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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, novembro 24, 2012

" 'CANALHAS!' É JOAQUIM, FALANDO DE JORNALISTAS "


Blog do Amoral Nato - 23/11/2012


:
Horas depois da cerimônia histórica, que festejou o primeiro negro no comando do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa voltou a ser Joaquim Barbosa. 

E explodiu quando soube que um comentário seu feito em off a alguns jornalistas foi publicado pelo blog de Ricardo Noblat; chefe do Judiciário estaria fora de controle? 


247 - 
Um novo Joaquim Barbosa, agora presidente do Supremo Tribunal Federal, parecia estar emergindo nos últimos dias. 

Mais calmo, tolerante e aberto a eventuais questionamentos de seus próprios colegas e da sociedade. Vã ilusão. 


Nesta quinta-feira, dia de sua posse no comando da suprema corte, ele explodiu, mais uma vez, ao saber do vazamento de um comentário que fizera em off a alguns jornalistas. 


"Canalhas", disse o presidente da suprema corte, referindo-se aos profissionais da imprensa. 


Será que ele está fora de controle?



Leia na coluna de Ricardo Noblat: 


'Canalhas', queixa-se Joaquim Barbosa dos jornalistas 


Depois de ler neste blog a nota "Para o ministro Jaquim Barbosa, pergunta tem cor", o novo presidente do Supremo Tribunal Federal desabafou irritado em conversa com amigos: 


- Canalhas. 


Referia-se aos jornalistas com os quais conversara em "off". 


Detestou o vazamento da conversa. 


Joaquim costuma ser antipático com jornalistas, embora seja paparicado por eles. 


Quando se digna a dizer alguma coisa aos que cobrem rotineiramente as atividades do tribunal, quase sempre se despede com a advertência: 


- É "off". Quer dizer: se publicarem o que ele disse não podem lhe atribuir nada. 


Dessa vez não foi assim. 


Em outro post, Noblat elogiou o comportamento de Ricardo Lewandowski, que, curiosamente, foi alvo de ataques abaixo da cintura nos últimos meses: 


Leia: 


Lewandowski convida os rejeitados por Joaquim 


O ministro Joaquim Barbosa riscou da sua lista de convidados os jornalistas que costumam cobrir as atividades do Supremo Tribunal Federal. 


Não quis tê-los em sua posse, esta tarde. Muito menos na festa que três associações de magistrados lhe oferecem neste momento no Espaço Porto Vitória. 


Os jornalistas foram se queixar ao ministro Ricardo Lewandoswki, que assumiu a vice-presidência do tribunal e que, como Joaquim, está sendo festejado pelos magistrados. 


Lewandowski convidou os rejeitados por Joaquim. 


Logo Lewandowski, o saco de pancadas de estimação dos jornalistas. 


Posted 10 hours ago by René Amaral


do blog ContrapontoPIG
*cutucandodeleve

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