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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 12, 2011

Dilma: estamos vencendo o pensamento do atraso




O que se falou no post anterior sobre o que é, de fato, o pensamento e a ação da Presidenta Dilma Roussef está expresso no discurso que ela fez hoje, ao visitar as obras da siderúrgica que se está construindo junto ao Porto de pecém, no Ceará.
Dilma foi direto ao ponto, politizando seu discurso que, infelizmente, não tem a repercussão que deveria.
Disse que aquela siderúrgica era uma “vitória contra a inércia do pensamento do atraso”  que achava que o Nordeste não podia se industrializar, não podia ter siderúrgicas ou refinarias de petróleo.
Exaltada, Dilma disse que “nós não vamos enfrentar a crise com recessão… Nós vamos enfrentar a crise gerando emprego e assegurando renda e defendendo o mercado interno”.
Essa é a presidenta que o país precisa ver.
*Tijolaço

A oposição quer paralisar o governo



Messias Pontes *



Sem bandeira, sem programa e sem credibilidade a oposição de direita – PSDB, DEMO, PPS e a velha mídia conservadora, venal e golpista – age contra os interesses da Nação ao tentar paralisar o governo da presidenta Dilma Rousseff. A tática é a mesma usada pela canalha da velha UDN, ou seja, denunciar, na maioria das vezes sem provas, corrupção nos mais importantes órgãos governamentais.


Esta impatriótica oposição vibrou com a chamada “faxina” no Ministério dos Transportes com o demissão do ministro Alfredo Nascimento e mais de uma dezena de pessoas que ocupavam cargos, todas elas pertencentes ao Partido da República. Mas a vibração da oposição não é pelo combate à corrupção, mas sim pela possibilidade de os progressistas virem a fazer oposição ao governo.

Agora a mais desqualificada revista semanal brasileira, a Veja – o lixo do jornalismo – apresenta, sem nenhuma prova, denúncias de corrupção no Ministério da Agricultura, dirigida pelo peemedebista Wagner Rossi. Com isso a oposição conservadora de direita pretende levar a presidenta Dilma a realizar mais uma “faxina”, demitindo o ministro e seus auxiliares.

Mas para desespero dos oposicionistas, a Presidenta já percebeu que tudo não passa de uma grosseira e desonesta armação visando à desestabilização do seu governo, e já enfatizou que mantém a confiança no ministro da Agricultura. Afinal, o PMDB é o maior partido da base aliada, e se ela fizesse o jogo dos neo-udenistas, certamente ficaria com minoria no Congresso Nacional e enfrentaria turbulências imprevisíveis.

Por recomendação da presidenta Dilma o ministro Wagner Rossi compareceu à Câmara dos Deputados para falar sobre as denúncias publicadas pelo lixo do jornalismo. Ele foi muito firme e enfático ao afirmar que tudo aquilo era armação, mentira. E frisou que pediu uma profunda investigação por parte da Controladoria Geral da União e do Tribunal de Contas da União. Ele mesmo tomou a iniciativa. E como diz a sabedoria popular, quem fala assim não é gago.

A oposição e sua velha mídia atacam por todos os lados, mas tem levado desvantagem. Agora tentam indispor os militares contra a Presidenta afirmando, cínica e despudoradamente que o novo ministro da Defesa Celso Amorim, que foi ministro das Relações Exteriores nos governos Itamar Franco e Lula da Silva, só problemas trouxe para o País, “se notabilizando por polêmicas em relação à política externa, à qual imprimiu um viés grandiloquente, muitas vezes improdutivo para os interesses nacionais”. É muita desonestidade.

Para gáudio dos governistas e decepção dos oposicionistas, os comandantes e demais militares presentes aplaudiram tanto o discurso do novo ministro da Defesa quanto o da presidenta da República. Amorim garantiu batalhar por melhores salários para os militares e equipar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Por sua vez a presidenta Dilma frisou que Amorim era o homem certo no lugar certo e que com ele os projetos de defesa passam a ser mais consistentes e a andar mais rápido.

No governo do presidente Lula o Brasil perdeu o complexo de vira-lata e deixou de ser coadjuvante para ser protagonista no concerto das nações. E isto se deve muito à atuação firme e decidida do então chanceler Celso Amorim. Este se fez respeitar em todo o mundo, ao contrário do seu antecessor Celso de Melo que, vergonhosa e subservientemente, como um poodle, tirou os sapatos em vários aeroportos norte-americanos após os atentados às Torres Gêmeas em Nova Iorque.

Com visão de estadista e estrategista, Celso Amorim apontou com precisão o rumo mais seguro para o Brasil, mostrando que o nosso norte é o Sul. A integração dos países da América do Sul tem fortalecido a democracia no subcontinente. A defesa intransigente da paz e da não interferência em assuntos internos de outros países colocaram o Brasil no patamar das grandes potências. Como frisou o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda, no ano passado, “Agora o Brasil não mais fala fino diante dos Estados Unidos e não mais fala grosso com o Paraguai e a Bolívia”.

E isto se deve muito a Celso Amorim.

Portal Vermelho
*terrordonordeste

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