Como o livro do Amaury bota o Dantas na cadeia (de novo)
Nem faltam motivos para encarcerar, de novo, o banqueiro condenado por passar bola a um agente da Polícia Federal – clique aqui para ver o vídeo do jornal nacional que o Gilmar Dantas (*) ignorou para dar o segundo HC Canguru.
Sugere-se ao amigo navegante que vá à página 89 do Amaury para ver como banqueiro condenado lavou dinheiro e depois deslavou para trazer o dinheiro da privatização.
(Não terá sido essa lavanderia o PAC do Governo cerra/FHC?)
Na página 130, vê-se como o banqueiro condenado se valia da empresa Beacon Hill, num paraíso fiscal, para lavar dinheiro.
A Beacon Hill era muito frequentada pelo Ricardo Sergio de Oliveira, a filha do Cerra e o genro do Cerra.
Gente finíssima.
Ela, indiciada.
Ele, o genro, com os bens indisponíveis.
(Não lembra o Kassab ?Bens indisponíveis …)
Na página 132 do livro do Amaury lê-se como Naji Nahas – que honra este ansioso blogueiro com duas ações na lista das 41 que o enobrecem -, Paulo Maluf e Celso Pitta (que Deus o tenha !) usavam a Beacon Hill.
Como se sabe, Naji Nahas visitou o PF Hilton na excelsa companhia do banqueiro condenado.
Nas páginas 181 e 191 em diante, Amaury publica os documentos que comprovam a associação da filha de Cerra com a irmã de Dantas em vários negócios.
Em Miami ! Em Miami !, of all places !
Negócios tão limpos e imaculados, que elas fecharam uma das empresas pouco antes da eleição de 2202.
Talvez para não atrapalhar Daddy.
E por esses negócios, onde violaram 60 milhões de sigilos fiscais, a filha do Cerra está devidamente indiciada.
Na Satiagraha, como se sabe, quando Cerra pensou em privatizar a estátua do Borba Gato, ligou para o Naji Nahas.
Foi para combinar uma operação “limpissima” de privatização com o Daniel Dantas e “investidores” árabes.
Pede lá em cima e depois a gente abaixa, disse Daddy.
Mais ou menos como Mendonça de Barros fazia os consórcios da privatização, como mostra o Amaury: uns consórcios “borocochôs”, que a gente acerta por aqui.
Só Beacon Hill bota o Daniel Dantaas na cadeia por mais 20 anos.
Além dos dez que o De Sanctis lhe deu de presente.
Viva o Brasil, não é isso Dr Macabu !
Paulo Henrique Amorim
Como o livro do Amaury
bota o Cerra em cana
Logo ele, o único a que, de verdade, o Padim Pade Cerra dá ouvidos.
Os dois trocam receitas de veneno, nas conversas madrugada adentro.
É que o livro que vai levar o Cerra à PF Hilton tem esse título:
“A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Júnior, lançado pela Geração Editorial e a que a Carta Capital primeiro teve acesso.
O livro oferece ao Zé (vejam por que os amigos de Dantas chamam o Ministro da Justiça, carinhosamente, de Zé) Cardozo, e, portanto, à ex-Republicana Polícia federal, e ao brindeiro Roberto Gurgel, o guardião da sociedade, a oportunidade ímpar de botar o Cerra na cadeia.
Ele e o que o Amaury chama de “clã Serra”.
Vamos por partes.
O Amaury prova exaustivamente, já que tudo o que diz se acompanha de documentos:
- o genro de Cerra é um lavador de dinheiro e seus bens estão indisponíveis;
- a filha de Cerra é uma lavadora de dinheiro e violadora de sigilos fiscais e bancários; e, por isso, está indiciada num processo;
- Cerra e seu sócio e cunhado Preciado (o Fernando Rodrigues perdeu a oportunidade de entrar para a História do Jornalismo Investigativo …) fizeram uma tramóia com um terreno no Morumbi;
- seu cunhado e sócio Preciado operava o Banespa e, mesmo falido, comprou uma empresa na privatização;
- outro sócio de Cerra, o Rioli lavou dinheiro e operou uma empresa falida, a Calfat com dinheiro público; por isso, mereceu de Amaury o epíteto “Mandrake das privatizações”.
- Cerra escondeu da Justiça Eleitoral suas operações comerciais com Rioli e Preciado;
- Ricardo Sergio de Oliveira, chefe da tesouraria das campanhas do Cerra E DO FERNANDO HENRIQUE é um “manual da roubalheira”.
Ricardo Sergio, também chamado de “Mr. Big” fez de tudo:
- lavou dinheiro para a filha e o genro do Cerra;
- recebeu propina da Carlos Jereissati, sócio de Sergio Andrade na trampa da BrOi;
- ajudou a montar a trampa da privatização do Daniel Dantas – é aquele momento Péricles de Atenas do Governo Cerra/FHC: “se der m… estamos todos no mesmo barco”.
(Depois Jereissati, desinteressadamente, contribui para a campanha do Cerra com um valor infinitamente menor do que aparece no livro do Amaury. )
Ricardo Sergio foi apresentado ao Cerra pelo Clovis Carvalho, que o Fernando Henrique queria fazer Ministro da Fazenda do Itamar, quando saiu do Governo para ser candidato.
(Quem disse isso ao ansioso blogueiro foi o próprio Farol, dentro de um avião da ponte aérea Nova York – Washington.)
Um dia, no restaurante Massimo, quando este ansioso blogueiro frequentava o Massimo e falava com o Gaspari, o ansioso blogueiro contou que o Ricardo Sergio o processava.
Mr. Big foi um dos pioneiros nessa lista que enobrece o ansioso blogueiro – clique aqui para ler sobre as 41 ações que movem contra ele e, não perca !, a “Galeria de Honra Daniel Dantas”.
Gaspari disse assim: vou falar com o Cerra para acabar com isso.
(Quem acabou foi a Justiça. O advogado Manoel Alceu Affonso Ferreira, defensor deste ansioso blogueiro, botou o Ricardo Sérgio para correr.)
Tem a lavagem de dinheiro de diamantes, operação que contou com o brilho do Ricardo Sergio.
Ricardo Sergio foi quem criou o “business plan” – mostra o Amaury – para as operações subsequentes do banqueiro condenado, Daniel Dantas – e do genro e filha do Cerra.
Lá está, em todas as tintas, o doleiro Messer, que conhece a alma tucana ainda melhor do que o Ciro Gomes.
Ricardo Sergio aparece de corpo inteiro ao receber propina para privatizar a Vale.
A Vale, aquela que, segundo o Fernando Henrique, foi vendida a preço de banana a pedido do Cerra.
- Um último item deste roteiro para levar o Cerra ao PF Hilton seria acompanhar os documentos que o Amaury publica sobre suas relações com a empresa de arapongagem e montagem de dossiês, a Fence.
A Fence foi trabalhar para o Governo de São Paulo, jestão Cerra, sem licitação …).
A Fence, do “Dr. Escuta”, trabalha para ao Cerra desde os bons tempos do Marcelo Lunus Itagiba no Ministério da Saúde, onde a Roseana Sarney foi devidamente defenestrada da campanha presidencial de 2002.
A Fence voltou ao Governo de São Paulo, como Cerra, no âmbito da Prodesp, a empresa de processamento de dados (sigilosos, do Estado de São Paulo).
Um escárnio.
Ficou lá, a trabalhar para os altos desígnios eleitorais do Cerra, até que o Geraldo Alckmin rompesse o contrato.
Só a Fence e o “Dr Escuta” davam uns dez anos de cadeia ao Cerra (os mesmos dez que o corajoso Juiz Fausto De Sanctis outorgou ao banqueiro condenado).
Se o Zé Cardozo e o brindeiro Gurgel quiserem trabalhar …
Muita gente achava que, se os discos rígidos fossem abertos, a República parava por dois anos.
Foi por essas e outras que a Douta Ministra Ellen Gracie, em boa hora substituída, estabeleceu notável Sumula Vinculante, que rege muitas decisões pelo país afora: Dantas não é Dantas, mas Dantas.
Muita gente achou que a Satiagraha ia sacudir o coreto dos tucanos.
E vai mesmo.
A I e a II.
Por isso, foi um Deus-nos-acuda e teve quem chamou o Presidente “às falas”.
O Amaury tranquilizou todo mundo.
Deixa os discos rígidos, adormecidos, sob as doutas nádegas do Ministro Eros Grau, que os sequestrou do Juiz De Sanctis.
A Satiagraha I daqui a pouco ressuscita, apesar do Dr Macabu.
Mas, antes disso, as vísceras tucanos vieram à mostra.
Zé e brindeiro: ao trabalho !
Paulo Henrique Amorim
Como o livro do Amaury
leva o FHC para a cadeia
Como diz o Amaury Ribeiro Junior, no “Epílogo” de “A Privataria Tucana”:
No México, o presidente Carlos Salinas de Gortari, santo padroeiro das privatizações (ele entregou o México ao Slim) fugiu para Nova York num jatinho.
O presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez Lozada, que entregou até a água do país, fugiu para Miami aos gritos de “ assassino !”.
Fujimori, o campeão das privatizações peruanas, admitiu pagar propinas ou “briberization” – expressão do Joseph Stiglitz, que o Amaury gosta de usar – no valor de US$ 15 milhões.
Na Argentina, ninguém, mais fala “Menem”.
Quando é para se referir ao herói da privatização argentina, “el saqueo”, o presidente Carlos Menem, se diz “Mendéz”, para não dar azar.
Menem fugiu para o Chile atrás de uma starlet e voltou para a Argentina munido de um mandato de Senador, para não ir em cana.
Aqui, levam o Fernando Henrique a sério.
Cerra, Ministro do Planejamento, e o Farol de Alexandria presidiram à maior roubalheira das privatizações latino-americanas.
Não há o que se compare !
O Daniel Dantas lavou e deslavou dinheiro.
O Carlos Jereissati e Sergio Andrade compraram a Telemar com ajuda de uma “briberization” ao Ricardo Sérgio.
A Vale também teve “briberization”, ofertada ao mesmo chefe da Tesouraria das campanhas de Cerra e Fernando Henrique.
O Ricardo Sergio lavou, deslavou, cuidou da filha do Cerra e do genro do Cerra.
O Farol de Alexandria entra no diálogo com o André Lara Rezende a tramar um lance da privatização.
Entre o Ministério das Comunicações e o BNDES entrava consorcio por uma porta, saía outro pela outra, entrava a Previ por um lado, o dinheiro do Banco Brasil por outro, a Elena saía por uma porta, o Arida entrava pela outra – tudo no limite da “irresponsabilidade !”.
“Se der m …”
Com o Amaury, deu, amigo navegante !
Deu “m…”
Roubaram em todos os tempos e modos, diria o Vieira.
Segundo o Aloysio Biondi, que analisou o papel das “moedas podres” e dos empréstimos do Mendonção no BNDES, O BRASIL DO FHC E DO CERRA PAGOU, PAGOU PARA VENDER AS EMPRESAS ESTATAIS.
O Amaury cita o Bresser Pereira: “só um bobo dá a estrangeiros serviços públicos como as telefonias fixas e móveis”.
“Um bobo ou esperto”, ponderou o Amaury.
Espertíssimo !
O Delfim costuma dizer que o Cerra e o FHC “venderam o patrimônio e endividaram o país !”.
Dois jenios !
E espertos !
(Para dizer pouco !, não é isso Rioli, Preciado ?)
E o FHC com isso ?
Nada ?
Presidiu a roubalheira e não vai parar na Justiça ?
Todo mundo roubava e ele ali, a ler Max Weber …
A roubalheira no primeiro andar e ele na cobertura a tomar vinho francês.
O Fujimori na cadeia, o Sanchez Lozada em Miami, o Salinas escondido num bunker na cidade do México, o Mendéz refugiado no Senado, e o Farol de Alexandria no Roda Morta e a pregar a Moralidade !
Como é que é Zé (clique aqui para ler como os amigos do Dantas se referem ao Zé, com carinho e afeto) ?
E o brindeiro Gurgel: vai encarar o FHC ?
Ele não sabia de nada, brindeiro ?
O pau comia solto lá embaixo e ele ouvia Wagner !
Viva o Brasil !
(Só o Visconti …)
Paulo Henrique Amorim