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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, outubro 05, 2011

“SE VOCÊ NÃO FOR CUIDADOSO...




Laerte Braga
... Os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar as pessoas que estão oprimindo”. Malcolm X. Um dos principais líderes muçulmanos dos EUA, assassinado – lógico – pela ação das forças democráticas e cristãs que governam aquele país, hoje um departamento do conglomerado ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
As características do mundo neoliberal hoje confirmam o diagnóstico preciso de Guy Débord em seu extraordinário "A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO” (Contraponto, RJ). “O espetáculo hoje é uma permanente Guerra do Ópio para fazer com que se aceite identificar bens e mercadorias; e conseguir que a satisfação com a sobrevivência aumente de acordo com as leis do próprio espetáculo. Mas, se a sobrevivência consumível é algo que deve aumentar sempre, é porque ela não pára de conter em si a privação. Se não há nada além da sobrevivência ampliada, nada que possa frear seu crescimento, é porque essa sobrevivência não se situa além da privação; é a privação tornada mais rica”.
Ou, “o consumidor real torna-se consumidor de ilusões. A mercadoria é essa ilusão efetivamente real e o espetáculo é sua manifestação geral”.
Duas funcionárias de uma empresa espanhola, na província de Múrcia, entraram em juízo por terem sido obrigadas a pendurar um cartaz no pescoço com a palavra “banheiro” todas as vezes que iam ao dito.
A empresa controla o tempo de permanência no banheiro através de um sistema de impressão digital que registra a entrada e a saída, logo o tempo de permanência e ainda recomenda às trabalhadoras que bebam pouco líquido para diminuir a quantidade de vezes que necessitam ir ao banheiro.
As autoridades espanholas afirmam que vão tomar providências e investigar o fato.
É uma característica do crime organizado e legalizado. O dos bancos, grandes corporações e dos latifundiários em países como o Brasil. A escravidão em formas diversas, mas sempre escravidão.
Não existe banqueiro, ou grande empresário, ou latifundiário que não seja criminoso. Todos são.
Em vários países do mundo empresas controlam o próprio ciclo menstrual das mulheres e determinam o salário – para baixo – a partir do conceito que nesse período a produtividade cai e os riscos são maiores.
No Iraque, “libertado” pelos norte-americanos na operação “Choque e Pavor”, as mulheres iraquianas vivem o dilema da falta de salários, dos atrasos nos pagamentos, na nova ordem imposta pelo grupo ISRAEL/EUA/TERRORISMO S/A.
Há alguns anos, em Minas Gerais, o então governador Hélio Garcia, diante de uma greve de professores, referiu-se ao movimento como “coisa de mulher mal amada”. Isso por conta do fato da maioria dos grevistas serem mulheres.
Ele próprio, Hélio Garcia, protagonizou um deprimente e ao mesmo tempo hilário espetáculo numa churrascaria de Belo Horizonte. Abandonada por sua mulher passou a beber diariamente e ao encontrar-se com o deputado Leopoldo Bessone, que vivia então com sua ex, atracou-se com o parlamentar sem saber que Bessone também já havia sido abandonado. Separados, acabaram juntos numa das mesas da churrascaria, bêbados ambos. No dia seguinte Bessone foi designado para uma das secretarias do governo de Minas.
“Que país é este?” A frase é de Francelino Pereira, produto da ditadura militar, servo fiel dos militares, ligado ao general Ernesto Geisel, por isso indicado governador de Minas, o último governador indireto.
Francelino questionava ações dos partidos e movimentos sociais contrários ao regime militar. A frase valeu um notável poema de Affonso Romano Santana.
Banqueiros, empresários e latifundiários brasileiros se valem da mídia para uma tentativa de recriar a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Agora a campanha contra a corrupção. À frente o grupo dos irmãos Marinho (GLOBO). A coté quadrilhas de menor porte. VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, RBS, ESTADO DE MINAS, REDE BANDEIRANTES, ÉPOCA, ISTO É, etc.
O deputado Roque Barbierie do PTB jogou sujeira no ventilador. Afirmou em entrevista coletiva que “todo deputado tem seu preço” e comparou a Assembléia Legislativa de São Paulo (onde mais?) seu estado, a um “camelódromo”. “Isso aqui é igual camelô, cada um tem seu jeito”. Falou sobre venda de emendas que beneficiam empreiteiras, bancos, latifundiários, excrescências desse naipe.
O governador do estado, Geraldo Alckimin, integrante do grupo fascista OPUS DEI é um dos que, sem ser deputado, chefia um departamento de outro complexo, o de banqueiros, empresários e latifundiários que controlam o Estado, a máquina administrativa, privilegia empreiteiras do peito (e da propina), um esquema FIESP/DASLU. Contrabando, chantagem, extorsão, etc, etc.
Esse quadro não muda em boa parte dos estados brasileiros e nem no Congresso Nacional. A maioria dos parlamentares é de fato como camelô, cada qual tem seu jeito e seu preço. Não é o caso de deputados como Chico Alencar, Brizola Neto, ou do senador Eduardo Suplicy e outros, independente de partidos e eventuais discordâncias. Mas é a minoria decente.
O conjunto de vestais ensandecidas que organiza a tal marcha contra a corrupção é uma espécie de retorno de vampiros, agregando alguns inocentes úteis, que em 1964 atendendo a determinações de Washington e sob comando dos norte-americanos deram um golpe de estado e derrubaram o governo de João Goulart.
Goulart havia resolvido pegar o touro do capitalismo a unha e enfrentar a verdadeira máquina corrupta que permeia o Estado brasileiro, através de um programa chamado então de “reformas de base”.
Beira a histeria muito mal contida o canto dessa gente.
Para que exista um Roque Barbieri e principalmente um PTB como o de hoje, é necessário que exista quem compre esse tipo de gente. E quem compra esse tipo de gente quer moldar o Brasil segundo seus interesses.
O que o grupo GLOBO representa? O que disse Malcolm X. Veicula o ódio aos que são oprimidos e o amor aos que oprimem.
O espetáculo descrito por Guy Débord.
A corrupção é parte intrínseca do modelo político e econômico. Sem ela o capitalismo não sobrevive. É o regime da competição. Leva quem paga mais, ou quem vende por menos.
Tanto faz que seja o sabão que lava mais branco, ou o carro que supera todos os outros. Isso até o aviso de recall.
Pode ser o supermercado que explora trabalhadores num regime desumano, cruel e sem entranhas. Ou o latifundiário que se vale de trabalho escravo, grila terras públicas, desmata e produz transgênicos com agrotóxico.
O deputado e o senador corruptos. O governador, o prefeito, o vereador, os juízes e ministros assim, são produtos desse modelo e dessa gente. Os mesmos que marcham contra a corrupção. Querem apenas a chave do cofre e o poder de oprimir.
O desejo de embasbacar o trabalhador no espetáculo da tecnologia sem necessidade (é claro que existe a necessária), mas a do espetáculo voltado para o show.
No Peru, na década de 60, a OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE – constatou altos índices de desnutrição entre crianças (bebês inclusive) desde que a Coca Cola chegou a partes daquele país. Substituiu o leite na alimentação infantil. Força da propaganda, do modelo vendido como símbolo de status. Ou o tijolo, aquele cheio de furos, que o trabalhador transformava em rádio de pilha falso com uma antena de arame, para não ficar deslocado em seu meio, entre as pessoas que tinham rádios transistorizados. Uma reportagem de Bernardo Kurscinsky mostrou isso no extinto jornal OPINIÃO.
Se um político venal como José Sarney é o presidente do Senado, isso é o resultado desse jogo. Entre outras “propriedades” Sarney é sócio da GLOBO e dono da GLOBO no Maranhão. Era amigo íntimo de Roberto Marinho.
Não adianta berrar contra a corrupção num festival de rock se o organizador do festival, Roberto Medina, tem um histórico, ele e a família, de corrupção e ligações com a ditadura militar.
É necessário berrar, aí sim, contra os corruptores. Os que compraram Aldo Rebelo na relatoria do novo Código Florestal. Defendem interesses de bancos, empreiteiras e latifúndio no Congresso.
E nisso, por melhor ou menos ruim que seja, até pela sua história, o PT é cúmplice. Mas a luta não passa pelas viúvas histéricas de 1964, os torturadores que se escondem atrás da saia da anistia na bravura patriótica da canalhice.
Passa pelo movimento popular, pela organização popular, passa por ir às ruas e enfrentar os verdadeiros bandidos. O supermercado CARREFOUR, como os outros, também regula idas ao banheiro de seus funcionários. Mede tempo, toda essa barbárie escravagista.
Nos EUA os cidadãos comuns começam a acordar e a perceber o que significa o todo do complexo terrorista. O poder predador dos que controlam o Estado, o nazi/sionismo de EUA e Israel, ou de Israel (maior acionista) e os EUA.
Querem tomar Wall Street.
Na Grécia os gregos resistem ao assalto que promovem contra seu país, contra os trabalhadores.
E assim em vários pontos do mundo.
O rei Juan Carlo de Bourbon não é afetado por esse processo corrupto que é o capitalismo. Faz caçadas em um lugar montado para tal na Suíça e paga cinco mil dólares por búfalo abatido.
“Se você não for cuidadoso” o lobisomem do capitalismo pega você e você vai odiar a pessoa errada, amar a podridão de banqueiros, empresários e latifundiários, nessa campanha sórdida da mídia privada. Corrupta e comprada por eles.
O corrupto é o resultado do corruptor. Dois habeas corpus para Daniel Dantas e um para um médico que estuprou mais de duzentas mulheres. O ministro que concedeu as ordens? Gilmar Mendes.
Amigo da GLOBO.


Saudosismo delirante

Um pirulito para quem esclarecer que tempo foi esse em que os políticos disponíveis na praça eram como a mente do sujeito imagina.
Saudosismo inteligente

A parte esclarecida da população brasileira cultiva o saudosismo de dirigentes políticos com educação, cultura, visão de curto, médio e longo prazos, consciência dos problemas de infraestrutura do País, ética e probidade. Agora deverá canalizar energias na descoberta de quem reúne essas qualidades para governar o nosso país. O PT, desde a sua fundação, exibe a profunda "falta de qualificação" de filiados, e aí reside boa parte dos seus problemas. Em torno de 100%...

FLAVIO MARCUS JULIANO
opegapulhas@terra.com.br
São Paulo

Convite

https://mail.google.com/mail/?ui=2&ik=8e22bd65d6&view=att&th=132d02f0dca2c902&attid=0.1&disp=inline&realattid=f_gtd7xu900&zw

Meta de inflação. Neolibelês chutam fora da própria

Como se sabe, a Urubóloga é o mais notável expoente do pensamento Neolibelês (*) do Brasil.

Essa notável combinação de neo-liberalismo com passado esquerdismo (radical) não produziu nada tão fulgurante quanto o conjunto da obra urubóloga.

Nesse momento, no Bom Dia (?) Brasil (e na Grécia), ela dá aulas magnas em três minutos, com tabelas absolutamente inteligíveis.

(A perplexidade do  Chico Pinheiro e da Renata Vasconcellos são a prova de que é trivial acompanhar a sequência interminável de bissetrizes e hipotenusas.)

Como se sabe, ela é a última trincheira na defesa do Plano Real.

Nem o Farol de Alexandria tem tanto espaço e fôlego para defender sua obra.

E olha que o Farol quer condenar o PSDB (e o Brasil) a não ter uma única ideia que destoe do receituário neo-liberal dos Chicago Boys do Pinochet.

A Urubóloga escreveu uma obra-prima – “A Saga Brasileira” – em que se depreende: o Plano Real é Ela !

Nessa condição, ela é a guardiã das instituições que ela atribui a si mesma, ou seja, ao Plano Real.

Uma delas é o sistema de “metas inflacionárias”, tão utilizado no mundo quanto o sistema métrico decimal, mas que, aqui, se tornou monopólio dos tucanos – ou melhor dos Neolibelês e, logo, dela.

Sobre o sistema de metas inflacionárias, mostra o Delfim Netto, na pág. 2 da Folha (**), nesta quarta-feira a estratégia do Presidente do Banco Central, Alexandra Tombini, leva em conta:

“ … que se aceita alongar o cumprimento da meta de inflação para tentar manter um nível maior de proteção ao PIB e do emprego”.

Para a Urubóloga, Tombini é um herético, que será queimado na fogueira do PiG (***).

Clique aqui para ver que Delfim considera o neolibelismo (*) um instrumento do autoritarismo.


Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
*PHA

Charge do Dia

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Quebrando o Tabu (2011) | Trailer Oficial e link para baixar



Tão simples quanto foi a Lei Seca americana que acabou com o álcool com a maior facilidade. Depois do rio de sangue que criaram, legalizaram e nunca mais se falou em proibir e criminalizar consumo de álcool.
Bobagem.. todos que consomem álcool e cigarros são plenamente conscientes, tão conscientes que a maior parte deles apoia uma guerra, que nunca atingiu os objetivos, contra uma substância que nunca apresentou índices de mortalidade pelo consumo, só pelo comércio graças aos proibicionistas.

Sinopse:No documentário Quebrando o Tabu, há 40 anos os Estados Unidos levaram o mundo a declarar guerra às drogas, numa cruzada por um mundo livre de drogas. Porém, os danos causados só cresceram. Abusos, informações equivocadas, epidemias, violência e o fortalecimento de redes criminosas são os resultados da guerar perdida numa escala global. Num mosaico costurado por Fernando Henrique Cardoso, o documentário escuta vozes das realidades mais diversas do mundo em busca de soluções, princípios e conclusões.

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Hora de enquadrar publicidade disfarçada de remédios

Autor: 

Tenho dito há tempos: Veja tornou-se a maior ameaça aos interesses da velha mídia.
Sua falta de limites em todos os campos têm aberto vulnerabilidades crescentes na barricada que a mídia criou sobre a suposta liberdade de imprensa absoluta.
Tome-se a questão da publicidade dos remédios. Em qualquer país do mundo trata-se de um setor sujeito à supervisão das autoridades sanitárias. No caso do Brasil, da Anvisa. Só que a indústria farmacêutica encontrou um modo de burlar a fiscalização, através do expediente da matérias (com claros indícios de serem) pagas. E isso na revista de maior circulação do país.

Procuradores querem investigar preço dos automóveis

 

Por Assis Ribeiro
Da Agência Brasil
Procuradores federais pedem ao Ministério da Fazenda investigação sobre alto preço dos automóveis
Wellton Máximo

Brasília - Um grupo de procuradores do Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Ministério da Fazenda que investigue a suspeita de prática de lucro abusivo pelas montadoras de automóveis instaladas no país. O pedido partiu depois que o órgão percebeu que um carro no Brasil pode custar o dobro do que um do mesmo modelo nos Estados Unidos.

 
 

BNDES financia 70% do projeto eólico na Bahia

Por Aracy_
Bons ventos para o Nordeste
Da Agência Brasil
BNDES aprova financiamento para construção de cinco parques eólicos no interior da Bahia
Alana Gandra
Rio de Janeiro - Financiamento no valor de R$ 297,4 milhões foi aprovado hoje (4) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção de cinco parques eólicos no interior da Bahia, totalizando potência de 98,8 megawatts (MW). A estimativa é que as obras e a operação dos empreendimentos criarão mais de 1.400 postos de trabalho diretos e indiretos.

O conflito de interesse é um conjunto de condições nas quais o julgamento de um profissional a respeito de um interesse primário tende a ser influenciado indevidamente por um interesse secundário.


Os guardiões da inflação
Carta Maior - 02/10/2011

Como o mercado financeiro está percebendo que o BC vai continuar reduzindo a Selic, está fazendo um verdadeiro terrorismo inflacionário para manter a Selic elevada. Não vai adiantar. O governo vai reduzir a Selic. Com isso sobrarão recursos para ampliar as ações de governo em áreas como educação, saúde e infraestrutura. O governo tem outra preocupação, que é o impacto da crise afetando a atividade econômica. O artigo é de Amir Khair.

Amir Khair

Enquanto os Estados Unidos e a Europa se debatem para tentar escapar da estagnação, aqui a discussão sobre a economia põe de um lado os guardiões da inflação e de outro os desenvolvimentistas.

São duas posições em debate. A dos guardiões da inflação, liderada pelo mercado financeiro, vê inflação crescente devido ao excesso da demanda em relação à oferta. Para combater a inflação advogam a redução do consumo via elevação da Selic. Se o Banco Central (BC) não manter a Selic em nível elevado, perde a credibilidade e não ancora as expectativas dos formadores de preços, etc.

Para essa corrente o país não pode crescer acima de 3,5%, pois fatalmente seria rompido o teto da meta de inflação de 6,5%, gerando o descontrole dos preços.

Os guardiões da inflação fazem uma verdadeira chantagem inflacionária, para pressionar o BC a manter a Selic elevada. É o seu lucro em jogo e desfilam argumentos para mostrar que há ameaça de inflação no horizonte, pois: a) os preços dos serviços caminham para crescer 8% a 9% neste ano; b) o reajuste salarial de algumas categorias de trabalhadores está sendo feito acima da inflação passada; c) o novo salário mínimo vai aumentar o consumo e; d) os preços das commodities não vão cair, pois a China continuará a ter crescimento forte, demandando produtos.

A outra posição defendida pelo governo é de que não há ameaça de inflação, pois a crise está derrubando os preços internacionais, o que acaba por manter os preços internos sob controle. Nessa situação, a Selic pode cair para um nível inferior ao atual, sem maiores problemas para a inflação. Essa corrente defende que é possível manter a inflação dentro do limite da meta, com um crescimento ao nível de 4,5% a 5,0% e defende estímulos à economia.

A razão parece estar com o governo quanto às perspectivas de inflação.

Em setembro as cotações das commodities tiveram o pior desempenho desde outubro de 2008, ápice da crise financeira com a quebra do Lehman Brothers. A crise na zona do euro pode se transformar em nova crise bancária e a ameaça de recessão na Europa e EUA pode pôr fim a um ciclo exuberante de demanda aquecida e preços estratosféricos. Tudo dependerá em grande parte da China, a grande consumidora, e uma ampla pesquisa feita entre investidores pela Bloomberg apontou que a economia chinesa vai desacelerar nos próximos anos e avançar a um ritmo de 5%.

De modo geral, os produtos agrícolas foram mais castigados que a média das commodities. Em setembro, o índice CRB, que acompanha também matérias-primas metálicas e energéticas, caiu 10,69%, o maior tombo desde outubro de 2008. Isso é importante, especialmente para os países emergentes onde o custo da alimentação prepondera no orçamento doméstico e a inflação depende mais da evolução dos preços dos alimentos. No Brasil alimentos e bebidas respondem por 23,4% do IPCA.

Apesar desta tendência declinante de preços, fato é que prever inflação está sujeito a erro que é tanto maior quanto maior o período que se quer prever. Tanto o mercado financeiro quanto o BC prevêem inflação acima da meta de 4,5% neste e no próximo ano. É puro chute. Essas previsões falham mesmo para um mês à frente, como ocorreu no terceiro trimestre de 2010, quando o mercado financeiro previu inflação de 0,4% em cada mês e ela foi zero. Fato é que se a crise for da intensidade que está se manifestando, pode ocorrer até deflação surpreendendo os guardiões da inflação.

Nessa discussão cada lado tem seus argumentos, mas o que chama a atenção é que ambos os lados usam a Selic para defender sua posição e ela não tem nada a ver com o problema, pois não altera o preço dos serviços, não altera a oferta de crédito, nem o valor das prestações, não influi sobre os preços internacionais e pior, desestimula a oferta ao inibir os investimentos das empresas, sendo esse importante fator de equilíbrio entre oferta e demanda. Em vez de atenuar a inflação a Selic a agrava.

Assim, tem-se uma falsa discussão. A inflação pode subir ou cair? Pode. A crise pode reduzir os preços internacionais? Pode. E a Selic, o que tem a ver com isso? Nada, absolutamente nada.

Se não tem a ver com isso, porque é a mais alta do mundo há tanto tempo? É porque predomina no País o rentismo, que é o ganho fácil, sem risco, em cima do governo federal, que paga os juros de quem aplica em, seus títulos, que têm taxas de juros balizadas pela Selic.

Quer dizer que a inflação segue seu caminho próprio, independente da Selic e ainda independente do nível de crescimento? Sim. O crescimento se dá pelo estímulo ao consumo e, também, pelo estímulo ao investimento para aumentar a oferta interna de produtos e serviços. É essa oferta que irá atender junto com a oferta internacional o mercado, suprindo suas necessidades. Se os preços internacionais estiverem em queda, a inflação estará em queda. Se, ao contrário, estiverem em ascensão, teremos pressão inflacionária. Mas a pressão inflacionária não se combate com a redução da atividade econômica, mas sim com, a elevação da oferta. É esse o caminho virtuoso do crescimento.

A realidade é que a inflação está há vários anos conduzida pelos preços internacionais. Seu efeito sobre os mercados internos é marcante para as economias abertas, como é o nosso caso. Estamos sob a égide da globalização. Cada empresa compete com empresas de vários países. Não são as empresas domésticas que definem os preços, mas o mercado externo. Se uma empresa tenta vender seu produto acima do preço da concorrência fatalmente irá sofrer a perda de posição no mercado, sendo forçada a praticar o preço que possa concorrer com os produtos similares ou substitutos.

Segundo o relatório de inflação do Banco Central de setembro é provável que a inflação fique dentro da meta neste ano, com o risco de 45% (?) de probabilidade que possa ultrapassá-lo, dependendo da magnitude da crise internacional.

Face à crise o BC reduziu a previsão de crescimento deste ano de 4,0% para 3,5%, nível abaixo da média do crescimento mundial prevista em 4,0% pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e bem abaixo do crescimento dos países emergentes de 6,4%.

O governo ainda objetiva alcançar o crescimento entre 4,0% e 4,5% e prevê crescer 5,0% em 2012. Para isso vai precisar ativar a economia, pois a crise já começou a afetar todos os países.

Mas, como o mercado financeiro está percebendo que o BC vai continuar reduzindo a Selic, está fazendo um verdadeiro terrorismo inflacionário para manter a Selic elevada. Não vai adiantar. O governo vai reduzir a Selic. Com isso vão sobrar recursos fiscais para ampliar as ações de governo em áreas chaves como educação, saúde e investimentos em infraestrutura.

O governo tem outra preocupação, que é o impacto da crise afetando o nível da atividade econômica. Os principais indicadores da atividade apontam para forte desativação da economia com ampliação do desemprego e tensão social decorrente. Tem-se a nona queda seguida do índice de confiança da indústria, atingindo o menor patamar desde agosto de 2009 e as perspectivas do setor seguem em tendência de piora.

Diante disso, o governo pretende estimular a economia e reduzir a Selic que está inibindo os investimentos das empresas e danificando o desempenho fiscal.

Creio que será possível ter uma inflação dentro da meta. Basta que a inflação média mensal no último quadrimestre fique em 0,49%. A possibilidade de isso ocorrer é grande. No segundo quadrimestre a inflação média mensal foi de 0,29%. Caso se mantenha nesse nível, a inflação neste ano poderá ficar em 5,6%. Caso vá para o nível ocorrido em agosto de 0,37%, a inflação atingiria 6,0%.
Vê-se que é possível ter uma inflação dentro do limite da meta e, mesmo que ultrapasse, está na hora de pisar no acelerador face aos impactos da crise que está crescendo e reduzir firmemente a Selic. Os guardiões da inflação que busquem novas fontes de lucro, pois a mamata da Selic vai acabar.

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Não esqueça, a Globo é o trombone do rentismo.
Rentismo Significado: princípio que visa ao lucro financeiro pela aplicação de capitais
*GrupoBeatrice

Atitude laica da BBC faz Vaticano explodir em ira

 


A emissora pública de radiodifusão britânica British Broadcasting Corporation (BBC) mudou a forma como se refere aos anos da nossa era e, com isso, acabou sendo vítima da ira do Vaticano, que por meio de seu jornal, L'Osservatore Romano, disparou contra a emissora, chamando a medida tomada de "hipocrisia historicamente insensata".

A datação feita pelos meios de comunicação católicos tradicionalmente se referia aos anos como Antes de Cristo e Depois de Cristo. Portanto estariamos vivendo em 2011 DC. A BBC acabou mudando a forma para Antes da Era Comum e Era Comum (portanto, 2011 EC), para não causar problemas com membros de outras religiões.

A reação feroz do Vaticano não tardou. O jornal afirma que a BBC "pretende" na realidade cancelar "qualquer raiz do cristianismo no mundo". Um exagero que só o papa Bento XVI endossa.

O jornal oficial do catolicismo vai além e ainda prega contra outras religiões e contra a própria ciência, ao afirmar que "negar a função historicamente revolucionária da vinda de Cristo à terra, aceita também por quem não lhe reconhece como filho de Deus, é uma estupidez do ponto de vista histórico, e sabem disso tanto os judeus quanto os muçulmanos".

O despautério segue nas páginas do house-organ religioso: "Muitíssimos não cristãos disseram que não se sentem ofendidos pela datação tradicional antes de Cristo, AC, e depois de Cristo, DC. O que está bem claro é que o respeito a outras religiões é só um pretexto, porque o que se procura é cancelar qualquer raiz de cristianismo da cultura ocidental", esbravejou o jornal, tentando achar pelo em ovo.

O problema é que ele não traz nenhum depoimento de judeus ou muçulmanos, por exemplo, sustentando sua alegação. Os judeus comemoraram recentemente mais uma passagem de ano e, sem dúvida, não estão ligando muito para a forma como o "ocidente cristão" data sua passagem do tempo, muito menos os muçulmanos, mas há uma distância grande em dizer que os membros dessas religiões não se sintam ofendidos com essa imposição da religião cristã.

O reacionário artigo esbraveja contra a ideia porque ela é de "péssimos antecedentes". Citando a Revolução Francesa, o fascismo de Mussolini e erradamente a Revolução Russa, o jornal do Vaticano omite e distorce a história, quando afirma que Lênin mudou a forma de datação após a revolução.

A Revolução Russa simplesmente abandonou o calendário Gregoriano, adotado pela Igreja Ortodoxa, adotando o calendário seguido pelos países ocidentais, justamente o "instituído" pelo Vaticano. É por isso que a Grande Revolução de Outubro é comemorada, na verdade, em 7 de novembro e é por isso que na Rússia, hoje, é o dia 4 de outubro, e não 21 de setembro.

Para a publicação, o momento do "nascimento de Cristo" marca o surgimento da ideia de que todos os seres humanos são iguais, e seria impossível negar o "princípio sobre o qual se fundam os direitos humanos, princípio que até esse momento ninguém tinha mantido e que tem base na tradição cristã".

O maior problema é que não há nenhuma evidência histórica sobre qual foi o verdadeiro momento de "nascimento"
*Onipresente