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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 05, 2011

A farsa política da Itália pode se tornar tragédia econômica




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Depois de semanas de silêncio incomum e cada vez mais perturbador, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, deve falar ao Parlamento sobre a situação econômica, na quarta-feira. Na terça, os mercados financeiros se voltaram contra a Itália, e levaram os juros de seu título padrão de dívida pública com vencimento em 10 anos bem acima dos 6%.

O mais alarmante para os economistas é que a posição italiana nos mercados está se deteriorando mesmo depois da aprovação de um pacote de austeridade pelo Legislativo, no mês passado. Os problemas financeiros do país estão fervilhando em meio a um clima febril de investigações judiciais, rumores lúridos e crescente indignação popular quanto aos políticos, que mantiveram seus privilégios enquanto impunham cortes de gastos que prejudicarão os demais italianos.
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Em um interlúdio digno de uma ópera bufa, este ano, os promotores acusaram Berlusconi de pagar para fazer sexo com uma menor de idade. Mas as novas investigações estão explorando veios mais profundos: corrupção, tráfico de influência e acusações de que os funcionários do governo na verdade obedecem a nebulosas redes de poder completamente desconexas de seu papel institucional.

A investigação mais proeminente envolve Giulio Tremonti, o ministro das Finanças, cujo futuro político entrou em risco quando ele admitiu que paga para ficar hospedado em um apartamento em Roma de propriedade de um ex-assessor político e legislador. O assessor foi acusado em junho de aceitar suborno em troca de usar sua influência para ajudar na seleção de ocupantes de cargos públicos.
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Com a intensa concentração dos mercados de títulos na situação italiana, resta determinar se ou quando Berlusconi demitirá Tremonti, que apesar dos ocasionais desentendimentos políticos com o primeiro-ministro conquistou respeito considerável nos círculos financeiros internacionais. Mas a incerteza quanto a Tremonti é emblemática da incerteza quanto ao governo Berlusconi em geral, que se torna mais fraco dia a dia mas dificilmente cairá antes que os parceiros de coalizão do líder se convençam de que conseguem sobreviver sem ele.

"Vivemos em clima de instabilidade estável", diz Massimo Franco, o principal colunista político do mais conhecido jornal italiano, o "Corriere della Sera". "O risco é que essa instabilidade se torne muito mais dramática por conta da especulação no mercado", acrescentou. "Mas a Itália está aprisionada nessa fase. Berlusconi não tem saída. Para termos um governo diferente, ele teria de renunciar, e não o fará".

Os críticos acusam o primeiro-ministro de se dedicar mais aos seus problemas jurídicos pessoais do que aos problemas do país. A pressão financeira sobre a Itália está crescendo, e a despeito de aprovar quase US$ 70 bilhões em cortes de gastos e aumentos de impostos no mês passado, os políticos dizem que o país terá de adotar novas medidas de austeridade já em setembro.

Na semana passada, Tremonti defendeu o aluguel mensal de US$ 5,7 mil que pagava para se hospedar no apartamento romano de Marco Milanese. Os promotores querem a prisão de Milanese por transmitir informações confidenciais sobre uma investigação criminal a um empresário, em troca de presentes e dinheiro.
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Em resposta a críticas de que pagamentos em dinheiro são uma forma clássica de sonegação de impostos, o ministro das Finanças alegou que não fez nada de indevido. "Não há nada por sob a mesa, nada irregular", escreveu Tremonti em carta ao "Corriere della Sera" na sexta-feira.

Uma trama mais surreal se desenrola nas entrelinhas. De acordo com algumas reportagens que citam fontes judiciais, Tremonti depôs alegando que havia optado por ficar nesse apartamento, em Roma, e não em um hotel ou residência oficial do governo, porque temia que membros de sua equipe de segurança o estivessem espionando e recolhendo informações para usar contra ele.

O Legislativo deve votar em setembro se autoriza a promotoria a abrir processo contra o ministro.

A indignação popular está em alta porque o Legislativo, que acaba de elevar os impostos e contribuições previdenciárias dos italianos, se recusa a reduzir os benefícios, aposentadorias e verbas de despesas dos políticos.

Os legisladores ganham US$ 16,6 mil ao mês, antes dos impostos, e mais US$ 10,2 mil como verba de despesas e para contratar assessores -que podem escolher por conta própria, sem nenhum processo formal de confirmação.

Gian Antonio Stella, jornalista e co-autor, com Sergio Rizzo, de "A Casta", um best seller lançado em 2007 que expõe o custo assombroso da política italiana, calculou que um norte-americano médio gasta US$ 7 ao ano para sustentar seus políticos, enquanto um italiano gasta quase US$ 38.

As medidas de austeridade aprovadas no mês passado incluem cortes nas aposentadorias, aumentos de impostos e um congelamento de salário para os trabalhadores italianos -mas não para os políticos. De acordo com reportagens da imprensa italiana, um grupo de legisladores se reuniu antes da votação das medidas e exclui do projeto reduções nos salários dos políticos e o corte de seus carros com motorista.

A raiva "está crescendo, é muito evidente", disse Stella. "Fica perceptível nas cartas que recebemos. Dessa vez, os leitores de direita compreendem que não é culpa da esquerda. Os leitores de direita enfim compreenderam que o problema também é culpa da direita".

Diante dessa crescente indignação, Berlusconi parece estar se preparando para a defesa. Para agravar ainda mais o clima paranóico no país, o "Corriere della Sera" no final de semana publicou um artigo de primeira página alegando que Berlusconi estava cada vez mais preocupado com a possibilidade de que o líder líbio Muammar Gaddafi, no passado seu aliado, agora desejasse matá-lo pelo apoio da Itália à intervenção da Otan (Organização para o Tratado do Atlântico Norte) na Líbia.
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"Fui informado disso por fontes confiáveis", afirmou o jornal, atribuindo as palavras a Berlusconi por meio de uma abordagem de narrador onisciente comum no jornalismo italiano.

O gabinete de Berlusconi posteriormente divulgou uma negativa com a retórica floreada que lhe é característica, definindo a reportagem como "fruto da mais férvida fantasia".


Fonte: New York Times
*MilitânciaViva

Deleite

Entrevista de Celso Amorim a Kennedy Alencar

É Notícia entrevista o ex-chanceler Celso Amorim

O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim critica a operação norte-americana que resultou na morte de Osama Bin Laden no começo de maio. "Houve aquele tipo de atitude típica do oeste americano. Você tem certeza que está com a verdade, então, você é bom e tem o direito de matar o mau." Celso Amorim também fala sobre a visita do presidente norte-americano Barack Obama ao Brasil. Para o ex-ministro, os EUA deveria ter dar apoio explícito ao Brasil para o Conselho de Segurança da ONU. "Ele (Obama) titubeou. Deu apoio morno. São os latino-americanistas que ficam ali em volta dele dizendo para ele não fazer isso porque vai incomodar outros países." Amorim defende a retirada das tropas brasileiras do Haiti. "Não há razão para ficar ali eternamente. De pronto, eu acho que deveria tirar tudo aquilo que foi colocado a mais depois do terremoto." 

 

 

*redeTV

 

Amorim na Defesa:Dilma é Lula, Lula é Dilma

A melhor notícia do dia é a que saiu agora há pouco. Celso Amorim é o novo ministro da Defesa.
Não podia ter sido mais feliz a escolha da Presidenta Dilma.
Não apenas porque não falte  nem preparo, nem capacidade e muito menos conhecimento ao embaixador, ex-ministro das Relações Exteriores no Governo Lula. Aliás, é quem, fora da área militar, tem maior conhecimento dos programas de modernização de nossas Forças Armadas.
Mas é feliz, sobretudo,  porque dá um tranco nas intrigas que tentam fazer entre Lula e Dilma.
Poucos ministros se tornaram tão próximos a Lula. Poucas pessoas poderiam, neste momento, prestar tão grande serviço ao Governo Dilma, ainda mais neste momento de crise internacional.
Diz o Paulo Henrique Amorim que o diplomata era a escolha de Dilma, mas que “o que fazer com o Jobim” impediu sua nomeação.
Bem, se antes era uma escolha, agora foi uma benção.
*Tijolaço

Escolha foi política.
Johnbim queria ser o Pinochet do Aylwin

Johnbim se fué
Patrício Aylwin foi o primeiro presidente civil do Chile do período chamado de “Transición”.

Pinochet deixou a Presidência, mas era o Ministro da Defesa, para sempre, até morrer.

Nomeava quem quisesse.

E tinha Orçamento próprio.

(Ao mesmo tempo em que lavava dinheiro no Riggs Bank, de Washington.)

Quando trabalhava na Globo de Nova York, este ansioso blogueiro cobriu a visita que o presidente George Bush, pai, fez a vários países da América Latina, para vender uma espécie de Alca, aquela do Tony Palocci.

Bush esteve com Collor em Brasília.

Chegou a Buenos Aires pouco depois de Menem abafar uma rebelião militar.

Bush disse na Casa Rosada, com peronistas aos berros, do lado de fora: acabou o tempo dos ditadores.

A comitiva – eram três aviões – cruzou a Cordilheira dos Andes numa manhã radiosa e pousou em Santiago.

Na pista, majestoso, como um General da Banda, num pódio elevado, Pinochet.

E o mesmo Bush elogia o Governo Pinochet.

E segue para a casa – discreta, num bairro burguês – do suave Aylwin, que deixaria o Governo pouco depois.

Durante muito tempo, o poder no Chile foi compartilhado, constitucionalmente, pelo Presidente civil e o Ministro da Defesa, Pinochet.

Johnbim queria ser o Pinochet da Dilma.

O guardião da Ordem militar.

Era quem guardava a chave dos porões em que se escondia a tigrada.

Foi Johnbim quem detonou o ínclito delegado Paulo Lacerda, com a babá eletrônica, que só não se tornou mais ridícula do que o grampo sem áudio, ou áudio sem grampo, do Gilmar Dantas (*).

Foi Johnbim quem boicotou a Comissão da Verdade, através do PiG(**).

E destratou, em termos – como sempre -  deselegantes, o Ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi.

Johnbim é Cerra, o último autoritário.

(Johnbim era o penúltimo.)

Johnbim é um herói dos conservadores, aquele que adultera a Constituição e todo mundo acha muito engraçado.

Johnbim achou que ele é quem ia comprar os caças.

Que ele tinha um Orçamento próprio, como o Pinochet.

Se houvesse uma tentativa de Golpe da Direita, amigo navegante: o Johnbim ia votar no Cerra ou na Dilma?

A Presidenta podia confiar no “dispositivo militar” que o Assis Johnbim Brasil montasse para defendê-la dos Golpistas, o pessoal da UDN de varejo ?

A Eliane Catanhede na Folha (***) e o Estadão citam militares anônimos – é uma especialidade da casa, fontes anônimas – que estão uma fera com o Celso Amorim.

Este ansioso blogueiro entende a razão: Johnbim se fué.


Paulo HenriqueAmorim

Aprovação de Dilma é de 71%

Pesquisa Vox Populi divulgada hoje mostra que 71% dos 2.200 entrevistados fazem avaliação positiva do governo Dilma Rousseff. Para 4%, o desempenho da presidente é ótimo; 40% apontam como bom, e 37% como regular positivo. A pesquisa foi feita em todo o país na primeira quinzena de junho.
48% dos entrevistados consideram o PT o maior partido do Brasil e 81% apontam a legenda como "forte" ou "muito forte". Em outra questão, 66% disseram que o PT atua de forma positiva e 15% afirmam que o partido tem "os políticos mais honestos". Neste último quesito, segundo a assessoria do PT, outros partidos tiveram em torno de 7% de citações.
*comtextolivre

Charge do Dia

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Dilma: “Pede pra sair, Jobim”


Dilma decide demitir Jobim, mas dará chance de renúncia
A presidente Dilma Rousseff decidiu pedir que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, deixe o cargo, depois de supostas novas declarações polêmicas dele sobre colegas do governo.
Uma fonte do governo disse à Reuters que o pedido para que ele renuncie, ou sua demissão, pode ocorrer na noite desta quinta-feira, depois que ele retorne de missão oficial à Amazônia, ou na sexta-feira.
Jobim teria dito em entrevista à revista Piauí, antecipada nesta quinta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo, que a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, “é fraquinha” e que Gleisi Hoffmann, titular da Casa Civil, “nem sequer conhece Brasília”.
O ministro, no entanto, negou as críticas a Ideli. “Em momento algum fiz referência a ela dessa natureza”, disse ele, segundo nota do Ministério da Defesa.
Jobim está caindo pela sua própria profecia: os idiotas, de fato, perderam a modéstia.
By: Tijolaço
*comtextolivre

quinta-feira, agosto 04, 2011

Haddad faz um balanço da obra do Nunca Dantes. A elite jamais os poupará

Você é quem vai humanizar São Paulo
Saiu na pág. A16, do Valor de hoje, entrevista em que o Ministro da Educação Fernando Haddad que formaliza sua candidatura a Prefeito de São Paulo.

“SP tem que ser humanizada”, diz o pré-candidato Haddad.

A certa altura, o repórter pergunta sobre o balanço de sua gestão no Ministério:

Sob o comando do presidente Lula, nós inauguramos uma prática que pode servir de modelo para a educação brasileira. Após sua reeleição em 2006, ele exigiu que formulássemos um plano para a gestão, o Plano de Desenvolvimento da Educação [PDE]. A lista de exigências era grande, envolvia a expansão e interiorização das universidades federais; a reorganização e a expansão da educação profissional federal, com a criação dos institutos técnicos; a criação do Ideb; a regulamentação do Fundeb [Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação]; a regulamentação do piso nacional do magistério; a reformulação do financiamento estudantil; a consolidação da Universidade Aberta do Brasil [ensino superior à distância]; o incremento dos programas federais de apoio ao estudante, com mais investimentos em merenda escolar, livro didático e transporte escolar; e o próprio Bolsa Família, cuja condicionalidade [de frequência à escola dos filhos dos beneficiados] é atribuição do MEC. Tudo isso com uma inovação que merece registro: 100% dos reitores, governadores e prefeitos assinaram termo formal de compromisso com o MEC pactuando a perseguição das metas quantitativas e qualitativas traçadas pelo PDE.


Valor: Ainda assim a percepção de avanço na qualidade da educação é muito lenta. Por quê?


Haddad: Recebo essa crítica com muita humildade. É natural. Quando as metas do PDE foram anunciadas eram consideradas ousadas. Depois de cumpridas, alguns passaram a considerá-las tímidas. Agora, o avanço da educação brasileira está muito claro para os organismos internacionais que fazem estudos comparativos, como o Banco Mundial, a Unesco, a OCDE, a Unicef. Para eles o ritmo é notável, a ponto de servir de referência. No último Pisa [avaliação internacional da educação], por exemplo, o Brasil foi o terceiro país que mais avançou. Superamos a Argentina e reduzimos à metade a distância que nos separava do México, países com os quais podemos fazer comparações justas. Em termos de aumento de escolaridade superamos a China.

Navalha
Em poucos ministros o PiG (*) bateu tanto quanto em Fernando Haddad.
Porque Haddad levou o pobre à faculdade.
Haddad ampliou o Enem, apesar da furiosa reação do PiG (*) e de seu notável interlocutor, o Padim Pade Cerra, que retirou as universidades estaduais do Enem, assim que uma prova “vazou” da gráfica da Folha (**).
E o Enem é a banda larga para o pobre entrar na universidade.
Por isso, a elite jamais o perdoará.
Clique aqui para ler “Mais de 40% dos estudantes das universidades federais são das classes C, D e E”.
E aqui para comparar a Educação do Nunca Dantes com a do sombrio Governo do Farol de Alexandria: dá de 10 a 0.
*PHA