O grupo Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), em comunicado oficial, elogiou o empenho do Egito, da Liga Árabe e da Organização das Nações Unidas (ONU) na mediação do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, anunciado na quarta-feira (21).
No
texto, o grupo reitera a necessidade de se criar o Estado independente
da Palestina como solução para o fim da crise, assim como o respeito a
Israel. Também condena o “uso desproporcional e excessivo” da força, sem
mencionar nações nem grupos.
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O comunicado, divulgado na noite de
quarta, horas depois do anúncio do cessar-fogo, tem seis parágrafos e 25
linhas. No texto, o Ibas apela para o fim imediato da violência na
região, recomenda que o Conselho de Segurança da ONU retome o debate
sobre o tema e pede o fim do bloqueio à Faixa de Gaza.
A área de Gaza está cercada pelas Forças Armadas de Israel, mantendo apenas a saída na fronteira com o Egito.
O Ibas, no comunicado, ressalta também o apoio em favor da reivindicação das autoridades da Palestina de ser reconhecida com o status de Estado observador nas Nações Unidas. Atualmente, a representação palestina na ONU se limita a um embaixador que fala em nome de um movimento, que é a Organização pela Libertação da Palestina (OLP).
O status de Estado observador abriria espaço para a discussão sobre a criação de um Estado independente, como querem os palestinos. Porém, ambas as discussões sofrem críticas por parte dos Estados Unidos e de Israel. Diplomatas que acompanham o assunto dizem que o debate divide os europeus, divididos entre os contrários e os favoráveis à concessão do status à Palestina e a criação de um Estado autônomo.
Por oito dias, Israel promoveu ataques diários sob pretexto de retaliar disparos de foguetes por parte de grupos palestinos. O saldo de mortes é de 167 pessoas – 162 palestinos e cinco israelenses.
A maior parte das vítimas é formada por civis, inclusive crianças e mulheres. O cessar-fogo só foi possível devido à mediação dos governos do Egito, dos Estados Unidos, da Liga Árabe (que reúne 22 nações) e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O comunicado do Ibas, no quarto parágrafo, elogia o empenho do Egito, da Liga Árabe e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mas não menciona os Estados Unidos. No texto, o grupo ressalta que confia “somente na diplomacia e no diálogo” como caminhos em busca para a solução da crise entre palestinos e israelenses.
A solução, diz o comunicado, está na “criação de dois Estados” referindo-se ao de Israel e ao da Palestina.
*vermelho.org.br
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