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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, outubro 08, 2012


8 de outubro de 2012: 45 anos do assassinato de Che Guevara, anúncio de mais uma vitória eleitoral de Hugo Chávez

 

 

PRIVATARIA TUCANA, LIVRO DE AMAURY RIBEIRO JR, PODE SER CABO ELEITORAL DE FERNANDO HADDAD NO SEGUNDO TURNO EM SÃO PAULO

Pouco explorado pela mídia, pode ser uma cabo eleitoral arrasador
A Privataria Tucana é um livro de autoria do jornalista brasileiro Amaury Ribeiro Jr, ex-repórter especial da revista Isto É e do cotidiano O Globo e ganhador de diversos prêmios Esso de jornalismo. O título do livro (“privataria”) é um neologismo que combina privatização a pirataria, criado pelo jornalista Elio Gaspari, e “Tucano” é um apelido comum dado a membros do PSDB, a partir de um dos símbolos do partido, o pássaro tucano.
O livro, resultado de 12 anos de investigação sobre as “privatizações no Brasil”, destaca documentos que apresentam indícios e evidências de irregularidades nas privatizações que ocorreram durante a administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, além de amigos e parentes de seu companheiro de partido, José Serra. Os documentos procuram demonstrar que estes políticos e pessoas ligadas a eles realizaram, entre 1993 e 2003, movimentos de milhões de dólares, lavagem de dinheiro através de offshores – empresas de fachada que operam em Paraísos Fiscais – no Caribe.
Privataria Tucana contém cerca de 140 páginas de documentos fotocopiados que evidenciam que o então Ministro do Planejamento e futuro Ministro da Saúde de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), José Serra, recebeu propina de empresários que participaram dos processos de privatização no Brasil. (wikipedia)
*Educaçãopolítica

domingo, outubro 07, 2012

Haddad derrota o
mensalão e vai ao 2.o turno

Peluso votou. Zavascki não votou. Mas, o povo votou.


Haddad enfrentou o mensalão, a condenação de Dirceu por 3 a 1 na véspera da eleição, todo o tiroteio do PiG (*) e foi ao segundo turno com o eterno candidato José Cerra.

Enfrentou a poderosa arma do Farol de Alexandria, que mandou o eleitor pensar no mensalão antes de votar.

Haddad derrotou o Tênue Gurgel, que torceu para o mensalão influir na eleição (de São Paulo, é claro).

Em Osasco, o candidato do PT, vice de João Paulo Cunha, também foi muito bem votado, apesar dos votos do Supremo.

Deu tudo certo para o Golpe.

Peluso votou.

Zavascki não votou.

Mas, o povo votou.

O que dirá na GloboNews o Ataulfo Merval de Paiva ?

Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

O Brasil, a partir de amanhã

Há os que vêem, nas eleições municipais de São Paulo, os rumos futuros do Brasil. Talvez lhes fosse mais proveitoso vê-los nas votações em todo o Brasil, principalmente nos municípios mais pobres da Federação, espalhados pelas regiões do Norte e do Nordeste. Os leitores dos comentaristas dos grandes jornais, salvo alguns, menos jovens e mais prudentes, não conhecem esse Brasil profundo, que começa a descobrir que a vida pode ser mais do que o dia a dia do sofrimento dos pobres.
Estas eleições são importantes não porque, em São Paulo, em Belo Horizonte ou Recife possam ser eventualmente debuxadas as cartas da sucessão presidencial de aqui a dois anos. Elas são importantes por duas grandes razões: com a Bolsa Família já consolidada e trazendo os seus primeiros grandes efeitos, na libertação dos mais pobres, o voto não precisa mais ser trocado por uma cesta básica. Mais do que ter o almoço garantido, os mais pobres passaram a ter a liberdade de escolher seus dirigentes. Nem sempre os melhores, mas com o tempo irão aprendendo.
A outra grande razão é a vigência da Lei da Ficha Limpa, uma conquista direta dos cidadãos sobre a indolência conveniente dos parlamentares. Como bem assinalou a Ministra Carmem Lúcia, presidente do TSE, essa sim, poderá influir nos resultados eleitorais, mais do que o julgamento do mal denominado mensalão. Segundo os cálculos, mais de três mil candidatos disputarão o pleito sob o risco de, sendo vitoriosos, ter o mandato cassado em seguida pela justiça. Essa limpeza ética animará os cidadãos honrados a disputar, nas eleições a vir, os mandatos eletivos, com o saneamento efetivo das atividades políticas.
Como o pleito de hoje se limita aos municípios, os grandes temas nacionais se ausentam das campanhas, menos alguns. Em Minas, por exemplo, o veto da Presidente Dilma Rousseff à maior participação dos municípios e dos estados na divisão dos royalties pela extração de minérios, ainda que de forma discreta, prejudicará os candidatos do PT.
Mesmo que se trate de um assunto pontual, os que conhecem bem os mineiros sabem que o tema é delicado no Estado. Basta lembrar que, por causa da espoliação dos mineradores pelos portugueses, dois homens se rebelaram, foram perseguidos e executados, e se tornaram os heróis das montanhas: Felipe dos Santos, em 1720, e Tiradentes, em 1792.
Com toda sua importância para os cidadãos de São Paulo, a eleição deste domingo não irá decidir os rumos futuros do país. O que está em jogo, no desenho do futuro é, mais uma vez, a economia. Em razão disso, é bom concentrar a atenção nas conversações entre a China, a Rússia, o Brasil, a Índia e a África do Sul, em seu projeto, já adiantado, de romper com a famigerada governança mundial, com a criação do que poderíamos chamar de um Fundo Monetário Internacional dos Brics, e a fundação de um novo Banco Mundial para atender a todos os países emergentes e a uma agência independente para a classificação de riscos. As existentes foram incapazes de prever as crises que enfrentamos, porque, na verdade, são controladas pelos grandes bancos que as provocaram com as fraudes conhecidas.
O Brasil realizou uma importante revolução social, nestes últimos dez anos, e não pode recuar. Como já constataram alguns pensadores, não é o desespero que faz as revoluções, mas, sim, a esperança. Os milhões e milhões de brasileiros que passaram a viver melhor não aceitarão voltar ao passado de miséria e opróbrio.
 
 
 
 

Deleite Fafá de Belém - Vermelho (Ao Vivo)


Viva o PT


TV MUNDI-PROGRAMA ENIGMAS-A CURA DA ALMA FEMININA.


Charge do Dia


MINISTRO JOAQUIM BARBOSA AFIRMA QUE MÍDIA - EMPRESARIADO E FORÇAS DOMINANTES SÃO RACISTAS E CONSERVADORAS



Talvez o Ministro Joaquim Barbosa deixe de ser o "queridinho" do momento depois dessa declaração / entrevista. 

No entanto, sua afirmação quanto ao racismo e conservadorismo no Brasil está perfeita. 


Lamentavelmente o Ministro, talvez pela pressão que sofre, não soube administrar seu temperamento, e tem se manifestado em plenário de forma autoritária e até arrogante. Mas é muito bom poder ler uma matéria em que alguém tem a coragem de enfrentar essa MÍDIA partidarizada e por via de consequência também corrupta. 


Quanto ao racismo, ele é evidente nas novelas, nos anúncios... uma vergonha. 


Matéria do JB - Entrevista concedida ao Jornal Folha de São Paulo 


Primeiro negro nomeado ao Supremo Tribunal Federal, por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, Joaquim Barbosa, afirmou que votou no PT nas eleições presidenciais de 2002, 2006 e 2010, mesmo já trabalhando como relator do processo do mensalão nas duas últimas - e concluindo que vários membros da alta cúpula do partido devem ser condenados. 


"Eu não me arrependo dos votos (em Lula em 2002 e 2006), não. As mudanças e avanços no Brasil nos últimos dez anos são inegáveis. Em 2010, votei na Dilma", analisou, em declaração publicada na Folha de S. Paulo deste domingo. 


Barbosa disse ter, inclusive, votado em Lula contra Collor, em 1989, e defendido o ex-presidente no exterior no início do seu primeiro mandato. 


"Vou te confidenciar uma coisa, que o Lula talvez não saiba: devo ter sido um dos primeiros brasileiros a falar no exterior, em Los Angeles, do que viria a ser o governo dele. Havia pânico. Num seminário, desmistifiquei: 'Lula é um democrata, de um partido estabelecido. As credenciais democráticas dele são perfeitas'", relatou. 


Barbosa já disse que a imprensa "nunca deu bola para o mensalão mineiro (também chamado de "mensalão tucano" por envolver membros do PSDB)", ao contrário do que faz com o do PT. 


O ministro acredita que a mídia, como as forças dominantes do país em geral, é racista e conservadora: "a imprensa brasileira é toda ela branca, conservadora. O empresariado, idem. 


Todas as engrenagens de comando no Brasil estão nas mãos de pessoas brancas e conservadoras", disse. O racismo se manifesta em "piadas, agressões mesmo". 


"O Brasil ainda não é politicamente correto. Uma pessoa com o mínimo de sensibilidade liga a TV e vê o racismo estampado aí nas novelas", acusa. 


Ele diz já ter discutido com vários colegas do STF, porém considera que polêmicas "são muito menos reportadas, e meio que abafadas, quando se trata de brigas entre ministros brancos". 


"O racismo parte da premissa de que alguém é superior. O negro é sempre inferior. E dessa pessoa não se admite sequer que ela abra a boca. 'Ele é maluco, é um briguento'. No meu caso, não sou de abaixar a crista em hipótese alguma...", defende. 


Barbosa, que já escreveu um livro sobre ações afirmativas nos EUA, diz que o racismo apareceu em sua "infância, adolescência, na maturidade e aparece agora". 


http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/10/07/barbosa-diz-que-votou-no-pt-cobra-mensalao-tucano-e-ve-racismo/ 


do 007BONDeblog 
*cutucandodeleve