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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 29, 2011

Lula encontra Lech Walesa na Polônia 

Lula recebe prêmio Lech Walesa e o oferece à África


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (29) em Gdansk, na Polônia, o prêmio Lech Walesa, criado em 2008 pela fundação do ex-presidente polonês para reconhecer personalidades destacadas por seu respaldo à liberdade, democracia e cooperação internacional.

Após receber o prêmio de 100 mil dólares, Lula propôs a Walesa, em seu discurso de agradecimento, que o valor seja doado a um país africano, que será escolhido pelos diretores do Instituto Lula junto aos membros da fundação polonesa.

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, compareceu ao evento e disse que Lula ajudou a tornar possível um sonho impossível. Ele afirmou que o ex-presidente brasileiro e Walesa fizeram mudanças radicais em seus países, mas que não resultaram em caos como costuma acontecer com os sonhos radicais, mas sim em crescimento econômico e bem estar para as populações. O presidente do Senado polonês também foi à cerimônia.

Segundo nota divulgada pela Fundação Lech Walesa, Lula foi escolhido “em reconhecimento por seus esforços para conseguir uma cooperação pacífica e a compreensão entre as nações, especialmente para reforçar o papel dos países em desenvolvimento no mundo dos negócios, e por sua contribuição para reduzir a desigualdade social”.

Para Piotr Gulczyński, presidente do instituto Lech Walesa, o prêmio concedido “é uma expressão de solidariedade com aqueles que lutam por um melhor amanhã. Lula implementou reformas pacíficas em seu país, reduziu as desigualdades sociais, e também tem desempenhado um papel de destaque como um porta-voz para os países em desenvolvimento no exterior, bem como contribuiu para resolver os conflitos entre as nações”.

*esquerdopata

 

O presidente Lula se encontrou nesta quarta-feira (28) com o sindicalista e ex-presidente da Polônia Lech Walesa.

A trajetória de Lula e Walesa começou de forma semelhante, mas tomaram rumos diferentes.

Walesa fundou a organização sindical Solidariedade na Polônia e liderou as primeiras greves em 1980, mesma época que Lula liderava greves no Brasil. A diferença é que aqui vivíamos um ditadura de direita aliada aos EUA nos tempos da Guerra Fria, e a Polônia era comunista, aliada à antiga União Soviética, e Walesa tinha apoio da Igreja Católica, do papa polonês João Paulo II.

Já naquela época o Solidariedade e o movimento dos trabalhadores brasileiros liderado por Lula trocavam apoios internacional entre si.

O Solidariedade conquistou reivindicações trabalhistas e de abertura política, mas também enfrentou retrocessos, e Walesa chegou a ficar preso político por um breve período (assim como Lula) e, após ser solto, ganhou o Nobel da Paz.

Assim como Lula foi candidato a presidente em 1989 nas primeiras eleições diretas após a redemocratização, Walesa disputou as primeiras eleições de lá em 1990, com a queda do muro de Berlim. A diferença é que Walesa foi eleito naquela época, porém perdeu sua grande oportunidade e falhou ao fazer um governo neoliberal como o de FHC, afastando-se do trabalhismo e socialismo. Com baixa aprovação popular, não conseguiu ser reeleito em 1995. Em 2000 disputou novamente, mas só teve 1% dos votos, devido a decepção dos poloneses com suas posições.

De qualquer forma Walesa faz parte da história, sobretudo do movimento sindical (a parte bem-sucedida de sua biografia), e tem uma fundação com seu nome, que premia personalidades que se destacam na luta pela liberdade, democracia e cooperação internacional. É este prêmio que Lula irá receber nesta quinta-feira (29) às 11h30 (hora local).


Na Polônia, Lula recebe prêmio Lech Walesa


O ex-presidente Lula recebeu nesta quinta-feira o prêmio Lech Walesa, criado em 2008 pelo ativista e prêmio Nobel da Paz para reconhecer as personalidades que se destacaram por seu compromisso com a liberdade, a democracia e a cooperação internacional. Lula recebeu o prêmio em uma cerimônia na cidade de Gdansk (norte da Polônia), e foi chamado de um "homem extraordinário" pelo primeiro-ministro polonês, Donald Tusk.


"É um símbolo de que as coisas impossíveis podem se fazer possíveis, Lula foi o líder que encarnou as esperanças de uma melhora radical no destino de milhões de pessoas", disse o chefe do governo polonês, para quem o Lula  aplicou uma política capaz de transformar o Brasil em um dos países com maior índice de crescimento do mundo. Lula expressou seu agradecimento ao prêmio e afirmou que Lech Walesa é um autêntico herói por ter liderado os trabalhadores poloneses em sua luta pela democracia.

Em seu discurso,Lula criticou o estado atual da economia mundial, que segundo sua opinião se transformou em "um gigantesco cassino", onde o mercado não é capaz de oferecer soluções boas e sensatas. O ex-presidente polonês Walesa reconheceu que o capitalismo não satisfez todas as expectativas, e se mostrou propício a moderar certos aspectos deste sistema.

O prêmio Nobel da Paz afirmou que apesar das raízes ideológicas diferentes, compartilha com Lula a origem sindical e o fato de terem realizado mudanças em suas nações. De acordo com Lula, os dois queriam mudar seus respectivos países, e os dois acreditam no valor da democracia, sabedoria humana e diálogo.

Lech Walesa fundou seu prêmio em 2008, 25 anos após ter sido agraciado com o Nobel da Paz por sua luta contra o comunismo e pelo advento da democracia na Polônia. O prêmio tem um valor de US$ 100 mil. Em 1990, após liderar numerosos protestos contra o regime comunista polonês, Walesa se tornou o primeiro presidente eleito democraticamente em seu país após a Segunda Guerra Mundial.Agência EFE -
*osamigosdopresidentelula

O síndico com 69



ivo, Sebastião Rodrigues Maia, o Tim Maia, carioca da Tijuca nascido em 1942 e falecido em 1998, estaria completando hoje 69 anos. Sucessos de Tim converteram-se em clássicos: Sossego, Gostava Tanto de Você, Me Dê Motivos, Não Quero Dinheiro, Você, Primavera etc.
E Tim, o síndico do Brasil (no dizer de Jorge Ben Jor), rebelde e controvertido, era dado a sacadas cortantes, como essas (que pincei daqui):
  • "Fiquei três anos tentando fazer Jovem Guarda. Fui sabotado pelo Roberto (Carlos) e pela turma dele. Eles tinham medo da soul music."
  • "Roberto Carlos não é geniozinho. Ele é inteligente, batalhador e canta mais ou menos."
  • "No meu disco de bossa nova, gravei Garota de Ipanema em inglês sim. Em português, até o Dom Helder Câmara já gravou. Só falta mesmo o delegado Romeu Tuma fazer uma versão também."
  • "Quando soube que o Prince pediu 180 toalhas no camarim pra tocar no Rock in Rio, passei a pedir 18 toalhas por show. Ou seja, pedi 10% do Prince pra ver se fico mais valorizado."
  • "O segredo do meu sucesso é o equilíbrio: metade das minhas músicas são esquenta-sovaco e a outra metade é mela-cueca."
  • "Gosto do Sargentelli. Ele é uma pessoa legal. Enquanto ele está vivo, deveria angariar fundos pra fundar uma universidade de pretos, já que ele colocou tantas mulatas pra mostrar a bunda."
  • "Hoje, sou latino, mas em Nova York eu era preto mesmo."
  • "O Brasil é uma terra de mestiço pirado querendo ser puro-sangue."
  • "Eu sou o bispo Tim Maia e tenho meus adeptos: chamo os ‘doidões’ para o Circo Voador e faço o meu show."
  • "Eu não fumo, não bebo e não cheiro. Meu único defeito é que eu minto um pouco."
Palmas pro Tim, mestre da Soul Music.


*comtextolivre

Corregedora mantém críticas e diz que imagem do Judiciário é a pior possível

Lembrança do bloguezinho mequetrefe.
Juiz de Direito é um funcionário público. Ponto.
No entanto, é um funcionário público especial, pertencente a uma casta superior, tanto é que, se apanhado em “malfeito”(venda de sentenças, corrupção etc) não é exonerado, não leva um pé na bunda como os demais funcionários públicos, simplesmente são aposentados com todos os benefícios da carreira.
Viva o Judiciário! Viva a democracia!

Mônica Bergamo
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou nesta quarta-feira (28) à Folha que não recuará das declarações que fez sobre a magistratura brasileira.
"Eu não tenho que me desculpar. Estão dizendo que ofendi a magistratura, que ofendi todos os juízes do país. Eu não fiz isso de maneira nenhuma. Eu quero é proteger a magistratura dos bandidos infiltrados", disse.
Ricardo Lima - 17.fev.2011/Folhapress
Corregedora mantém críticas e diz que imagem do Judiciário é a pior possível
Corregedora mantém críticas e diz que imagem do Judiciário é a pior possível
"A quase totalidade dos 16 mil juízes do país é honesta, os bandidos são minoria. Uma coisa mínima, de 1%, mas que fazem um estrago absurdo no Judiciário", reiterou.
Segundo a ministra, todos precisam perceber que "a imagem do Judiciário é a pior possível, junto ao jurisdicionado" --público que recorre aos tribunais.
"Eu quero justamente mostrar que o próprio Judiciário entende e tenta corrigir seus problemas."
Sobre o julgamento de hoje do Supremo, que poderá limitar os poderes da corregedoria, ela disse que está muito triste.
"As portas estão se fechando. Parece haver um complô para que não se puna ninguém no Brasil."
Em recente entrevista, Calmon fez duros ataques a seus pares ao criticar a iniciativa de uma entidade de juízes de tentar reduzir, no STF (Supremo Tribunal Federal), o poder de investigação do CNJ.
"Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga", declarou em entrevista à APJ (Associação Paulista de Jornais).

quarta-feira, setembro 28, 2011

Protecionismo é "pecado” só para nós?

Do professor Carlos Lessa, hoje, no Valor:
No momento, a presidência da República está submetida ao bombardeio de forças conservadoras – ideologicamente contrárias à industrialização e sustentadoras dos interesses de importadores de veículos – que a acusam de reinstalar o protecionismo industrial. A mídia denuncia o protecionismo brasileiro como um “pecado”(?!), mas esquece que todas as atuais potências do mundo praticaram protecionismo.
Os EUA, maior potência mundial, foram intensamente protecionistas de sua industrialização, e ainda hoje praticam, de forma mais evidente, a proteção de sua produção agrícola e “subsidiam” o avanço científico e tecnológico derivado do maior orçamento militar do planeta, indo da ruptura diplomática à guerra aberta para proteger seus interesses. A China, como potência emergente, pratica, de forma disfarçada, um protecionismo ultraeficiente. As grandes nações europeias e o Japão também praticaram protecionismo durante décadas de suas histórias industriais e protegem de forma explícita suas atividades agrícolas. O discurso contra o protecionismo é o discurso das nações industrializadas e dominantes.(…)
O modesto e tímido passo para reservar o mercado brasileiro para a mão de obra nacional está sendo demonizado. Espero que a presidência não recue: mantenha (e amplie) o protecionismo para o conjunto de outras atividades industriais brasileiras ameaçadas.”
Mesmo com muitas críticas à falta de um projeto de desenvolvimento na condução de nossa política econômica, Lessa joga luz sobre onde estão os interesses desta conversa fiada de “vantagens para o consumidor” na liberação indiscriminada de importações industriais. E adverte, com toda a razão, que a produção nacional não pode ser a simples montagem de componentes estrangeiros, mas gerar valor em uma cadeia produtiva local e inovadora.
A íntegra do artigo pode ser lida aqui.
*Tijolaço

Para não ficar apenas com a conversa mole do Jornal Nacional


Saiu o ranking da carga tributária 2010: Brasil em 31º

Compilei os dados da carga tributária de 183 países relativa a 2010. Muita gente precisa ver isto, principalmente comentaristas econômicos da velha mídia e os políticos da oposição.

A primeira tabela mostra a carga de impostos com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), com dados da organização conservadora The Heritage Foundation. O Brasil ficou no 31º lugar em carga tributária. Existem 30 países com carga tributária maior que a do Brasil. Destes, 27 são países de grande desenvolvimento humano, europeus em geral.

Aí, confrontada com a realidade, a velha mídia vai dizer: "Ah, mas a população não vê o resultados dos impostos recolhidos". Para este  tipo de mentalidade, preparei a segunda tabela, com os países ordenados pela arrecadação per capita. O Brasil está em 52º lugar em arrecadação per capita, recolhendo 5 vezes menos que os países desenvolvidos.

Querem nível de vida escandinavo com arrecadação de emergente? É a pobreza, estúpido!

Aí vão dizer: "A situação estaria bem melhor se não fosse a corrupção!". Será? Um estudo da Fundação Getúlio Vargas mostrou que a corrupção impacta 2% (dois por cento) de nosso PIB. Na década, o TCU apanhou 7 bilhões de reais por ano em corrupção, mas a sonegação fiscal anual atinge 200 bilhões de reais, segundo pesquisa do Instituto de estudos tributários IBPT. Por que o movimento "Cansei 2.0" não vai às ruas contra a sonegação, que é 28 vezes pior que a corrupção? Espero que se indignem 28 vezes mais...

Essa neo-UDN!

Baixe a planilha da carga tributária mundial em 2010.




Entendeu ou quer que eu desenhe? OK. No mapa abaixo, quanto maior a carga tributária, mas verde é o país. A grama da Europa é muito mais verde!



E neste mapa, quanto maior a arrecadação, mais verde é o pais.

Charge do Dia

Fechamento do CNJ: Calmon X Peluso.
Há bandidos atrás da toga ?

Calmon e Peluso: quem defende melhor a sociedade ?
Saiu no G1:

Julgamento do STF sobre CNJ pode “esvaziar” poder do órgão, diz Gurgel


STF deve julgar nesta quarta ação que pode limitar atuação do CNJ. Em seis anos, Conselho puniu 49 magistrados por irregularidades.


Débora Santos Do G1,

em Brasília


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira (27) que o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para esta quarta-feira (28), sobre os limites do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na fiscalização de irregularidades na magistratura pode “esvaziar” a competência do órgão de investigar e punir juízes que cometem desvios.


Está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quarta-feira (28) uma ação proposta pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) que questiona o controle do conselho sobre processos administrativos que investigam os desvios dos juízes.


“O que está em discussão é a efetividade da atuação do Conselho Nacional de Justiça sob pena de se esvaziar o Conselho Nacional de Justiça”, disse o procurador-geral.


Desde que foi instalado, em junho de 2005, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) condenou em processos administrativos 49 magistrados acusados de irregularidades no exercício da profissão, segundo dados da assessoria do conselho. Desse total, 24 foram punidos com aposentadoria compulsória, que é a pena máxima do órgão administrativo. Outros 15 foram afastados pelo CNJ em decisões liminares. Além disso, seis juízes foram colocados à disposição, dois foram removidos de seus postos originais e outros 2 apenas censurados.


No plenário do STF, Gurgel vai defender a tese de que o CNJ pode fazer um trabalho concorrente ao das corregedorias dos tribunais de Justiça dos estados e não apenas complementar. Ele chama atenção ainda para a importância de se ter uma visão “de fora” ao fiscalizar os tribunais.


“Há casos que envolvem praticamente todo um tribunal de Justiça. O CNJ não pode ter apenas uma competência subsidiária. Hipóteses como esta justificam plenamente a atuação concorrente do conselho em relação às corregedorias. De modo geral, a avaliação do trabalho do CNJ é de que o saldo é amplamente positivo”, afirmou o procurador-geral.


Crise

A discussão sobre o alcance da atividade do CNJ dividiu o conselho entre os que acreditam numa atuação de fiscalização restrita ao campo administrativo e os que defendem a manutenção do trabalho de investigar e punir juízes acusados de corrupção e ineficiência.


A ideia de que o CNJ teria uma competência complementar à atividade das corregedorias dos tribunais estaduais é defendida pelo presidente do CNJ e do STF, ministro Cezar Peluso. Já a principal defensora de um CNJ mais atuante na punição de desvios é a corregedora-nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon.


Na manhã desta terça, Cezar Peluso abriu a sessão do CNJ com a leitura de uma nota de repúdio a declarações da corregedora-nacional de Justiça sobre respeito da impunidade de crimes praticados por magistrados. As declarações foram motivo do adiamento da sessão do CNJ para que fosse feita uma reunião administrativa, de onde era possível ouvir vozes exaltadas.


Sem citar o nome da colega, Peluso avaliou como “levianas” as declarações e se referiu a trechos de uma entrevista dada pela corregedora, no último fim de semana, à Associação Paulista de Jornais. O jornal “Folha de S.Paulo” publicou trechos nesta terça.


O gabinete da ministra Eliana Calmon informou que ela não vai comentar a nota lida pelo presidente do CNJ.


A corregedora afirmou que há “bandidos escondidos atrás da toga”,” ao comentar a possibilidade de que o Supremo Tribunal Federal (STF) reduza o poder do CNJ de fiscalizar atos praticados por juízes. Está na pauta do Supremo nesta quarta-feira (28) uma ação proposta pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) que questiona a atuação do conselho.]


“Já disse e está em todos os jornais. Acho que isto é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga”, disse a corregedora na entrevista.

Navalha
Em quem a sociedade se reconhece ?
Na Corregedora Calmon ou no Presidente Peluso ?
Quem defende melhor a sociedade ?



Em tempo: quando o brindeiro Procurador Geral vai recorrer ao Supremo contra a tentativa de juízes do STJ de sepultar as Operações Satiagraha, Castelo de Areia – ambas conduzidas por um Juiz em que a sociedade confia – , e Barrica ?

Em tempo 2: depois do Estadão , agora também a Folha quer salvar o CNJ. Conseguirão Peluso e Mello contrariar o PiG ?


Paulo Henrique Amorim

terça-feira, setembro 27, 2011

Terminou a transmissãoAo vivo: Lula recebe título de Doutor Honoris Causa do Sciences Po 


A transmissão ao vivo da França estava sendo feita pela internet, aqui.

O presidente Lula é a 16ª personalidade – e a primeira latino-americana – que receberá esse  título de Doutor Honoris Causa do Instituto de Estudos Políticos de Paris – conhecido como Sciences Po, desde a fundação da instituição, em 1871.
*osamigosdopresidentelula

Intervención del Presidente Evo Morales en la ONU 22/09/11



Chávez, Evo y Obama - II final

Si nuestro Premio Nobel se autoengaña, algo que está por probar, ello tal vez explique las increíbles contradicciones de sus razonamientos y la confusión sembrada entre sus oyentes.
No hay un ápice de ética, y ni siquiera de política, en su intento de justificar su anunciada decisión de vetar cualquier resolución a favor del reconocimiento de Palestina como Estado independiente y miembro de Naciones Unidas. Hasta políticos, que en nada comparten un pensamiento socialista y encabezan partidos que fueron estrechos aliados de Augusto Pinochet, proclaman el derecho de Palestina a ser miembro de la ONU.
Las palabras de Barack Obama, sobre el asunto principal que hoy se discute en la Asamblea General de esa organización, sólo pueden ser aplaudidas por los cañones, los cohetes y los bombarderos de la OTAN.
El resto de su discurso son palabras vacías, carentes de autoridad moral y de sentido. Observemos por ejemplo cuan huérfanas de ideas fueron, cuando en el mundo hambriento y saqueado por las transnacionales y el consumismo de los países capitalistas desarrollados Obama proclama:
“Para superar las enfermedades hay que mejorar los sistemas de salud. Continuaremos luchando contra el SIDA, la tuberculosis y el paludismo; nos centraremos en la salud de los adultos y niños, y hay que detectar y luchar contra cualquier peligro biológico como el H1N1, o una amenaza terrorista o una enfermedad.”
“Las acciones en materia de cambio climático: Debemos utilizar los recursos escasos, y continuar el trabajo para construir, en base a lo que se hizo en Copenhague y Cancún, para que las grandes economías continúen con su compromiso. Juntos debemos trabajar para transformar la energía que es el motor de las economías y apoyar a otros que avanzan en sus economías. Ese es el compromiso para las próximas generaciones, y para garantizar que las sociedades logren sus potencialidades debemos permitir que los ciudadanos también logren sus potencialidades.”
Todo el mundo sabe que Estados Unidos no firmó el Protocolo de Kyoto y ha saboteado todos los esfuerzos por preservar la humanidad de las terribles consecuencias del cambio climático, a pesar de ser el país que consume una parte considerable y desproporcionada del combustible y los recursos mundiales.
Dejemos constancia de las palabras idílicas con que pretendía engatusar a los hombres de Estado allí reunidos:
“No hay ni una línea recta, ni un solo camino hacia el éxito, venimos de distintas culturas y tenemos distintas historias; pero no podemos olvidar que cuando nos reunimos aquí como jefes de distintos gobiernos, representamos a ciudadanos que comparten las aspiraciones básicas, las mismas: vivir en dignidad y en libertad; tener educación y lograr las oportunidades; amar a sus familias, y amar y venerar a sus dioses; vivir en una paz que hace que la vida valga la pena ser vivida; la naturaleza de un mundo imperfecto hace que hayamos aprendido estas lecciones cada día.”
“…porque los que vinieron antes que nosotros creían que la paz es mejor que la guerra, y la paz es mejor que la represión, y que la prosperidad es mejor que la pobreza. Ese es el mensaje que viene, no de las capitales, sino de los pueblos, de la gente, y cuando el pilar de esta institución se fundó, Truman vino y dijo: Las Naciones Unidas básicamente es la expresión de la naturaleza moral de las aspiraciones del ser humano. Vivimos en un mundo que cambia a una gran velocidad, esta es una lección que nunca debemos olvidar. La paz es difícil, pero sabemos que es posible, por eso es que juntos debemos decidirnos para que esto sea definido por las esperanzas y no los temores. Juntos debemos lograr la paz, una paz que sea duradera.
“Muchísimas gracias.”
Escucharlas hasta el final merece algo más que gratitud; merece un premio.
Como ya expresé, en las primeras horas de la tarde correspondió el uso de la palabra a Evo Morales Ayma, presidente del Estado Plurinacional de Bolivia, quién entro rápidamente en los temas esenciales.
“…hay una clara diferencia sobre la cultura de la vida frente a la cultura de la muerte; hay una clara diferencia sobre la verdad frente a la falsedad, una profunda diferencia de la paz frente a la guerra.”
“…siento que va a ser difícil entendernos con políticas económicas que concentran el capital en pocas manos. Los datos demuestran que el 1% de la población en el mundo concentra el 50% de las riquezas. Si hay esas profundas diferencias, ¿cómo podría resolverse la pobreza? Y si no acabamos con la pobreza, ¿cómo podría garantizarse una paz duradera?”
“De niño me acuerdo perfectamente que antes, cuando había una rebelión de los pueblos contra un sistema capitalista, contra los modelos económicos de saqueo permanente de nuestros recursos naturales, a los dirigentes sindicales, a los líderes políticos de tendencia izquierdista les acusaban de comunistas para detenerlos; a las fuerzas sociales las intervenían militarmente: confinamientos, exilios, matanzas, persecuciones, encarcelamientos, acusados de comunistas, de socialistas, de maoístas, de marxista-leninistas. Siento que eso ahora ha terminado, ahora ya no nos acusan de marxista-leninistas, sino ahora tienen otros instrumentos como el narcotráfico y el terrorismo…”
“…preparan intervenciones cuando sus presidentes, cuando sus gobiernos, cuando los pueblos no son procapitalistas ni proimperialistas.”
“…se habla de una paz duradera. ¿Cómo puede haber una paz duradera con bases militares norteamericanas? ¿Como puede haber paz duradera con intervenciones militares?”
“¿Para qué sirven estas Naciones Unidas, si aquí un grupo de países deciden intervenciones, matanzas?”
“Si quisiéramos que esta organización, las Naciones Unidas, tenga autoridad para hacer respetar las resoluciones, pues tenemos que empezar a pensar en refundar las Naciones Unidas…”
“Cada año en las Naciones Unidas deciden -asi el ciento por ciento de las naciones, excepto Estados Unidos e Israel desbloquear, acabar con el bloqueo económico a Cuba, ¿y quién hace respetar eso? Por supuesto, el Consejo de Seguridad jamás va a hacer respetar esa resolución de Naciones Unidas [...] No puedo entender cómo en una organización de todos los países del mundo sus resoluciones no se respetan. ¿Qué es Naciones Unidas?”
“Quiero decirles que Bolivia no está de espaldas al reconocimiento de Palestina en Naciones Unidas. Nuestra posición es que Bolivia da la bienvenida a Palestina a las Naciones Unidas.”
“Ustedes saben, amables oyentes, que yo vengo del Movimiento Campesino Indígena, y nuestras familias cuando hablan de una empresa se piensa que la empresa tiene mucha plata, carga mucha plata, son millonarios, y no podían entender cómo una empresa pida al Estado, que se le preste plata para la inversión correspondiente.
“Por eso digo que estas entes financieras internacionales son las que hacen negocio mediante las empresas privadas; ¿pero quiénes tienen que pagar eso? Justamente son los pueblos, los Estados.”
“…Bolivia con Chile, tenemos una demanda histórica para retornar al mar con soberanía al Pacífico, con soberanía. Por eso, Bolivia ha tomado la decisión de acudir a tribunales internacionales, para demandar una salida útil soberana al océano Pacífico.
“La Resolución 37/10 de la Asamblea General de la ONU, 15 de noviembre de 1982, establece que ‘acudir a un Tribunal Internacional de Justicia para resolver litigios entre Estados no debe ser considerado como un acto inamistoso.’
“Bolivia se ampara en el derecho y la razón para acudir a un Tribunal Internacional, porque su enclaustramiento es producto de una guerra injusta, una invasión. Demandar una solución en el ámbito internacional representa para Bolivia la reparación de una injusticia histórica.
“Bolivia es un Estado pacifista que privilegia el diálogo con los países vecinos, y por ello mantiene abiertos los canales de negociación bilateral con Chile, sin que ello signifique renunciar a su derecho de acudir a un Tribunal Internacional…”
“Los pueblos no son responsables del enclaustramiento marítimo de Bolivia, los causantes son las oligarquías, las transnacionales que como siempre se adueñan de sus recursos naturales.
“El Tratado de 1904 no aportó a la paz ni a la amistad, ocasionó que por más de un siglo Bolivia no acceda a un puerto soberano.”
“…en la región América se gesta otro movimiento de los países de Latinoamérica con el Caribe, yo diría una nueva OEA sin Estados Unidos, para liberarnos de ciertas imposiciones, felizmente, con la pequeña experiencia que tenemos en UNASUR. [...] ya no necesitamos, si hay algún conflicto de países [...] que vengan desde arriba y afuera a poner orden.”
“También quiero aprovechar esta oportunidad sobre un tema central: la lucha contra el narcotráfico. La lucha contra el narcotráfico es usado por el imperialismo norteamericano con fines netamente políticos. La DEA de Estados Unidos en Bolivia no luchaba contra el narcotráfico, controlaba el narcotráfico con fines políticos. Si había algún dirigente sindical, o había algún dirigente político antiimperialista, para eso estaba la DEA: para implicarlo. Muchos dirigentes, muchos políticos nos salvamos de esos trabajos tan sucios desde el imperio para implicarnos en el narcotráfico. Hasta ahora siguen todavía intentándolo.”
“Las semanas pasadas decían algunos medios de comunicación desde Estados Unidos, que el avión de la presidencia estaba detenido con rastros de cocaína en Estados Unidos. ¡Qué falso!, tratan de confundir a la población, tratan de hacer una campaña sucia contra el gobierno, incluso contra el Estado. Sin embargo, ¿qué hace Estados Unidos? Descertifica a Bolivia y a Venezuela. ¿Qué autoridad moral tiene Estados Unidos para certificar o descertificar a los países en Suramérica o en Latinoamérica?, cuando Estados Unidos es el primer consumidor de drogas del mundo, cuando Estados Unidos es uno de los productores de marihuana del mundo, primer productor de marihuana del mundo [...] ¿Con qué autoridad puede certificar o descertificar? Es otra forma de cómo amedrentar o intimidar a los países, tratar de escarmentar a los países. Sin embargo, Bolivia, con mucha responsabilidad, va luchando contra el narcotráfico.
“En el mismo informe de Estados Unidos, es decir, del Departamento de Estado de Estados Unidos reconoce una reducción neta del cultivo de coca, que ha mejorado la interdicción.
“¿Pero dónde está el mercado? El mercado es el origen del narcotráfico y el mercado está aquí. ¿Y quién descertifica a Estados Unidos porque no ha bajado el mercado?
“En la mañana, el presidente Calderón, de México, decía que el mercado de la droga sigue creciendo y por qué no hay responsabilidades para erradicar el mercado. [...] Hagamos una lucha bajo una corresponsabilidad compartida. [...] En Bolivia no tenemos miedo, y hay que acabar con el secreto bancario si queremos hacer una lucha frontal contra el narcotráfico.”
“…Una de las crisis, al margen de la crisis del capitalismo, es la crisis alimentaria. [...] tenemos una pequeña experiencia en Bolivia: se da créditos a los productores de arroz, maíz, trigo y soya, con cero por ciento de interés, e incluso ellos pueden pagar con sus productos su deuda, se trata de alimentos; o créditos blandos para fomentar la producción. Sin embargo, las bancas internacionales nunca toman en cuenta al pequeño productor, nunca toman en cuenta las asociaciones, las cooperativas, que muy bien pueden aportar si se les da la oportunidad. [...] Tenemos que terminar con el comercio llamado de competitividad.
“En una competencia, ¿quién gana?, el más poderoso, el que tiene más ventajas, siempre las transnacionales, ¿y qué es del pequeño productor?, ¿qué es esa familia que quiere surgir con su propio esfuerzo? [...] En una política de competitividad seguramente nunca vamos a resolver el tema de la pobreza.
“Pero, finalmente, para terminar esta intervención quiero decirles que la crisis del capitalismo ya es impagable. [...] La crisis económica del capitalismo no solo es coyuntural, sino es estructural, ¿y qué hacen los países capitalistas o los países imperialistas?, buscan cualquier pretexto para intervenir en un país y para recuperar sus recursos naturales.
“Esta mañana el Presidente de Estados Unidos decía que Iraq ya se liberó, se van a gobernar ellos. Los iraquíes podrán gobernarse, ¿pero el petróleo de los iraquíes en manos de quién está ahora?
“Saludaron, dijeron que se acabó la autocracia en Libia, ahora es la democracia; puede haber la democracia, ¿pero el petróleo de Libia en manos de quién quedará ahora? [...] los bombardeos no eran por culpa de Gaddafi, por culpa de unos rebeldes, sino que es buscando el petróleo de Libia.”
“…Por tanto, su crisis, la crisis del capitalismo, la quieren superar, la quieren enmendar recuperando nuestros recursos naturales, en base a nuestro petróleo, en base a nuestro gas, nuestros recursos naturales.
“…tenemos una enorme responsabilidad: defender los derechos de la Madre Tierra.”
“…la mejor forma de defender los derechos humanos es ahora defendiendo los derechos de la Madre Tierra [...] aquí tenemos una enorme responsabilidad de aprobar los derechos de la Madre Tierra. Recién hace 60 años aprobaron la Declaración Universal de los Derechos Humanos. Recién hace 60 años atrás se han dado cuenta en las Naciones Unidas que también el ser humano tiene sus derechos. Después de los derechos políticos, los derechos económicos, los derechos de los pueblos indígenas, ahora tenemos la enorme responsabilidad de cómo defender los derechos de la Madre Tierra.
“También estamos convencidos de que el crecimiento infinito en un planeta finito es insostenible e imposible, el límite del crecimiento es la capacidad degenerativa de los ecosistemas de la Tierra. [...] hacemos un llamado a [...] un nuevo decálogo de reivindicaciones sociales: en sistemas financieros, sobre los recursos naturales, sobre los servicios básicos, sobre la producción, sobre la dignidad y la soberanía, y con esta base empezar a refundar a las Naciones Unidas para que las Naciones Unidas sean la máxima instancia para la solución en temas de paz, en temas de pobreza, en temas de dignidad y soberanía de los pueblos del mundo.”
“Esperamos que esta experiencia vivida como Presidente pueda servir de algo para todos nosotros, como también yo vengo a aprender de muchos de ustedes para seguir trabajando por la igualdad y la dignidad del pueblo boliviano.
“Muchísimas gracias.”
Después de los medulares conceptos de Evo Morales, el Presidente de la Autoridad Nacional Palestina Mahmud Abbas, al que concedieron el uso de la palabra dos días después, expuso los dramáticos sufrimientos de los habitantes de Palestina: “…la crasa injusticia histórica perpetrada con nuestro pueblo, por ello se convino establecer el Estado de Palestina en solo un 22% del territorio de la Palestina y, sobre todo, el territorio palestino que ocupó Israel en 1967. Tomar ese paso histórico, que aplaudieron los Estados del mundo, permitió condescender sobre manera para lograr una contemporización histórica, que permitiría que se lograra la paz en la tierra de la paz.”
“[...] Nuestro pueblo continuará con la resistencia pacífica popular a la ocupación de Israel, sus asentamientos y su política de apartheid, así como la construcción del muro de anexión racista [...] armado con sueños, valor, esperanza y lemas ante la faz de tanques, gas lacrimógeno, buldóceres y balas.”
“…queremos darles la mano al gobierno y al pueblo israelí para la imposición de la paz, y les digo: construyamos juntos, de manera urgente, un futuro para nuestros hijos en el que puedan gozar de libertad, de seguridad y de prosperidad. [...] Construyamos relaciones de cooperación que se basen en la paridad, la equidad y la amistad entre dos Estados vecinos, Palestina e Israel, en vez de políticas de ocupación, asentamientos, guerra y eliminación del otro.”
Ha transcurrido casi medio siglo desde aquella brutal ocupación promovida y apoyada por Estados Unidos. Sin embargo, apenas transcurre un día sin que el muro se levante, monstruosos equipos mecánicos destruyan viviendas palestinas y algún joven, e incluso adolescente palestino, caiga herido o muerto.
¡Cuan profundas verdades contenían las palabras de Evo!
Fidel Castro Ruz
Septiembre 26 de 2011
10 y 32 p.m.