Sabe aqueles milagres que raramente vemos na imprensa? Aconteceu um
hoje! O jornal O Estado de São Paulo publicou nesta segunda feira (14),
um, dos milhares programas, que o governo Lula criou para melhorar a
vida dos cidadãos brasileiros. Leia a matéria e veja se não é um milagre
a nossa imprensa, que só se preocupa em agredir Lula, ter publicado
Há pouco mais de cinco décadas, pescadores, lavadeiras, biscateiros e
sem-teto iniciaram a ocupação de uma área à beira-mar, no limite sul da
badalada praia de Boa Viagem. Expulsos, sempre retornavam ao local,
numa teimosia que terminou dando nome ao lugar, Brasília Teimosa. O
lugar foi se urbanizando e virando bairro popular. A extinção das 300
palafitas que tomavam sua orla e lhe davam o aspecto de favela -
promessa feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 10 de
janeiro de 2003 - reforçou Brasília Teimosa como área cobiçada pelas
grandes imobiliárias.
O funcionário público recém-aposentado Antonio Pedrosa, 60 anos, se
sente um privilegiado. Com a derrubada das palafitas, que deu lugar à
Avenida Brasília Formosa, sua pequena casa agora se situa na orla de 1,5
quilômetro. "Minha casinha ficava escondida, agora moro à beira-mar."
Além da casa, possui mais dois imóveis no local. Ele ainda não tem o
título de posse definitivo da terra, registrado em cartório, que começa a
ser concedido à população de cerca de 20 mil pessoas. Quando tiver,
não pretende vender, mas, segundo ele, é bom saber que, se quiser, pode
ganhar muito dinheiro.
Autoestima.
"Brasília Teimosa é a bola da vez. Obrigado, presidente Lula", diz o
presidente do Conselho de Moradores, Wilson Lapa, que defende a mudança
do nome da Avenida Brasília Formosa para Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Segundo ele, a ação do presidente aumentou a autoestima dos
moradores: "Além de valorizar os imóveis, os turistas aparecem mais,
passa mais ônibus e temos uma orla onde caminhar".
A melhoria da qualidade de vida é reconhecida por todos, mesmo com
eventuais críticas à falta de ônibus e a necessidade de ampliar a rede
de saneamento. "Temos uma bonita orla, ponto de encontro da
comunidade", diz a professora Taciana Santiago. Há dez anos, quando Lula
esteve no bairro, ela foi uma das fãs que correram atrás dele gritando
seu nome. "A vida nas palafitas era desumana. Sem banheiro, os dejetos
eram jogados no mar", relembra.
Olho grande.
A preocupação dos líderes comunitários é com o olho grande dos
empresários. "Na hora em que se regularizar, muita gente vai vender",
prevê o presidente da Colônia Z-i de pescadores, Augusto de Lima
Guimarães, 60 anos. A chegada ao local do grupo João Carlos Paes
Mendonça (JCPM), que construiu um shopping perto da área, é bem vista,
embora traga alguma preocupação futura. Os jovens estão se qualificando
- com inglês, informática, marketing e capacitação em vendas - e são
aproveitados no empreendimento.
A comunidade também é beneficiada com uma escola de regime
semi-integral do governo estadual que promoveu um programa que permite
intercâmbio em outro país. Seis alunos do bairro já foram contemplados -
três viajaram para Estados Unidos e Canadá. Os outros vão embarcar
para Nova Zelândia e Austrália.
"Caiu a criminalidade, diminuiu a sujeira", afirma o pescador Ronaldo
Gomes, 35 anos. Ele tem uma irmã que morava nas palafitas e ganhou casa
no conjunto habitacional construído com recursos do governo federal no
bairro do Cordeiro, na zona oeste da cidade. "Minha irmã está feliz,
trabalha como faxineira." Muitos dos que se mudaram, no entanto,
venderam ou alugaram suas novas casas. Alguns pescadores retornaram ao
bairro.
Perfil.
Embora a pesca ainda seja a principal atividade econômica de Brasília
Teimosa, a geração mais jovem não tem intenção de seguir a profissão
dos pais, segundo estudo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
A maioria da população tem renda de até um salário mínimo. O bairro
conta com oito escolas públicas - além das particulares. De acordo com o
Censo de 2010, 91,8% da população acima de 10 anos é alfabetizada. Esse
número cai para 75,6% se considerada apenas a população acima de 60
anos.
O comércio é diversificado e garante a autossuficiência do bairro em
praticamente todas as suas necessidades. Possui três restaurantes, sete
bares na orla e outros 32 fora dela, 10 lanchonetes, 16 mercadinhos, 11
açougues, duas padarias, duas lojas de frios e laticínios, peixarias,
cinco armazéns de construção, 21 armarinhos, seis oficinas de
bicicleta, quatro de automóveis. A população de Brasília Teimosa era
de 19.155 habitantes em 2000. Em 2010, houve redução para 18.344.
*Osamigosdopresidentelula