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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 29, 2011

PF já está no caso da Veja/Hotel Naoum

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

O principal cenário da “denúncia” da Veja desse final desse final de semana é o Hotel Naoum, em Brasília. Nele, segundo a revista, José Dirceu tem um “gabinete” instalado, onde “o ex-ministro recebe autoridades da República para, entre outras atividades, conspirar contra o governo Dilma.”

Pela privatização da revista Veja

Por Altamiro Borges

A ação criminosa da Veja contra o ex-ministro José Dirceu - tentativa de invasão do seu apartamento e filmagens ilegais no hotel - já não surpreende. Há muito tempo que a revista da famiglia Civita não tem mais nada de jornalismo e comete crimes parecidos com os praticados pelo mafioso Rupert Murdoch. O que surpreende é que esta revista ainda abocanhe tanta publicidade de governos - inclusive dos que são vítimas de suas ações levianas. Reproduzo matéria sobre o tema de setembro de 2009.

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Revista Veja é criminosa. Processo já!

Por Altamiro Borges

A "reporcagem" da Veja desta semana, que extrapolou nas práticas criminosas (tentativa de invasão de apartamento e uso ilegal de imagens do hotel), tem o objetivo explícito de atingir o governo Dilma. Ela tenta fazer intrigas entre a presidente e o ex-ministro José Dirceu, que aparece na capa como "O poderoso chefão". A intenção de desestabilizar o governo Dilma não é nova. Reproduzo abaixo matéria de setembro do ano passado.

Racistas controlam a revista Veja

Por Altamiro Borges

Ao tentar invadir o apartamento em que o ex-ministro José Dirceu se hospeda em Brasília e ao usar imagens ilegais dos corredores do hotel, o repórter Gustavo Ribeiro escancarou os métodos criminosos da revista Veja. Isto só confirma que a famiglia Civita não se diferencia muito do mafioso midiático Rupert Murdoch, com seus grampos e subornos. Esta postura, que não tem nada de jornalística ou ética, é bem antiga. O texto abaixo é de agosto de 2006 e mostra as relações sinistra dos donos da Veja:

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A corrupção e a agenda da velha mídia

Por João Feres Júnior, no sítio da CartaCapital:

Corrupção! Essa é a palavra-chave que tem pautado o noticiário político nacional. Qualquer pessoa que abre as páginas dos jornalões e das revistas semanais de maior circulação no país, ou que acompanha o noticiário televisivo, não tem como fugir da enxurrada de matérias jornalísticas e textos de opinião sobre o tema. A corrupção foi guindada à condição de questão maior da política brasileira nesse começo de governo Dilma, e a grande mídia parece muito empenhada em insuflar essa agenda.

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