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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, julho 31, 2012

Algumas questões sobre o orgasmo


*nassif

DIRETOR DA REVISTA VEJA DEVERÁ DEPOR NA CPMI DO CACHOEIRA APÓS JUIZ DENUNCIAR TENTATIVA DE CHANTAGEM DE ANDRESSA MENDONÇA

CPMI do Cachoeira convocará jornalista da Veja para depor

Najla Passos – Carta Maior
Policarpo Jr deverá depor na CPMI do Cachoeira
Brasília – O diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, o jornalista Policarpo Junior, será convocado para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) que investiga os crimes cometidos pela organização criminosa chefiada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. “Com os acontecimentos de hoje, está colocada a relação do jornalista com a organização criminosa. Já iremos discutir a convocação na primeira reunião da CPMI”, afirmou à Carta Maior o vice-presidente da Comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Nesta segunda (30), a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, foi detida sob a acusação de tentar chantagear o juiz da 11ª Vara Federal de Goiânia, Alderico Rocha Santos, com base em dossiê produzido por Policarpo Junior, no qual o magistrado apareceria ao lado de políticos e empresários. O juiz relatou a chantagem ao Ministério Público Federal (MPF), que pediu a prisão da mulher do contraventor. Andressa foi detida pela Polícia Federal (PF) e liberada após firmar compromisso de pagar fiança.
“Isso demonstra que esta organização criminosa está ativa, buscando corromper e constranger autoridades públicas. E que Andressa não é apenas esposa de Cachoeira, mas um membro atuante desta quadrilha, que precisa ser desarticulada”, disse o vice-presidente da CPMI. Segundo ele, a acusada está convocada para depor na CPMI no dia 7. Já Policarpo, ainda terá data agendada.
Indústria de dossiês
Desde o início dos trabalhos da CPMI do Cachoeira, são muitas as denúncias que indicam relações entre a revista Veja e a organização criminosa, que seriam intermediadas por Policarpo. (Carta Maior)
*Educaçãopolítica

Charge do Dia

Chavez sobre a Venezuela no Mercosul: “nosso norte é o sul”

“Nosso norte é o sul. Estamos onde deveríamos estar sempre”, disse o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, ao final da Cúpula Extraordinária do Mercosul, nesta terça-feira (31), em Brasília, que oficializou o ingresso do país no bloco econômico. A presidenta brasileira e “pro tempore” do Mercosul, Dilma Rousseff, destacou que “o Mercosul deve permanecer como parte importante do nosso desenvolvimento. O mercado regional se torna mais precioso diante da crise econômica mundial”.

Após duas horas de reunião no Palácio do Planalto, os quatro presidentes sulamericanos fizeram uma declaração à imprensa, enfatizando a importância e necessidade da integração entre os países da América Latina para o desenvolvimento da região com inclusão social e distribuição de renda.

Além de Chavez e Dilma, falaram o presidente do Uruguai, José Mujica e a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner.

A presidenta Dilma Rousseff - a primeira a falar – fez uma avaliação do ponto de vista econômico da participação da Venezuela no bloco, que transforma os quatro países integrantes a quinta maior economia do mundo. O presidente Chavez, citando o líder Simon Bolívar, enfatizou a importância política da união entre os países da região.

Essa nova etapa do Mercosul, ampliada com o ingresso da Venezuela, que estende o bloco da Patagônica ao Caribe, consolida a região como potência energética e alimentar, destacou a presidenta Dilma. “A Venezuela amplia as potencialidades do bloco. Agora há espaço ainda maior para crescimento do comércio, dos investimentos e integração das cadeias produtivas entre as nossas nações”, convidando os setores industriais a participarem dessa fase de crescimento econômico.

Ela também falou sobre o trabalho que deve ser feito pelos governos dos quatro países: “Do ponto de vista dos governos, há importante trabalho técnico a ser feito”, disse, anunciando a primeira rodada de trabalhos técnicos no final de agosto e a próxima reunião de cúpula em dezembro.

Entre as decisões importantes adotadas pelo Mercosul, Dilma Rousseff destacou o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem) como a experiência mais bem sucedida para reduzir as assimetrias e promover desenvolvimento equilibrado.

E anunciou que, com a Presidência Pro Tempore, o Brasil vai se esforçar para garantir volume significativo de crédito é importante para garantir esse desenvolvimento. “Vamos buscar todos os mecanismos de crédito, dentro e fora do Mercosul”, afirmou.

O Mercosul deve permanecer como parte importante do nosso desenvolvimento para fazer face ao grave quadro de economia internacional. O patrimônio que acumulamos no mercado regional se torna mais precioso. A Venezuela amplia as capacidades internas, reforça os recursos e abre oportunidades a vários empreendimentos, avaliou a presidenta.

Sem retaliações ao Paraguai

Sobre o Paraguai, assunto debatido na reunião, a presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil, assim como demais países , apresentaram posição clara sobre compromisso inequívoco com a democracia e que o Mercosul e a Unasul agem de forma coordenada para preservar e fortalecer a democracia na nossa região.

E disse ainda que “não somos favoráveis a retaliações econômica s que possam causar prejuízo os povo paraguaio. Mantivemos nossos projetos com recursos do Focem”, avisou, manifestando interesse que o Paraguai normalize a situação interna para reaver sua posição dentro do Mercosul.

Formando a história

Chavez falou em seguida, de pé, cumprimentou a todos e disse que existem eventos que vão formando a história viva. Segundo ele, o evento de hoje tem semelhança com as eleições de Luis Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil, Nestor Kischner como presidente da Argentina e Tabaré Vasquéz no Uruguai. E atrás desses políticos, Chavez destacou “esse imenso povo, que é um só povo”.

A partir de hoje entramos em um novo período de aceleração da história que estamos construindo. Com mudanças profundas nesses anos que teremos pela frente. Os eventos futuros serão maiores do que o que presenciamos, afirmou Chavez. E, parodiando Bolívar, disse: “Esse é o nosso lugar na história. Dentro dessa grande pátria (a América Latina), tendo o Mercosul como um grande motor: onde eu estou, eu estou completo, a Venezuela chega plenamente, com toda nossa força, todo nosso desejo”.

Dívida social

O presidente do Uruguai também falou. Mujica destacou “a imensa dívida social que temos nessa terra, que é rico, mas é o mais injusto. Esse é o preço que pagamos ao longo da história, porque perdemos tempo demais olhando para o mundo rico sem olhar para nós. A nossa forma de vida ignorava os vizinhos, deixando de lado os aborígenes, analfabetos e pobres. Estamos tentando refazer nossa história”.

Ele, a exemplo do Chavez, destacou os novos tempos em que “o mundo rico está em crise e nós, pobres de nós, estamos nos saindo bastante bem”. E, concordando com a presidenta Dilma, disse que temos desafio imenso para vencer os interesses de classe e a trazer a grande maioria para esse debate e para que participem da construção da história do futuro, “que deve ser escrita pelos nossos exércitos de reserva, os que foram esquecidos, considerados causa perdida, mas que deve ser o centro da nossa causa – essa multidão anônima”.

Fim da solidão

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner , foi a última a falar. Ela ressaltou as palavras de Chávez, dizendo que com a chegada de Lula e Kirchner ao poder, surgiram os projetos nacionais, sociais e democráticos. E ressaltou ainda que “é preciso criar um meio para que seja indestrutível esse novo modo de governo. Não estamos falando só de política econômica, mas da luta pelo poder”, observou.

“Nós representamos essa força social, essa força histórica dos nossos povos que se juntam para por fim a solidão, porque nós nos encontramos”, concluiu.

Sobre a crise econômica, a presidenta argentina observou que os países desenvolvidos podem ficar tranquilos porque “Brasil, Argentina e Uruguai vamos continuar garantindo a soberania alimentar a esses países”, acrescentando que “o mundo está assim por causa da insegurança que eles geraram nos grandes centros financeiros, com paraísos fiscais onde estão mais de 400 bilhões de dólares, muitos vindos de nossas próprias economias”.

Fundado em 1991, o Mercosul estimula as relações comerciais entre os quatro países (Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil). Com a entrada da Venezuela, o bloco econômico reunirá 270 milhões de habitantes ou 60% da população do continente sulamericano e R$ 3,3 trilhões ou 83% do PIB (Produto Interno Bruto) da região.

De Brasília
Márcia Xavier
Colaborou Vanessa Silva
*Tudoemcima

Comunicado Conjunto Presidencial: Novo Paradigma para a Relação Brasil-Uruguai

A Presidenta da República Federativa do Brasil, Dilma Rousseff, e o Presidente da República Oriental do Uruguai, José Alberto Mujica Cordano, mantiveram reunião, no dia 31 de julho de 2012, em Brasília, para dar seguimento aos temas tratados durante a visita do Presidente Mujica a Brasília, no dia 19 de abril passado. Os Presidentes decidiram criar um novo paradigma para a relação bilateral que deverá traduzir-se em um plano de ação para o desenvolvimento sustentável e a integração Brasil-Uruguai.
1. A Presidenta Dilma Rousseff e o Presidente José Mujica concordaram que os desafios no campo das relações econômicas e políticas internacionais requerem novo ímpeto ao processo de integração, de modo a aumentar a capacidade dos países da região na promoção do desenvolvimento econômico e social, com redução da pobreza e melhoria da qualidade de vida para toda a população. Os Presidentes reconheceram que a integração entre Brasil e Uruguai constitui importante instrumento para enfrentar com êxito esses desafios.
2. Os Presidentes notaram que a convergência de interesses e valores entre as sociedades de seus países representa oportunidade histórica para inaugurar um novo paradigma para o relacionamento bilateral, baseado na construção de um projeto comum de integração profunda entre os dois países, capaz de conferir dimensão concreta às aspirações e aos objetivos consagradas no Tratado de Assunção de 1991, em particular no que diz respeito ao compromisso com a livre circulação de bens, serviços e pessoas. Os Presidentes decidiram empenhar seus melhores esforços e de seus Governos para avançar rapidamente na efetiva realização desses princípios, com a consciência de que a integração Brasil-Uruguai tem a potencialidade de representar exemplo paradigmático de um processo de integração profunda e abrangente.
3. Os Presidentes decidiram que a nova etapa do relacionamento bilateral, ancorada no entendimento político e na histórica amizade entre brasileiros e uruguaios, deverá ser marcada pela intensificação de iniciativas e projetos concretos de cooperação e associação entre atores públicos e privados em áreas estratégicas, com ênfase na busca conjunta do aumento da eficiência e da competitividade sistêmica das respectivas economias, no crescimento com distribuição de renda e na ampliação de oportunidades para todos os brasileiros e uruguaios.

Grupo de Alto Nível e Plano de Ação para o Desenvolvimento Sustentável e a Integração


4. Nesse sentido, os Presidentes determinaram a criação de um “Grupo de Alto Nível Brasil-Uruguai (GAN)” encarregado de consolidar um “Plano de Ação para o Desenvolvimento Sustentável e a Integração Brasil-Uruguai” (Plano de Ação) englobando as áreas prioritárias para o aprofundamento da integração bilateral, em particular: (a) integração produtiva, (b) ciência, tecnologia e inovação, (c) comunicação e informação, (d) integração da infraestrutura de transportes, (e) livre circulação de bens e serviços, e (f) livre circulação de pessoas. Os Presidentes determinaram que o GAN iniciará suas atividades imediatamente.
5. Com relação à integração energética, os Presidentes congratularam-se pelos significativos avanços alcançados e ratificaram a moldura institucional existente para as discussões acerca da integração plena dos sistemas eletro-energéticos de ambos os países. Instruíram as áreas competentes de ambos os Governos a prosseguir o diálogo em curso com vistas à consolidação de proposta de integração dos sistemas eletro-energéticos a ser incorporada em um tratado bilateral sobre a matéria, incluindo aspectos de operação, comercialização, regulação e planejamento da expansão do sistema. Nesse contexto, os Presidentes reconheceram a importância da construção da linha de transmissão de 500 kV entre San Carlos (Uruguai) e Candiota (Brasil), a ser concluída em 2013, abrindo novas possibilidades para o intercâmbio estruturante de energia elétrica em benefício da segurança energética dos dois países. Os Presidentes tomaram nota, com satisfação, da associação entre a Eletrobrás e a UTE para a eventual construção de parque eólico no Uruguai.
6. Com relação às tarefas específicas do GAN e ao escopo do Plano de Ação, a Presidenta Dilma Rousseff e o Presidente José Mujica decidiram que:
6.1. O GAN poderá criar subgrupos para cada uma das áreas prioritárias, identificando pontos focais responsáveis, em ambos os governos, para a consolidação do plano de ação em sua respectiva área de atuação. Os subgrupos serão co-presididos por um funcionário brasileiro e um uruguaio de alta hierarquia. Poderão integrar o GAN e seus subgrupos Ministérios, órgãos públicos, empresas públicas, sociedades de economia mista, institutos de pesquisa e representantes do setor privado, a critério dos respectivos Governos.
6.2. Os subgrupos poderão reunir-se de forma independente, de acordo com a disponibilidade de seus membros, com prazo de 60 dias para apresentar proposta para o plano de ação em sua respectiva área de atuação.
6.3. As respectivas Chancelarias consolidarão as contribuições dos subgrupos em um documento único e, no prazo de 90 dias, convocarão a primeira reunião plenária do GAN para que os co-presidentes de cada subgrupo apresentem suas propostas e seja aprovada a primeira versão do plano de ação, que poderá sofrer atualizações por ocasião das reuniões subseqüentes do GAN.
6.4. O plano de ação deverá prever, para cada projeto ou iniciativa, objetivos gerais e específicos, divisão clara de tarefas e responsabilidades, com a identificação de pontos focais em ambos os Governos, e prazos para a realização de atividades e concretização dos objetivos. Cada subgrupo deverá adotar calendário de reuniões de acordo com a necessidade e o GAN fará reuniões plenárias semestrais com os co-presidentes dos subgrupos para garantir seguimento adequado e consolidar informe regular aos Presidentes.
6.5. O prazo para a realização de um primeiro balanço geral dos resultados alcançados com o Plano de Ação com vistas a assegurar avanços concretos nos objetivos gerais e específicos definidos pelos dois países será dezembro de 2012.
6.6. O Plano de Ação não abrangerá todos os projetos inscritos na agenda bilateral, mas apenas aqueles de grande envergadura ou emblemáticos do novo paradigma de integração profunda que se pretende assegurar ao relacionamento bilateral.

Projetos estratégicos para uma integração profunda


7. No tocante aos projetos e iniciativas que devem constar do Plano de Ação, a Presidenta Dilma Rousseff e o Presidente José Mujica ressaltaram os seguintes:
7.1. Integração produtiva – identificação de oportunidades de complementação industrial na cadeia produtiva do petróleo e gás, na construção naval, em energia eólica e em biotecnologia; cooperação entre órgãos responsáveis pelos padrões de qualidade e certificação de conformidade com vistas a harmonizar regras e procedimentos, facilitando a integração produtiva e as trocas comerciais;
7.2. Ciência, Tecnologia e Inovação – implementação da plataforma de “e-learning” para formação de recursos humanos em tecnologias de informação e da comunicação, e do Centro Binacional de Tecnologias da Informação e da Comunicação no Uruguai; interconexão de redes acadêmicas e uso em telemedicina, por meio de parceria entre a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), ANTEL e Telebrás; formalização da integração do Uruguai ao Centro Brasil-Argentina de Biotecnologia (CBAB), a qual já está em fase operacional; fortalecimento da cooperação da EMBRAPA com órgãos congêneres uruguaios na área de inovação agropecuária.
7.3. Comunicação e Informação – aprofundamento da cooperação nos diversos aspectos relacionados à implementação da TV Digital; estabelecimento de mecanismos para o desenvolvimento da radiodifusão pública na região; desenvolvimento de arranjos produtivos locais visando a produção de conteúdos digitais criativos; intercâmbio em projetos de inclusão digital, na área de formação para o uso e desenvolvimento das TICs e na implantação de Cidades Digitais; e avanço na parceria entre a ANTEL e a Telebrás para interconexão de redes e atendimento de áreas de fronteira.
7.4. Integração da Infra-Estrutura de Transportes – intensificação dos esforços para a concretização, no prazo mais breve possível, dos projetos prioritários da área de transportes: nova ponte sobre o Rio Jaguarão, reforma da Ponte Internacional Barão de Mauá, retomada da interconexão ferroviária por Rivera-Santana do Livramento, e implantação da Hidrovia Uruguai-Brasil.
7.5. Livre Circulação de Bens e Serviços – fortalecer os mecanismos de consulta e de facilitação do comércio bilateral; acordar procedimentos que possibilitem o reconhecimento dos sistemas nacionais de controle, inspeção e certificação, assim como a equivalência de medidas sanitárias e fitossanitárias; acordar procedimentos que possibilitem o reconhecimento mútuo entre os organismos de avaliação da conformidade. O Uruguai apresentou um conjunto de propostas sobre o tema que serão analisadas no âmbito do Subgrupo de livre circulação de bens e serviços. Os Presidentes congratularam-se pela conclusão das negociações do Acordo sobre Troca de Informações Tributárias, bem como pelo compromisso de concluir, no prazo de até dois anos após a entrada em vigor do referido Acordo, de um Tratado para Evitar a Dupla Tributação da Renda e do Patrimônio.
7.6. Livre circulação de pessoas – os Presidentes tomaram nota da existência do Grupo de Trabalho Ad Hoc sobre Livre Circulação de Pessoas entre Brasil e Uruguai e instruíram o Grupo a seguir avançando na implementação de procedimentos que facilitem o trânsito de seus nacionais entre os dois países e que fortaleçam os laços de integração que os une.
O Presidente José Alberto Mujica Cordano agradeceu, em seu nome e no de sua Comitiva, as gentilezas e manifestações de apreço e amizade recebidas do Governo e do povo brasileiros durante a sua visita ao Brasil.
Brasília, 31 de julho de 2012.
*comtextolivre

Mercosul terá maior dimensão geopolítica com a adesão da Venezuela, afirma Dilma


Venezuela oficialmente no Mercosul



E o choro dos ignorantes...

Porta-vozes da editora, que enxergaram democracia no Paraguai, criticam suposta manobra que abriu as portas aos venezuelanos; para Reinaldo Azevedo, Dilma “chuta a democracia”; segundo Augusto Nunes, presidente faria parte do grupo dos “três patetas do Mercosul”; linguagem radical lembra Guerra Fria

Chávez diz que Venezuela no Mercosul vai gerar mais de 240 mil empregos

 

Via Correio Braziliense
Agência Brasil
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, já está a caminho de Brasília. Antes de deixar Caracas, no começo da tarde desta segunda-feira (30/7), ele concedeu uma longa entrevista coletiva. Chávez disse que a incorporação da Venezuela ao Mecosul coloca o país na “perspectiva histórica exata”.
Entusiasmado com a oficialização nesta terça-feira (31/7), em Brasília, do ingresso da Venezuela no bloco, Chávez disse que a incorporação vai gerar 240 mil empregos. Segundo ele, até dezembro será criado um fundo de US$ 500 milhões para conceder empréstimos a empresas públicas e privadas venezuelanas, o que estimulará a produção.
No aeroporto de Caracas, o presidente convidou os empresários venezuelanos para participar da comissão presidencial para entrada do país no Mercosul. O grupo é formado pelos ministros Nicolás Maduro, das Relações Exteriores, Rafael Ramirez, do Petróleo e Mineração, Ricardo Melendez, das Indústrias, Jorge Arreaza, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e Edmée Betancourt, do Comércio.
Para Chávez, o Mercosul é a oportunidade para os pequenos e médios produtores exportarem para os países da região. "O Mercado Comum do Sul é bom para a classe média, agricultores, camponeses e trabalhadores em geral, porque os produtos locais podem ser exportados para os países do bloco”, ressaltou.
*GilsonSampaio

Chávez é recebido por Dilma no Planalto e anuncia a compra de seis aeronaves da Embraer

Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de assinatura de atos com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez,
no Palácio do Planalto.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A Venezuela firmou hoje (31) um contrato com a Embraer para a compra de 6 aviões modelo E-190 no valor de US$ 270 milhões. O contrato entre a estatal venezuelana Conviasa e a Embraer prevê a opção para a compra de mais 14 aeronaves, podendo alcançar um total de US$ 900 milhões. As primeiras aeronaves serão entregues no final deste ano.
Hugo Chávez, juntamente com os presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Argentina, Cristina Kirchner, participará da Cúpula Extraordinária do Mercosul, que oficializará o ingresso da Venezuela no bloco como membro pleno.