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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, novembro 16, 2012

Dias: “Domínio do fato” só em “democracia de fachada”

“Numa democracia real, a teoria não é aplicável à criminalidade de agentes do Estado”, disse Roxin.
Extraído da seção “Rosa dos Ventos”, de Mauricio Dias, na Carta Capital:

1) Democracia e o “domínio do fato” (1)

Passou pelo Brasil o advogado alemão Claus Roxin que, involuntariamente, tornou-se a principal referência do STF no julgamento do “mensalão” petista.

Desmentiu a história de que criou a teoria do “domínio do fato”.

“Mas fui eu quem a desenvolveu em um livro com cerca de 700 páginas”, disse Roxin ao jornal Tribuna do Advogado, da OAB-RJ.

“Sempre achei que, ao praticar um delito diretamente, o individuo deveria ser responsabilizado como autor e quem ocupa uma posição dentro de um aparato organizado e comanda uma ação criminosa também deve responder como autor e não como partícipe como rezava a doutrina da época”, explicou.


2)Democracia e o “domínio do fato” (2)


Ele explicou que, posteriormente, a justiça da Alemanha adotou a teoria para julgar os crimes na Alemanha Oriental, especialmente quanto às ordens para disparar contra os que tentaram fugir para a Alemanha Ocidental.

A teoria consta do estatuto do Tribunal Penal Internacional

Ao longo do tempo, a argumentação desenvolvida por Roxin tornou-se referência “sobretudo na América do Sul” e foi aplicada com sucesso na Argentina, no julgamento do general Rafael Videla e no Peru, com Alberto Fujimori.


3) Democracia e o “domínio do fato” (3)


É possível usar a teoria para condenar um acusado presumindo-se a participação dele no crime por ocupar determinada posição hierárquica?

Roxin foi enfático na resposta.

“Não, de forma nenhuma. A pessoa que ocupa uma posição no topo de uma organização tem que ter comandado os acontecimentos, ter emitido ordem. Ocupar posição de destaque não fundamenta o domínio do fato. A conclusão de um suposto conhecimento vem do direito anglo-saxônico. Não a considero correta”.


4) Democracia e o “domínio do fato” (4)

É possível a adoção da teoria para fundamentar a condenação por crimes supostamente praticados por dirigentes governamentais em uma democracia?

“Em principio não. A não ser que se trate de uma democracia de fachada onde é possível imaginar alguém que domine os fatos específicos praticados dentro deste aparato de poder. Numa democracia real, a teoria não é aplicável à criminalidade de agentes do Estado”, disse Roxin.

Ele explicou que trabalha com o critério da “Dissociação do Direito”. Ou seja, a característica de todos os aparatos organizados de poder é que estejam fora da ordem jurídica.


5) Em busca da democracia

José Luís de Oliveira Lima, advogado de José Dirceu, parte para a Alemanha no fim de novembro.

Vai conversar com os juristas Claus Roxin, em Munique, e, na Universidade de Bonn, com Gunter Jacob.

Na pauta a condenação de Dirceu pelo uso tropicalizado, adotado pelo STF, da teoria do “domínio do fato”.




Clique aqui para ler “Supremo jamais reverá as penas. É para constrangê-lo, mesmo”.

E “Santayana defende Dirceu e acusa o Supremo”.
Navalha
Talvez o Supremo tenha razão.
Isso aqui é uma “democracia de fachada”.
Uma PiGocracia (*) !
Clique aqui para ler “e quando 14 mil juizes tiverem o dominio dos fatos ?”
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


Lewandowski contesta uso da Teoria do Domínio do Fato



Tirem suas conclusões

Tristeza e indignação: condenações do STF são políticas, são injustas, e serão questionadas em tribunais internacionais



*Opensadordaaldeia

quinta-feira, novembro 15, 2012

Mário Sérgio Cortella no Hora da Coruja - JustTV - 24/04/12 Parte 2

Violência da Polícia na Greve Geral 14 Nov. 2012

Deleite - não vou nada bem - Ana Carolina e Seu Jorge



Congo, o Holocausto real e os judeus. A História fora da História 

 

"Os que criaram esta situação podem terminá-la, especialmente os EUA. A ONU está ali, inclusive na minha diocese. São observadores. Têm um programa que não querem dizer-nos. Asseguram que vieram para interpor-se aos beligerantes, mas vem a confirmar a repartição do país. Preferiríamos que estivessem em todas as cidades, mas não estão presentes em Uganda nem na Ruanda. Temos razões para crer que foram enviados pelas multinacionais. O presidente de Botsuana Kett Masire – o mediador do conflito congolês – disse claramente que se fracassar o diálogo inter-congolês, a ONU tomará de novo o país em suas mãos. Não é novidade. Esta guerra foi provocada para isso. A ONU quer que fracasse o diálogo inter-congolês para dirigir o país como um protectorado. Creio que a ONU está hoje a serviço de uma grande potência e faz o que esta quer." Bispo congolês de Kaminha, Jean-Anatole Kalala Kaseba.

fonte: O Coltan e a guerra do Congo



Maurice Templesman é um dos financiadores de topo de Barack Obama e Hillary Clinton.
Templesman foi o diplomata não oficial para o Congo (Zaire) durante anos. Um magnata israelo-americano veio substitui-lo. Na América algumas coisas mudam, outras não. 

A CIA, a Mossad e as grandes mineradoras, as contas offshre e a venda de armas, são escondidas pelos Media ocidentais.
O holocausto na África Central reivindicou seis a dez milhões de vítimas no Congo desde 1996,  1.500 pessoas morrem diariamente. [1] 


Mas, enquanto os africanos são vítimas de um Holocausto perpétuo, os carrascos escondem-se por trás da História, queixando-se de que são eles os perseguidos, ou fingem que  são os salvadores. Quem são os  responsáveis? Para o  israelita-americano Dan Gertler, o negócio dos diamantes encharcados em sangue do Congo, não é apenas questão de negócio, é uma busca do Santo Graal. O jovem Dan Gertler não faz nada sem a orientação espiritual deYaakov Chaim Leibovitch, rabino de Brooklin e um amigo pessoal de Condoleeza Rice. [2] 

Gertler e Leibovitch são dois dos directores por trás de uma empresa de mineração de diamantes, Emaxon Finance Corporation, envolvidos na República Democrática do Congo (RDC). Gertler e a sua quadrilha ganharam os direitos dos diamantes, na empresa de mineração do Estado, Société Minière de Bakwange, MIBA,  controlada pelo governo de Mbuji-Mayi, a capital do diamante bruto no mundo. A Emaxon Finance Corp ultrapassou os ​​concorrentes de diamantes, especialmente as grandes rivais Energem e De Beers. A Energem é uma das muitas empresas de mineração obscura,  ligada a Anthony Teixeira, um empresário Português que  reside na África do Sul, cuja filha se casou com o senhor da guerra congolês Jean-Pierre Bemba.  


A Batalha Mortal dos senhores da guerra no Congo, em Março de 2007 foi disputada entre os rivais Jean-Pierre Bemba e Joseph Kabila,  o vencedor tornar-se-ia no guardião dos cartéis de mineração, geridas por famílias dinásticas como Templesman, Oppenheimer, Mendell, Forrest, Blattner, Hertzov, Gertler e Steinmetz, e por empresas como Nikanor, cujas acções subiram no início de  Julho de 2006 na expectativa de uma  "vitória" para Joseph Kabila a 30 de Julho. [3] 


Africa Confidential chamou  à  visita do presidente Kabila em  2003 à Casa Branca de Bush, um "golpe" dos  israelitas, magnatas dos diamantes Dan Gertler e Beny Steinmetz. 


A Canadiana Energem, anteriormente DiamondWorks, é propriedade do mercenário britânicoTony Buckingham e seu CEO/ accionistas incluem Mario e Tony Teixeira, JP Morgan, e o parceiro de Gertler, o israelita-americano Beny Steinmetz (50%). [4] 




Através de uma filial ligada à  Energia, as sucursais do gangue Energem-DiamondWorks perpetuaram a guerra em 11 países africanos. [5] 

*Leia mais em Guerra Silenciosa

ONU condena embargo criminoso dos EUA à Cuba pela 21ª vez
Pra que serve a ONU mesmo?

Assembleia Geral da ONU condena embargo dos EUA a Cuba pela 21ª vez. Resolução foi aprovada com o voto de 188 países; apenas três votaram contra e dois, se abstiveram

Por 188 votos a três, a Assembleia Geral da ONU aprovou nesta terça-feira (13/11) uma nova resolução de condenação ao embargo econômico e comercial que os Estados Unidos impõem a Cuba. A resolução desta terça-feira foi 21ª vez em que a Assembleia Geral da ONU condenou o embargo a Cuba. A primeira ocasião ocorreu em 1992, quando contou com 59 votos a favor, três contra e 71 abstenções.
Os três países que votaram contra a decisão foram Estados Unidos, Israel e Palau. Além deles, Micronésia e Ilhas Marshall se abstiveram. Na última votação, realizada no ano passado, a resolução de condenação ao embargo contou com os votos contrários de EUA e Israel, enquanto Palau se absteve junto com Micronésia e Ilhas Marshall.
embargo eua cuba onuBrasil classificou o bloqueio econômico à Cuba como um exemplo de “política obsoleta que não tem lugar na atualidade”. (Foto: Cuba / Havana)
O debate de hoje teve duração de quase três horas, segundo o presidente da Assembleia Geral, Vuk Jeremic. Antes da votação, o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, denunciou um “persistente recrudescimento” do embargo contra Cuba durante os primeiros quatro anos do governo de Barack Obama. A administração atual endureceu o embargo, em especial no setor financeiro, impondo, desde 2009, multas de mais de 2 bilhões de dólares a empresas e pessoas de outros países que têm negócios com Cuba.

Palestinos atacados