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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 22, 2011


O mundo chega e sai de Natal. Que horror !

Daqui para o mundo. E do mundo para o Brasil
Saiu na Folha:

Consórcio Inframerica vence leilão de aeroporto no RN


MARIANA BARBOSA

DE SÃO PAULO


O leilão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal (RN), terminou na manhã desta segunda-feira depois de 87 lances. O vencedor foi o consórcio Inframerica, encabeçado pela Engevix, do Brasil, e a Corporacion América, da Argentina.


O lance foi de R$ 170 milhões, ágio de 228,82%. O mínimo era de R$ 51,7 milhões.


Inicialmente, o leilão estava marcado para o dia 19, mas foi adiado.


O modelo jurídico dessa concessão deverá ser usado para a cessão a investidores de outras unidades já anunciadas pelo governo, entre as quais Guarulhos e Viracopos (SP), Galeão (RJ), Confins (MG) e Brasília (DF).


Mas cada aeroporto terá de ter seu próprio estudo de viabilidade.


O novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante vai substituir o atual aeroporto de Natal, que voltará a ser uma base aérea.


A Infraero e o Exército estão fazendo desde 2008 as obras da pista e do pátio (80% estão realizados e com previsão de término em novembro de 2011), ao custo de R$ 250 milhões.


O valor mínimo da outorga pagaria apenas 20% do investimento público já feito.


O vencedor da concessão construirá o terminal de passageiros e vai administrá-lo inteiramente por 25 anos após a obra, prevista para três anos.

Navalha
Este aeroporto de São Gonçalo do Amarante tem uma função importante para o Nordeste.
Não é à toa que Pernambuco e o Ceará o queriam.
Ele será, sobretudo, uma zona de exportação e importação, já que se trata do ponto mais próximo da Europa e da África no território brasileiro.
Ele terá capacidade para receber aviões cargueiros de grande porte.
Ele pode ser hub, o ponto de convergência, para receber a produção do país inteiro e distribuir para o país inteiro.
Além de ser um terminal de passageiros que tem que ficar pronto antes da Copa.
A pista de pouso já está pronta.
Este ansioso blogueiro acaba de chegar a Natal e se vê diante de um conjunto de prédios em construção.
Até 2014 também, na BR-101, entre Natal e Parnamirim, serão construídas 10 mil unidades residenciais.
Aqui estão a Cyrella, Rossi, Lopes, MD e Ecosil – o primeiro time brasileiro.




Paulo Henrique Amorim

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