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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, novembro 15, 2012


Congo, o Holocausto real e os judeus. A História fora da História 

 

"Os que criaram esta situação podem terminá-la, especialmente os EUA. A ONU está ali, inclusive na minha diocese. São observadores. Têm um programa que não querem dizer-nos. Asseguram que vieram para interpor-se aos beligerantes, mas vem a confirmar a repartição do país. Preferiríamos que estivessem em todas as cidades, mas não estão presentes em Uganda nem na Ruanda. Temos razões para crer que foram enviados pelas multinacionais. O presidente de Botsuana Kett Masire – o mediador do conflito congolês – disse claramente que se fracassar o diálogo inter-congolês, a ONU tomará de novo o país em suas mãos. Não é novidade. Esta guerra foi provocada para isso. A ONU quer que fracasse o diálogo inter-congolês para dirigir o país como um protectorado. Creio que a ONU está hoje a serviço de uma grande potência e faz o que esta quer." Bispo congolês de Kaminha, Jean-Anatole Kalala Kaseba.

fonte: O Coltan e a guerra do Congo



Maurice Templesman é um dos financiadores de topo de Barack Obama e Hillary Clinton.
Templesman foi o diplomata não oficial para o Congo (Zaire) durante anos. Um magnata israelo-americano veio substitui-lo. Na América algumas coisas mudam, outras não. 

A CIA, a Mossad e as grandes mineradoras, as contas offshre e a venda de armas, são escondidas pelos Media ocidentais.
O holocausto na África Central reivindicou seis a dez milhões de vítimas no Congo desde 1996,  1.500 pessoas morrem diariamente. [1] 


Mas, enquanto os africanos são vítimas de um Holocausto perpétuo, os carrascos escondem-se por trás da História, queixando-se de que são eles os perseguidos, ou fingem que  são os salvadores. Quem são os  responsáveis? Para o  israelita-americano Dan Gertler, o negócio dos diamantes encharcados em sangue do Congo, não é apenas questão de negócio, é uma busca do Santo Graal. O jovem Dan Gertler não faz nada sem a orientação espiritual deYaakov Chaim Leibovitch, rabino de Brooklin e um amigo pessoal de Condoleeza Rice. [2] 

Gertler e Leibovitch são dois dos directores por trás de uma empresa de mineração de diamantes, Emaxon Finance Corporation, envolvidos na República Democrática do Congo (RDC). Gertler e a sua quadrilha ganharam os direitos dos diamantes, na empresa de mineração do Estado, Société Minière de Bakwange, MIBA,  controlada pelo governo de Mbuji-Mayi, a capital do diamante bruto no mundo. A Emaxon Finance Corp ultrapassou os ​​concorrentes de diamantes, especialmente as grandes rivais Energem e De Beers. A Energem é uma das muitas empresas de mineração obscura,  ligada a Anthony Teixeira, um empresário Português que  reside na África do Sul, cuja filha se casou com o senhor da guerra congolês Jean-Pierre Bemba.  


A Batalha Mortal dos senhores da guerra no Congo, em Março de 2007 foi disputada entre os rivais Jean-Pierre Bemba e Joseph Kabila,  o vencedor tornar-se-ia no guardião dos cartéis de mineração, geridas por famílias dinásticas como Templesman, Oppenheimer, Mendell, Forrest, Blattner, Hertzov, Gertler e Steinmetz, e por empresas como Nikanor, cujas acções subiram no início de  Julho de 2006 na expectativa de uma  "vitória" para Joseph Kabila a 30 de Julho. [3] 


Africa Confidential chamou  à  visita do presidente Kabila em  2003 à Casa Branca de Bush, um "golpe" dos  israelitas, magnatas dos diamantes Dan Gertler e Beny Steinmetz. 


A Canadiana Energem, anteriormente DiamondWorks, é propriedade do mercenário britânicoTony Buckingham e seu CEO/ accionistas incluem Mario e Tony Teixeira, JP Morgan, e o parceiro de Gertler, o israelita-americano Beny Steinmetz (50%). [4] 




Através de uma filial ligada à  Energia, as sucursais do gangue Energem-DiamondWorks perpetuaram a guerra em 11 países africanos. [5] 

*Leia mais em Guerra Silenciosa

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