Racismo explícito na Universidade Mackenzie
O Mackenzie mudou, mas não muito
Tenho bons amigos que estudaram no Mackenzie e os mesmos me disseram que o essa universidade mudou bastante, não é mais o antro de nazistas que foi nos anos 60/70. Todavia, ainda restam alguns resquícios de um tempo em que o CCC reinava absoluto no Mackenzie, com o suporte do Dops e mesmo da reitoria da instituição.
Estadão
Procurador e professor do Mackenzie admitiu que falou em dar voz de prisão a estudante de Direito que o interpelou no corredor; hoje, seu irmão, também professor, disse que aluna usou termos como 'negro sujo'
O professor da Faculdade de Direito do Mackenzie Paulo Marco Ferreira Lima, procurador de Justiça, ameaçou dar voz de prisão a uma aluna do 5.º semestre do curso na sexta-feira, 26. Depois da aula de Direito Penal III, a estudante abordou o professor para questionar sua metodologia de ensino. Segundo o docente, foi necessário chamar seguranças para conter a garota, que insistia em fazer reclamações em voz alta. Paulo Marco, então, disse que ou ela parava, ou ele lhe daria voz de prisão. Hoje, o irmão de Paulo Marco, o também procurador e professor do Mackenzie Marco Antônio Ferreira Lima, acusou a aluna de racismo no Facebook.
O caso ganhou proporção no Mackenzie após o Centro Acadêmico João Mendes Jr., que representa os alunos da Faculdade de Direito, ter divulgado nota de repúdio em que classifica de "inadmissível" a postura do professor Paulo Marco. "Em um país de ‘Doutores’, em que qualquer um se acha acima da lei, não podemos permitir que em nossa faculdade, um ambiente exclusivamente acadêmico, pessoas desse tipo continuem a desrespeitar nossa Constituição, em uma perfeita cena de abuso de autoridade", diz o texto, assinado pelo diretor geral do C.A., Rodrigo Rangel.
Ao Estadão.edu, Paulo Marco disse na tarde desta terça-feira que a aluna quis "tirar satisfação" e criticar sua aula. "Entrei na sala para dar a última aula do dia e ela continuava falando. Fechei a porta. Ela arrombou. Pedi aos seguranças para tirá-la da sala. Ela continuou gritando e me ofendendo. Foi aí que falei: ou a senhora para ou eu vou te dar voz de prisão por desacato. Ela parou de gritar depois da ameaça."
O professor respondeu às críticas de que a situação configurou abuso de autoridade. "Ameaçar prender não é abuso de autoridade. Seria se eu tivesse prendido ela sem razão", afirmou. "Achei que ela iria me agredir, porque estava totalmente transtornada. Tive de fazer alguma coisa para contê-la."
"A aluna está fazendo um sensacionalismo que beira o lado criminoso", finalizou Paulo Marco.
Racismo. O irmão do professor entrou na polêmica usando o Facebook. Marco Antônio postou na tarde desta terça-feira, em letras maiúsculas, que a aluna identificada por Tatiana, do 5.º semestre noturno, teceu "considerações raciais" sobre Paulo Marco, "chamando-o na frente de sua filha de 'negro sujo' e afirmando que 'preto não pode dar aula no Mackenzie' e que 'preto não pode ter poder'". Amigos de Marco Antônio na rede social, entre eles alunos do Mackenzie, escreveram mensagens de apoio aos professores.
Nota do Blog: O Estadão está fazendo e fará de tudo para desviar o foco da questão, seus leitores bovinos certamente porão a culpa no professor, vítima da violência. Não poderia ser de outro modo, vindo do pasquim dos quatrocentões escravocratas eternamente viúvos da República Velha, ou Oligárquica. Mais sobre a inquebrantável postura racista do Estadão, clique aqui.
*Cappacete
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