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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, maio 06, 2011
Câmara aprova plebiscito sobre criação de dois novos Estados no Brasil
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (5) um plebiscito para a população decidir se concorda com a criação de dois novos Estados no Brasil: o Estado do Carajás e o do Tapajós, ambos como desmembramento do Pará.
Conforme o texto, Carajás terá 39 municípios, no Sul e Sudeste do Pará, com área equivalente a 25% do território atual do Estado e Tapajós terá 27 cidades e ficará localizado a oeste do Estado, ocupando 58% de sua área atual.
As duas propostas voltam agora para o Senado, onde também precisam ser aprovados para que o plebiscito seja realizado.
A Constituição determina que a criação de novos Estados só aconteça depois de um plebiscito em que a população diretamente interessada participe.
Em seguida, um projeto de lei complementar é enviado ao Congresso que, depois de aprovado e assinado pela presidente, permite a criação do novo Estado.
*esquerdopata
Conforme o texto, Carajás terá 39 municípios, no Sul e Sudeste do Pará, com área equivalente a 25% do território atual do Estado e Tapajós terá 27 cidades e ficará localizado a oeste do Estado, ocupando 58% de sua área atual.
As duas propostas voltam agora para o Senado, onde também precisam ser aprovados para que o plebiscito seja realizado.
A Constituição determina que a criação de novos Estados só aconteça depois de um plebiscito em que a população diretamente interessada participe.
Em seguida, um projeto de lei complementar é enviado ao Congresso que, depois de aprovado e assinado pela presidente, permite a criação do novo Estado.
Bertold Brecht
"A arte deve optar: pode se transformar no instrumento de alguns, que diante da maioria assumem o papel de deuses e do destino, exigindo uma fé cuja qualidade primeira é permanecer cego. Ou pode aliar-se à grande maioria, transformando-se em arma a serviço do povo."
Bertolt Brecht
Campanha de desarmamento para atenuar a violência
Com garantia de anonimato, campanha do desarmamento é relançada
Cerca de mil armas serão incineradas nesta sexta-feira, em Volta Redonda, no sul do estado do Rio. A ação marcará o lançamento da Campanha do Desarmamento, desenvolvida pelo Ministério da Justiça. Além da queima das armas, haverá a apresentação dos filmes da campanha que serão veiculados pelas redes de TV do país.
O lançamento oficial será no Rio de Janeiro, às 10h, com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes. De acordo com Cardozo, a campanha deste ano terá uma série de inovações, como a não obrigatoriedade de identificação do cidadão que entregar a arma.
“O objetivo é arrecadarmos o maior número de armas possível. Aquele que devolver a arma, pode fazê-lo no anonimato, o que elimina a preocupação das pessoas em relação à entrega de armas”, afirmou Cardozo.
Os valores de indenização variam de R$ 100 a R$ 300, dependendo do tipo de armamento. O Ministério da Justiça reservou R$ 10 milhões para o pagamento das indenizações. Igrejas e organizações não governamentais vão funcionar como postos de coleta de armas, além das delegacias de Polícia Civil, dos batalhões de Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e das unidades das Forças Armadas.
*Agência Brasil
Wilhelm Reich
O grande homem é, pois, aquele que
reconhece quando e em que é pequeno. O homem pequeno é aquele
que não reconhece a sua pequenez e teme reconhecê-la; que
procura mascarar a sua tacanhez e estreiteza de vistas com ilusões
de força e grandeza, força e grandeza alheias. Que se orgulha dos
seus grandes generais, mas não de si próprio. Que admira as idéias
que não teve, mas nunca as que teve. Que acredita mais
arraigadamente nas coisas que menos entende, e que não acredita
no que quer que lhe pareça fácil de assimilar.
Wilhelm Reich
*artedoslivrespensadores
União homoafetiva foi aprovada no STF
"Não se separa por um parágrafo o que a vida uniu pelo afeto ."Ayres Britto
Veja os direitos que os homossexuais ganham com a decisão do STF
Com a equiparação de direitos e deveres de casais heterossexuais e homossexuais, aprovada nesta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a rotina dos casais gays deve passar por alterações, principalmente para incorporar novos direitos civis.
A decisão do STF faz com que a união homoafetiva seja reconhecida como uma entidade familiar e, portanto, regida pelas mesmas regras que se aplicam à união estável dos casais heterossexuais, conforme previsão do Código Civil.(veja a seguir)
O que muda com a decisão do STF hoje | |
Comunhão parcial de bens | Conforme o Código Civil, os parceiros em união homoafetiva, assim como aqueles de união estável, declaram-se em regime de comunhão parcial de bens |
Pensão alimentícia | Assim como nos casos previstos para união estável no Código Civil, os companheiros ganham direito a pedir pensão em caso de separação judicial |
Pensões do INSS | Hoje, o INSS já concede pensão por morte para os companheiros de pessoas falecidas, mas a atitude ganha maior respaldo jurídico com a decisão |
Planos de saúde | As empresas de saúde em geral já aceitam parceiros como dependentes ou em planos familiares, mas agora, se houver negação, a Justiça pode ter posição mais rápida |
Políticas públicas | Os casais homossexuais tendem a ter mais relevância como alvo de políticas públicas e comerciais, embora iniciativas nesse sentido já existam de maneira esparsa |
Imposto de Renda | Por entendimento da Receita Federal, os gays já podem decalrar seus companheiros como dependentes, mas a decisão ganha maior respaldo Jurídico |
Sucessão | Para fins sucessórios, os parceiros ganham os direitos de parceiros heterossexuais em união estável, mas podem incrementar previsões por contrato civil |
Licença-gala | Alguns órgãos públicos já concediam licença de até 9 dias após a união de parceiros, mas a ação deve ser estendida para outros e até para algumas empresas privadas |
Adoção | A lei atual não impede os homossexuais de adotarem, mas dá preferência a casais, logo, com o entendimento, a adoção para os casais homossexuais deve ser facilitada |
*comtextolivre
Supremo está de parabens. Agora falta legalizar o aborto para facilitar a vida da mulher carente
Como a decisão tem efeito vinculante para tribunais de instância inferior, deve afetar futuros julgamentos relativos a direitos e deveres dos casais gays - como herança, pensão em caso de separação, inclusão como dependente na Previdência e a adoção de crianças.
O ministro Celso Mello afirmou que “a decisão rompe paradigmas históricos e culturais e é um passo significativo contra a discriminação”.
O tema começou a ser discutido no STF por conta de duas ações: uma, ajuizada pela Procuradoria Geral da República, pedia que uniões gays fossem reconhecidas como entidade familiar. Outra, feita pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pedia o reconhecimento da união estável para servidores públicos homossexuais do Estado.
Todos os ministros acompanharam o voto do relator, Carlos Ayres Britto, que na noite de quarta-feira declarara que o “conceito constitucional de família ou entidade familiar é aberto e comporta cidadãos do mesmo sexo”.
*Brasilmostraatuacara
Seu nome atravessará os séculos, bem como sua obra!
Hoje, 5 de maio de 2011, em homenagem ao aniversário de 193 anos do nascimento de Karl Marx, publicamos aqui o discurso de seu camarada e amigo, Friedrich Engels, proferido no funeral de Marx em março de 1883. Camarada Karl Marx, presente!
Friedrich EngelsEm 14 de março, quando faltavam 15 minutos para as 3 horas da tarde, deixou de pensar o maior pensador da atualidade. Ficou sozinho por escassos dois minutos, e sucedeu de o encontrarmos em sua poltrona dormindo serenamente — dessa vez para sempre.O prejuízo para o proletariado militante da Europa e da América, para a ciência histórica, causado pela perda desse homem, é impossível de avaliar. Logo evidenciará-se a lacuna que a morte desse formidável espírito abriu.Marx descobriu a lei do desenvolvimento da História humana: o simples fato, escondido sobre crescente manto ideológico, de que os homens reclamam antes de tudo comida, bebida, moradia e vestuário, antes de poderem praticar a política, ciência, arte, religião, etc.; que portanto a produção imediata de víveres e com isso o correspondente estágio econômico de um povo ou de uma época constitui o fundamento a parir do qual as instituições políticas, as instituições jurídicas, a arte e mesmo as noções religiosas do povo em questão se desenvolve, na ordem em que elas devem ser explicadas – e não ao contrário como nós até então fazíamos.Isso não é tudo. Marx descobriu também a lei específica que governa o atual modo de produção capitalista e a sociedade burguesa por ele criada. Com a descoberta da mais-valia iluminaram-se subitamente esses problemas, enquanto que todas as investigações passadas, tanto dos economistas burgueses quanto dos críticos socialistas, perderam-se na obscuridade.Duas descobertas tais deviam a uma vida bastar. Já é feliz aquele que faz somente uma delas. Mas em cada área isolada que Marx conduzia pesquisa, e estas pesquisas eram feitas em muitas áreas, nunca superficialmente, em cada área, inclusive na matemática, ele fez descobertas singulares.Tal era o homem de ciência. Mas isso não era nem de perto a metade do homem. A ciência era para Marx um impulso histórico, uma força revolucionária. Por muito que ele podia ficar claramente contente com um novo conhecimento em alguma ciência teórica, cuja utilização prática talvez ainda não se revelasse – um tipo inteiramente diferente de contentamento ele experimentava, quando tratava-se de um conhecimento que exercia imediatamente uma mudança na indústria, e no desenvolvimento histórico em geral. Assim, por exemplo, ele acompanhava meticulosamente os avanços de pesquisa na área da eletricidade e, recentemente, ainda aquelas de Marc Deprez.Pois Marx era antes de tudo revolucionário. Contribuir, de um ou outro modo, com a queda da sociedade capitalista e de suas instituições estatais, contribuir com a emancipação do moderno proletariado, que primeiramente devia tomar consciência de sua posição e de seus anseios, consciência das condições de sua emancipação – essa era sua verdadeira missão em vida. O conflito era seu elemento. E ele combateu com uma paixão, com uma obstinação, com um êxito, como poucos tiveram. Seu trabalho no Rheinische Zeitung (1842), no parisiense Vorwärts (1844), no Brüsseler Deutsche Zeitung (1847), no Neue Rheinische Zeitung (1848-9), no New York Tribune (1852-61) – junto com um grande volume de panfletos de luta, trabalho na organização de Paris, Bruxelas e Londres, e por fim a criação da grande Associação Internacional dos Trabalhadores coroando o conjunto – em verdade, isso tudo era de novo um resultado que deixaria orgulhoso seu criador, ainda que não tivesse feito mais nada.E por isso foi Marx o mais odiado e mais caluniado homem de seu tempo. Governantes, absolutistas ou republicanos, exilavam-no. Burgueses, conservadores ou ultra-democratas, competiam em caluniar-lhe. Ele desvencilhava-se de tudo isso como se fosse uma teia de aranha, ignorava, só respondia quando era máxima a necessidade. E ele faleceu reverenciado, amado, pranteado por milhões de companheiros trabalhadores revolucionários – das minas da Sibéria, em toda parte da Europa e América, até a Califórnia – e eu me atrevo a dizer: ainda que ele tenha tido vários adversários, dificilmente teve algum inimigo pessoal.Seu nome atravessará os séculos, bem como sua obra!18 de março de 1883
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