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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, março 29, 2011

CURIOSIDADE HISTÓRICA

POR QUE O BRASIL FAZ O DISCURSO DE ABERTURA DA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU?

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Pelo fato de o Brasil ter feito um enorme esforço para participar da 2ª Guerra, acordo com os EUA pela construção da CSN à parte. Sendo o único pais latino americano na grande guerra, tendo tradição pacifista e estando fora da bipolaridade ideológica em formação, levou os 'Aliados' que protagonizaram a vitória sobre o Eixo ao consenso de que deveria ser o Brasil a abrir as reuniões da Assembleia Geral da ONU.

O Brasil era, e ainda é, bem visto internacionalmente, inclusive o Presidente Getúlio Vargas, foi convidado para negociar o fim da Guerra, junto aos presidentes da URSS, EUA e Reino Unido.
*históriavermelha
*esquerdopata

Oposição nega e Lula ganha aprovação externa



Enquanto a oposição passou os 8 anos de governo Lula - e continua nos últimos três meses, após ele transmitir o cargo - negando reconhecimento aos méritos do ex-presidente como governante, eles são reconhecidos pela comunidade internacional que continua a atribuir vários prêmios ao ex-chefe do Estado e do governo brasileiro.

E, vejam, o reconhecimento vem exatamente pela prioridade ao social com que o ex-presidente se desempenhou à frente do governo. Nos próximos dias 29 e 30, ele recebe duas comendas em Portugal,
o Prêmio Norte-Sul, do Conselho da Europa; e o título de Doutor Honoris Causa da secular Universidade de Coimbra.


O prêmio Norte-Sul é concedido ao ex-presidente num reconhecimento internacional, mais do que justo, por sua incansável luta pela promoção do desenvolvimento econômico e a igualdade social durante os oito anos de seu governo (2003-2010).
*DesabafoBrasil

Bete Mendes contemporanea de Dilma e guerreira como ela

Linda história de vida. Tenho muito orgulho de mulheres como Dilma Rousseff e Bete Mendes.

do blog viledesm.blogspot.com


Bete Mendes 29/3/71



Foi há exatos quarenta anos. A moça da foto para o registro do Serviço de Segurança Nacional tinha 21 anos e fora presa pela segunda vez. Uma daquelas tristes histórias dos anos de chumbo da ditadura militar, e com um incrível diferencial: a moça era Bete Mendes, atriz em alta nas novelas da TV Tupi, como Beto Rockefeller (ao lado com Luiz Gustavo) , Super Plá e Simplesmente Maria. Ela também estudava Sociologia na USP e integrava, sem que ninguém soubesse os quadros da Var-Palmares: “Trabalhava, atuava, estudava, fazia revolução – e tinha só 18 anos”, ela disse em O Cão e A Rosa, livro da Coleção Aplauso, escrito por Rogério Menezes. E sobre essa prisão, o livro registra o seguinte: “desculpe, não posso continuar conversando sobre isso: só posso dizer que fui presa, torturada e saí da prisão 30 dias depois completamente AR-RE-BEN-TA-DA! AR-RE-BEN-TA-DA!


Já conhecia a história de Bete Mendes, mas não lembro de ter visto a foto acima. Dia desses, encontrei outro livro sobre ela: “Álbum de Retratos” e, ainda na livraria, abri justamente na tal página. Fiquei impressionado. E logo me veio à lembrança a foto da Presidenta Dilma, no mesmo registro, que virou um ícone na recente campanha presidencial. Sim, duas mulheres, da mesma geração, e com trajetórias de luta semelhantes. Hoje, Dilma comanda os destinos da nação e Bete Mendes, das grandes atrizes desse País, interpreta uma dona de casa completamente do bem na novela Insensato Coração.

Esperei o dia exato pra postar a foto aqui pra que esse horror, que não pode ser esquecido, nunca mais se repita. Pode até parecer chavão, mas nunca é demais repetir: Ditadura Nunca Mais. E Viva Bete Mendes, sua linda.
*Brasilmobilizado

Rotina de Kassab: ser vaiado por onde passa



Kassab é recebido com vaias durante inauguração da estação Butantã do Metrô
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), foi recebido com vaias e faixas de protesto na inauguração da estação Butantã da linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (28). Um grupo de estudantes começou a gritar quando o prefeito deu início ao seu discurso, por volta das 10h. Eles protestam contra o aumento da passagem dos ônibus municipais, que passou a custar R$ 3 desde janeiro.
Representantes do sindicato dos metroviários também foram ao local e levaram faixas de protestos contra a PPP (Parceria Público Privada), que o governo implantou na linha 4-Amarela e pretende estender para outros trechos da expansão do Metrô . O presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior, chegou a falar antes do início da cerimônia que a privatização também é uma forma de pressionar o aumento da passagem do Metrô porque “o setor privado só se preocupa em garantir o lucro, e não o melhor para a população”.
Os manifestantes se identificaram como pessoas ligadas ao MPL (Movimento Passe Livre), UNE (União Nacional dos Estudantes), sindicato dos funcionários da USP, além do sindicato dos metroviários.
Além de Kassab, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e os ex-governadores José Serra (PSDB) e Alberto Goldman (PSDB) também participam da cerimônia de inauguração da estação do Metrô. Durante seu discurso, Alckmin também foi vaiado pelos manifestantes. Especialmente por causa das PPPs.

Com o R7



Partido de Kassab se dedicará exclusivamente a conseguir bons cargos e altos salários para si mesmo

Um partido que se define como nem de direita, nem de esquerda, nem de centro, só pode ser um agrupamento de pessoas que busca obter cargos em qualquer governo para seus filiados. Alguém consegue imaginar uma outra desculpa para se criar um partido que não defende ideia nenhuma?

*esquerdopata

Charge do Dia

Lula recebe prêmio

O vídeo de Lula recebendo prêmio

Essa reportagem de uma TV portuguesa mostra como foi a premiação do presidente Lula em Portugal, porque se dependermos da imprensa brasileira, que é quase toda demo-tucana, só sai coisa contra, ou notinha escondida...



O vídeo completo da cerimônia só está disponível em inglês. Infelizmente o som original foi substituído pela tradução. Quem quiser vê-lo, está disponível aqui.

O ex-presidente Lula afirmou nesta terça-feira, em Lisboa, ao receber o prêmio Norte-Sul, do Conselho da Europa, que a ordem internacional injusta contribui para o surgimento da xenofobia. O prêmio da organização europeia é dado anualmente às personalidades que mais contribuem para a solidariedade e interdependência mundial.

"A melhor resposta à crise é a retomada do crescimento mundial. O ambiente de estagnação ou de recessão é o pior para a causa dos direitos humanos. Sociedades acuadas por uma ordem internacional injusta e especulativa tendem ao rancor, quando não à xenofobia", disse o ex-presidente.

Segundo Lula, é necessário ir além da defesa dos direitos humanos, ampliando a luta pela igualdade econômica. "Cada vez mais o mundo se convence de que o respeito pelos direitos humanos vai além da garantia dos direitos individuais, da liberdade de expressão e da escolha de seus dirigentes. O processo democrático ganha nova dimensão quando acompanhado da garantia dos direitos econômicos e sociais básicos, da redução das desigualdades."

No discurso, Lula defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU para uma nova "governança mundial", a retomada das negociações da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), a mudança da supervisão das instituições financeiras e que a especulação com commodities seja reprimida.

Dilma em Portugal com Lula
Além de receber o prêmio Norte-Sul, Lula também deve receber durante sua visita a Portugal, na quarta-feira, o título de doutor honoris causa pela Universidade de Coimbra. A presidente Dilma Rousseff também está em Portugal e deve comparecer à cerimônia em Coimbra.
Dilma chega a Portugal

Contra a pobreza
O Conselho da Europa é uma organização de defesa dos direitos humanos, do desenvolvimento democrático e da estabilidade político-social na Europa ao qual pertencem 47 países do continente. Segundo o secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjorn Jagland, o prêmio Norte-Sul foi dado ao ex-presidente pelo trabalho contra a pobreza, pela dignidade humana e pela igualdade social.

A cada ano o prêmio é dado a duas personalidades, uma dos países do hemisfério norte e outra dos países do sul, normalmente um homem e uma mulher. Juntamente com Lula, recebeu o prêmio a canadense Louise Arbour, que foi alta comissária da ONU para os direitos humanos e procuradora do Tribunal Penal Internacional, investigando genocídios na antiga Iugoslávia e em Ruanda. Ao receber o prêmio, Arbour prestou uma homenagem ao diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Melo, que antes dela ocupou o lugar de comissário para os direitos humanos da ONU.

Entre as outras personalidades que já receberam o prêmio estão o ex-líder soviético Mikhail Gorbachev, os cantores Bob Geldof e Peter Gabriel, a ex-primeira-dama francesa Danielle Mitterrand, a política francesa Simone Veil, o ex-presidente português Mário Soares, a rainha Rania,
*osamigosdopresidenteLula

Preta Gil vai processar Bolsonaro. Não, não somos racistas

Preta Gil vai processar Bolsonaro.
Não, não somos racistas

Promiscuidade ?

Racismo com imunidade parlamentar?


Eu me orgulho de pertencer a um partido que fez o racismo ser crime neste país, com a Lei Caó.


Eu me orgulho de pertencer a um partido que tem como um de seus fundadores um homem como Abdias do Nascimento, que tem 97 anos de luta pela igualdade racial.


Por tudo isso, não posso ficar calado diante de absurdo que foi o comentário do sr. Jair Bolsonaro, de quem também me orgulho de ser um adversário político, esta madrugada, no programa CQC,  da Band.


A cantora Preta Gil, filha do grande Gilberto Gil, perguntou o que ele faria se um de seus filhos casasse com uma negra. Bolsonaro respondeu que os filhos dele são bem educados e “não viveram num lar promíscuo como o dela”.


Porque promíscuo? Porque era de negros, como Gil?


Bolsonaro, como deputado, não está acima das leis. E, graças a Deus, uma das leis é a que faz do racismo um crime inafiançável.


A Constituição que este senhor jurou diz que racismo é crime.


Se não é crime, meu Deus, defender como ele faz a tortura, a prisão e o homicídio políticos praticados pela ditadura, então que seja crime o racismo.


Ou vamos ter de ver os deputados da direita dizerem que não estão criticando os negros, mas os “morenos escuros”, como disse outro dia um parlamentar do DEM em relação ao Ministro Joaquim Barbosa, do STF?


Nem sei se uma retratação do Deputado Bolsonaro, a esta altura, é suficiente. Vejamos se o Ministério Público, tão cioso da letra da lei ao enfrentar a esquerda, tem a coragem de enfrentar a direita…

PS. Vejo, pelo Twitter, que Preta Gil já acionou advogados para processar Bolsonaro. Parabéns, é a atitude digna e civilizada. Conte com meu apoio militante.



Assista ao vídeo que poderia se intitular “Não, não somos homofóbicos nem racistas”:


*PHA

Japoneses e alemães pedem fim do uso de energia nulcear., E porque não , todo o Mundo pede?



Primeiros protestos em Tóquio e Nagoya pedem o encerramento de todas as centrais nucleares no Japão. Os manifestantes pediram ao governo que mude de política e adote fontes de energia renováveis em vez da energia nuclear. Exigiram também que seja divulgada mais informação sobre o acidente nuclear e que se assumam mais responsabilidades por aquilo que aconteceu desde o sismo e o tsunami que abalaram o país a 11 de Março. Nas quatro maiores cidades da Alemanha, mais de 200 mil pessoas foram às ruas protestar contra o uso da energia nuclear.
Mais de mil pessoas protestaram este domingo em Tóquio, em frente à sede da Tepco (Tokyo Electric Power Company), empresa que opera a central nuclear de Fukushima, e em Nagoya, pedindo o encerramento de todas as centrais nucleares no Japão.
Os manifestantes pediram ao governo que mude de política e adote fontes de energia renováveis em vez da energia nuclear. Exigiram também que seja divulgada mais informação sobre o acidente nuclear e que se assumam mais responsabilidades por aquilo que aconteceu desde o sismo e o tsunami que abalaram o país a 11 de Março.
Em Nagoya, 300 pessoas juntaram-se para dizer que não querem outra Fukushima, pedindo o encerramento da central de Hamaoka, situada a 120 quilômetros de Nagoya, costa sul da ilha de Honshu.
“O Japão mentiu sempre sobre os méritos das centrais nucleares”, salientou, à agência AFP, Atsuchi Fujuki, vindo de Tóquio, dizendo-se “triste e decepcionado”.
Hoje, uma sondagem da agência de notícias Kyodo, revelou que mais de 58% dos japoneses não aprovam a forma como o governo está lidando com a crise nuclear.
Os planos para construir novas centrais nucleares no Japão estão suspensos desde a catástrofe, há mais de duas semanas. Muitas centrais ainda não retomaram o seu funcionamento.
Protestos na Alemanha
Nas quatro maiores cidades da Alemanha, mais de 200 mil pessoas foram às ruas neste sábado para protestar contra o uso da energia nuclear. Nas manifestações realizadas em Berlim, Hamburgo, Munique e Colônia, os manifestantes exigiram a desativação imediata de todos os reatores nucleares do país. Os protestos foram realizados sob o lema: "Fukushima adverte: chega de centrais nucleares".
Em Berlim, estiveram cerca de 90 mil pessoas na manifestação. Entre as organizações alemãs que chamaram à acção estão a iniciativa antinuclear Ausgestrahlt, a organização de protecção ao meio ambiente Bund, as redes Attac e Compact, informa a Deutsche Welle. Os protestos também foram apoiados pelas Igrejas Católica e Evangélica, por sindicatos, artistas como a banda Wir sind Helden, além de políticos da oposição.
Os manifestantes exigem que o governo alemão deixe de representar os interesses das empresas de energia nuclear para "ouvir a população, que não está mais disposta a assumir os riscos da energia atômica".
Reviravolta de Merkel
Há seis meses, a chanceler Angela Merkel anunciava que iria estender mais alguns anos a vida das centrais nucleares alemãs, que, segundo um compromisso feito pelo governo SPD-Verdes (1998-2005), iriam ser desativadas até 2020. Depois do desastre de Fukushima, a chefe do governo alemão anunciou o encerramento imediato – embora sublinhasse que era uma medida temporária – de sete reatores nucleares entre os 17 do país.
A reviravolta de Merkel não teve na opinião pública o efeito que esta esperava. Segundo uma sondagem, 71% dos alemães acham que ela foi "oportunista" por causa das eleições.
*CartaMAior