Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, janeiro 28, 2012

jurista Walter Maierovitch conversa com Heródoto Barbeiro e Andrea Beron sobre a reintegração de posse no Pinheirinho em São José dos Campos (SP).


r7

Ahmadinejad: Israel não estará a salvo, se a Siria sofrer uma agressão externa

do Somos Todos Palestinos
Teerãn
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, destacou que Israel não estará a salvo, se a Síria sofrer qualquer agressão externa.
Ahmadinejad em um discurso pronunciado na província de Kerman,insistiu que aos Estados Unidos buscam golpear a Síria, porque a consideram como um obstáculo frente ao projeto estadunidense e sionista na região, todavia os povos do Oriente estão conscientes e Israel não estará imune ao perigo, se a Síria for golpeada.
Da mesma forma, denunciou que o governo dos EE.UU. divulgam propagandas falsas a fim de lograr seus objetivos na região, e  apoiam alguns dos países da região, sempre e quando estes países sirvam às políticas expansionistas dos EE.UU., afirmando que todos estes métodos fracassarão, porque os Estados Unidos não podem mudar a situação da região a favor de seus interesses.
Yamil Kassawat 

“O que posso dizer é que os judeus que vivem nos países árabes e no Iran, vivem melhor do que os judeus que vivem em Israel”

De um judeu israelense
Recebo a visita de um leitor “judeu israelense”.
As aspas são para ressaltar que a expressão é dele mesmo.
Muito simpático e falante está no Brasil em visita a parentes, meus amigos e leitores do blog.
Trazia alguns exemplares da Folha de S.Paulo, Estadão, O Globo e Revista Veja.
Queria saber qual era a minha opinião sobre “esse tipo de mídia”.
Ele nem esperou a resposta e foi logo dizendo que jamais vira um comportamento tão unânime da mídia.
-São mais radicais que a mídia israelense em relação à Questão Palestina, falou. Essa mídia me lembra o comportamento da mídia nazista durante a perseguição aos judeus.
Me perguntou se os jornalistas brasileiros aprendem História na escola ou se cursam faculdade.
Digo que não adianta perder tempo com os jornalistas porque escrevem o que escrevem não por falta de conhecimento, mas por medo de perder o emprego.
E também porque alguns são ideologicamente nazistas ou simpatizantes.
A conversa durou algumas horas. Tratamos do sionismo, do fundamentalismo cristão que aos poucos vai se alastrando pelos Estados Unidos e Ocidente, do Iran, das divergências entre sunitas e xiitas, da enganosa “Primavera Árabe” e, claro, da Síria, onde vivem alguns parentes seus.
-Até agora não tiveram problemas, ele disse, mas se Israel ou os Estados Unidos invadirem o país, ninguém vai estar salvo.
E finalizou a nossa conversa.
-O que posso dizer é que os judeus que vivem nos países árabes e no Iran, vivem melhor do que os judeus que vivem em Israel.
Veja bem que eu disso os judeus e não os sionistas.
 *GilsonSampaio

sexta-feira, janeiro 27, 2012


Tucanos/SP: casa é boa. Pobre é que estraga



Saiu no R7 artigo de Ricardo Kotscho:

CDHU: casa é boa, pobre é que estraga


O sonho da casa própria está virando um pesadelo para as famílias do conjunto habitacional Paulo Gomes Romeo, em Ribeirão Preto, interior paulista. As cerca de 200 casas populares,  entregues pelo governador Geraldo Alckmin em dezembro, apresentam variadas falhas de construção, mas mesmo assim foram ocupadas pelos moradores contemplados.


Após receber muitas queixas, o diretor regional da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), Milton Vieira de Souza Leite, foi fazer uma inspeção na manhã de quinta-feira para ver o que estava acontecendo. E chegou a uma inacreditável conclusão: as casas são boas, os pobres que foram morar nelas é que estão estragando tudo.


“A gente conhece o nível de educação dos moradores. O pessoal veio da favela. Não está acostumado a viver em casa”, afirmou o sábio, em entrevista gravada pela repórter Gabriela Yamada e publicada na Folha desta sexta-feira.


E disse mais: “Você não consegue mudar a educação delas somente mudando de local”. Para ele, seria necessário um trabalho social a longo prazo para ensiná-las a morar numa casa.


Entre outras barbaridades, Souza Leite insinuou que, além de ignorantes, os moradores são tarados e vagabundos.


Ao falar do caso de uma moradora que reclamou da pia da cozinha ter caído ao colocar sobre ela uma cesta básica, resolveu fazer graça, como relata a repórter:


“O que ela foi comer era outra coisa, disse, insinuando que a pia caiu durante uma relação sexual. Mais adiante, ao encontrar moradores dormindo, saiu-se com essa: Você viu? Não sei se eles estavam dormindo porque trabalharam à noite ou porque continuam sem fazer nada”.


O dirigente da CDHU também responsabilizou os moradores pelas fissuras encontradas em volta de portas e janelas: “As portas são fixas com bucha. A camada de revestimento é muito pequena, e a forma como vai batendo a porta, em uso comum, vai provocar uma fissura”.


Ao final da inspeção, Souza Leite procurou tranquilizar os moradores, garantindo que as casas do recém-inaugurado conjunto Paulo Gomes Romeo não correm risco de desabar. Menos mal.


Até o momento em que escrevo este texto, não há notícias de que o diretor regional Milton Vieira de Souza Leite tenha sido demitido do cargo.


Uma coisa é certa: os últimos acontecimentos em São Paulo estão mostrando que não se trata de eventuais acidentes de percurso de uma administração pública, mas de um método. A culpa é sempre dos pobres.


A política “policial-higienista”, que já “limpou” as áreas da Cracolândia e do Pinheirinho, agora encontrou os responsáveis pelas casas populares com defeito: os seus moradores. Espera-se que a PM não seja chamada para resolver o problema.

*PHA


Dilma espinafra
ideologia de FHC



Foi no Fórum Social de Porto Alegre.

A Presidenta preferiu não ir a Davos.

Para quem leva a sério os salamaleques e as piruetas da boa educação, quando se trata de assunto sério, a Presidenta traça uma linha no  chão e mostra: Cerra e FHC, que aplicaram ao Brasil a ideologia e o preconceito social embutidos no neolibelismo (*) estão do outro lado.
*PHA

Reintegração de Posse

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGarRa_sui5SBy9uAVDAfkjlUl5LFL8PcNdHPmLaoGl6ca1ZtUwkhjGukoMwikCtLbPMu6W2LI-156Ne4cjDx3EocE1FG0xlEa0MvI3J3uRqFwtAkw9jyFhRyynnuBokJBFnZCT9KvgpPq/s1600/reintegracao.jpg
*comtextolivre

Vale é eleita a pior empresa do mundo

Via MST
Após 21 dias de acirrada disputa, a mineradora brasileira Vale foi eleita, nesta quinta, 26, a pior corporação do mundo no Public Eye Awards, conhecido como o “Nobel” da vergonha corporativa mundial. Criado em 2000, o Public Eye é concedido anualmente à empresa vencedora, escolhida por voto popular em função de problemas ambientais, sociais e trabalhistas, durante o Fórum Econômico Mundial, na cidade suíça de Davos.
Este ano, a Vale concorreu com as empresas Barclays, Freeport, Samsung, Syngenta e  Tepco. Nos últimos dias da votação, a Vale e a japonesa Tepco, responsável pelo desastre nuclear de Fukushima, se revesaram no primeiro lugar da disputa, vencida com 25.041 votos pela mineradora brasileira.
De acordo com as entidades que indicaram a Vale para o Public Eye Award 2012 – a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale (International Network of People Affected by Vale), representada pela organização brasileira Rede Justiça nos Trilhos, e as ONGs Amazon Watch e International Rivers, parceiras do Movimento Xingu Vivo para Sempre, que luta contra a usina de Belo Monte -, o fato de a Vale ser uma multinacional presente em 38 países e com impactos espalhados pelo mundo, ampliou o número de votantes.
Já para os organizadores do prêmio, Greenpeace Suíça e Declaração de Berna, a entrada da empresa, em meados de 2010, no Consórcio Norte Energia SA, empreendimento responsável pela construção de Belo Monte, foi um fator determinante para a sua inclusão na lista das seis finalistas do Public Eye deste ano.
A vitória da Vale foi comemorada no Brasil por dezenas de organizações que atuam em regiões afetadas pela Vale. “Para as milhares de pessoas, no Brasil e no mundo, que sofrem com os desmandos desta multinacional, que foram desalojadas, perderam casas e terras, que tiveram amigos e parentes mortos nos trilhos da ferrovia Carajás, que sofreram perseguição política, que foram ameaçadas por capangas e pistoleiros, que ficaram doentes, tiveram filhos e filhas explorados/as, foram demitidas, sofrem com péssimas condições de trabalho e remuneração, e tantos outros impactos, conceder à Vale o titulo de pior corporação do mundo é muito mais que vencer um premio. É a chance de expor aos olhos do planeta seus sofrimentos, e trazer centenas de novos atores e forças para a luta pelos seus direitos e contra os desmandos cometidos pela empresa”, afirmaram as entidades que encabeçaram a campanha contra a mineradora. Em um hotsite criado para divulgar a candidatura da Vale, forma listados alguns dos principais problemas de empreendimentos da empresa no Brasil e no exterior.
Coletiva
No Brasil, as entidade Rede Justiça nos Trilhos, Núcleo Amigos da Terra Brasil, International Rivers e MST farão uma coletiva de imprensa sobre o premio nesta sexta, 27, ás 12:00 h, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre.
Já em Davos, Suíça, também ao meio dia (horário local), os organizadores do Public Eye, Declaração de Berna e Greenpeace Suíça, farão a entrega do premio durante uma coletiva no Fórum Econômico Mundial, que contará com a presença do economista americano e vencedor do Premio Nobel, Joseph Stiglitz.
*Gilsonsampaio

O “desinteressado apoio” de Soninha Francine ao PSDB


Soninha Francine publicou (clique aqui) mais uma de suas tradicionais imbecilidades, ao classificar os ex-moradores do Pinheirinho como “criminosos e aproveitadores”. Não é de hoje que todos conhecem o aguerrimento com o qual a moça defende, com unhas e dentes (mais dentes), o PSDB (especialmente José Serra, mas, com a imbecilidade de hoje, Geraldo Alckmin).

Pois bem. Consulta simples e rápida no Portal da Transparência do governo de São Paulo faz com que notemos que todo esse apoio é absolutamente desinteressado, lastreado unicamente em convicções ideológicas e no conteúdo programático tucano.

Observe:

1. Nome: Neide Ferreira Gaspar.
Parentesco com Soninha Francine: mãe.
Cargo: Assistente Técnico de Gabinete I
Órgão: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Vínculo: cargo em comissão (livre nomeação, sem concurso público)
Vencimentos mensais: R$3.388,00
2. Nome: Sarah Marmo Azzari.
Parentesco com Soninha Francine: filha.
Cargo: Diretor I
Órgão: Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo
Vínculo: cargo em comissão (livre nomeação, sem concurso público)
Vencimentos mensais: R$3.061,90
3. Nome: Rachel Marmo Azzari Domenichelli.
Parentesco com Soninha Francine: filha.
Cargo: Assistente Técnico Coordenador
Órgão: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
Vínculo: cargo em comissão (livre nomeação, sem concurso público)
Vencimentos mensais: R$5.570,77
P.S.: Os vencimentos informados são os que constam do Portal Transparência, não sendo improvável que a remuneração efetiva seja “vitaminada” com diárias e afins.
*limpinhoecheiroso

Dilma:“Desenvolvimento será associado à sustentabilidade”

Durante toda a quinta-feira (26), a presidenta Dilma Rousseff cumpriu agenda oficial no Rio Grande do Sul. Nas participações do Fórum Social Temático 2012, Dilma teve um grande diálogo com os movimentos sociais e participantes do fórum, no Ginásio Gigantinho.

 
Ela defendeu a visão do seu governo sobre sustentabilidade e disse qual está sendo a postura do Brasil em relação ao tema no cenário internacional.

*Oterrordonordeste

Dilma: "Pinheirinho é barbárie"

André Barrocal 
A presidenta Dilma Rousseff classificou de “barbárie” a operação de despejo de 1,6 mil famílias sem teto da área do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), no último domingo (22). Dilma comentou o episódio nesta quinta-feira (26) em reunião com cerca de 90 representantes do comitê internacional do Fórum Social Mundial, em um hotel na capital gaúcha.
A presidenta foi provocada a tocar no assunto pelo empresário Oded Grajew, ex-presidente do Instituto Ethos de Responsabilidade Social, segundo relato feito à reportagem por uma pessoa presente à reunião. O empresário entregou a Dilma um documento sobre direito à moradia escrito por entidades populares que atuam na área.
Em resposta, a presidenta criticou duramente o que aconteceu, embora, segundo este participante, não tenha culpado ninguém especificamente. “Pinheirinho é barbárie”, disse a presidenta de acordo com relato de um outro participante da reunião.
Segundo Dilma, o governo federal foi surpreendido, pois participava de negociações para um desfecho amigável e em nenhum momento a hipótese de despejo teria sido colocada concretamente – as outras autoridades na mesa de negociação eram de São Paulo e São José dos Campos.
A presidenta teria dito, porém, apesar de discordar do que ocorreu, o governo federal não tem muito o que fazer, pois respeita as demais autoridades – no caso, o governo de São Paulo e a prefeitura de São José dos Campos, ambos comandados pelo PSDB, e a Justiça paulista.
Na véspera, depois de participar de uma atividade no Fórum Social Temático, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, tinha adotado a mesma posição de Dilma. Demarcou a posição diferenciada do governo federal, mas dizendo que se deve respeita as instituições paulistas. “Nós da área dos direitos humanos somos naturalmente a favor de soluções pactuadas”, afirmou a ministra. “O governo federal ainda está aberto a negociar.”

*esquerdopata