Haddad faz um balanço da obra do Nunca Dantes. A elite jamais os poupará
Saiu na pág. A16, do Valor de hoje, entrevista em que o Ministro da Educação Fernando Haddad que formaliza sua candidatura a Prefeito de São Paulo.
“SP tem que ser humanizada”, diz o pré-candidato Haddad.
A certa altura, o repórter pergunta sobre o balanço de sua gestão no Ministério:
“SP tem que ser humanizada”, diz o pré-candidato Haddad.
A certa altura, o repórter pergunta sobre o balanço de sua gestão no Ministério:
Sob o comando do presidente Lula, nós inauguramos uma prática que pode servir de modelo para a educação brasileira. Após sua reeleição em 2006, ele exigiu que formulássemos um plano para a gestão, o Plano de Desenvolvimento da Educação [PDE]. A lista de exigências era grande, envolvia a expansão e interiorização das universidades federais; a reorganização e a expansão da educação profissional federal, com a criação dos institutos técnicos; a criação do Ideb; a regulamentação do Fundeb [Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação]; a regulamentação do piso nacional do magistério; a reformulação do financiamento estudantil; a consolidação da Universidade Aberta do Brasil [ensino superior à distância]; o incremento dos programas federais de apoio ao estudante, com mais investimentos em merenda escolar, livro didático e transporte escolar; e o próprio Bolsa Família, cuja condicionalidade [de frequência à escola dos filhos dos beneficiados] é atribuição do MEC. Tudo isso com uma inovação que merece registro: 100% dos reitores, governadores e prefeitos assinaram termo formal de compromisso com o MEC pactuando a perseguição das metas quantitativas e qualitativas traçadas pelo PDE.
Valor: Ainda assim a percepção de avanço na qualidade da educação é muito lenta. Por quê?
Haddad: Recebo essa crítica com muita humildade. É natural. Quando as metas do PDE foram anunciadas eram consideradas ousadas. Depois de cumpridas, alguns passaram a considerá-las tímidas. Agora, o avanço da educação brasileira está muito claro para os organismos internacionais que fazem estudos comparativos, como o Banco Mundial, a Unesco, a OCDE, a Unicef. Para eles o ritmo é notável, a ponto de servir de referência. No último Pisa [avaliação internacional da educação], por exemplo, o Brasil foi o terceiro país que mais avançou. Superamos a Argentina e reduzimos à metade a distância que nos separava do México, países com os quais podemos fazer comparações justas. Em termos de aumento de escolaridade superamos a China.
Em poucos ministros o PiG (*) bateu tanto quanto em Fernando Haddad.
Porque Haddad levou o pobre à faculdade.Haddad ampliou o Enem, apesar da furiosa reação do PiG (*) e de seu notável interlocutor, o Padim Pade Cerra, que retirou as universidades estaduais do Enem, assim que uma prova “vazou” da gráfica da Folha (**).
E o Enem é a banda larga para o pobre entrar na universidade.
Por isso, a elite jamais o perdoará.
Clique aqui para ler “Mais de 40% dos estudantes das universidades federais são das classes C, D e E”.
E aqui para comparar a Educação do Nunca Dantes com a do sombrio Governo do Farol de Alexandria: dá de 10 a 0.
*PHA
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