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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Escândalos de pedofilia provocam êxodo de fiéis da Igreja Católica alemã




O papa Bento XVI nomeou religioso ligado à ultradireita no Brasil
O papa Bento XVI não tem conseguido responder aos recentes desafios
O número de alemães que abandonaram a Igreja Católica em 2010 é superior, em vários milhares, ao dos anos anteriores, revelou um estudo realizado pelo jornal Frankfurter Rundschau e divulgado nesta segunda-feira. Há indicadores de que a motivação central dos fiéis tenha sido a recente onda de escândalos de abuso sexual de menores.
A diocese de Augsburg, na Baviera, acusou uma das piores cifras: até meados de dezembro, 11.351 de seus fiéis desertaram, contra 6.953 em 2009. Seu antigo bispo, Walter Mixa, foi forçado a renunciar em abril último, devido a acusações de abuso físico e fraude.
Em Rottenburg-Stuttgart, no sudoeste do país, 17.169 católicos deixaram a diocese até meados de novembro de 2010, quase 7 mil a mais do que no ano anterior. Trier, Würzburg, Osnabrück e Bamberg igualmente acusaram altas taxas de deserção.
Efeito financeiro
Os indícios iniciais são de que os católicos alemães desgostosos com os escândalos e com a forma como a Igreja tem lidado com os mesmos estão indo buscar consolo em outras denominações cristãs.
Nos últimos meses, a instituição vem tomando medidas para tentar prevenir futuros casos de abuso sexual e lançar luz sobre ocorrências passadas. Entretanto, vozes críticas alegam que a reação é lenta demais, e que os líderes católicos continuam empenhados em impedir que os criminosos do passado venham a enfrentar a Justiça.
O êxodo tem efeito direto sobre as finanças da Igreja Católica, já que, na Alemanha, um imposto eclesiástico é automaticamente descontado do salário de cada fiel registrado.
– Cada partida que ocorre é uma demais. Espero que algumas pessoas retornem a nós, uma vez que a ira pelos acontecimentos recentes tenha cedido, e elas voltem a se concentrar em todas as coisas boas que a Igreja faz a cada dia – lamentou o bispo de Würzburg, Friedhelm Hofmann, numa entrevista em que sugeria que os pedófilos teriam papel central na onda de deserções.
Por outro lado, certos líderes católicos ainda se declaram céticos de que a redução do número de fiéis na Alemanha em 2010 esteja relacionada às manchetes negativas sobre os membros da instituição.
– Via de regra, uma deserção oficial é a culminância de um processo mais extenso de estranhamento – argumentou o bispo Hermann Haarmann, de Osnabrück.
*correiodoBrasil

Natura demite trabalhadores doentes



Ecocapitalismo selvagem

Lembram da empolgação da classe média boçal que abraçou o projeto Marina Silva; do neoecologismo, do discurso descolado e prafrentex de gente que acha que seu cachorrinho tem mais direitos que seres humanos.
O dono da Natura, que poderia ter sido vice presidente do Brasil, também pensa assim, manda embora trabalhadores que adoeceram devido a serviços prestados em suas empresas, sem direitos. 
O "fenômeno" Marina Silva (e seu vice de brinde) é como aqueles produtos revolucionários de mercado, do tipo "perca 10 quilos por semana"; "pare de fumar em 24 horas"; "perca a barriga sem esforço", e por aí vai. Só depois de os otários terem gastado uma bela nota, depois de usar o tal produto por dias consecutivos, é que se percebe que tudo não passou de um engôdo. Mas aí já é tarde, o que resta é reclamar no Procon. 
Marina Silva é esse tipo produto, ainda bem que o povo brasileiro não é otário como largas parcelas da classe média nacional, sempre prontas a cair em lorota de picaretas e farsantes. 


Funcionários dispensados passavam por tratamento médico devido a lesões adquiridas  na empresa
Michelle Amaral
Durante 18 anos Adenilda Costa dos Santos trabalhou na linha de produção da empresa de cosméticos Natura. Há 12 anos está doente e passa por tratamento médico por conta de lesões decorrentes de sua atividade profissional. No dia 29 de novembro, a trabalhadora foi demitida sob alegação de falta de comprometimento com a empresa.
Adenilda faz parte de um grupo de 33 trabalhadores demitidos das fábricas da Natura em Cajamar (SP). Destes, 22 possuem algum tipo de lesão adquirida durante o tempo em trabalharam na empresa.
Os funcionários lesionados estavam em processo de reabilitação profissional. Grande parte desses operários estavam com cirurgia programada e trabalhavam em linhas de produção específicas, criadas para aqueles que estavam em recuperação. Após a demissão do grupo, uma das linhas foi desativada.
Segundo a advogada do Sindicato dos Químicos Unificados, Milene Simone, esta demissão é ilegal, porque “fere a garantia de tratamento durante o período em que o trabalhador estiver doente, que está assegurada na cláusula 17ª da Convenção Coletiva dos Trabalhadores Químicos e Plásticos”.
Os 22 funcionários procuraram o sindicato e foram submetidos a exame clínico que comprovou que possuem Lesão por Esforços Repetitivos / Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (LER/DORT) e que necessitam de tratamento médico prolongado.
As doenças ocupacionais são regulamentadas pela Lei 8.213 de julho de 1991, que, além do tratamento, garante a estabilidade profissional de 12 meses após a doença. Os trabalhadores da Natura ainda estão doentes, por isso, não poderiam ter sido demitidos, conforme explica a advogada trabalhista.
De acordo com a entidade dos trabalhadores, este não é um caso isolado na política da Natura com os funcionários que adoecem em suas linhas de produção. No entanto, Nilza Pereira de Almeida, da diretoria colegiada do sindicato, afirma que essa é a primeira vez que a empresa demite tantos funcionários de uma só vez.
Nilza conta ainda que, desde 1995, o sindicato acompanha casos semelhantes, que já somam 98 funcionários doentes demitidos pela empresa.

Falta de comprometimento

Em nota encaminhada ao Brasil de Fato, a Natura afirma que houve “o desligamento de 33 colaboradores de suas fábricas de Cajamar por falta de comprometimento”. A empresa cita que os trabalhadores utilizavam a reabilitação para “justificar comportamentos inadequados”.
Roberta Silva de Oliveira, funcionária da Natura há quinze anos, diz que a falta de comprometimento alegada pela empresa no momento de sua demissão se deve, na verdade, às faltas constantes decorrentes do tratamento médico a que era submetida.
“Disseram que eu estava sendo demitida por falta de comprometimento com a empresa. Eu faltava, mas sempre com atestado médico, atestado do ortopedista, porque eu fazia tratamento”, explica Roberta.
A trabalhadora, que sofre de tendinite, bursite e hérnia de disco, conta que foi diagnosticada com LER em 1996 e, desde então, passa por acompanhamento médico. Durante esse período, Roberta foi afastada pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em quatro ocasiões.
Já Adenilda Costa do Santos conta que na fábrica Rio da Prata – uma das três fábricas da Natura em Cajamar - da qual era funcionária, a própria empresa restringia a rotina de trabalho daqueles que possuíam algum tipo de lesão. A trabalhadora relata que, juntamente com outras três colegas em reabilitação, cumpria o período de trabalho diário em um espaço reservado na fábrica sem acesso a nenhuma atividade profissional. “Éramos obrigadas a cumprir o horário de trabalho e não davam serviço para nós devido às restrições médicas”, descreve.

Tratamento médico

O médico do trabalho do Sindicato Químicos Unificados, Roberto Carlos Ruiz, que examinou os 22 trabalhadores demitidos, explica que a queda de produtividade no caso deles é justificada pelas dores que sentem por causa das lesões. “Não tem como manter o mesmo padrão [trabalho] com a lesão que eles têm, é uma consequência óbvia da inflamação o rendimento desses trabalhadores cair”, detalha.
O médico chama a atenção para a necessidade do tratamento clínico para estes trabalhadores demitidos, em sua maioria mulheres com idades entre 35 e 44 anos. A demissão, entre outras coisas, significa a suspensão do convênio médico que lhes garantia a realização do tratamento médico.
Para os funcionários que tinham cirurgias agendadas, a Natura afirma que está “cumprindo a legislação vigente e a convenção coletiva da categoria e estendeu o prazo de vigência do plano de saúde”.
No entanto, o médico afirma que não basta garantir a realização da cirurgia, é necessário um acompanhamento. “O que eles necessitam é de assistência à saúde, que envolve não apenas o tratamento médico, mas a fisioterapia, eventualmente acupuntura, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico”, defende doutor Ruiz. Ele acrescenta que, “a interrupção [do tratamento] pode piorar o quadro clinico desses trabalhadores”.

Reintegração

De acordo com Nilza Pereira de Almeida, num primeiro momento, o sindicato encaminhou uma carta pedindo a reintegração dos funcionários, que foi negada pela empresa. A partir daí, foi iniciado um período de denúncia publica da situação vivida pelos trabalhadores da Natura. “Todos os órgãos legais que a gente puder acionar, a gente vai acionar”, relata a diretora do sindicato.
Segundo a advogada trabalhista, Milene Simone, “a reintegração das funcionárias é possível se forem comprovados indícios que a Natura teve a intenção de se livrar desses trabalhadores doentes”.
A advogada afirma que o sindicato estuda a forma como será realizado o processo judicial contra a empresa, se de forma individual para cada trabalhador ou em grupos de dez. “Vamos pedir para que o contrato [dos trabalhadores] seja reativado e que a dispensa seja anulada”, descreve.
Os trabalhadores buscam reverter suas demissões. Uma comissão, formada por representantes do Sindicato dos Químicos Unificados e duas ex-funcionárias, esteve em Brasília (DF) no dia 15 de dezembro, e entregou um dossiê de denúncias contra a empresa a parlamentares e representantes do Ministério do Trabalho. Como resultado, a comissão obteve a garantia de que estas denúncias serão investigadas.
Os representantes dos trabalhadores também estiveram reunidos com o assessor da senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (PV/AC). Nas últimas eleições, Marina Silva concorreu à Presidência da República tendo como seu vice Guilherme Leal, um dos principais acionistas da Natura. O objetivo do contato com a senadora é tentar fazer chegar a Guilherme Leal, através dela, a situação dos trabalhadores demitidos.

*Cappacete

Íntegra da entrevista de LULA a Rede TV








O presidente Lula foi entrevistado no programa É Notícia, da RedeTV!, por Kennedy Alencar. Foi ao ar, ontem, domingo (19).

A entrevista foi feita durante a visita presidencial aos estados do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, para visitar um trecho da Ferrovia Transnordestina e obras no Rio São Francisco.
*OsamigosdoPresidenteLula

Charge do Dia e Feliz Natal a Imprensa Golpista "PIG"

*cloacanews

Carter enaltece diplomacia de Lula. O PiG (*) discorda




Carter celebrou o acordo entre o Egito e Israel

Jimmy Carter é tudo o que Fernando Henrique jamais será: um bom ex-presidente.

Quando deixou a presidência dos EUA, em 1981, assumiu o papel de negociador da paz, juiz de eleições em democracias novas e obras de benemerência.

O Carter Center na cidade de Atlanta, na Georgia, tornou-se um ponto de referência dos que buscam a paz e defendem os direitos humanos.

O Instituto Fernando Henrique Cardoso, como se sabe, é um centro de peregrinação para o culto à personalidade do Farol de Alexandria.

Carter foi o primeiro líder político americano a defender, ao mesmo tempo, a criação do Estado da Palestina e o fim da ocupação de Israel.

Hoje, depois de perceber que o governo americano jamais contrariará Israel, Carter defende uma solução na ONU, com a pressão de muitos países sobre a diplomacia americana e israelense.

Hoje, na página A20 da Folha (**), Carter diz “Brasil pode ser um dos líderes do processo de paz no Oriente Médio”.

Ele não só defende a decisão do Governo Lula de reconhecer as fronteiras do Estado Palestino, como considera que o Brasil pode ser um dos líderes desse processo.

E por que ?

Porque o Brasil tem muita influência nos países em desenvolvimento.

E porque o Brasil tem muita influência com os EUA, também.

Ah, como esse PiG (*) é provinciano !

Ah, como a “política externa” da campanha do Padim Pade Cerra era ridícula !

O PiG (*) e o Cerra cabem dentro de uma casca de amendoim que o Carter cultiva no campo da Georgia.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

BATTISTI DEVERÁ COMEMORAR O NATAL EM LIBERDADE


A Advocacia Geral da União já concluiu o parecer justificando, nos termos do tratado de extradição vigente entre os dois países, a decisão brasileira de rejeitar o pedido italiano de repatriação do escritor Cesare Battisti, que deverá ter confirmado seu direito de morar e trabalhar em paz no Brasil.
Segundo o noticiário, o mais provável é que o presidente Lula bata o martelo na próxima 5ª feira, 23, em tempo de Battisti comemorar o Natal em liberdade.
Os brasileiros ciosos da soberania nacional e inspirados pelo espírito de Justiça certamente apoiarão a decisão de Lula, de colocar fim nessa jornada kafkiana, confirmando o direito que nosso Ministério da Justiça já reconheceu, de Battisti residir e escrever seus livros no Brasil, definitivamente a salvo da vendetta  dos neofascistas italianos.
*Jornalista e escritor. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com