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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, janeiro 14, 2013

O Caminho do Meio - www.laerciofonseca.com.br

Charge foto e frase do dia











Programa do governo Lula fez de favela do PE área valorizada



Sabe aqueles milagres que  raramente vemos na imprensa? Aconteceu um hoje! O jornal O Estado de São Paulo publicou nesta segunda feira (14), um, dos milhares programas, que o   governo Lula criou para melhorar a vida dos cidadãos brasileiros. Leia a matéria e veja se não é um milagre a nossa imprensa, que só se preocupa em agredir Lula, ter publicado


Há pouco mais de cinco décadas, pescadores, lavadeiras, biscatei­ros e sem-teto iniciaram a ocupa­ção de uma área à beira-mar, no limite sul da badalada praia de Boa Viagem. Expulsos, sempre re­tornavam ao local, numa teimo­sia que terminou dando nome ao lugar, Brasília Teimosa. O lugar foi se urbanizando e virando bairro popular. A extinção das 300 pa­lafitas que tomavam sua orla e lhe davam o aspecto de favela - promessa feita pelo ex-presiden­te Luiz Inácio Lula da Silva em 10 de janeiro de 2003 - reforçou Bra­sília Teimosa como área cobiçada pelas grandes imobiliárias.
O funcionário público recém-aposentado Antonio Pedrosa, 60 anos, se sente um privilegiado. Com a derrubada das palafitas, que deu lugar à Avenida Brasília Formosa, sua pequena casa agora se situa na orla de 1,5 quilômetro. "Minha casinha ficava escondi­da, agora moro à beira-mar." Além da casa, possui mais dois imóveis no local. Ele ainda não tem o título de posse definitivo da terra, registrado em cartório, que começa a ser concedido à po­pulação de cerca de 20 mil pes­soas. Quando tiver, não preten­de vender, mas, segundo ele, é bom saber que, se quiser, pode ganhar muito dinheiro.

Autoestima.

 "Brasília Teimosa é a bola da vez. Obrigado, presi­dente Lula", diz o presidente do Conselho de Moradores, Wilson Lapa, que defende a mudança do nome da Avenida Brasília Formosa para Presidente Luiz Inácio Lu­la da Silva. Segundo ele, a ação do presidente aumentou a autoestima dos moradores: "Além de va­lorizar os imóveis, os turistas apa­recem mais, passa mais ônibus e temos uma orla onde caminhar".
A melhoria da qualidade de vi­da é reconhecida por todos, mes­mo com eventuais críticas à falta de ônibus e a necessidade de am­pliar a rede de saneamento. "Te­mos uma bonita orla, ponto de encontro da comunidade", diz a professora Taciana Santiago. Há dez anos, quando Lula esteve no bairro, ela foi uma das fãs que cor­reram atrás dele gritando seu no­me. "A vida nas palafitas era desumana. Sem banheiro, os dejetos eram jogados no mar", relembra.

Olho grande.

 A preocupação dos líderes comunitários é com o olho grande dos empresários. "Na hora em que se regularizar, muita gente vai vender", prevê o presidente da Colônia Z-i de pes­cadores, Augusto de Lima Guima­rães, 60 anos. A chegada ao local do grupo João Carlos Paes Men­donça (JCPM), que construiu um shopping perto da área, é bem vista, embora traga alguma preocupação futura. Os jovens es­tão se qualificando - com inglês, informática, marketing e capaci­tação em vendas - e são aprovei­tados no empreendimento.
A comunidade também é bene­ficiada com uma escola de regi­me semi-integral do governo es­tadual que promoveu um progra­ma que permite intercâmbio em outro país. Seis alunos do bairro já foram contemplados - três via­jaram para Estados Unidos e Ca­nadá. Os outros vão embarcar para Nova Zelândia e Austrália.

"Caiu a criminalidade, dimi­nuiu a sujeira", afirma o pesca­dor Ronaldo Gomes, 35 anos. Ele tem uma irmã que morava nas palafitas e ganhou casa no con­junto habitacional construído com recursos do governo fede­ral no bairro do Cordeiro, na zo­na oeste da cidade. "Minha irmã está feliz, trabalha como faxinei­ra." Muitos dos que se mudaram, no entanto, venderam ou aluga­ram suas novas casas. Alguns pes­cadores retornaram ao bairro.

Perfil.

 Embora a pesca ainda se­ja a principal atividade econômi­ca de Brasília Teimosa, a geração mais jovem não tem intenção de seguir a profissão dos pais, segundo estudo da Universidade Fede­ral de Pernambuco (UFPE).
A maioria da população tem renda de até um salário mínimo. O bairro conta com oito escolas públicas - além das particulares. De acordo com o Censo de 2010, 91,8% da população acima de 10 anos é alfabetizada. Esse número cai para 75,6% se considerada ape­nas a população acima de 60 anos.

O comércio é diversificado e garante a autossuficiência do bairro em praticamente todas as suas necessidades. Possui três restaurantes, sete bares na orla e outros 32 fora dela, 10 lanchone­tes, 16 mercadinhos, 11 açougues, duas padarias, duas lojas de frios e laticínios, peixarias, cinco armazéns de construção, 21 ar­marinhos, seis oficinas de bicicle­ta, quatro de automóveis. A popu­lação de Brasília Teimosa era de 19.155 habitantes em 2000. Em 2010, houve redução para 18.344.
*Osamigosdopresidentelula

Uma “barriga” de alto custo

 

 
Operadores e autoridades do mercado brasileiro de ações ainda estavam lidando, na quinta-feira (10/1), com um problema criado na véspera pela edição digital da revista Veja. No final da tarde de quarta-feira, o portal de notícias Veja.com noticiou que o Bradesco estaria adquirindo as operações do Banco Santander no Brasil.
Com base em um suposto comunicado enviado aos funcionários do Santander, anunciando que a fusão iria acontecer ainda neste semestre, Veja manteve a informação incorreta como manchete durante 22 minutos, até que os bancos a obrigaram a retirar o texto do ar e publicar um desmentido.
Notícia chegou a ser manchete do portal Veja.com nesta sessão (Reprodução) Na manhã de quinta-feira (10/01), o site especializado Infomoney reproduziu o desmentido de Veja, observando que o equívoco havia provocado “uma euforia no mercado”, resultando numa forte valorização dos papéis do Santander no pregão tardio da Bolsa de Valores do Brasil – o mercado “after hours”, período de negociação que ocorre após o fechamento do pregão regular.
A valorização das ações do Santander chegou perto do teto máximo de oscilação positiva para o período, provocando um movimento atípico para o “after hours”. Para se ter uma ideia do volume provocado pelo erro da publicação, o Infomoney lembra que os papéis do Santander, que costumam ter um volume diário de negociações em torno de R$ 300 mil, chegaram a movimentar R$ 32 milhões após a falsa notícia da fusão com o Bradesco.
Olhando de lado
Segundo fontes do mercado de ações, o erro de Veja.com potencializou boatos de que o Santander teria interesse em negociar suas operações no Brasil para salvar sua matriz europeia, gerando a euforia que elevou artificialmente o valor das ações.
O princípio de crise surgido na quinta-feira só não se alastrou porque a Bovespa, os bancos envolvidos e outros protagonistas entraram em campo para abafar o caso, mas não está descartada a possibilidade de uma investigação para apuração de responsabilidades.
Se o site de Veja afirmou que havia baseado a notícia em e-mails enviados pela direção do Santander aos funcionários, é de se esperar que a revista apresente esses documentos, mesmo que decida preservar suas supostas fontes.
Na manhã de sexta-feira (11/1), a imprensa registra uma situação desigual no balanço do mercado de ações: dos três principais bancos brasileiros, os títulos do Itaú e do Bradesco fecharam em declínio na quinta-feira, enquanto os papéis do Santander se destacavam entre os mais valorizados, além de aparecerem entre os mais negociados na véspera, num contexto completamente atípico.
No entanto, os jornais não se interessaram pelo problema e o público foi informado por sites especializados, como blogs de analistas financeiros e o portal Comunique-se, que noticiou o desmentido de Veja.com,reproduzindo a informação original do site Infomoney.
Erro infantil
A direção de Veja tratou de amenizar os efeitos da “barrigada” por meio de uma nota oficial se desculpando com seus leitores, afirmando que a falsa notícia “trazia no seu próprio enunciado a chave de sua falsidade”, pois, segundo a publicação: “O texto dizia infantilmente que a negociação da fusão fora informada pela instituição [Santander, N. do A.] a funcionários. Como qualquer pessoa do meio financeiro sabe, uma operação desse tipo tem que ser, por lei, mantida em sigilo e comunicada antes de qualquer outra forma de divulgação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”.
Foram apenas 22 minutos de exibição da informação falsa, de 17h59 a 18h21 de quarta-feira (9/1), mas os danos podem ter sido grandes para quem comprou ações em alta e vai ficar esperando acontecer a fusão do Bradesco com o Santander para recuperar o investimento.
A estranha simbiose entre os meios tradicionais de comunicação, que faz com que todos eles tratem de dar grande repercussão a escândalos e denúncias sem checar as origens, desta vez funciona ao contrário. Um erro documentado, com desmentidos distribuídos em notas oficiais de dois dos maiores bancos do país, vai ficar por isso mesmo.
Azar dos leitores de Veja.com que, “infantilmente”, acreditaram que dois bancos com ações na Bolsa iriam comunicar oficialmente seu matrimônio por meio de e-mails para funcionários.
Luciano Martins Costa do Observatório da Imprensa No Cachete
Carta Aberta a Arnaldo Jabor
Mauro Carrara

 
Quase perfeitíssimo truão,
Primeiramente, atente ao substantivo, e não desconfie de insulto. Os bobos da corte são, historicamente, mais que promotores de fuzarca ou desvalidos a serviço do entretenimento. Os realmente talentosos urdiam na teia das anedotas a crítica a seus senhores monarcas, traduzindo pela ironia a bronca popular.
Era o caso do ácido e desengonçado Triboulet, vosso patrono, uma espécie de grilo falante capaz de estimular as consciências de Luís XII e Francisco I. Tantos outros venceram no ofício, como o impagável Cristobal de Pernia, uma espécie de conselheiro extra-oficial de Felipe IV.
Neste Brasil da pós-modernidade globalizante, el rei Dom Fernando Henrique Cardoso reviveu a bufonaria. No entanto, empregou-a de modo diverso, quase sempre como dissimulação hilariante para desviar atenções de sua ética de conveniência mercantil, tão bem definida por Dom José A. Gianotti, seu filósofo e encanador.
O ex-monarca utilizou ainda sua trupe de falastrões para promover a alienante festa pública sugerida por Maquiavel.  Portanto, nunca é exagero te parabenizar pelo empenho profissional.  Há anos, na ribalta televisiva, te devotas a divertir e iludir os ''psites do sofá'', mesmo depois que o tiranete a quem servias foi apeado do trono. Sempre diligente, conclamas e incitas, rebolando patranhas tal qual histriônico cabo de esquadra do restauracionismo.
Recentemente, contudo, causou-me espanto tua fúria salivante para edulcorar a participação do embusteiro Geraldo Alckmin no embate contra o grisalho herói de todos os sertões.
Como é próprio de teu ofício, fizeste rir ao embaralhar significados, ao abusar das hipérboles, ao exceder-se nos adjetivos impróprios, ao viajar na maionese das idéias desconexas.
No entanto, truão Jabor, prosperou aqui a dúvida. Que quiseste dizer com o clichê ''choque de capitalismo''? Seria referência ao rombo de R$ 1,2 bilhão legado pelo embusteiro alquimista ao ressabiado governador Lembo? Ou seria apenas ironia herdada de teus predecessores, na profecia zombeteira de um novo ''que comam brioches''?
Destacam-se também, como enigmas, tuas dupletas acres de escassa teoria. São os casos de ''socialismo degradado'', ''populismo estatista'' e ''getulismo tardio''. Eita, nóis! Que essas vigarices binárias nos viessem, ao menos, com sal de fruta. Né? Ora, de qual ''socialismo'' tratas? Será que resolveste, no supletivo dos sexagenários, estudar a industrial cultural e as idéias de Adorno? Hum... Pouco provável.
No que tange ao termo ''populismo'', arrisco uma resposta. Tu o compraste na escribaria de ordenança dos novos donatários. É coisa do bazar de tolices de Civita e Frias Filho. Acertei? Diga aí...
Mas o que queres dizer com ''getulismo''? Pelo que percebi, escapa-te o fenômeno à compreensão histórica. Tratas daquele do Departamento de Imprensa e Propaganda?  Ou te referes àquele das necessárias justiças trabalhistas?
Outros exageros me encafifaram em tua anedota de encomenda. Tratas lisergicamente de um São Paulo ''rico'', como se construído dos empenhos da malta quatrocentona. Em teus seminários de apedeuta, desapareceu o povo. Evaporaram-se João Ramalho, Bartira, Tibiriçá, Anchieta, tantos mamelucos arabizados, tantos avós europeus aqui remixados, tantos irmãos nordestinos que ergueram nossos arranha-céus. Teu São Paulo mítico, tristemente, não admite a antropofagia.
E tem mais... Em tua pregação, o embusteiro Alckmin surge como legítimo herdeiro da alva elite construtora do progresso. Nesse delírio pós-positivista e lombrosiano, não há rastro d a gestão criminosa dos privateiros tucanos, dos sonegadores dasluzeiros, dos pedageiros corruptos e dos sócios do marcolismo.  Não te rendeste ao excesso? Ai, ai, ai...
Agitando guizos, executas tua prestidigitação. Empregas, em simultâneo, o sapato pontudo para alojar sob o tapete o sacrifício juvenil na Febem, as nove centenas de contratos irregulares e o estupendo assalto ao tesouro da gente bandeirante. Não exageraste? És bufão ou advogado, truão Jabor?
Entre tuas deformações, tão valiosas ao ofício, suponho até mesmo a cegueira de um olho. Ignoras o júbilo de milhões de vassalos não mais famintos, agora metidos a escrever o próprio nome. Vê, quanto atrevimento! Tampouco registras a voz de ameríndios e afro-descendentes, agora perigosamente mais próximos de ti, a tomar lugar nos bancos da universidades. Não enxergas a energia elétrica nos grotões nem o canto de esperança dos humildes da terra, fortalecidos em cooperativas de produção.
Depois, qual demiurgo de botequim, dizes que o nasolongo Alckmin é ''incisivo'', enquanto o outro te parece ''evasivo''. Ladino que és, julgas os combatentes pelo aspecto cênico e não pela natureza das idéias. No caso do embusteiro alquimista, excedes ao elogiar o espantalho bélico, aplicadíssimo ao método de stanislavskiano. Ora, magnífico truão, todos vimos que o herói de todos os sertões é adepto de outra técnica. Pisa o palco de Brecht, revelando-se como realmente é, antes que se mistifique no papel de fundeiro de microfone.
Cantaste, portanto, a vitória do ''limpinho'', do ''sem barba'', do malcriado que imita Tyson. Como líder de torcida, vibraste na platéia, tuas pernas flácidas saltitando de contentamento, as mãos agitando invisíveis fitas coloridas. Ah, mas perdeste a razão...
Depois, destilaste teu parvo sarcasmo sobre o ''povo'', sobre a ''mãe analfabeta'' do operário e sobre os ''pobres'', em suma, sobre esses todos do ''lado de cá''. Na piada rancorosa, revelaste um desprezo moldado para a auto-proteção.
Sabes o quanto é doloroso viver deste lado da linha, no território dos anônimos, dos que sofrem e trabalham de verdade.
Se há dialética nesta missiva, agrego teus motivos. Sabes o valor de uma adoção real, ainda que precises caminhar de quatro, atado à coleirinha de el rei. Sabes o quanto é estratégica essa assepsia, esse descontato com o ímpio das ruas, dos campos e das construções.
Assim, me permito uma visita a teu passado. Tua obra ''séria'' resultou, caro truão, em enorme fracasso. E, disso, bem sabes. Por um tempo, tuas ventosas de sanguessuga agarraram algumas tetas públicas. Desse modo, pudeste alimentar teus espetáculos de terceira categoria, ainda que fizessem rir quando a intenção era pretensiosamente induzir à reflexão.
Incerto dia, pobre de ti, todo o oportunismo de parasita foi castigado, de modo que te encontraste novamente vadio, mergulhado na mais profunda frustração. Naquele momento, julgo, buscaste inspiração em Triboulet...
Na Vênus Platinada do decrépito Marinho, iniciaste tua pândega panfletária, calcada na manipulação marota de cacos de idéias. Nada por inteiro. Coerente para quem, por natureza, carece de  integridade.
Esse flashback permite, portanto, compreender melhor o roteiro cínico. Tanto faz se teu senhor largou o reino às escuras, se destacou piratas para pilhar o patrimônio público, se foi incompetente até mesmo para empreender no capitalismo que tanto celebras. Às tuas costas, no tempo, estende-se a terra arrasada pela peste do egoísmo, habitada de fariseus neoliberais e de peruas ridículas e mesquinhas. Por meio da ruidosa retórica de falso indignado, desvias o olhar público dessa paisagem da tragédia.
Para seguir o ato farsesco, fazes descer o pano da falácia sinistra do golpismo lacerdista, da distorção, da maledicência e da espetacularização do rito inquisitório. Simulas ver aqui, em alto grau, o que ignoras ali. Na telinha da ''Grobo'', distribui sofismas, injetas no sangue de Otello a desconfiança, patrocinas a intriga nacional.
Poder-se-ia encontrar em ti o personagem Sacripante. Uma observação acurada, entretanto, revela mais um Silvério dos Reis das artes cênicas. Certa vez, me disse Henfil: ''o pior humorista é o que vende sua comédia aos canalhas que fazem o povo chorar''. Simples, didático, serve à elaboração de um código de ética de tua categoria.
Pois, tua notícia deturpada do embate, devotado truão, mostrou-se cômico engodo. Foi lá, teu embusteiro ''truco-lento'' dar com as fuças na parede. Saiu do campo laureado e enganado, pior que Pirro. Este, menos imbecil, admitiu que a vitória contra os romanos fora uma tragédia, o prólogo de sua ruína.
Portanto, o exemplo da derrota também te serve. Decisivamente, ainda que te gabes, jamais superaste Paulo Francis, o bobo da corte mais destro nessas artes de sabujo-rabujo. E se cultivas alguma pretensão de hegemonia, te sugiro mover o pescocinho atrofiado. Pilantrinhas peraltas, como Mainardi e Azevedo, emparelham já contigo, disputam hidrofobicamente a suprema magistratura da bufonaria.
E, percebe truão, que a dupla tonto-fascista não te fica a dever: são também inescrupulosos, traiçoeiros e carregam a poderosa energia do ressentimento, sem contar que igualmente migraram do fracasso profissional para a aventura mercenária midiática.
Por fim, adorável truão, ajusta o relógio da tua soberba. Não é hora de celebrar a ignomínia convertida em comédia.  Nem é momento de levantar a horda de rufiões da ''ética'' para cantar a vitória restauracionista. Para além dos simulacros do teu moralismo cínico, lambuzado de paroxismos impróprios, exercita-se o sabre do julgamento público, implacável, aquele cuja lâmina é afiada pelo tempo. Subiram os letreiros... Perdeste o charme. Perdeste a graça.
Mauro Carrara - Jornalista
+*GilsonSampaio

Apesar de gritaria, Dilma deixa energia mais barata


Lei que prorroga as concessões de geração de energia elétrica e reduz encargos para oferecer tarifas menores ao consumidor foi publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União; mesmo com forte resistência da oposição e, com isso, de empresas elétricas de estados governados pelo PSDB, consumidor terá 20% de redução na conta de luz
Danilo Macedo, Agência Brasil / Brasil 247
A presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei que prorroga as concessões de geração de energia elétrica e reduz encargos setoriais de forma a oferecer tarifas menores ao consumidor. De acordo com a Lei 12.783, de 11 de janeiro de 2013, publicada nesta segunda-feira 14 no Diário Oficial da União, as concessões de geração de energia elétrica poderão ser prorrogadas uma única vez, pelo prazo de até 30 anos, de forma a assegurar a continuidade, a eficiência da prestação e a tarifa mais baixa.

ele é contra
*Saraiva

Vinte leitores da "Veja" protestaram contra Lula e o PT na Paulista



Protesto contra Lula e PT reúne 20 pessoas na avenida Paulista




http://www1.folha.uol.com.br/poder/1214302-protesto-contra-lula-e-pt-reune-20-pessoas-na-avenida-paulista.shtml

Ministra Marta Suplicy explica o que é o "Vale Cultura", mais um benefício do governo Dilma para os trabalhadores



*Opensadordaaldeia

A DESIGUALDADE É PATENTE: NA FINLÂNDIA TUCANA DE SÃO PAULO CORONEL GANHA 430 VEZES MAIS DO QUE UM SOLDADO

PM – SP: o coronel que ganha 430 vezes, o salário de um soldado

Aílton Araújo Brandão: R$ 254.099,57 (duzentos e cinquenta e quatro mil, noventa e nove reais e cinquenta e sete centavos) – vencimentos mais 14 licenças-prêmios atrasadas, 

De Paulo Cavalcanti
Os salários na Polícia Militar do Estado de S. Paulo, estão fielmente retratados na imagem acima, alerto os leitores para os valores da primeira coluna, ”salário base” – pois é em cima desses valores, que o policial se aposenta, o resto que aparece no holerite, são “penduricalhos” – que o governador inventou, porém não incorpora ao salário, ou seja, quando o policial se aposenta, todos os “penduricalhos” saem fora do cálculo, e o que sobra é a miséria da miséria.
Comecei esse texto, mostrando um quadro que retrata quem é o pessoal linha de frente, aquele policial que está dia-a-dia nas ruas, zelando pela segurança pública. Fiz isso, para mostrar aquilo que toda a imprensa não mostra, que é vir à publico e retratar com todas as letras o cidadão que recebe “uma ajuda de custo” igual essa, como pode haver alguma exigência profissional. Isso não é salário, para quem tem tamanha responsabilidade.
O que pode levar muitos a clamar que o cara antes de ingressar na corporação, sabe dos salários e dos riscos que está correndo, fato que não é possível negar, porém isso não faz  justiça necessária às condições de trabalho que o policial está exposto diáriamente, e mesmo assim a imprensa sempre blindando a figura do governador de S. Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) – que vende uma imagem, que faz o povo pensar que estamos na Finlândia, tal a firmeza de “gestão” tucana em S. Paulo.
O salário do coronel
Em agosto/2012, segundo matéria publicada no jornal O Globo - havia na folha de pagamento do Estado, e foi publicado no site Transparência, a relação de salários do funcionalismo público, e o maior salário líquido do estado no mês de junho foi o do coronel da reserva da Polícia Militar (PM) que foi subprefeito (gestão Kassab), da Lapa, na Zona Oeste da capital paulista, Aílton Araújo Brandão: R$ 254.099,57 (duzentos e cinquenta e quatro mil, noventa e nove reais e cinquenta e sete centavos) – vencimentos mais 14 licenças-prêmios atrasadas, segundo o governador Geraldo Alckmin-, seguido por dois fiscais de renda da Secretaria da Fazenda, ambos na ativa, com vencimentos líquidos de R$ 180.268,14 e R$ 134.824,96, respectivamente. (Texto Integral)
*Educaçãopolitica