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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, outubro 19, 2012
Isarael atacará de NOVO INOCENTES !?!
O
veleiro "Estelle", pertencente à chamada "Flotilha da Liberdade III",
já se encontra a menos de 80 quilômetros da Faixa de Gaza, onde ele
pretende chegar amanhã, sábado, informou à Agência Efe por telefone do
navio espanhol Vice Ricardo S
ixto
Esquerda Unida. Segundo o deputado, viajando no "Estelle", juntamente
com dois cidadãos espanhóis, a sua intenção é chegar amanhã cerca de dez
horas de tempo local (0800 GMT) ao largo da costa de Gaza.
Sixto disse à Agência Efe que o veleiro recebeu hoje um telefonema do Ministério das Relações Exteriores da Finlândia, (o navio é de bandeira finlandesa) informando-os de que o governo de Israel assegurou que irá interceptá-lo antes que cheguem a Gaza e prender os ocupantes do navio.
Sixto disse à Agência Efe que o veleiro recebeu hoje um telefonema do Ministério das Relações Exteriores da Finlândia, (o navio é de bandeira finlandesa) informando-os de que o governo de Israel assegurou que irá interceptá-lo antes que cheguem a Gaza e prender os ocupantes do navio.
O mensalão não dá ibope
Urariano Mota, Direto da Redação
“O ex-presidente Lula, que é sábio em política, já havia advertido: “O povo não está preocupado com mensalão, com julgamento lá em Brasília. O povo está preocupado é se o Palmeiras vai cair para a segunda divisão”.
Mas não quiseram ouvi-lo. Melhor, os fazedores de opinião – aqueles submergidos na realidade dos jornais e tevês – acharam que tudo não passava de desconversa de Lula, pois desta vez, ó, os petistas e esquerda iam para o buraco, conforme publicavam. Lido engano.
É preciso, por um lado, ter paciência com a miopia dos brilhantes da mídia, e por outro, sorrir feliz que tanto errem e insistam no erro, para melhor benefício da gente brasileira.
No que se refere ao julgamento de petistas no STF e seu reflexo nas eleições, de novo, o velho jornal confunde opinião pública com opinião publicada.
Se os editores olhassem mais críticos para suas “cartas à redação”, veriam a partir delas que as letras saídas nos jornais não são bem a voz da sociedade, porque mais de uma vez as cartas se inventam.
As opiniões ali são falsas ou por claro exercício da mentira, ou por seleção rigorosa do que interessa publicar, que é outra forma de invento.
Disso os editores até sabem.
Digamos, numa concessão à sua inocência, que eles parecem não ver é outra coisa.
A saber: a força antiga da imprensa em moldar consciências não se faz mais como antigamente.
Como naquele tempo em que a Globo e Folha de São Paulo mudaram o voto popular, ao divulgarem na véspera das urnas montagem do debate Lula e Collor, e dinheiro roubado em fotos de Ali Babá.
Há limites que antes não havia.
Eles vão da realidade livre da internet, que não obedece às leis do mercado como ocorre na massiva imprensa, mas influencia ainda assim, à realidade mais concreta, de identificação do povo com os políticos que lhe possibilitaram um mínimo de conforto e oportunidades na vida.
Sim, o reconhecimento popular àqueles políticos, “bandidos”, estampados nas imagens das primeiras páginas e na tela da televisão.
Mas fazer uma análise mais funda desse fenômeno, compor uma explicação científica que decomponha o real das ruas, vai além deste espaço e do talento do colunista.
Então falo do que vi esta semana.”
do blog do SARAIVA
“O ex-presidente Lula, que é sábio em política, já havia advertido: “O povo não está preocupado com mensalão, com julgamento lá em Brasília. O povo está preocupado é se o Palmeiras vai cair para a segunda divisão”.
Mas não quiseram ouvi-lo. Melhor, os fazedores de opinião – aqueles submergidos na realidade dos jornais e tevês – acharam que tudo não passava de desconversa de Lula, pois desta vez, ó, os petistas e esquerda iam para o buraco, conforme publicavam. Lido engano.
É preciso, por um lado, ter paciência com a miopia dos brilhantes da mídia, e por outro, sorrir feliz que tanto errem e insistam no erro, para melhor benefício da gente brasileira.
No que se refere ao julgamento de petistas no STF e seu reflexo nas eleições, de novo, o velho jornal confunde opinião pública com opinião publicada.
Se os editores olhassem mais críticos para suas “cartas à redação”, veriam a partir delas que as letras saídas nos jornais não são bem a voz da sociedade, porque mais de uma vez as cartas se inventam.
As opiniões ali são falsas ou por claro exercício da mentira, ou por seleção rigorosa do que interessa publicar, que é outra forma de invento.
Disso os editores até sabem.
Digamos, numa concessão à sua inocência, que eles parecem não ver é outra coisa.
A saber: a força antiga da imprensa em moldar consciências não se faz mais como antigamente.
Como naquele tempo em que a Globo e Folha de São Paulo mudaram o voto popular, ao divulgarem na véspera das urnas montagem do debate Lula e Collor, e dinheiro roubado em fotos de Ali Babá.
Há limites que antes não havia.
Eles vão da realidade livre da internet, que não obedece às leis do mercado como ocorre na massiva imprensa, mas influencia ainda assim, à realidade mais concreta, de identificação do povo com os políticos que lhe possibilitaram um mínimo de conforto e oportunidades na vida.
Sim, o reconhecimento popular àqueles políticos, “bandidos”, estampados nas imagens das primeiras páginas e na tela da televisão.
Mas fazer uma análise mais funda desse fenômeno, compor uma explicação científica que decomponha o real das ruas, vai além deste espaço e do talento do colunista.
Então falo do que vi esta semana.”
do blog do SARAIVA
Do ponto de vista da população mais pobre de qualquer cidade, a eleição que tem mais possibilidade de mudar sua vida para pior ou melhor é a municipal.
Paul Singer: meu voto em Haddad
Do ponto de vista da população mais pobre de qualquer cidade, a eleição que tem mais possibilidade de mudar sua vida para pior ou melhor é a municipal.
"Existe uma diferença inegável entre PT e PSDB: a priorização da luta
contra a miséria. E os eleitores sabem disso, basta ver em qual partido a
periferia vota"
As políticas do governo federal e estadual também afetam os mais pobres, mas de modo mais indireto. O governo estadual, por exemplo, tem a seu cargo a segurança pública no Estado - algo importante para qualquer cidadão, mas sobretudo para os que são obrigados a morar em áreas em que a criminalidade é mais presente e ameaçadora.
Não obstante, é o governo municipal que responde pela iluminação pública e, especialmente, por políticas sociais que impactam as condições de vida dos moradores mais humildes. A atenção à população mais carente é um aspecto fundamental na escolha do prefeito.
É preciso votar levando em consideração que é a prefeitura que responde pelo registro das famílias mais carentes no Programa Bolsa Família, por exemplo. Ela tem grande possibilidade de agir em parceria com o governo federal no programa Brasil sem Miséria, de ajudar a resgatar famílias que vivem em bolsões de extrema pobreza. A redução da miséria, aliás, certamente ajudará a diminuir inclusive a criminalidade, na cidade inteira.
Eis, então, a razão pela qual votarei em Haddad desde o primeiro turno: estou certo de que ele priorizará a luta contra a miséria, como fazem os diferentes governos chefiados por políticos do PT.
Nesta questão, a diferença em relação aos governos chefiados pelo PSDB é inegável.
E os eleitores sabem disso. Basta ver o mapa eleitoral de São Paulo em qualquer eleição municipal para verificar que os candidatos do PSDB vencem nas áreas mais opulentas, enquanto os candidatos do PT são os preferidos na periferia.
Quanto maior a pobreza em uma região, maior a vantagem relativa do PT. No primeiro turno destas eleições municipais, novamente tal fato foi comprovado.
Além de Fernando Haddad ser o candidato do PT, minha preferência por ele se deve ao fato de que eu o conheço há muito tempo e, assim, sei de sua inteligência e do seu empenho em tornar a sociedade brasileira mais justa, menos desigual.
Nesse sentido, o que Haddad fez como ministro de Educação é notável, sobretudo na expansão do ensino público em nível universitário, área em que os governos do PSDB se notabilizaram pela ausência.
Na gestão do PSDB, os jovens de famílias de baixa renda estavam praticamente condenados a tentar estudar em universidades privadas, já que eram barrados pelos vestibulares nas universidades públicas.
Os governos de Lula e Dilma, em que Haddad serviu como ministro de Educação, priorizaram a expansão das universidades públicas, permitindo o acesso de estudantes mais pobres. Além disso, o ProUni abriu centenas de milhares de vagas em universidades privadas a eles.
Outra política importante foi a multiplicação dos Institutos de Educação Científica e Tecnológica, que foram localizados nas áreas desprivilegiadas do país. Nesses institutos, está sendo efetivado o Programa Mulheres Mil, que dá formação profissional a mulheres de baixa renda. O programa já resgatou dezenas de milhares da pobreza. Quem ouve os depoimentos dessas mulheres percebe que não são poucas as que querem continuar estudando até alcançar um diploma universitário.
No ministério, Haddad se cercou de uma equipe disposta a fazer da educação uma arma na luta contra a opressão da mulher e contra a exclusão preconceituosa de negros e indígenas das oportunidades de exercer plenamente seus direitos como seres humanos e trabalhadores. Agora, ele tem tudo para ter grande sucesso como prefeito.
___________
As políticas do governo federal e estadual também afetam os mais pobres, mas de modo mais indireto. O governo estadual, por exemplo, tem a seu cargo a segurança pública no Estado - algo importante para qualquer cidadão, mas sobretudo para os que são obrigados a morar em áreas em que a criminalidade é mais presente e ameaçadora.
Não obstante, é o governo municipal que responde pela iluminação pública e, especialmente, por políticas sociais que impactam as condições de vida dos moradores mais humildes. A atenção à população mais carente é um aspecto fundamental na escolha do prefeito.
É preciso votar levando em consideração que é a prefeitura que responde pelo registro das famílias mais carentes no Programa Bolsa Família, por exemplo. Ela tem grande possibilidade de agir em parceria com o governo federal no programa Brasil sem Miséria, de ajudar a resgatar famílias que vivem em bolsões de extrema pobreza. A redução da miséria, aliás, certamente ajudará a diminuir inclusive a criminalidade, na cidade inteira.
Eis, então, a razão pela qual votarei em Haddad desde o primeiro turno: estou certo de que ele priorizará a luta contra a miséria, como fazem os diferentes governos chefiados por políticos do PT.
Nesta questão, a diferença em relação aos governos chefiados pelo PSDB é inegável.
E os eleitores sabem disso. Basta ver o mapa eleitoral de São Paulo em qualquer eleição municipal para verificar que os candidatos do PSDB vencem nas áreas mais opulentas, enquanto os candidatos do PT são os preferidos na periferia.
Quanto maior a pobreza em uma região, maior a vantagem relativa do PT. No primeiro turno destas eleições municipais, novamente tal fato foi comprovado.
Além de Fernando Haddad ser o candidato do PT, minha preferência por ele se deve ao fato de que eu o conheço há muito tempo e, assim, sei de sua inteligência e do seu empenho em tornar a sociedade brasileira mais justa, menos desigual.
Nesse sentido, o que Haddad fez como ministro de Educação é notável, sobretudo na expansão do ensino público em nível universitário, área em que os governos do PSDB se notabilizaram pela ausência.
Na gestão do PSDB, os jovens de famílias de baixa renda estavam praticamente condenados a tentar estudar em universidades privadas, já que eram barrados pelos vestibulares nas universidades públicas.
Os governos de Lula e Dilma, em que Haddad serviu como ministro de Educação, priorizaram a expansão das universidades públicas, permitindo o acesso de estudantes mais pobres. Além disso, o ProUni abriu centenas de milhares de vagas em universidades privadas a eles.
Outra política importante foi a multiplicação dos Institutos de Educação Científica e Tecnológica, que foram localizados nas áreas desprivilegiadas do país. Nesses institutos, está sendo efetivado o Programa Mulheres Mil, que dá formação profissional a mulheres de baixa renda. O programa já resgatou dezenas de milhares da pobreza. Quem ouve os depoimentos dessas mulheres percebe que não são poucas as que querem continuar estudando até alcançar um diploma universitário.
No ministério, Haddad se cercou de uma equipe disposta a fazer da educação uma arma na luta contra a opressão da mulher e contra a exclusão preconceituosa de negros e indígenas das oportunidades de exercer plenamente seus direitos como seres humanos e trabalhadores. Agora, ele tem tudo para ter grande sucesso como prefeito.
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* Paul Singer é economista e secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego.
*Tecedora
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