Dilma considera pedidos da Fifa absurdos e queda de braço continua
Mônica Bergamo
Insatisfeita com os vários pedidos feitos pela Fifa para a Copa do Mundo-2014, a presidente Dilma Roussef está disposta a não atender as exigências. O último pedido da entidade que irritou a presidente é para o governo ser o responsável por qualquer dano sofrido pela federação, seus dirigentes, convidados e instalações durante o evento.
A informação está na coluna de Mônica Bergamo, publicada na Folha nesta sexta-feira."O céu é o limite para eles", diz o assessor direto de Dilma. "Mas nós consideramos que, se a Copa será boa para o Brasil, será boa também para a Fifa. Tem que ser um jogo de 'ganha-ganha', e não algo em que só eles levem a melhor".
De acordo com o assessor, Dilma não está disposta a deixar que a Fifa imponha no Brasil as condições exageradas, como teria feito à África do Sul. A queda de braço tem sido "constante", nas palavras do mesmo assessor.
No Sorteio Preliminar da Copa-2014, primeiro evento oficial do Mundial no Brasil, que foi realizado no Rio de Janeiro em 30 de julho, Dilma mostrou em discurso que o governo federal terá atuação independente da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local). E não fez elogios a elas em suas declarações.
Dilma vem recusando audiência com Ricardo Teixeira e Joseph Blatter desde sua eleição.
Nelson Almeida-30.jul.11/France Presse | ||
Dilma sentada ao lado de Blatter (esq) e Pelé durante o Sorteio Preliminar da Copa-2014 |
O governo está endurecendo nas negociações com a Fifa para a realização da Copa de 2014. A entidade tem feito pedidos considerados "absurdos" pela equipe da presidente Dilma Rousseff, que não está disposta a atendê-los. Um dos últimos: os cartolas querem que a União se responsabilize por qualquer dano sofrido pela federação, seus dirigentes, convidados e instalações durante o evento. Um acidente, por exemplo, teria que ser indenizado pelo governo, que depois cobraria a conta dos terceiros responsáveis pelo incidente.
PÉ NO CHÃO
"O céu é o limite para eles", diz assessor direto de Dilma. "Mas nós consideramos que, se a Copa será boa para o Brasil, será boa também para a Fifa. Tem que ser um jogo de 'ganha-ganha', e não algo em que só eles levem a melhor." Dilma estaria decidida a não deixar que a Fifa imponha aqui condições exageradas, como teria feito à África do Sul. A queda de braço tem sido "constante", nas palavras do mesmo assessor.
O GATO SUMIU
E Ricardo Teixeira, presidente da CBF, continua em baixa no Planalto. A assessoria da entidade não foi encontrada para comentar as negociações com o governo nem o distanciamento do cartola do núcleo de poder.
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