Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 22, 2011

 

Prefeito de cidade de SP é acusado de fraude em licitação




O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública contra o prefeito de Santa Clara D'Oeste, interior de São Paulo. Gabriel dos Santos Fernandes Molina (PR)é acusado de improbidade administrativa por descumprir um convênio com o Ministério da Saúde e comprar uma van ao invés de uma ambulância equipada para o transporte de pacientes. Segundo a Procuradoria da República em São Paulo, a suspeita é de que a compra do veículo foi superfaturada, já que a aquisição custou 10,66% a mais do que o valor de mercado.

Além do prefeito, um advogado e três membros da Comissão de Licitação serão responsabilizados. Para o autor da ação, o procurador da República Thiago Lacerda Nobre, o processo licitatório foi realizado por meio de fraude. "Eles fraudaram o procedimento licitatório através de superfaturamento e desvio do objeto da licitação", disse.....

Kassab transforma ‘não’ em sua marca

 

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEior4uLO_7HxZ8GJ2BvLoZfqpXjd523xhEppqs8iyPSsHCn40C83KPVcLqMKZaFOFu7O8SA9KUvPsdVULtncQhlh8PVm9-i6uPQyDL_zicUHnqruAVr2v_kVHTb9YechwCBduRtc6A9Omc/s1600/01.jpg

Para os motoqueiros, “não pode andar na pista expressa da Marginal do Tietê”.Para os caminhoneiros, “não pode andar na Marginal do Pinheiros. E nem tente escapar pelo Morumbi, porque também não pode”. Já para os moradores da Grande São Paulo, “não pode vir para o centro da capital de fretado”. E, para anunciantes e publicitários, a mais famosa: “Não pode colar cartaz na rua”.

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) entra no quinto ano de mandato e, segundo levantamento feito pelo Jornal da Tarde, impôs até agora ao menos dez proibições à rotina da cidade – a maior parte relacionada ao trânsito. Como um pai preocupado em educar o filho, ele justifica seus “nãos” argumentando que uma cidade do tamanho de São Paulo “precisa de regras”.

É injusto dizer, no entanto, que a lista é feita apenas de proibições. Exceto a portaria que proíbe a circulação de cavalos e a lei que bane os cartazes explícitos dos cinemas eróticos do centro, todo “não” de Kassab tem brechas. “Proibição é um termo muito forte porque existem as exceções. São restrições”, argumenta o prefeito. A permissão para exploração de publicidade em prédios tombados, para tornar viáveis obras de revitalização (decreto assinado na quinta-feira), é um exemplo das exceções.
*osmigosdopresidentelula

Nenhum comentário:

Postar um comentário