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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, agosto 18, 2013
¡Avion militar USA transportó 24 ton. de cocaina de Costa Rica a Miami!
Según el Costa Rica Star, un Boeing C-17 Globemaster III proveniente de la Base Dover de la Fuerza Aérea de Estados Unidos aterrizó en el Aeropuerto Internacional Daniel Oduber Quirós el pasado sábado 27 de julio, cargó casi 24 toneladas de cocaína en contenedores y despegó hacia Miami, no sin antes detenerse en Nicaragua y Honduras.
La Fuerza Aérea norteamericana habría acordado transportar la cocaína luego de que el incinerador de un exitoso programa costarricense, capaz de destruir 300 kilos de droga por hora, presentara dificultades para funcionar.
El Organismo de Investigación Judicial de Costa Rica dijo que no autorizará más el transporte de cocaína a Miami y que volverá a almacenarla en recintos seguros.
El reporte señala que “dos magistrados del Poder Judicial desconocían el arribo de la Fuerza Aérea de Estados Unidos a Costa Rica”. Aparentemente, ningún permiso de ingreso al espacio aéreo costarricense fue visto por los legisladores del Parlamento. La identidad exacta del Globemaster también fue mantenida en reserva hasta que una indagación más profunda reveló que se trataba del “Spirit of Delaware”.
Cuando el avión llegó, el consulado de Costa Rica en Miami debía confirmar el envío y la destrucción de la cocaína, no obstante, no se envió ningún comunicado. Pese a esto, el Organismo de Investigación Judicial afirma que las drogas fueron destruidas.
La participación de la Fuerza Aérea de Estados Unidos debe levantar las alarmas, en razón de anteriores acusaciones sobre tráfico de drogas de la CIA y autoridades del gobierno norteamericano – en el caso de Nicaragua, donde el avión se detuvo, la administración Reagan contó con el apoyo de criminales del narcotráfico durante la red de abastecimiento de los Contras (lea informe del Departamento de Justicia de EEUU).
En abril de 2011, Jesús Vicente Zambada Niebla, el “coordinador logístico” del cartel de Sinaloa – pandilla responsable de la adquisición de un jet de torturas de la CIA que se estrelló con cuatro toneladas de cocaína a bordo, en el año 2007 – declaró a la Corte del Distrito de Illinois, Chicago, que había estado trabajando como un agente del gobierno de Estados Unidos durante años.
Según las transcripciones judiciales, el gobierno permitió que Niebla importara grandes cantidades de cocaína a Estados Unidos como resultado de su relación con el FBI, Homeland Security (Seguridad Interior), el Departamento de Justicia de Estados Unidos y la Agencia Antidrogas (DEA).
Las afirmaciones de Niebla se adhieren a la voluminosa evidencia que vincula a la CIA y gigantescos bancos internacionales en el contrabando de estupefacientes, que amasa cientos de miles de millones de dólares al año.
Tales revelaciones fueron develadas, en un principio, por el periodista ganador del Premio Pulitzer, Gary Webb, en sus reportajes de periodismo investigativo “Dark Alliance”, escritos para el diario San Jose Mercury News y luego plasmados en un libro. Según autoridades policiales, en 2004, Webb decidió quitarse la vida. El periodista, quien fue encontrado con dos heridas de bala en la cabeza, había alertado a sus conocidos sobre continuas amenazas de muerte por agentes del gobierno.
*http://www.contrainjerencia.com/?p=72877
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL: UMA MEDIDA FASCISTA
Por Adriano Espíndola Cavalheiro
Assim
como Franz Kafka, que inicia (seu livro) Metamorfose, sem maiores
rodeios, com a transformação de Gregor Samsa, o personagem principal de
um drama surreal, em um besouro (para muitos numa barata), começo esse
texto dizendo que sou totalmente contrário à proposta de redução da
maioridade penal.
Explico-me.
Programas
televisivos e radiofônicos, ao estilo daquele comandado pelo senhor
Datena - que há poucos dias foi condenado por danos morais coletivos por
intolerância religiosa - tomaram para si a bandeira da redução da
maioridade penal e de ataques ao ECA (estatuto da criança e
adolescente), apresentando-as à população como uma panaceia para
diminuição a violência que toma conta as sociedade brasileira.
Entretanto, conforme artigo sobre o tema de Givanildo Manoel, militante da organização social Tribunal Popular,
o ECA além de não ter culpa pela violência, ele nunca foi efetivamente
implantado no Brasil, sendo uma lei que se fosse verdadeiramente
efetivada, garantiria políticas preventivas que responderiam às
necessidades da infanto-adolescência e, por consequência, da sociedade.
Ao contrário, a lei, além de não ser implantada, foi sendo mudada para
pior, não cumprindo o seu papel.
Os
defensores da redução da maioridade penal, em vez de buscar respostas e
soluções para salvaguardar as crianças e adolescentes brasileiros,
partem para medidas simplistas como a defesa do encarceramento de
jovens, como a solução de problemas. Não aprenderam a lição do sociólogo
Hebert de Souza, o Betinho, segundo a qual, “se não vejo na
criança, uma criança, é porque alguém a violentou antes; e o que vejo é o
que sobrou de tudo o que lhe foi tirado.”
Ora,
com todo respeito à dor de quem perdeu filhos, amigos e entes queridos
em decorrência da criminalidade gritante na sociedade brasileira,
aqueles que partem do viés do endurecimento e aumento das penas,
inclusive, aumentando o espectro, ou seja, a parcela das pessoas que
poderão sofrer suas consequências (como, por exemplo, o aumento da
maioridade penal), em verdade têm uma noção totalmente equivocada acerca
do sentido que deve ter o sistema prisional em qualquer sociedade que
se pretenda civilizada e realmente democrática, pois essas pessoas
entendem o recolhimento dos condenados às penitenciárias não como um
instrumento que deveria visar a recuperação, a ressocialização e a
reinserção social daqueles que deliquem, mas sim, tão apenas
como uma medida que além de garantir a higienização social, retirando
das ruas aqueles que vão contra as regras de convivência social, ou
seja, as pessoas que cometem quaisquer tipos de crimes ou contravenções,
oferece sensação de vingança contra os delinquentes, em especial aos
ofendidos por seus atos, ou as familiares destas pessoas.
O
que se vê, portanto, nos defensores do aumento das penas e do viés dos
criminalizados, fazendo-as atingir os menores de idade, é fazer
prevalecer a velha Lei do Talião, que prega o “olho por olho e o dente por dente”, estabelecida pelo há muito não vigente Código de Hamurabi, de 1780 antes de Cristo.
Entretanto,
tenho que abrir aqui um parênteses, para dizer que, em frente à
realidade das penitenciárias e cadeias brasileiras, enfim, em face à
realidade do nosso sistema prisional, é a lei de Talião que inspira o
modelo de justiça penal, para nossos governantes, pois há muito nossas
“cadeias” são tão apenas depósitos de gente indesejada, escolas do
crime, ondes os detentos “têm que sofrer, pagar pelo crime cometido”.
A
questão, portanto é que a sociedade brasileira, precisa superar esse
modelo de justiça penal e social, que tem se mostrado ineficaz, do ponto
de vista da real de diminuição da violência e por consequência de dar
segurança à sociedade. É preciso partir para um novo modelo que recupere
e ressocialize os detentos, mas, também, que evite ou, ao menos,
diminua consideravelmente o número de pessoas que delinquem, que
distribua renda - dotando a sociedade de serviços públicos de qualidade,
incluindo, a educação, a formação de professores, etc - de modo a
combater a desigualdades sociais que têm transformado a sociedade neste
mundo cão e violento, onde o homem é o lobo do próprio homem.
Em
vez de berrar nos rádios, televisões e redes sociais pelo aumento da
maioridade penal, os “datenas da vida”, deveriam, portanto, pugnar por
políticas de segurança pública e políticas sociais, pensadas a partir da
reforma do sistema educacional, dotando-o de qualidade e gratuidade, da
geração de empregos e do aumento dos salários, da socialização da
cultura (chega de lek, lek, lek) e da assistência social e hospitalar de
qualidade. Deveriam, também, repensar os modelos de polícias que temos,
para que os profissionais de segurança sejam preparados para dar
segurança e não para guerrear, em face de uma estrutura militarizada,
contra a sociedade (refiro-me às PM’s brasileiras). Deveriam, também
repensar, é claro o sistema prisional, para acabar com as superlotações
dos presídios e para que estes tenham no trabalho e na educação uma
forma de ressocializar os detentos.
Aumento
de pena e do espectro de penalizados, com todo o respeito, é discurso
fácil, populista, de viés claramente fascista, que não vai resolver o
problema da segurança pública brasileira. Se aprovada a responsabilidade
penal para os maiores de 16 anos, estaremos apenas abrindo às portas
para a penalização, com o decorrer do tempo, tão logo um crime bárbaro
seja cometido por um adolescente menor de 16, de origem pobre é claro,
para a penalização dos maiores de 14, de 12, de 10, 8, 7, 6...
Adriano Espíndola Cavalheiro,
é advogado trabalhista e assessor jurídico sindical de várias entidades
de trabalhadores. Preside a Comissão de Movimentos Sociais da
OAB/Uberaba e é membro da Coordenação Executiva da Associação dos
Advogadas e Advogados do Triângulo Mineiro/MG. Militante do PSTU, é
membro da Renap (Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares) e do
Corpo Jurídico da CSP- Conlutas (Central Sindical e Popular -
Coordenação Nacional de Lutas).
*defesadotrabalhador
A truculência de Barbosa é a mesma da Globo
Os massacres do Egito nos ensinam muita coisa. A mais importante delas é
o risco de arruinar a democracia quando se a substitui descuidadamente
por uma suposta “voz das ruas”. A demoracia é um regime baseado numa
teoria de Estado já milenar, e que, apesar de seus incontáveis defeitos e
contradições, revelou-se mais estável e progressista que todas as
outras. E a base da democracia é o direito de cada um, não só nas ruas,
mas nos campos, na beira dos rios, nas montanhas longínquas, ou mesmo
apenas impossibilidade de sair de casa por alguma razão, de ter o mesmo
direito à opinião e o mesmo peso em decisões políticas do que um
manifestante acampado diante da casa do governador.
E aí, quando eles acham que a voz das ruas pode favorecer os seus
interesses, eles dão uma pirueta conceitual e afirmam idiotices como “a
voz das ruas ser a expressão da vontade do cidadão”, como fez Merval
hoje em sua coluna.
Eu cito sempre Merval, quero deixar claro, porque ele é o porta-voz dos
interesses daqueles que mandam na Casa Grande, dos mesmos que sempre se
locupletaram com nossa miséria e subdesenvolvimento, a começar pela
família Marinho. Merval é um lacaio deles.
E também porque é absolutamente chocante que, em pleno século XXI,
vejamos a nossa grande mídia defendendo, despudoramente, teses
linchatórias.
Está me parecendo que tudo é planejado. A grosseria de Joaquim Barbosa
visa intimidar os outros juízes, como ele já fez na primeira fase do
mensalão. Como imaginar as delicadas Carmen Lúcia e Rosa Weber
enfrentando uma besta fera truculenta como esse homem?
Estaria certa a ex-ministra Ellen Gracie, quando reagiu assustada ao
saber da nomeação de Barboas e disse: “Vai vir para cá um espancador de
mulher?”
A crítica da imprensa à Barbosa é mascarada e maquiavelicamente
preparada para fazê-lo parecer o “justiceiro do povo”. Tão grosso e tão
justo! Como bons filisteus, eles criticam sua truculência de dia, mas a
festejam à noite, entre risos e copos de uísque.
Alguns nem fingem. Merval acusa hoje, criminosamente, o ministro Lewandowski:
“desde o início do julgamento [Lewandowski] denota a intenção de retardá-lo ao máximo”
Isso não é acusar um ministro de fazer chicana?
A repreensão da Casa Grande midiática aos maus modos de Joaquim Barbosa
visa parecer, deliberadamente, a crítica de um inglês pedante à maneira
desleixada de Robin Wood se vestir. Só que Wood roubava dos ricos para
dar aos pobres. Barbosa quer prender um punhado de pobres para agradar
aos ricos. Sim, pobres. Pizzolato é pobre e sem poder. José Genoíno é
pobre e sem poder. Os publicitários condenados já devem estar hoje
empobrecidos e, definitivamente, não tem e nunca tiveram poder. Entre os
réus do mensalão, estão secretárias subalternas, sem dinheiro e sem
poder, condenadas a décadas de prisão, porque o STF tem de cumprir o
teatro organizado pela Globo, de prender “poderosos”…
Prender José Dirceu, sem prova nenhuma, acusando-o do crime capital de
fazer política, ganhar eleições e lutar pela governabilidade, será uma
dulcíssima vingança para os donos da mídia. Mas ele também não tem
dinheiro ou poder. Quando teve poder, era um poder alcançado via
sufrágio universal. Era um poder imantado de democracia e soberania
popular. Não era um poder amealhado com a venda do Brasil a interesses
estrangeiros nem com a entrega de nossa democracia à sanha de ditadores,
como é o poder da Globo. Um poder que lhe permitiu acumular uma fortuna
hoje avaliada em 52 bilhões de reais!
Mas a Globo, com apoio de seus coxinhas de estimação, chama Pizzolato,
um homem pacato que nunca exerceu cargo importante no PT, nunca foi
influente no governo e jamais foi rico, de “réu poderoso”; e ameaça o
STF com uma revolução egípcia se não prendê-lo. Diante da “voz das ruas”
e dos editoriais raivosos, quem se importará com o sofrimento de sua
família, não é? Um pequeno sacrifício humano aqui e ali não vai fazer
mal a ninguém… Como diria Barbosa, em entrevista recente, ele é
“personagem menor”…
Sem argumentos, os donos da mídia estão apelando, assim como Barbosa, à
truculência, à ameaça. Enquanto Barbosa violenta o direito de um de seus
pares de expor seu voto, e o calunia publicamente, diante das câmeras
da TV Justiça, a Globo e seus satélites sabotam o direito à informação
de seus leitores, usando concessões públicas que ganharam no regime
militar para defender seus interesses politicamente reacionários e
financeiramente escusos.
Por: Miguel do Rosário
O negócio da fé: sem pagar impostos, igrejas lucram R$ 20 bilhões em um ano
Dízimo é uma das principais fontes da riqueza gerada por católicos e protestantes
Igrejas arrecadam R$ 20 bilhões no Brasil em um ano
da Folha
Receita dos variados templos (de católicos a evangélicos) equivale a metade do Orçamento da cidade de São Paulo
Crescimento foi de 12% em 5 anos; doações aleatórias e dízimo foram principais fontes do declarado em 2011
por FLÁVIA FOREQUE
Em um país onde só 8% da população declaram não seguir uma religião, os
templos dos mais variados cultos registraram uma arrecadação bilionária
nos últimos anos.
Apenas em 2011, arrecadaram R$ 20,6 bilhões, valor superior ao orçamento
de 15 dos 24 ministérios da Esplanada -ou 90% do disponível neste ano
para o Bolsa Família.
A soma (que inclui igrejas católicas, evangélicas e demais) foi obtida
pela Folha junto à Receita Federal por meio da Lei de Acesso à
Informação. Ela equivale a metade do Orçamento da cidade de São Paulo e
fica próxima da receita líquida de uma empresa como a TIM.
A maior parte da arrecadação tem como origem a fé dos brasileiros: R$
39,1 milhões foram entregues diariamente às igrejas, totalizando R$ 14,2
bilhões no ano.
Além do dinheiro recebido diretamente dos fiéis (dos quais R$ 3,47
bilhões por dízimo e R$ 10,8 bilhões por doações aleatórias), também
estão entre as fontes de receita, por exemplo, a venda de bens e
serviços (R$ 3 bilhões) e os rendimentos com ações e aplicações (R$ 460
milhões).
"A igreja não é uma empresa, que vende produtos para adquirir recursos.
Vive sobretudo da doação espontânea, que decorre da consciência de
cristão", diz dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil).
Entre 2006 e 2011 (último dado disponível), a arrecadação anual dos
templos apresentou um crescimento real de 11,9%, segundo informações
declaradas à Receita e corrigidas pela inflação.
A tendência de alta foi interrompida apenas em 2009, quando, na esteira
da crise financeira internacional, a economia brasileira encolheu 0,3% e
a entrega de doações pesou no bolso dos fiéis. Mas, desde então, a
trajetória de crescimento foi retomada.
IMPOSTOS
Assim como partidos políticos e sindicatos, os templos têm imunidade tributária garantida pela Constituição.
"O temor é de que por meio de impostos você impeça o livre exercício das
religiões", explica Luís Eduardo Schoueri, professor de direito
tributário na USP. "Mas essa imunidade não afasta o poder de
fiscalização do Estado."
As igrejas precisam declarar anualmente a quantidade e a origem dos
recursos à Receita (que mantém sob sigilo os dados de cada declarante;
por isso não é possível saber números por religião).
Diferentemente de uma empresa, uma organização religiosa não precisa
pagar impostos sobre os ganhos ligados à sua atividade. Isso vale não só
para o espaço do templo, mas para bens da igreja (como carros) e
imóveis associados a suas atividades.
Os recursos arrecadados são apresentados ao governo pelas igrejas
identificadas como matrizes. Cada uma delas tem um CNPJ próprio e pode
reunir diversas filiais. Em 2010, a Receita Federal recebeu a declaração
de 41.753 matrizes ou pessoas jurídicas.
PENTECOSTAIS
Pelo Censo de 2010, 64,6% da população brasileira são católicos,
enquanto 22,2% pertencem a religiões evangélicas. Esse segmento
conquistou 16,1 milhões de fiéis em uma década. As que tiveram maior
expansão foram as de origem pentecostal, como a Assembleia de Deus.
"Nunca deixei de ajudar a igreja, e Deus foi só abrindo as portas para
mim", diz Lucilda da Veiga, 56, resumindo os mais de 30 anos de dízimo
(10% de seu salário bruto) à Assembleia de Deus que frequenta, em
Brasília.
"Esse dinheiro não me pertence. Eu pratico o que a Bíblia manda", justifica.
não vim ser feliz, vim ser humano
Onde estão os espaços por onde caminharei?
Onde estão os esgotos pra escoar, junto com o mijo urbano, também as minhas chuvas?
O quê veem os olhos do mundo, que são também meus?
O quê tem passado no filme dos sonhos daqueles que são capazes de dormir?
Por qual mão se atreve a textura da pele e do pelo mínimo da pele que não
está mais?
Por qual pinça de dedos se arrepiam os mamilinhos das gurias de 18 anos,
das ovelhas que moram nas chácaras e
das cadelas domésticas das velhas aposentadas que ninguém mais quer comer nem sequer no escuro?
Onde está o peito que amanhã receberá a bala mortal e o coice da paixão?
Por qual pinça de dedos se arrepiam os mamilinhos das gurias de 18 anos,
das ovelhas que moram nas chácaras e
das cadelas domésticas das velhas aposentadas que ninguém mais quer comer nem sequer no escuro?
Onde está o peito que amanhã receberá a bala mortal e o coice da paixão?
Onde reinará o amor daqueles que são incapazes de amar?
Quantos mendigos haverão nas ruas dos meus 83 anos de tristeza de um sorriso sem dentes?
E quantas senhorinhas, enfim, chorarão meu peso morto de defunto,
descendo irônico pela vala que nunca me terá,
porque terei subvertido, na hora da vala, também à própria vala?
E quantas senhorinhas, enfim, chorarão meu peso morto de defunto,
descendo irônico pela vala que nunca me terá,
porque terei subvertido, na hora da vala, também à própria vala?
Percebo que não há em mim nada mais do que um antes e um depois,
um depois que é frágil igual a um espermatozoide que se debate como um peixe louco numa camisinha.
um depois que é frágil igual a um espermatozoide que se debate como um peixe louco numa camisinha.
Sou um gatilho engatilhado em direção ao escuro.
Sou um galho torto que voltou a se enterrar só pela nostalgia da raiz.
Sou um galho torto que voltou a se enterrar só pela nostalgia da raiz.
E cogitando o flerte regresso do que foi, e mesmo a esperança,
contemplo a espera rememorando os murmúrios.
É um modo de dedilhar um gozo melancólico, ora precoce, ora letárgico.
É uma espécie de poder silencioso, robusto e vil,
que não serve para as coisas vivas do mundo.
O presente não me interessa.
O presente é uma gozada robótica que se dá antes de dormir.
Não posso deixar de detectar que o presente é a miséria dos felizes.
Assim como são miseráveis todas as coisas feitas de fragmentos.
Pretender pedaços é instinto dos bichos de zoológico alimentados por um pai idiota.
É tanta gente feliz, que eu me entristeço pra cooperar:
fico triste pela função social de equilibrar o mundo.
*entrehermes
Inovação Tecnológica Brasil entra para elite mundial da eletrônica orgânica
Brasil pode saltar etapas com células solares orgânicas
Enviado por luisnassif, dom, 18/08/2013 - 12:33 Enviado por Marco ST.Do Inovação Tecnológica
Brasil entra para elite mundial da eletrônica orgânica
As células solares orgânicas são fabricadas por impressão, usando
como base um filme plástico flexível e transparente. [Imagem: CSEM]
Células solares orgânicas
O Brasil vai começar a fabricar células solares orgânicas.
Ainda sem uma indústria fotovoltaica tradicional, à base de silício, o Brasil agora pode saltar etapas.
Ao contrário das células solares de silício, as células solares orgânicas são feitos com plásticos, o que as torna leves, flexíveis e transparentes.
Assim, em vez dos painéis solares rígidos e retangulares, as películas fotovoltaicas podem ser aplicadas no revestimento de edifícios e casas, fachadas, janelas, aparelhos eletrônicos, como celulares, e até mesmo em veículos.
Além de outras aplicações inovadoras, essas características permitem uma redução significativa nos custos de instalação, responsáveis por até 70% do custo total dos sistemas fotovoltaicos tradicionais.
A produção das células fotovoltaicas orgânicas (OPV) será feita pelo CSEM Brasil, resultado da associação entre a gestora de capitais brasileira, FIR Capital, e do Centre Suisse dÉlectronique e Microtechnique, CSEM S.A.
A fábrica, que já recebeu investimentos de R$20 milhões, e receberá outro tanto até 2014, está localizada na Cidade da Ciência e do Conhecimento, em Belo Horizonte (MG).
Impressão em rolos
Tanto o processo de fabricação - impressão em rolos, ou roll to roll -, quanto os materiais empregados nas células solares orgânicas, representam uma notável redução de impacto ambiental quando comparados ao das células fotovoltaicas de silício.
A energia utilizada em sua produção é aproximadamente 20 vezes menor do que a energia empregada na produção dos painéis de silício, sendo considerada uma opção ainda mais verde para o reaproveitamento daenergia solar.
Embora tenham uma eficiência energética menor em comparação com as células de silício, sua flexibilidade e seu baixo custo podem ser um impulso importante para a adoção da energia solar em larga escala. [Imagem: CSEM]
Embora tenham uma eficiência energética menor em comparação com as células de silício, sua flexibilidade e seu baixo custo podem ser um impulso importante para a adoção da energia solar em larga escala.
"Temos a vantagem competitiva de estar no Brasil, com muito sol e uma matriz energética complementar que ainda não cobre 100% da população. Além disso, estamos confiantes com as nossas parcerias globais e com o time de excelência montado com doutores e profissionais que são líderes em suas áreas de atuação," afirma o Dr. James Buntaine, presidente da CSEM Brasil.
O Dr. Buntaine é pioneiro na indústria de eletrônica orgânica impressa, OLEDS (LEDs orgânicos) e células solares de plástico.
"O desenvolvimento e produção dessas células no Brasil representa um marco importante para criação no Brasil de uma cadeia de valor para energia solar competitiva em escala global, reunindo formação de pessoal, tecnologia de próxima geração e matérias-primas locais", declara Tiago Alves, membro da diretoria da empresa.
O Centro de Inovações CSEM Brasil e as atividades desenvolvidas por suas divisões de "Eletrônica Orgânica e Impressa" e de "Cerâmica LTCC e Micro Sistemas" contam com o apoio da Fapemig, BNDES e FINEP.
Células solares orgânicas
O Brasil vai começar a fabricar células solares orgânicas.
Ainda sem uma indústria fotovoltaica tradicional, à base de silício, o Brasil agora pode saltar etapas.
Ao contrário das células solares de silício, as células solares orgânicas são feitos com plásticos, o que as torna leves, flexíveis e transparentes.
Assim, em vez dos painéis solares rígidos e retangulares, as películas fotovoltaicas podem ser aplicadas no revestimento de edifícios e casas, fachadas, janelas, aparelhos eletrônicos, como celulares, e até mesmo em veículos.
Além de outras aplicações inovadoras, essas características permitem uma redução significativa nos custos de instalação, responsáveis por até 70% do custo total dos sistemas fotovoltaicos tradicionais.
A produção das células fotovoltaicas orgânicas (OPV) será feita pelo CSEM Brasil, resultado da associação entre a gestora de capitais brasileira, FIR Capital, e do Centre Suisse dÉlectronique e Microtechnique, CSEM S.A.
A fábrica, que já recebeu investimentos de R$20 milhões, e receberá outro tanto até 2014, está localizada na Cidade da Ciência e do Conhecimento, em Belo Horizonte (MG).
Impressão em rolos
Tanto o processo de fabricação - impressão em rolos, ou roll to roll -, quanto os materiais empregados nas células solares orgânicas, representam uma notável redução de impacto ambiental quando comparados ao das células fotovoltaicas de silício.
A energia utilizada em sua produção é aproximadamente 20 vezes menor do que a energia empregada na produção dos painéis de silício, sendo considerada uma opção ainda mais verde para o reaproveitamento daenergia solar.
Embora tenham uma eficiência energética menor em comparação com as células de silício, sua flexibilidade e seu baixo custo podem ser um impulso importante para a adoção da energia solar em larga escala. [Imagem: CSEM]
Embora tenham uma eficiência energética menor em comparação com as células de silício, sua flexibilidade e seu baixo custo podem ser um impulso importante para a adoção da energia solar em larga escala.
"Temos a vantagem competitiva de estar no Brasil, com muito sol e uma matriz energética complementar que ainda não cobre 100% da população. Além disso, estamos confiantes com as nossas parcerias globais e com o time de excelência montado com doutores e profissionais que são líderes em suas áreas de atuação," afirma o Dr. James Buntaine, presidente da CSEM Brasil.
O Dr. Buntaine é pioneiro na indústria de eletrônica orgânica impressa, OLEDS (LEDs orgânicos) e células solares de plástico.
"O desenvolvimento e produção dessas células no Brasil representa um marco importante para criação no Brasil de uma cadeia de valor para energia solar competitiva em escala global, reunindo formação de pessoal, tecnologia de próxima geração e matérias-primas locais", declara Tiago Alves, membro da diretoria da empresa.
O Centro de Inovações CSEM Brasil e as atividades desenvolvidas por suas divisões de "Eletrônica Orgânica e Impressa" e de "Cerâmica LTCC e Micro Sistemas" contam com o apoio da Fapemig, BNDES e FINEP.
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