONO QUER






“LIBERDADE DE EXPRESSÃO” É FALAR O QUE O DONO QUER


Laerte Braga


O Departamento de Estado, a secretária de Estado para ser mais preciso, Hilary Clinton, ficou maravilhada com o relatório do agente William Haak sobre as possibilidades do candidato José Serra. Haak, que faz plantão na GLOBO no estilo sério – não sabe o que é isso – fez uma análise pré-eleitoral onde afirmava que Serra iria vencer. O comunicado aos patrões, os donos, foi feito via embaixada dos EUA no Brasil.

Deu tudo errado.

Um dos grandes problemas da mídia norte-americana é evitar que venham a público as brigas do casal Obama. Michele não agüenta mais, dizem uns poucos jornais e assim mesmo de periferia, as escapadas do marido com atrizes. Tentativa de imitar John Kennedy, pena que falte Marilyn Monroe.

Seguram as pontas também no que diz respeito aos documentos secretos revelados pelo site WIKILEAKS.

No Brasil então nem é preciso recomendar à mídia privada que faça isso. É só estalar o chicote que William Haak sai pressuroso a fazer essas análises perfeitas onde tudo acontece ao contrário. A mesada deve diminuir, só essa conseqüência.

Haak cumpre um papel importante em mentir diariamente através dos telejornais da GLOBO e iludir uma parcela ponderável da opinião pública com aquele jeito de jornalista. Não é. Mande ele recitar o código de ética da profissão. É agente estrangeiro numa empresa que funciona como laranja do governo dos EUA.

E assim vai a FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, ESTADO DE SÃO PAULO, ESTADO DE MINAS (o controle acionário não sei de quem é, mas da vergonha dos caras é de Aécio e sua turma, cortam até vírgula).

As últimas revelações do site WIKILEAKS falam em pedido de um general Padilha, colombiano, traficante, no governo do narcotráfico, o de Álvaro Uribe, para que o presidente da Venezuela seja espionado, o do Equador idem e as informações coletadas repartidas com a Colômbia.

Em troca o general dava a mãe, a mulher, os filhos, as forças armadas colombianas e a própria Colômbia.

Os EUA, lógico, não aceitam de primeira para regatear, tomam conta na segunda.

São os tentáculos da elite como disse Julian Assange.

Silêncio total da mídia privada/vagabunda que vive pedindo e clamando por liberdade de expressão.

Quem é que vai dizer que os norte-americanos, está nos documentos, consideram que militares latino-americanos são susceptíveis de serem cooptados (comprados com brinquedinhos que soltam fogo) e golpistas.

Todo mundo sabe disso. A imensa e esmagadora maioria das forças armadas de países latino-americanos bate continência para Washington e se a turma exigir cai de quatro.

E cooptados é um termo leve, imagine quanto o tal brigadeiro comandante da Força Aérea “Brasileira” não ganhou de mimos para defender a compra de aviões fabricados pela BOEING. Que nem o general Heleno, comandante da VALE, quando permitiu ataques a reservas indígenas.

A mídia privada no Brasil é podre, fétida e sabe disso, não liga à mínima. Importante é prestar serviços aos donos, mentir, defender de mentirinha a liberdade de expressão, a canalhice diária de jornais, rádios e tevês, semanal ou mensal de revistas.

E colocar Julian Assange contra a parede agora da tal “segurança internacional.” A não ser que façam a coisa manu militari, ou seja, percam a vergonha total, neste momento, americanos e os povos da Europa colonizada já pensam duas vezes que entraram numa fria na armação contra o fundador do site.

O curso do processo vai custar caro e muitos outros documentos.

Vai ser longo. Rápido, só se passarem por cima das leis da antiga Grã Bretanha, hoje base militar norte-americana. Os caras ainda gostam de fingir que aquilo lá é uma nação.

Pelo menos para constar ao resto do mundo que o império onde o sol não se punha virou adereço da antiga colônia da América do Norte.

Grã Bretanha hoje só em filme antigo e aqueles negócios de rainha Vitória e piratas.

Imagino general colombiano negociando com embaixador dos EUA a troca de informações sobre Hugo Chávez e a cessão de uma base militar ao irmão do norte, rico e poderoso em brinquedinhos que cospem fogo.

General colombiano é que nem viciado longe da droga quanto encontra uma graminha ali. Cai e pasta.

Quando vê F-18 voando então, aí tem orgasmo e começa a gritar que é patriota.

Lá pelas tantas não percebe que é borboleta com várias cores e matizes, tudo terminando em malas de dólares.

Os bancos? Suíços ainda são os mais seguros. O país onde Hitler guardava o seu dinheirinho não perdeu o velho cinismo.

Lula deu uma traulitada nessa dita mídia independente. Os caras nem reagiram, iriam ter que discutir o assunto e isso não interessa a eles.

O que interessa é o show e está chegando a edição de 2011 do Big Brother Brasil. Felicidade geral e alienação idem.

O prostíbulo em sua casa. Tem diferença de general colombiano e de embaixador dos EUA?

Ou de William Haak fazendo análise para o Departamento de Estado?

Queria ver como o cara, ou O Wiliam Bonner, nos documentos que constam torturas, estupros, seqüestros, assassinatos, etc, todo o repertório, como os caras iriam falar. “Fadas da liberdade”, ou terroristas?

Eles escondem, sentam em cima e ganham uma nota para fazer o leitor, telespectador, ouvinte, que distinto seja, de bobo.

É a “liberdade de expressão deles”. A expressão dos que pagam, logo, compram.

Vai um Moreira Franco aí? Tá baratinho, saiu do túmulo, está meio decomposto, muito formol, coisa de dez por cento, se quiser levar inteiro, tá soltando pedaço, faço por oito por cento.
*BrasilMobilizado

Wikileaks: liberdade de imprensa é o cacete!











*tudoemcima

Os limites



Se há uma coisa da qual não se pode duvidar é o crescimento económico.
Podemos duvidar de tudo: dos bancos, dos governos, dos investidores. Mas do dogma do cresceminto não, nunca. As economias dos nosso Países têm obrigatoriamente que crescer, sempre.

E quando não crescem? Tragédia, estagnação ou até recessão.
Pois toda a nossa economia, sem excepções, é construida sobre a ideia dum constante e infinito crescimento.

Há todavia um problema: nós vivemos num mundo finito.
A Terra é redonda, não é um plano sem limites. Os limites existem, e não só geograficamente.
Há, por exemplo, os limites dos recursos, que não são infinitos.


Prosperidade sem crescimento para um planeta finito

Tim Jackson
Tim Jackson é Professor de Desenvolvimento Sustentável e director do Grupo de Pesquisas sobre Estilos de Vida, Valores e Meio Ambiente na britânica Universidade de Surrey; também é encarregado da direcção económica da Comissão de Desenvolvimento Sustentável da Grã-Bretanha. E é assessor do governo nessa área
 
As suas contas são simples: como podemos imaginar um mundo em que 9 bilhões de pessoas (o total dos seres humanos em 2050, segundo as estatísticas das Nações Unidas) podem atingir um nível de riqueza e de abundância igual ao das nações da OCDE?

Jackson lembra, como fizeram muitos outros ilustres estudiosos antes dele, que seria precisara uma economia 15 vezes a actual (75 vezes a de 1950) até 2050 e igual a 40 vezes a actual (200 vezes a de 1950) até o final do século para que isso possa tornar-se realidade.

Mas como alcançar um tal nível? É viável? É possível realizar uma tal visão de prosperidade partilhada e sustentável?

Se olharmos para o mundo actual, é evidente que algo não bate certo. Desde 2008 os Países Ocidentais estão mergulhados numa crise da qual não conseguem sair: se falar de retoma agora é um sonho, o bem estar de 9 milhões de indivíduos é puro delírio.

Mas esquecemos por um segundo as condições actuais:mesmo que as nossas economias funcionassem, onde encontrar os recursos?

No seu novo livro, Prosperity Without Growth. Economics for a Finite Planet (Prosperidade sem crescimento, economias para um planeta finito), Jackson afirma: 
Na maioria dos casos, evitamos encarar a dura realidade dos dados. Assumimos que, apesar da crise financeira, o crescimento vai continuar indefinidamente, não só para os Países mais pobres, onde é inegável que é precisa uma melhor qualidade de vida, mas mesmo nos Países ricos, onde a abundância de riqueza material agora tem apenas um impacto mínimo sobre a felicidade e, de facto, começa a ameaçar os alicerces de nossa prosperidade.
É bastante fácil ver as razões desta cegueira colectiva [...] A estabilidade da economia moderna depende a um nível estrutural do crescimento económico. Quando o crescimento vacila, como aconteceu dramaticamente nos finais de 2008, os políticos entram em pânico. As empresas lutam para sobreviver. As pessoas perdem os empregos e, às vezes, a casa. A espiral de recessão incumbe. Questionar o crescimento é algo considerado louco, de idealistas ou revolucionários. Mas temos que questiona-la. A ideia duma economia que não cresce pode ser um anátema para os economistas. Mas a ideia duma economia em crescimento constante é um anátema para os ambientalistas. Nenhum subsistemas dum sistema finito pode crescer indefinidamente: é uma lei física. Os economistas deveriam ser capazes de explicar como pode uma economia em crescimento caber dentro de um sistema ecológico finito.
Os economistas têm uma arma para explicar e tornar possível uma economia com crescimento infinito.
Esta arma tem o nome de decoupling. O que é isso?


O decoupling


A ideia do decoupling (dissociação) é a seguinte: criar as condições para que a economia possa crescer dissociada do fluxo dos recursos. Isso é, uma economia que tem um impacto extremamente reduzido sobre o meio ambiente, ou até nulo, pois para crescer não precisa perfurar o fundo do oceano para obter o petróleo, abater árvores para o papel, queimar carvão para a energia.
A economia do decoupling não funciona com os recursos naturais não renováveis..

Então funciona com quê?
Este é o pequeno pormenor que ainda cria problemas: ninguém sabe responder.
Com certeza, uma economia de decoupling funcionará, por exemplo, no mercado das energias renováveis. Ma depois?

O decoupling ainda não deu resultados e difícil imaginar se, quando e como será capaz de funcionar.

A realidade, que incomoda, é que hoje enfrentamos o fim iminente da era do petróleo barato, a perspectiva dum aumento dos preços das commodities (os bens), a deterioração progressiva de água, ar e terra, dos recursos hídricos, florestais, conflitos acerca dos direitos da pesca, o importante desafio de estabilizar o clima global, travar as mudanças globais que iniciámos em todos os sistemas naturais ao longo de décadas.
 
E, lembra Jackson, tudo isso no meio duma economia em crise, com uma desesperada necessidade de renovação.

Soluções?
Sim, uma: reconstruir o edifício.
Qual edifício? O nosso, o modelo de sociedade onde vivemos. Mas é um trabalho não indiferente.

É preciso repensar não só a nossa economia, mas toda a estrutura de valores que acompanhou o homem ao longo dos últimos tempos. Substituir a satisfação vendida com os bens materiais por novos objectivos, como a felicidade das nossas famílias, por exemplo. Pensar mais nos outros, nos mais desfavorecidos. Ter uma politica diferente, cujo fim não seja um crescimento a qualquer custo, mas uma sociedade sustentável para um bem estar duradouro e não limitado à uma minoria.

Mas o ponto de partida será sempre o mesmo: duvidar da ideia dum crescimento infinito.

O livro, como afirmado, tem o título de Prosperity Without Growth. Economics for a Finite Planet e a boa notícia é que o leitor não vai gastar dinheiro para adquiri-lo pois ainda não foi traduzido (deverá ser publicado nos mercados lusófonos só em 2011); se, pelo contrário, o leitor nasceu gastador e percebe o Inglês, pode encontrar o livro em língua original na Amazon, com um custo de 15 Dólares.

Não querem mesmo gastar um cêntimo?
Ok, neste acaso esperem para ler uma entrevista com o autor. Aqui, em breve.

Ipse dixit.
*InfInc

Kassab oferece pastas a PR, mas vereador,ex-judoca Aurélio Miguel diz não trabalhar com quem 'não tem palavra'

Na foto, a resposta de Aurélio Miguel para a proposta de Kassab



Gilberto Kassab (DEM) ofereceu as pastas do Esporte e de Participação e Parceria para o PR. O convite foi feito pelo prefeito em encontro com líderes do partido na Câmara, entre eles, Aurélio Miguel. O vereador diz que "não há possibilidade nenhuma de eu sentar na cadeira de secretário". "Não estou acostumado a trabalhar com gente que não tem palavra e o prefeito não tem", afirma. "Havia um acordo de governabilidade em 2008. Agora, na véspera da eleição da presidência da Câmara, que deveria ter independência dos poderes, Kassab está interferindo diretamente"
*amigosdopresidenteLula

Mauro Santayana nos lembra: “Roma não era tão forte assim”








O mundo, depois de Julian Assange

“Todos os que sabem escrever e manipular um computador são cidadãos, que são mais que jornalistas.”
O presidente Lula e o primeiro-ministro Putin tiveram o mesmo discurso, ontem [9/12], em defesa de Julian Assange, embora com argumentos diferentes. Lula foi ao ponto: Assange está apenas usando do velho direito da liberdade de imprensa, de informação. Não cabe acusá-lo de causar danos à maior potência da História, uma vez que divulga documentos cuja autenticidade não está sendo contestada. Todos sabem que as acusações de má conduta em relacionamento consentido com duas mulheres de origem cubana, na Suécia, são apenas um pretexto para imobilizá-lo, a fim de que outras acusações venham a ser montadas, e ele possa ser extraditado para os Estados Unidos.
O que cabe analisar são as consequências políticas da divulgação dos segredos da diplomacia ianque, alguns deles risíveis, outros extremamente graves. Ontem [9/12], em Bruxelas, o chanceler russo Sergei Lavrov comentava revelações do WikiLeaks sobre as atitudes da Otan com relação a seu país: enquanto a organização, sob o domínio de Washington, convidava a Rússia a participar da aliança, atualizava seus planos de ação militar contra o Kremlin, na presumida defesa da Polônia e dos países bálticos. Lavrov indagou da Otan qual é a sua posição real, já que o que ela publicamente assume é o contrário do que dizem seus documentos secretos. Moscou foi além, ao propor o nome de Assange como candidato ao próximo Prêmio Nobel da Paz.
O exame da história mostra que todas as vezes que os suportes da palavra escrita mudaram, houve correspondente revolução social e política. Sem Guttenberg não teria havido o Renascimento; sem a multiplicação dos prelos, na França dos Luíses, seria impensável o Iluminismo e sua consequência política imediata, a Revolução Francesa.
A constatação do imenso poder dos papéis impressos levou a Assembleia Constituinte aprovar o artigo XI da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, logo no início da Revolução, em agosto de 1789. O dispositivo do núcleo pétreo da Constituição determina que todo cidadão tem o direito de falar, escrever e imprimir com toda liberdade. As leis punem os que, mentindo, atingem a honra alheia. A liberdade de imprensa, sendo dos cidadãos, é da sociedade. Das sociedades nacionais e, em nossa época de comunicações eletrônicas e livres, da sociedade planetária dos homens.
É surpreendente que, diante dessa realidade irrefutável, jornalistas de ofício queiram reivindicar a liberdade de imprensa (vocábulo que abarca, do ponto de vista político, todos os meios de comunicação) como monopólio corporativo. A internet confirma a intenção dos legisladores franceses de há 221 anos: a liberdade de expressão é de todos, e todos nós somos jornalistas. Basta ter um endereço eletrônico. As pesadas e, relativamente caras, máquinas gráficas do passado são hoje leves e baratíssimos notebooks, e de alcance universal.
É sempre citável a observação de Isidoro de Sevilha, sábio que marcou o sétimo século, a de que “Roma não era tão forte assim”. Bradley Manning e Julian Assange estão mostrando que Washington – cujo medo é transparente em seus papéis diplomáticos – não é tão poderosa assim. É interessante registrar que o nome de Santo Isidoro de Sevilha está sendo sugerido, por blogueiros católicos, como o padroeiro da internet.
Os jornalistas devem acostumar-se à ideia de renunciar a seus presumidos privilégios. Todos os que sabem escrever e manipular um computador são cidadãos, e ser cidadão é muito mais do que ser jornalista. São esses cidadãos que, na mesma linha de Putin e Lula, se mobilizam, na ágora virtual, para defender Assange, da mesma forma que se mobilizaram em defesa da mulher condenada à morte por adultério. O mundo mudou, mas nem todos perceberam essa mudança
*viomundo

Mais vexame da diplomacia do EUA: fazem relatório tendo a revista Veja como fonte

O WiliLeaks vazou telegrama de 2005 do embaixador estadunidense no Brasil. Nele repete um boato falso propagado pela revista Veja em "reporcagem" de 2003: acusa a então ministra Dilma de ser "o cérebro" do "assalto do cofre do Adhemar".

É mais um vexame da diplomacia estadunidense. Se consultassem no google, comprovariam que até mesmo sites de extrema-direita (como o Ternuma) contam outra versão muito diferente da revista Veja, sem o envolvimento de Dilma. Aliás, a própria revista Veja da época, de 1969, quando não era tão ruim como é hoje, fez reportagem sobre a ação, sem qualquer menção à Dilma.

Detalhes: Mesmo que tivesse participado, no contexto da época, o cofre do Adhemar foi, na prática, uma operação de busca e apreensão feita por guerrilheiros (para financiar a resistência à ditadura).

Adhemar de Barros foi governador e prefeito de São Paulo, ficando conhecido pela frase "rouba, mas faz". O cofre era dinheiro ilegal, supostamente oriundo da corrupção.

Nesta época era ilegal ter esse monte de dólares clandestinos, em espécie, no Brasil.

Era dinheiro sem origem lícita (leia-se: oriundo de corrupção).

Ficava na casa de uma amante (Anna Capriglione), no Rio de Janeiro. Diziam que Adhemar tinha alguns cofres destes, espalhados em endereços diferentes.

Adhemar, além de político, era industrial, e empresários como ele financiavam a famigerada operação OBAN, com dinheiro sujo ou da corrupção ou surrupiado dos salários dos trabalhadores (que eram arrochados e não podiam nem protestar por reajustes, e muito menos fazer greve).

Acreditavam que havia documentos incriminadores no cofre, que poderia desmoralizar Adhemar, um dos articuladores do golpe de 1964. Mas a própria existência do cofre clandestinho, com uma fortuna em dólares, vir ao conhecimento do público, já desmoralizava o político golpista e deixava o próprio governo ditatorial em saia justa.

O Brasil não tinha um governo legitimamente constituído. O regime perseguia e vasculhava a vida dos adversários, mas não investigava a corrupção de aliados como faz a Polícia Federal hoje, legalmente, em plena democracia. O regime protegia e "não incomodava" aliados como Adhemar, mesmo com todos indícios.

Quem passou as informações do cofre foi o próprio sobrinho da Anna Capriglione, que ficou sabendo e também militava contra a ditadura.
*amigosdopresidentelula

Charge do Dia

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É MUITA IMPUNIDADE PRA UM PAÍS SÓ

Vejo na tv um criminosos ataca cidadão a coronhadas, ataca outros, atraca-se com policial que tenta desarma-lo e o mata. Tres hora depois apresenta-se na delegacia alega legítima defesa , é liberado e vai responder em  liberdade.
O adulto que participou das agressões na Av. Paulista está em liberdade.
O médico estuprador condenado a 278 anos, está respondendo em liberdade.
Paulo Maluf procurado pela Interpol no mundo inteiro está em liberdade no Brasil, e ainda foi eleito deputado.
São apenas alguns exemplos dos fatos.
Eu queria entender que país e este:
O País da Impunidade?
*Bemvindosequeira

e a dona da daslú?!? 94 anos de prisão
e o editor do Estadão matou pelas costas?!?
*Chebola