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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, janeiro 21, 2011

OBAMA LAMBE AS BOTAS DE COMUNISTA CHINÊS E A IMPRENSA INTERNACIONAL ACHO ISSO BONITO E NORMAL



Esse não deve ser o livro de cabeceira do Obama
 
A China e os Estados Unidos tem algo em comum, a lhes unir, além da economia.
O gosto pela censura às liberdades individuais, de imprensa, de expressão, pela tortura e a pena de morte.
A China censura o Google.
Os EUA o WikiLeaks.
Uma vergonha bilateral.
Que a imprensa internacional engole em seco.
Obama está à frente de uma nação que sente calafrios quando o assunto é Hugo Chaves e Mohamad Ahmadinejad.
Hu Jintao não é menos ditador que Fidel Castro.
Na China as mulheres ainda tem aborto forçado pelo Estado.
Na China cujo presidente é recebido com tapete vermelho na Casa Branca, ainda se matam crianças nascidas fora do controle familiar.
Presos políticos são mortos sob brutal tortura e sem direito a julgamento – como em Guantânamo.
A China, inexplicavelmente faz parte do Conselho de Segurança da ONU.
Talvez por ter um arsenal atômico e militar tão poderoso quanto o dos EUA e Israel.
Coisa que o Irã não tem o direito de ter.
O que a imprensa internacional acha tudo muito natural.
Mas não é.
A cobertura parcial e passional da mídia brasileira à visita do presidente chinês aos Estados Unidos é uma afronta aos direitos civis e humanos aqui, na China e qualquer parte do mundo.
O G1, portal da Globo, e a Folha On Line que apoiaram o regime militar ditatorial de 64, não escreveram juntos mais do que vinte linhas sobre os direitos humanos na China.
Porque eles simplesmente não são respeitados naquele imenso país asiático.
A quem interessar saber um pouco mais do comunismo chinês e suas atrocidades sugiro a leitura do livro “Cisnes Selvagens – Três filhas da China”, de Jung Chang.
Editores, redatores, colunistas e repórteres – sobretudo da conservadora e nada imparcial imprensa nacional – que babam Barack Obama que por sua vez baba Ju Jintao e tem horror a Lula e Dilma Rousseff, deveriam conhecer aquela obra histórica, revolucionária e impactante.
Deveriam, sim, porque a imprensa brasileira precisa, mais do que nunca, romper com os velhos mitos que a persegue
*cronicasdoorlando

Mais de 3 mil protestam contra tarifa de ônibus em SP; PT quer ver planilha de custos

Nova manifestação contra o aumento da tarifa do ônibus em São Paulo reuniu aproximadamente 4 mil pessoas, segundo os organizadores,que percorreram a Paulista, saindo da praça do ciclista até o final da avenida, na praça Oswaldo Cruz. Segundo a Polícia Militar havia entre 2,5 mil a 3 mil manifestantes.
Ao lado dos manifestantes, o vereador José Américo, líder da bancada do PT na Câmara, disse que vai requerer à Secretaria de Transportes uma planilha explicando o aumento de R$ 2,70 para R$ 3. “O secretário precisa explicar o porquê de a tarifa subir acima da inflação. Outro dado é que o transporte público precisa melhorar, mas ele está cada vez pior. Falta ônibus, por exemplo.”
A manifestação, liderada pelo Movimento Passe Livre, é a segunda deste ano. Na última quinta (13), mais de 700 pessoas participaram de passeata pelo centro de São Paulo.
Para a integrante do Bloco ANEL às Ruas (Assembléia Nacional dos Estudantes - Livre), movimento estudantil que faz contraponto a UNE, é um absurdo fazer o trabalhador pagar tanto para se deslocar. "O transporte ainda por cima é caro e horroroso, sempre lotado e demorado. Isso faz com que as pessoas fiquem presas nos seus bairros e não aproveitem a vida cultural da cidade", desabafa.
A passeata incluia na sua maioria estudantes, mas havia também professores, trabalhadores. "Esse aumento é completamente desproporcional ao aumento da inflação e todos os trabalhadores tem dificuldade para arcar com os custos do transporte" aponta Pablo Ortellado, professor da Universidade de São Paulo.
Ortellado ainda comentou a ação da PM na manifestação da semana passada que terminou com atos de violência e 31 manifestantes detidos. " Foi um ato covarde da polícia e está claramente comprovado que os manifestantes estavam seguindo seu curso e foram atacados de uma maneira muito violenta e gratuita".
Durante o percurso pela avenida Paulista, os manifestantes ficaram sentados na altura do metrô Brigadeiro durante 10 minutos. Um helicóptero da PM sobrevoava a região.
Segundo a Polícia Militar, a manifestação é pacífica. "Desde o início do protesto, a PM e os líderes têm tido contato próximo e isso ajudou no andamento", disse o tenente André Luís Zandonadi.
*com textolivre

quinta-feira, janeiro 20, 2011

A IMPRENSA CORRUPTA BRASILEIRA , GOLPISTA E ULTRA RACISTA É CONTRA TUDO.É UM BALUARTE DA "ELITE"







É CONTRA O BOLSA FAMÍLIA , O PROUNI , O MINHA CASA,MINHA VIDA , É FERRENHO O ATAQUE AO ENEM OU QUALQUER PROGRAMA QUE LEVE INSTRUÇÃO AO POVO BRASILEIRO , ATACOU O SISTEMA DE COTAS MOSTRANDO TODO O SEU RACISMO E , AINDA , TENTA DIUTURNAMENTE DESQUALIFICAR AS AÇÕES DO GOVERNO , MAS SE ACHA NO DIREITO DE COBRAR SOLUÇÕES. NÃO TEM ESSE DIREITO.

Sarah Palin e outras violencias

Home of the brave

A sociedade do herói solitário
Luiz Gonzaga Belluzzo
CartaCapital

Há, nos Estados Unidos, um culto à violência e não é difícil perceber as razões. Ao vingador tudo é permitido. Até matar inocentes

De tempos em tempos, os americanos são abalados por uma tragédia devastadora, como a que aconteceu recentemente no Arizona. Jared Lee Laughner disparou contra um grupo de pessoas que se reuniam em torno da deputada federal Gabrielle Giffords.

Esses massacres coletivos fazem parte da vida social nos Estados Unidos. Homens crédulos, de boa-fé, talvez fossem surpreendidos pela ausência, na mídia de todos os cantos, de textos que tenham registrado a persistência de um padrão tipicamente americano de resolução de conflitos pessoais e políticos. Entre tantos episódios da mesma natureza no jornalismo dito investigativo, poderia relembrar que, há poucos anos, no Arkansas, dois meninos, armados e paramentados como se fossem participar de uma operação de guerra, atiraram e mataram alunos e professores da escola onde estudavam. Se massacres como esse tivessem ocorrido apenas uma vez, já seria caso de a sociedade americana ficar com a pulga atrás da orelha.

As matanças no atacado repetem-se com tal frequência e regularidade que não haveria surpresa se um americano, em vez do minúsculo inseto, encontrasse um elefante passeando atrás de seus ouvidos. É fácil descobrir que certa “cultura da violência” é instilada nos lares pelos meios de comunicação. A dita cultura da violência, disseminada, de fato, pelos âncoras e comentaristas radicais da Fox News, não é produzida nos bastidores das emissoras de televisão ou nas redações dos jornais. Ela é gestada no interior da sociedade americana.

Há, nos EUA, um culto à violência e não é difícil perceber as razões. Suas origens estão na concepção peculiar do povo sobre algumas questões cruciais. A liberdade individual, por exemplo, está acima das conveniências sociais. Quantas vezes o cinema e a literatura americanos não celebraram a figura do cavaleiro solitário, aquele indivíduo dotado de uma coragem e um senso de justiça extraordinários, destinado a impor a ordem e a moralidade à sociedade corrupta e às instituições ineficazes. Nos filmes de faroeste, quase sem exceção, a moral da história era esta: o xerife é covarde, os juízes são corruptos e os bandidos, audazes. Se a coisa é assim, nada mais resta ao homem de bem senão executar, pelas próprias mãos, os ditames da moral e da justiça, inscritos na ordem natural, e, portanto, carregados na alma, desde o útero materno, pelos indivíduos.

Isso significa que o indivíduo é naturalmente bom, capaz de discernir entre o justo e o injusto, o certo e o errado. A sociedade e as instituições, pelo contrário, são corruptas e corruptoras. Não são outros os fundamentos da ideologia do Tea Party. Para esse aglomerado de gente desinformada, de baixo nível cultural e convencida da excepcionalidade americana, os compromissos típicos da democracia que afirmam defender são obstáculos para a realização da “verdadeira justiça”, aquela que está, desde a concepção, no coração dos homens. As instituições da sociedade, sobretudo o Estado, com suas instâncias de controle, suas leis ambíguas e seus métodos de punição insuficientemente rigorosos, vão transformando a Justiça numa farsa, num procedimento burocrático e ineficaz.

Não por acaso, são tão bem esculpidas as figuras do xerife ou do policial que se desembaraça das limitações dessas instituições corruptas e corruptoras para se dedicar à limpeza da cidade. A sociedade está suja, contaminada pelo vírus da tolerância. Só o herói solitário pode salvá-la, consultando sua consciência, recuperando, portanto, a força da moral “natural”, aquela que Deus infunde no coração de cada homem.

O herói solitário, ao contrário do comum dos mortais, não permite que a pátina de compromissos e tolerância, acumulada pela vida social, encubra a lei moral inscrita na alma humana.

A crise econômica e as hesitações de Obama e dos democratas lançaram os desempregados, os semiempregados, os desesperados e desesperançosos de todo gênero nos braços dos apoiadores de Sarah Palin, cuja retorica é, sim, digna de Goebbels se, por acaso, ele tivesse sido vitimado por uma atrofia mental. Os grupos patrióticos estão armados não só de pistolas e metralhadoras, mas dos métodos e convicções do assim chamado fascismo participativo, a ideologia agressiva da extrema-direita americana hoje. Não foi Sarah Palin e sua retórica agressiva que deram origem ao Tea Party. Muito ao contrário, foram as condições sociais e econômicas dos últimos anos que engrossaram as hostes dessa caricatura do individualismo intolerante.

Ao vingador tudo é permitido. Até mesmo matar inocentes. Aliás, não há inocentes, porque os complacentes com o Estado corrupto são igualmente corruptos.
*esquerdopata

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Vaticano impediu Igreja da Irlanda de denunciar pedofilia




Uma carta do Vaticano de 1997 recém-revelada pedia para bispos irlandeses não reportarem à polícia todos os casos de suposto abuso infantil. A divulgação da carta pode levar à abertura de mais processos contra a Igreja Católica em todo o mundo, que nega qualquer envolvimento com acobertamento dos casos.
ida pela emissora irlandesa RTE e fornecida para a Associated Press, documenta a rejeição do Vaticano de uma iniciativa da Igreja irlandesa de começar a ajudar a polícia a identificar padres pedófilos.
A mensagem da carta debilita as persistentes afirmações do Vaticano de que a Igreja nunca instruiu bispos a reter evidência ou suspeita de crimes da polícia. Ela enfatiza o direito da Igreja de lidar com todas as alegações de abuso infantil e determinar punições, ao invés de delegar esse poder às autoridades civis.
Para ativistas, a carta de 1997 demonstra de uma vez por todas que a proteção de padres pedófilos da investigação criminal não é apenas sancionada pelos líderes no Vaticano, mas ordenada por eles.
Um argumento fundamental utilizado pelo Vaticano em defesa de dezenas de processos judiciais sobre abuso sexual clerical nos EUA é que eles não tiveram nenhum papel na ordenação de autoridades da Igreja local de eliminação de provas dos crimes.
Em sua carta pastoral de 2010 ao povo irlandês, o Papa Bento 16 não condenou bispos irlandeses por não terem respeitado a lei canônica e não ofereceu nenhuma menção explícita dos esforços de proteção às crianças da Irlanda pela Igreja da Irlanda ou do Estado.
Colm O''Gorman, diretor da divisão irlandesa da Anistia Internacional, abusado várias vezes por um padre irlandês quando era coroinha e esteve entre as primeiras vítimas a falar sobre o assunto, em meados da década de 1990, disse que há evidências de que alguns bispos irlandeses continuaram a seguir as instruções do Vaticano de 1997 e reteram relatos de crimes contra crianças até 2008.
Segunda a carta, a Congregação para o Clero estabeleceria as políticas mundiais para a proteção da infância "no momento adequado".
O Vaticano não aceitou formalmente nenhum dos três principais documentos da Igreja irlandesa sobre proteção de menores desde 1996. Os três enfatizam a denúncia obrigatória de supostas violações.
*Nassif

Socialismo: A bandeira vermelha de um sonho antigo


*comtextolivre

PERDEU PLAYBOY Berlusconi perdeu

Dalmo Dallari: extradição é inconstitucional


É tempo de republicar o que pensa o eminente jurista Dalmo Dallari sobre o caso Cesare Battisti. Faz-se necessário registrar que o jurista em questão é detentor de notório saber jurídico, coisa que não se pode dizer de alguns ministros do STF.
Dalmo Dallari
GilsonSampaio
Nada como um oba-oba internacional, como a Conferência sobre o clima realizada em Copenhagen, para a imprensa golpista e venal tramar contra o país. Panetonegate e a inundação forçada de bairros pobres de sumpaulo pela dupla Serra-Kassab são tratados de passagem, sem a seriedade e o aprofundamento dedicados aos que não são de esquema. A porrada que levou pelas ventas o dublê de mafioso e bufão Berlusconi também ajudou.
Em meio a esse todo jogo de cena, parecendo com uma senha de bandidos para deflagrar um golpe, o PIG quis modificar o voto do ministro Eros Grau no caso da extradição de Cesare Battisti e ameaçou o governo de vários processos.
Dalmo Dallari, professor e jurista que anda com a coluna ereta, desmonta a tentativa do golpe. “Assim, pois, o ministro Eros Grau não modificou o seu voto, mas apenas explicitou o óbvio: na decisão sobre o pedido de extradição, que é de sua competência privativa, como diz a Constituição e foi reafirmado pelo Supremo Tribunal Federal, o presidente da República deverá ter em conta o que determina a Constituição brasileira.”
Os tópicos abaixo foram retirados de duas matérias do eminente jurista e publicadas no JB. O textos na íntegra podem ser lidos aqui e aqui.
“No Estado democrático de direito, como é o Brasil, a Constituição é o conjunto normativo superior, que rege todos os atos jurídicos que forem praticados por qualquer autoridade ou qualquer órgão público brasileiro.”
... “É oportuno lembrar e ressaltar a superioridade da Constituição brasileira, neste momento em que membros do governo italiano e alguns brasileiros a eles submissos pretendem que ao decidir sobre o pedido de extradição do italiano Cesare Battisti o tratado de extradição assinado pelos governos do Brasil e da Itália prevaleça sobre a Constituição brasileira.”
... “Ora, se os atos foram praticados na Itália e as autoridades italianas os qualificaram como crime político, a eventual opinião divergente dos tribunais brasileiros não tem força jurídica para modificar a qualificação dada pela Justiça italiana.”
... “Com efeito, numa das ações do grupo a que pertencia Battisti foi morto um homem, Torregianni, e seu filho, que se achava no local, foi gravemente ferido, sendo obrigado, desde então, a locomover-se em cadeira de rodas. Um dado fundamental é que, desde então, o governo italiano vem pagando pensão mensal ao jovem Torregianni, por reconhecer que ele foi vítima de crime político. A legislação italiana prevê esse pensionamento somente para vítimas de crime político, excluídas as vítimas de crime comum.”
... “Ora, a Constituição brasileira diz expressamente, no artigo 5º, inciso LII, que “não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião”. Só isso já torna inconstitucional a extradição de Cesare Battisti.”
... “artigo 5º, no inciso XLVII, dispõe que “não haverá pena de caráter perpétuo”. Ora, o tribunal italiano que julgou Battisti condenou-o à pena de prisão perpétua. Essa decisão transitou em julgado, e o governo italiano não tem competência jurídica para alterá-la, para impor uma pena mais branda, como vem sendo sugerido por membros daquele governo.”
Gilmar Dantas, Peluso et caterva fascista e golpista, vocês perderam.