O “lucro” da Rede Globo com o mensalão
Merval Pereira se apresenta como um analista político, mas o distinto
público brasileiro começa a ter confirmação do verdadeiro compromisso
dele.
Ele é seletivo e/ou relativiza os temas que aborda e assim fica evidente
seu comprometimento, nem sempre perceptível para a maioria de seus
leitores.
NOTÍCIA IMPORTANTE- Joaquim
Barbosa não é mais o relator do inquérito GAVETÃO número 2474. Estamos
colhendo maiores detalhes , porem é de conhecimento de todos que JB
deixou de ser relator do mensalão tucano/mineiro há muito tempo e no
entanto somente agora é que ele deixou de ser relator do inquérito
GAVETÃO 2474.
FATOS INCONTESTES
1) O então presidente do STF, ainda durante o julgamento da primeira fase da AP 470, prefacia livro do Merval;
2) No caso do escândalo dos tucanos em SP com a SIEMENS, Merval
clama pela “presunção de inocência” p/ os amigos tucanos Serra e
Alkimin;
3) No caso do escândalo da própria Rede Globo, que envolve os
proprietários (a família Marinho) em sonegação bilionária e crimes
contra o sistema financeiro, nada é mencionado por Merval.
Os blogs O Cafezinho e Tijolaço fizeram
duas importantes postagens (ABAIXO DISPONIBILIZADAS) que auxiliam na
compreensão do “lucro” que a Rede Globo teve com o mensalão.
Quanto ao Merval Pereira ... é um mequetrefe diante da conduta típica de
mafiosos com que seus patrões estão sendo flagrantemente desnudados.
Obs.: Aguardem novas e bombásticas revelações que serão
disponibilizadas, ATRAVÉS DE DOCUMENTOS, comprovando que a Rede Globo
foi “ajudada” pela PGR/MPF e por Joaquim Barbosa para não ser incluída
no julgamento do mensalão (a AP 470), pois ficaram guarnecidas no
GAVETÃO do JB (o inquérito 2474).
ENTENDA COMO FUNCIONA O GAVETÃO DO JB
CONVERSA AFIADA: MATÉRIA PUBLICADA NO DIA 07/08/2013
AS MARACUTAIAS DA GLOBO OFFSHORE
Cafezinho e os mistérios da Globo no exterior
Continuemos onde paramos no post anterior, intitulado “Pizzolato é inocente, já a Globo“.
Eu divulguei o documento de criação da DTH, uma corporação na Flórida,
controlada pela Globo. Apenas no documento de fundação encontramos a
referência à Globo. Nos outros, porém, aparece o mesmo endereço da
emissora carioca, rua Afrânio de Melo Franco 135. A mesma empresa é
citada no processo de concordata requerida pelos credores contra Globo:
Os documentos podem ser todos baixados neste site (clique aqui).
A
princípio, não há nada demais em se criar uma corporação na Flórida ou
Delaware. A Globo não é um ministro do STF, nem usou imóvel funcional
como sede da empresa, como fez Joaquim Barbosa.
Meu
interesse pelos negócios da Globo nos EUA é porque eles nos ajudarão a
entender os motivos que poderiam levar a emissora a cometer um ato tão
desesperado como mandar roubar o processo de sonegação na Receita
Federal, onde constava uma dívida de R$ 615 milhões a ser paga em até 30
dias, conforme mostram os documentos que publicamos aqui.
Em 2004, o Supremo Tribunal Federal acatou (clique aqui)
um pedido da Justiça suíça de enviar documentos relativos aos contratos
da TV Globo e uma de suas empresas no exterior, a Globo Overseas
Investments B.V. (citada no processo da Receita), com a firma suíça
ISMM, posteriormente condenada duramente por corrupção e lavagem de dinheiro em negociatas dos direitos de transmissão da Copa de 2002.
No
documento do STF fala-se na intenção da Suiça de participar de
interrogatórios conduzidos pelo Ministério Público com os senhores
Marcelo Campos Pinto e Fernando Viegas Rodrigues Filho. O primeiro era
diretor da TV Globo e, segundo a Veja,
o todo-poderoso da emissora na área de esportes. O outro ainda não sei,
mas suponho que seja também um executivo da Globo. Por que o Ministério
Público investigava esses personagens? O que eles sabiam de tão
importante a ponto de autoridades suíças gastarem dinheiro de seus
contribuintes para se deslocarem até aqui, participar das audiências,
com apoio de tradutores? Que documentos são esses, da Globo e Globo
Oversears, que interessavam às autoridades suíças?
Na internet, encontro um livro de
John Horne and Wolfram Manzenreiter, intitulado “The World Cup e
television futball”, que traz algumas informações sobre o caso. Segundo
os autores, a Fifa descobriu que US$ 60 milhões “supostamente pagos pela
TV Globo pelos direitos da Copa de 2002 jamais puderam ser rastreados”.
Como assim?
Mas
cruzemos o oceano e voltemos aos Estados Unidos, onde a Globo
enfrentava um problemaço por causa de uma dívida de US$ 1,18 bilhão. Um
grupo de credores entrara com uma ação para exigir a concordata da Globo
nos EUA, alegando que a emissora possuía, desde 1996, uma empresa
instalada no país, a DTH Corp., criada na Florida. O documento de
criação da DTH, assinado pelo executivo Roberto Pinheiro, representante
da Globo, foi apresentado no post anterior, e pode ser baixado na
íntegra aqui.
A
Globo conseguiu, porém, uma liminar judicial para sustar o processo de
concordata, que poderia gerar perda de patrimônio. As credoras apelaram
novamente e conseguiram uma vitória que logo se tornou popular na
literatura jurídica norte-americana.
Se
eu estiver errado, algum entendido me corrija, mas tudo leva a crer que
a Globo estava em dificuldades crescentes ao final de 2004. A dívida de
US$ 1,2 bilhão vinha sendo cobrada judicialmente em NY. Segundo
notícia publicada na BBC Brasil,
a dívida chegava a quase US$ 2 bilhões. Pouco mais de um ano depois,
uma de suas operações em paraíso fiscal é flagrada pela Receita Federal
do Brasil, que lhe aplica uma senhora multa, totalizando uma dívida de
R$ 615 milhões em 2006.
Ou
seja, a Globo tinha motivos para ficar, no mínimo, nervosa. A crise do
mensalão, porém, lhe permitiu respirar por alguns anos, porque qualquer
atitude das autoridades, naquele tempo, seria considerada uma retaliação
do governo. A partir daí, tem início uma operação de larga envergadora
para transformar o mensalão no símbolo da corrupção nacional, desviando a
atenção da sociedade para os verdadeiramente grandes escândalos: o
Banestado; a privataria; a concentração da mídia em mãos de oligarcas
corruptos de um lado, e empresas ligadas ao golpe de 64, de outro; e
sobretudo, uma coisa que só agora descobrimos,
a existência de fortunas de brasileiros, de mais de R$ 1 trilhão, em
paraísos fiscais, boa parte provavelmente fruto de sonegação e lavagem
de dinheiro.
Enquanto
isso, vende-se aos brasileiros que a prisão de Genoíno, que não tem um
centavo no bolso, e de Pizzolato, que vive de sua aposentadoria de
funcionário do Banco do Brasil, representa um marco na história da luta
contra a corrupção no Brasil. Manipula-se descaradamente a justa
indignação dos brasileiros, acumulada durante séculos de opressão e
roubalheira, para criar uma ficção mal ajambrada, cheia de buracos,
baseada na denúncia de um mentiroso. Enquanto isso, os verdadeiros
corruptos, conforme se vê no escândalo do metrô em São Paulo, apontando
superfaturamentos milionários desde 1998, continuam impunes! Enquanto
isso, o roubo do processo da Globo não é sequer investigado pelo
Ministério Público!
Um dia, porém, serão desmascarados.
CONVERSA AFIADA: MATÉRIA PUBLICADA NO DIA 08/08/2013
CADE VAI ATRÁS DA GLOBO NOS EUA ?
Tijolaço segue o Cafezinho e encontra a Globo do Ataulfo em Delaware.
O Miguel do Rosário, em seu blog O Cafezinho,
topou com uma estranha empresa que pertenceria à Rede Globo, nos EUA,
mencionada no processo de concordata que a empresa sofreu, no início da
década passada, nos Estados Unidos.
Era a DTH Usa Inc, que é citada neste processo como “podendo valer milhões de dólares”.
Ninguém fora da Globo sabia, até agora, desta DTH Usa, Inc.
Bem,
DTH quer dizer “Diretc to Home”, nome usado para as operadoras de
televisão via satélite, as mini-parabólicas que todo mundo conhece hoje.
Falando com Miguel, fui avançando na história desta empresa.
E o que obtive é – ou deveria ser -de grande interesse para o Cade, que aprovou a fusão entre a Sky e a DiretcTV no Brasil.
A
DTH Usa Inc foi criada em setembro de 1996, sob as leis do estado
americano de Delaware e registrada na Flórida, tendo como diretores os
senhores Roberto Pinheiro e Emilio Pascual. O primeiro dá como endereço o
centro administrativo da Globo, no Leblon; o segundo o da Net-Sat, em
Cerqueira César, São Paulo.
Trata-se,
portanto, de um negócio das Organizações Globo, não um arranjo de
esperteza medíocre como a empresa “fundada” pelo Ministro Joaquim
Barbosa, para comprar um apartamento de novo rico na cidade das
celebridades, Miami.
Em
novembro do mesmo ano, surge a Sky, operadora de DTH no Brasil, numa
sociedade entre as Organizações Globo, a British Sky Broadcasting, a
News Corporation e a Liberty Media International.
Claro, mera coincidência.
No
ano seguinte, segundo os registros feitos na Flórida, aparece a figura
do sr. Paulo Mendes, diretor da NET Serviços de Comunicação S/A, que dá
também o endereço da sede global localizada no Leblon.
Ele é registrado como vice-presidente da empresa offshore e oferece o mesmo endereço da Globo no Leblon nos documentos.
Hoje,
é um dos principais dirigentes da emissora e nas horas vagas exerce o
cargo de vice-presidente do Botafogo de Futebol e Regatas.
E segue a saga da DTH Usa, Inc.
Em 1999, desaparece Emilio Pascual e ficam apenas Roberto e Paulo Mendes como presidente e vice-presidente da empresa.
Apenas
dois dias depois do registro dessa nova composição diretiva, a
secretária responsável pelos registros, a americana Cynthia Hicks,
renuncia ao cargo na direção da empresa.
A
empresa fica no “freezer” durante ao ano de 200o e ressurgiu em 2001,
já agora “dirigida” pela advogada Valdenise Menezes, que trabalhou na
Infoglobo e hoje é controller da Gol e por um até agora desconhecido
Jorge Vieira de Souza.
O
endereço de Valdenise é o da sede administrativa da Globopar e o de
Jorge, o da Rua do Verbo Divino, 1356, na Chácara Santo Antonio, São
Paulo.
Jorge
desaparece no ano seguinte, sendo substituído por Luiz Carlos de Souza
Sá, que oferece como endereço a rua Professor Manoelito de Ornellas,
303, 8° andar, bem próximo à sede paulista da Net.
Em 2006, porém, tudo muda.
Saem os funcionários da Globo e entra Michael Hartman, vice presidente da Direct TV Latin America.
O documento é registrado em 3 de julho de 2006.
E ele fecha a DTH Usa, Inc.
Mera coincidência?
Está
evidente que a DTH Usa, Inc. desempenhava papel importante nos negócios
da Sky, tanto que foi transferida quando a Globo deixou de ter o
controle acionário da empresa de TV brasileira.
Qual era esse papel?
Isso está nas informações dadas ao Cade?
Os
negócios feitos por ela relativos a atividades desenvolvidas no Brasil
estão registrados na Receita Federal e pagaram impostos?
A
empresa é registrada em Delaware não por acaso. O estado é um “paraíso
fiscal” dentro dos EUA, onde são feitos milhares de negócios, desde
grandes corporações até traficantes de armas russos e ladrões de todo
tipo, como destaca o The New York Times.
A
CT Corporation System, que serve de endereço e plataforma legal para a
DTH Usa, Inc. é um grande galpão, da foto, em Willmington, que abriga,
segundo o Times, nada menos que 285 mil empresas!
O endereço não podia ser mais irônico: Orange Street, 1209. Rua Laranja, 1209.
Porque
a Globo escondia essa empresa “de fachada”, colocando e retirando
homens e mulheres de confiança da empresa como diretores “fantasmas”, já
que era nas subsidiárias da Globopar que trabalhavam?
A
DTH Usa Inc. fazia negócios aqui, através de outras empresas sediadas
em Delaware. Em breve, o Cafezinho de Miguel do Rosário trará novas
informações sobre isso.
Será que fraude no Brasil, usando empresas offshore não é crime?
Ou crime é só o que cometem funcionários de oitavo escalão, quando surrupiam processos de sonegação fiscal da Globo?
José
Eduardo Cardoso, o ministro da Justiça, que peitou Serra para garantir
as investigações do Cade sobre o caso Siemens-Alstom, vai ter coragem
de mandar o Cade apurar o que é a DTH Usa, Inc. parte do negócio de
fusão que o órgão aprovou?
Por: Fernando Brito
Aqui para ler “Tijolaço e a fraude da Globo: cadê o corruptor ?”.
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