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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, abril 25, 2013

Israel entrega os pontos: vai libertar Samir Issawi, há oito meses em greve de fome

Baby Siqueira Abrão
Samir Issawi, preso político palestino de 32 anos, franzino, com menos da metade de seu peso habitual depois de aproximadamente oito meses de greve de fome, acorrentado pelos oficiais do Serviço Prisional de Israel (SPI) a uma cama de hospital, venceu, sozinho, o assim chamado “poderoso” governo de Israel. Hoje, 23 de abril, foi anunciado um acordo para libertá-lo, em troca do fim da greve de fome. Pelo acerto entre o Shin Bet, o serviço doméstico de segurança de Israel, e os advogados de Samir, ele será solto em dezembro e se comprometeu a encerrar seu protesto em 24 horas.
Segundo fontes bem-informadas de Israel, o governo sionista temia as manifestações que se seguiriam na Palestina caso Samir viesse a morrer. Seu estado, já muito sério, agravou-se ainda mais nas últimas semanas, quando seu coração passou a registrar apenas 24 batidas por minuto. Isso obrigou os médicos a uma série de procedimentos de emergência para mantê-lo vivo. Mesmo sob risco de morte iminente, Samir não apenas se manteve firme em seu propósito de sair livre da prisão israelense – morto ou vivo – como também ditou a seus advogados cartas que comoveram o mundo, desacostumado de atos baseados em dignidade e coerência de princípios.
Durante meses a greve de fome de Samir preocupou apenas a população palestina. Eventos como o reconhecimento da soberania da Palestina sobre uma pequena parte de seu território original – anterior à Guerra dos Seis Dias, provocada por Israel em 1967 para tomar militarmente a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém oriental, além das colinas de Golã (Síria) e do Sinai (Egito) –, as eleições em Israel, a morte de dois outros presos políticos, por tortura e falta de tratamento de câncer, e a visita de Barack Obama à região dominaram os noticiários por longo tempo. Quando o mundo acordou para o caso Issawi, Samir já estava há quase seis meses em greve de fome.
Atos públicos, abaixo-assinados, pressão sobre governos em várias partes do mundo, além dos protestos de organizações e instituições internacionais de direitos humanos (incluindo ONGs, sindicatos, partidos e movimentos sociais brasileiros, reunidos na Frente de Defesa do Povo Palestino) colocaram o governo de Israel contra um lado da parede. Do outro lado, a população palestina prometia um levante (intifada) caso Samir viesse a se tornar mais uma vítima do sistema prisional israelense – e deu uma demonstração da seriedade de suas intenções quando da morte (ou, como eles preferem, martírio) de Arafat Jaradat, barbaramente torturado pelo Shin Bet na prisão israelense de Meggido. Revoltas estouraram por toda a Cisjordânia, e os braços armados dos partidos palestinos declararam-se prontos para defender a população caso Samir fosse martirizado e Israel continuasse a atacar com violência os palestinos.
E tudo que Israel não quer neste momento, em que outra campanha contra o Irã está em curso, dessa vez com o apoio do governo dos Estados Unidos, é causar problemas locais que desviem a atenção das autoridades do país de sua mais recente obsessão. O primeiro-ministro Benjamin Netanyhau até pediu desculpas à Turquia pelo ataque ao navio de bandeira turca Mávi Mármara em 31 de maio de 2010 – quando a marinha israelense matou 9 pacifistas, oito deles cidadãos turcos – com o objetivo, segundo a rede russa RT TV, de instalar bases militares na Turquia para o suposto ataque ao Irã. Enfim, os sionistas pretendem manter o caminho livre para continuar com o bullying aos iranianos.
Nesse contexto, Samir Issawi tornou-se uma enorme pedra no caminho. Disposto a morrer caso continuasse preso sem acusação formal (e, na verdade, sem motivo), e insistindo o tempo todo que sua causa não era apenas pessoal mas sim de todo o povo palestino, ele deixou sem saída o governo israelense. E a própria Autoridade Nacional Palestina (ANP), que não fez muito esforço por sua libertação. Afinal, Samir pertence à Frente Popular de Libertação da Palestina, partido com o qual o Fatah, dominante na ANP, não mantém relações, digamos, cordiais.
Antes do acordo de hoje, o governo israelense ofereceu a Samir a liberdade em troca do exílio em Gaza. Ele recusou a oferta. Sua prisão, argumentou, era injusta, e a busca de justiça é inegociável. Também declarou-se vitorioso por antecipação: se fosse libertado ou se fosse martirizado. Nos dois casos, não teria cedido a Israel.
Samir foi preso várias vezes ao longo da vida, o que o impediu, por exemplo, de ter estudos regulares e uma família própria. A sentença mais pesada, de 30 anos, ele cumpria há 10 anos quando sua libertação entrou no acordo da soltura do soldado israelense Gilad Shalit, em outubro de 2011. Em junho de 2012 ele voltou a ser preso, sem motivo e depois de receber perdão presidencial, sob “detenção administrativa”, procedimento que Israel utiliza para manter palestinos na cadeia indefinidamente, sem acusação, sem direito a processo e a julgamento (isto é, sem direito a defesa). Em agosto iniciou a greve de fome com outros três companheiros, já libertados.
Israel fez algumas exigências para soltar Samir: ele não deve sair das vizinhanças de Issawiya, a vila de Jerusalém oriental onde mora; deve ficar mais oito meses detido, contados a partir da data do início do acordo (o que somará 18 meses desde o início de sua detenção administrativa); precisa prometer não manter contatos com membros de grupos “terroristas” ou com pessoas que cometam atos “terroristas”. Se Samir violar os termos do acordo ou cometer algum crime que o mantenha mais de três meses na prisão, o restante de sua sentença anterior, suspensa em outubro de 2011, será reativada.
Como palavra de sionista sempre volta atrás, Samir exige um acordo por escrito para pôr fim à greve de fome. Caso não seja atendido, promete parar de tomar líquidos, o que o levará rapidamente à morte. De todo modo, sabe-se que o governo israelense não prima pelo respeito nem mesmo aos acordos que assina – e a violenta ocupação da Palestina está aí para provar o fato. Além disso, nada garante que o Shin Bet não monte algum esquema para culpar Samir do que ele não fará. Trata-se, enfim, do tipo de “liberdade” que as autoridades israelenses “permitem” aos palestinos: aquela que mantém uma espécie de espada de Dâmocles sobre suas cabeças.
*GilsonSampaio

Ex-delegado diz que ditadura fez atentados para desmoralizar esquerda. Claudio Guerra assumiu ser autor de atentado no jornal o Estado de S. Paulo na década de 1980

 
Atentado ao Riocentro, terrorismo da extrema-direita a serviço da burguesia


O ex-delegado da Polícia Civil Claudio Guerra afirmou nesta terça-feira, à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, que foi o autor da explosão de uma bomba no jornal O Estado de S. Paulo, na década de 1980, e afirmou que a ditadura, a partir de 1980, decidiu desencadear em todo o Brasil atentados com o objetivo de desmoralizar a esquerda no País.


“Depois de 1980 ficou decidido que seria desencadeada em todo o País uma série de atentados para jogar a culpa na esquerda e não permitir a abertura política”, disse o ex-delegado em entrevista ao vereador Natalini (PV), que foi ao Espírito Santo conversar com Guerra. 
No depoimento, Guerra afirmou que “ficava clandestinamente à disposição do escritório do Sistema Nacional de Informações (SNI)” e realizava execuções a pedido do órgão.
Entre suas atividades na cidade de São Paulo, Guerra afirmou ter feito pelo menos três execuções a pedido do SNI. "Só vim saber o nome de pessoas que morreram quando fomos ver datas e locais que fiz a execução”, afirmou o ex-delegado, dizendo que, mesmo para ele, as ações eram secretas. 
Guerra falou também do Coronel Brilhante Ustra e do delegado Sérgio Paranhos Fleury, a quem acusou de tortura e assassinatos. Segundo ele, Fleury “cresceu e não obedecia mais ninguém”. “Fleury pegava dinheiro que era para a irmandade (grupo de apoiadores da ditadura, segundo ele)”, acusou. 
O ex-delegado disse também que Fleury torturava pessoalmente os presos políticos e metralhou os líderes comunistas no episódio que ficou conhecido como Chacina da Lapa, em 1976.
“Eu estava na cobertura, fiz os primeiros disparos para intimidar. Entrou o Fleury com sua equipe. Não teve resistência, o Fleury metralhou. As armas que disseram que estavam lá foram ‘plantadas’, afirmo com toda a segurança”, contou.
Guerra disse que recebia da irmandade “por determinadas operações bônus em dinheiro”. O ex-delegado afirmou que os recursos vinham de bancos, como o Banco Mercantil do Estado de São Paulo, e empresas, como a Ultragás e o jornal Folha de S. Paulo. “Frias (Otávio, então dono do jornal) visitava o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), era amigo pessoal de Fleury”, afirmou. 
Segundo ele, a irmandade teria garantido que antigos membros até hoje tivessem uma boa situação financeira.

‘Enterrar estava dando problema’

Segundo Guerra, os mortos pelo regime passaram a ser cremados, e não mais enterrados, a partir de 1973, para evitar “problemas”. “Enterrar estava dando problema e a partir de 1973 ou 1974 começaram a cremar. Buscava os corpos da Casa de Morte, em Petrópolis, e levava para a Usina de Campos”, relatou.
*Cappacete

Regulação da mídia: campanha na rua



http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Bruno Marinoni, noObservatório do Direito à Comunicação:

Uma nova lei para a comunicação social no Brasil. Esse deve ser um dos temas que entra na agenda da sociedade brasileira a partir do próximo 1º de maio. A campanha “Para Expressar a Liberdade” decidiu em sua plenária realizada em São Paulo, no dia 19 de abril, que a data seria a escolhida para levar às ruas o Projeto de Lei de Iniciativa Popular a ser discutido com a população e para o início da coleta de assinaturas ao documento.

O Projeto de Lei de Iniciativa Popular tem por objetivo mobilizar a sociedade brasileira em torno da proposta de regulamentar a comunicação social eletrônica no país. As leis que regem o setor estão hoje defasadas e cheias de lacunas, pois ou foram estabelecidas há cerca de 50 anos (caso do Código Brasileiro de Telecomunicações) ou não tiveram desenvolvidos dispositivos que garantam o seu funcionamento efetivo (caso do capítulo sobre Comunicação Social da Constituição).

Diante das esquivas e negativas do governo Dilma de iniciar o debate sobre a necessidade de regulamentar o setor, a sociedade civil organizadas na campanha "Para Expressar a Liberdade - Uma nova lei para um novo tempo" decidiu formular uma proposta de lei para para discutir com a sociedade e apresentá-lo ao Congresso. A expectativa dos organizadores é de que se consiga coletar pelo menos 1,3 milhão de assinaturas de apoio.

A plenária do dia 19 reuniu mais de 30 entidades, representativas de setores que lidam direta ou indiretamente com o tema do direito humano à comunicação, para debater o projeto elaborado pelo Grupo de Formulação da campanha “Para Expressar a Liberdade”. A discussão focalizou pontos como o da propriedade cruzada, a distribuição das outorgas, o tratamento dos conteúdos e a relação dos veículos com o proselitismo religioso.

A iniciativa tem sido considerada por alguns bastante positiva por sua capacidade de aglutinação. João Brant, do Intervozes, coletivo que integra a campanha, considera que “o projeto tem a capacidade de unir forças da esquerda brasileira que em outros campos estão divididas”. Para Renata Mielli, do Centro de Estudos Barão de Itararé, “essa é a proposta do enfrentamento político, de enfrentar a imobilidade do governo e mobilizar amplos setores da sociedade”. Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT e coordenadora geral do FNDC, considera que com o projeto se tem “uma proposta concreta” para se debater com a sociedade.

A abertura do encontro contou, pela manhã com a presença de Rosane Bertotti, de Altamiro Borges (Barão de Itararé), do deputado Ivan Valente (PSOL), de Sônia Coelho (Marcha Mundial das Mulheres) e de Celso Schroeder, presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj). Durante a tarde, o documento foi debatido com os representantes da sociedade civil e do movimento social com a coordenação de Renata Mielli, de João Brant, de Orlando Guilhon (FNDC/Arpub) e do professor Marcos Dantas (UFRJ). As contribuições feitas ao texto serão adicionadas durante a semana e a versão consolidada será analisada em reunião de trabalho nesta quinta-feira, dia 25, em São Paulo
*carlosmaia

Deputado defende impeachment de Luiz Fux e Gilmar Mendes


Em entrevista exclusiva, o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) afirma que sua emenda constitucional, já aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, visa resgatar a soberania do voto popular, ao submeter ao Congresso algumas decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal. "Estimulado pela mídia, que hoje é um partido político de oposição, o STF se converteu em linha auxiliar da minoria", afirma. De acordo com o parlamentar, ou o Congresso passa "da covardia à coragem" ou perde sua própria razão de existir. Sem receio de comprar brigas, ele defende o impeachment dos ministros Luiz Fux e Gilmar Mendes e rotula ainda o jornalista Merval Pereira, do Globo, como um personagem de conduta fascista.
Brasil 247 - Autor de uma emenda constitucional que submete decisões do Supremo Tribunal Federal ao Congresso Nacional, o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) concedeu entrevista exclusiva ao 247 para defender o seu projeto, que, nesta quinta, foi alvo da artilharia pesada do jornal O Globo. Segundo Fonteles, a mídia é hoje um partido político de oposição, que usa a suprema corte como sua linha auxiliar de combate. Ele defende ainda que o Congresso passe da "covardia à coragem" sob pena de perder sua própria razão de existir. Confira:
Sua emenda vem sendo rotulada como uma retaliação do Congresso ao julgamento da Ação Penal 470. Como o sr. responde à crítica?
Nazareno Fonteles - A emenda foi apresentada no primeiro semestre de 2011, dois anos atrás, bem antes do julgamento da Ação Penal 470 e eu não tenho controle sobre períodos em que se colocam os temas em votação. Coincidiu de ser agora, no contexto do julgamento, mas o fato é que o Supremo Tribunal Federal já vem invadindo a competência do Legislativo há muito tempo e eu já vinha estudando esse tema. O fato é que não cabe ao juiz legislar acima do constituinte.
Cite um exemplo concreto
Nazareno Fonteles - Aconteceu ontem, com a decisão do Gilmar Mendes, sobre a criação de novos partidos. Foi uma imoralidade. Um juiz do STF tomando uma decisão de caráter político, passando por cima de uma decisão soberana da Câmara dos Deputados, em favor da fidelidade partidária. Na prática, isso comprova que a suprema corte hoje age como linha auxiliar da oposição. E juízes se comportam como políticos, sem terem legitimidade popular, conquistada no voto, para isso.
Como o Congresso deve reagir?
Nazareno Fonteles - É preciso passar da covardia à coragem. A chamada judicialização da política enfraquece a democracia. Em vez do respeito às decisões da maioria, passa a valer a regra do tapetão permanente. O que cabe à oposição fazer? Lutar para ter mais votos e vir a se tornar maioria. Se esse movimento não for brecado, o Congresso Nacional perderá sua razão de existir. Um dia, é o ministro Luiz Fux que derruba a votação dos royalties. Agora, é o Gilmar, com uma liminar, que derruba a lei da fidelidade partidária. Estes senhores não foram eleitos.
Argumenta-se que os casos param no STF porque o Congresso não consegue resolver seus impasses.
Nazareno Fonteles - Ora, como não? A lei dos royalties foi votada. A lei da fidelidade partidária foi votada. Na democracia, ganha a maioria. No modelo que estão tentando impor ao Brasil, a minoria se alia à mídia e ao STF para fazer prevalecer o tapetão. O Congresso deveria reagir e essa invasão de competência deveria suscitar, inclusive, uma discussão sobre o impeachment dos ministros.
O sr. é favorável ao impeachment de alguns ministros?
Nazareno Fonteles - O exemplo do ministro Luiz Fux é um caso claro de impeachment. Ele afirma que não debate com um réu, no caso o ex-ministro José Dirceu, mas não teve vergonha de procurar o mesmo réu para se tornar ministro do STF. Foi ele próprio, Fux, quem confessou. Ou seja, é um réu confesso. Há também o exemplo do ministro Gilmar Mendes, cuja mulher trabalha no escritório do advogado Sérgio Bermudes, que é seu amigo pessoal. E ele afirma que não tem por que se declarar impedido. Isso, obviamente, fere o código de conduta da magistratura.
Qual será, a seu ver, a consequência da judicialização da política?
Nazareno Fonteles - O Congresso está sendo humilhado pelo STF. É uma invasão permanente de competências, quando eles têm milhares de processos parados. Os juízes hoje agem como políticos, em sintonia com a mídia, e isso retira a legitimidade das próprias decisões judiciais, que passam a estar contaminadas por esse efeito perverso. Na democracia, cada um deve fazer o que lhe compete.
Sua emenda foi qualificada pelo jornalista Merval Pereira, do Globo, como obra dos aloprados do PT. Como o sr. reage?
Nazareno Fonteles - É um exemplo de desonestidade intelectual. Se o STF estivesse agindo contra a oposição, Merval seria contra. Sem argumentos, ele não debate. Parte para a desqualificação do adversário, numa atitude tipicamente fascista. Eu estudei o assunto e ajo por convicção. Ele se move de acordo com seus interesses políticos. Só existe democracia na política. Fora dela, restam a guerra e o tapetão.
*Saraiva


PT pressiona governo Dilma pela regulamentação da mídia: Genoíno defende em plenário a liberdade de imprensa com combate ao oligopólio midiático, promoção da pluralidade editorial, direito imediato de resposta e garantia do direito de privacidade



*opensadordaaldeia

GUERRA CONTRA AS DROGAS: A HUMANIDADE PARTIU PARA A IGNORÂNCIA, MAS SERÁ ESSA A ÚNICA NÃO-SOLUÇÃO?

Milhares passam fome e milhõe$ combatem as drogas
Milhares passam fome e milhõe$ combatem as drogas

Quando duas pessoas saem no tapa ou partem para a briga, é comum usar a expressão popular: “eles partiram para a ignorância”. Partir para a ignorância é romper toda a capacidade de diálogo, é a guerra. Quando o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, declarou guerra às drogas, há 40 anos, e levou vários países a seguir essa estratégia, ele também decidiu partir para a ignorância.

É por isso que até hoje a chamada guerras às drogas não acabou e os países continuam a “partir para a ignorância” sem fim. E provavelmente passaremos mais 40 anos na pancadaria contra as drogas. Há 4 décadas, todas as polícias de praticamente todos os países combatem as drogas com armas de fogo pesada, equipamentos de guerra, tapas, pontapés e assassinatos. E o resultado? Não, não há resultado.

O tráfico e o consumo de drogas só tem aumentado, na maioria das vezes com a complacência e parceria de quem deveria combater.

Não seria hora de pensar em uma nova guerra contra as drogas? Não seria mais inteligente combater as drogas de outra forma, visto que essa não tem dado resultado?

Que tal uma guerra humanitária e política contra as drogas? Por que não investir pesado em uma região dominada pelo tráfico, que normalmente são regiões pobres, como favelas? No lugar de intervir, investir. Assim, os combatentes contra as drogas seriam outros, pessoas comuns. Veja só:

O primeiro batalhão de artilharia poderia ser de arquitetos e engenheiros que, armados de pranchetas e cálculos, em parceria com a comunidade, desenharia um plano de urbanização, com casas decentes para todos os moradores, ruas, escolas, hospitais, locais de lazer, para comércio, indústria e até para agricultura de hortaliças. Em seguida, um batalhão armado com retroescavadeiras, pás e enxadas para erguer um novo bairro por etapas, com a consonância dos moradores.

Na sequência entram mais três batalhões para fuzilar as drogas.

Um batalhão seria das secretarias de Educação, Saúde, Esporte e Lazer, com atendimento das crianças de zero a 18 anos, programando educação e atividades escolares, culturais e esportivas.

Outro batalhão entraria para financiar pequenos negócios, profissionalização e assistência social para os adultos. Esse seria um batalhão persistente e implacável com a miséria social e econômica.

E, por último, um postinho da polícia comunitária.

Será que daria resultado? Por que não testar?

*Educaçãopolitica

quarta-feira, abril 24, 2013

Charge foto e frase do dia





























A multa milionária da McDonald’s e o silêncio da mídia


Punição dada à rede McDonald’s deverá incentivar o debate sobre os abusos da publicidade infantil no Brasil. A multa ultrapassa os R$ 3 milhões

mcdonald's multa mídia silencia
McDonald’s recebe multa; mídia silencia (Foto: Reprodução)
A Fundação Procon de São Paulo decidiu manter a multa de R$ 3.192.300,00 dada à rede McDonald’s pela venda de lanches com brinquedos e pela publicidade voltada ao público infantil. O órgão se baseou no Código de Defesa do Consumidor para punir a poderosa multinacional estadunidense. “Muitas vezes, por meio de brindes relacionados a personagens do mundo infantil, as empresas induzem o consumo, o que caracteriza uma relação abusiva, pois o público infantil é considerado hipervulnerável e ainda está em desenvolvimento de sua posição crítica”, explica a assessora técnica do Procon-SP, Andréa Benedetto.
O processo contra a Arcos Dourados Comércio de Alimentos, empresa que opera a rede de restaurantes fraqueados do McDonald’s no Brasil, foi aberto em 2011 a partir das denúncias feitas pelo Instituto Alana. A empresa utilizou inúmeros expedientes jurídicos para evitar a multa, mas ela foi aprovada pelo Procon e publicada no Diário Oficial de São de Paulo no início de abril. “O Procon age no mercado buscando equilíbrio. Quando se trata de um publico considerado hipervulnerável, como acontece com crianças, idosos e deficientes, deve haver um cuidado maior”, conclui Andréa Benedetto.
Leia também
Segundo reportagem de Alessandra Goes Alves, no sítio da Rede Brasil Atual, a punição da McDonald’s deverá incentivar o debate sobre os abusos da publicidade infantil no Brasil. “No Congresso Nacional, existem alguns projetos que tratam da publicidade para o público infantil. Em janeiro deste ano, o Rio aprovou a lei municipal 5.528, que prevê aplicação de multa de R$ 2 mil a restaurantes que venderem lanches com brinquedos. Já em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin vetou dois Projetos de Lei que tratavam da regulamentação da publicidade infantil. O PL1096/2011 previa a proibição da venda de brinquedos junto a lanches, enquanto o PL 193/2008 (http://www.al.sp.gov.br/propositura?id=786904) restringia a veiculação de publicidade de alimentos não saudáveis entre as 6h e as 21h, em rádios e TV’s”.
O curioso no caso da pesada multa à rede McDonald’s é que a mídia comercial evita tratar do tema. Será que os bilionários anúncios da multinacional estadunidense nos jornais, revistas e emissoras de rádio e tevê explicam esta omissão criminosa? Será?
*Pragmatismopolitico
SEGUIMOS DE OLHO ABERTO

Este é Rodrigo Vargas, neonazista e membro da gangue de extrema direita "Impacto Hooligan", conhecida por suas agressões à moradores de ruas, nordestinos, negros e homosexuais.

A denúncia que recebemos é que ele ateou fogo em moradores de rua próximo à estação de metrô Ana Rosa, em SP.

O endereço de Rodrigo Vargas é:
Rua Jupiter, 97 - Paraíso/SP

Antifas, o resto é conosco! :)
SEGUIMOS DE OLHO ABERTO

Este é Rodrigo Vargas, neonazista e membro da gangue de extrema direita "Impacto Hooligan", conhecida por suas agressões à moradores de ruas, nordestinos, negros e homosexuais.

A denúncia que recebemos é que ele ateou fogo em moradores de rua próximo à estação de metrô Ana Rosa, em SP.

O endereço de Rodrigo Vargas é:
Rua Jupiter, 97 - Paraíso/SP

Antifas, o resto é conosco! :)