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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, fevereiro 16, 2014
Os 12 Mandamentos do Esquerdista Moderno
Os 12 Mandamentos do Esquerdista Moderno
I – Não ter o dinheiro como norte
II – Respeitar o próximo como a ti mesmo (não precisa nem amar, respeitar tá de bom tamanho)
III – Não roubar o povo
IV – Ser pacifista (violência, só contra a tirania)
V – Amar a natureza
VI – Ser contra o latifúndio, os transgênicos e o uso abusivo de agrotóxicos
VII – Não perder a capacidade de se indignar
VIII – Acreditar e lutar por direitos iguais para todos, independentemente de raça, credo, origem, condição social ou orientação sexual
IX – Ser consciente da dívida histórica com índios e negros e apoiar políticas de ação afirmativa
X – Ser um defensor intransigente da liberdade: de pensamento, de expressão, de culto, de ir e vir, cognitiva
XI – Ser a favor do estado laico
XII – Jamais se esquecer (ou se envergonhar) do que sonhava aos 20 anos de idade
*socialistamorena
As 9 famílias donas da mídia no Brasil
Quem são os donos da imprensa no Brasil? Qual sua influência em nossas
vidas? Como nossa história está ligada e essas famílias? Mais uma vez,
depois de 10 horas de pesquisa eu as encontrei. Ok, aqui vamos nós.
O debate sobre liberdade de imprensa anda em alta no país. Diz-se muito
da tentativa de censura do Governo Federal. Fala-se em retrocesso, que
remonta a ditadura e blá blá blá. A história e os negócios serão nossa
luz nesse tema. É proposital a grita dos tradicionais veículos de
comunicação contra o suposto controle da imprensa. A imprensa é, e
sempre foi, controlada no país. A questão é saber por quem, e quais
foram seus acordos para que assim acontecesse.
O nome dos bois:
Abravanel (SBT)
Bloch (Antiga Manchete)
Civita (Abril)
Frias (Folha)
Levy (Gazeta)
Marinho (Globo)
Mesquita (O Estado de S.Paulo)
Nascimento Brito (Jornal do Brasil)
Saad (Band)
É surreal o acúmulo de poder nas mãos de empresários da imprensa no
Brasil, assim como a supremacia da Rede Globo, que usa de lobbies,
manipulação mental coletiva e todo tipo de “armas” para se manter no
poder. Descobri que Roberto Marinho nunca se opôs ao governo, assim
podia manter sua concessão e continuar manipulando toda uma fatia de
mercado e a população. Ele apoiou o regime militar da ditadura; ocultou
fatos importantes da história brasileira, como as manifestações pelas
“Diretas já”; exibiu edições tendenciosas de debates (Lula e Collor),
falsos resultados em pesquisas de preferências, feitas pelo IBOPE, e
acima de tudo, demonstrou que a ética não foi um dos métodos usados para
chegar aonde chegou. Foi JK, que deu a Roberto Marinho sua primeira
concessão, a segunda foi de João Gullar.
Nos tempos da ditadura, a Globo não transmitia notícias que perturbassem
a ordem do país, um exemplo é o depoimento do ex-presidente Médici
quando afirmou que assistir a TV Globo era como um calmante depois de um
dia de trabalho. Isso nos “anos de chumbo” da ditadura, quando o que
não faltava eram torturas e desaparecimentos. Com a ajuda da Rede Globo
essas pessoas eram ignoradas e os fatos ocultados.
Roberto Marinho justificava a ação política dos seus veículos midiáticos
institucionalizando suas intervenções como uma “missão” de prestação de
serviço ao interesse público, conforme ilustrou a entrevista concedida
pelo próprio ao jornal The New York Times:
“Sim, eu sou o poder (da RGTV), mas eu sempre faço isso patrioticamente,
tentando corrigir as coisas, buscando os melhores caminhos para o país e
seus estados. Nós gostaríamos de ter poder para consertar tudo o que
não funciona no Brasil. Nós dedicamos todo o nosso poder para isso“.
(Riding, 1987 apud Lima, 2006, p. 83)
Segue abaixo a lista de alcance de suas operações:
TV
Rede Globo de Televisão com 5 emissoras próprias (TV Globo São Paulo, TV
Globo Rio de Janeiro, TV Globo Minas, TV Globo Brasília e TV Globo
Nordeste) e 117 emissoras afiliadas.Canal Futura, NET (10,4% das ações),
SKY (7% das ações), TV Globo Internacional, Globo News, Viva, SporTV,
SporTV2, SporTV3 ,PFC , Premiere Shows, Megapix, Gloob, GNT, Multishow,
Viva, BIS, + Globosat. Em parceria com com os estúdios Twentieth Century
Fox, Universal Studios, Metro-Goldwyn-Mayer, Paramount Pictures;
formaram a Rede: Telecine, Telecine Action , Telecine Cult, Telecine
Fun, Telecine Pipoca, Telecine Premium, Telecine Touch. Em parceria com a
NBC Universal: Universal Channel, Syfy, Studio Universal. Em parceria
com o Grupo Consórcio Brasil (GCB): Canal Brasil. Em parceria com a
Playboy TV América Latina, onde tem contrato para toda a América Latina,
forma a Playboy do Brasil Entretenimento: Sexy Hot, For Man, Playboy
TV, Playboy TV Movies, Venus, Private, Sextreme.
Rádio
Rádio Globo, BH FM, CBN, Beat 98, Web rádios, Globo FM, Rádio GNT FM,
Multishow FM, Rádio Canal Brasil, Rádio Zona de Impacto, Canais de Áudio
SKY e NET, Web rádios GloboRadio.com (Além de possuir concessões no Rio
de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Brasilía, as emissoras
Rádio Globo e CBN, atuam com afiliadas em todo o território nacional, as
duas emissoras controlam cerca de mais de 80 afiliadas).
Jornais
Infoglobo Comunicações S/A (Empresa responsável por editar os jornais do
Grupo). São eles: O Globo, Extra, Expresso, Valor Econômico (Este em
parceria com o Grupo Folha, tendo portanto 50% das ações da empresa
Valor Econômico S/A).
Internet
Globo.com: G1, GloboEsporte.com, EGO, Globo TV, TVG, TechTudo,
Frases.com.br, Musica.com.br, Plim-Plim, Globo Rádio.com, 8P, Globo
Video Chat, Paparazzo, Kit Net, Globo News. O portal ainda conta com o
sistema de hospedagem parceiras, todas as afiliadas da emissora tem seus
sites institucionais e portais hospedados, além de parceiras esportivas
e de eventos: Sociedade Esportiva Palmeiras, Clube dos 13, LIESA,
ClicRBS, TV TEM, BlogLog. Atualmente a Globo.com, possui 738 sites
hospedados. Zap (Antigo Planeta Imóvel) Portal de anúncios em parceria
com o Grupo Estado (Empresa responsável pelos sites Mundi que é
especializado em busca de hotéis e passagens aéreas, ClickOn, destinado a
compras coletivas, Zoom, para pesquisa de preços e o Gazeus Games,
antigo Jogatina, destinado a produção de games).
Revistas
Editora Globo: Época, Época São Paulo, Época Rio, Época Negócios,
Galileu, Auto Esporte, Casa e Jardim, Casa e Comida, Crescer, Globo
Rural, Marie Claire, Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Quem,
Monet, Edições Globo Condé Nast (É um aditivo de 70% da Editora Globo
com a Condé Nast que funciona de forma independente mais diretamente
ligada), Vogue, GQ, Glamour, Self, Wired, Vanity Fair
Sociedades, outros negócios e participações
Som Livre, RGE, Globo Filmes, Globo Marcas (Responsável pelos
licenciamentos de todas as marcas registradas que pertencem a empresa;
emissoras de TV, programas, novelas, séries e dos artistas), Geo Eventos
(40% das ações),Trade Network, Outplan, Almasurf, Distel Holding S.A.
(85,29% em sociedade com; Internacional Finance Corporation (IFC),
Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho, José Roberto Marinho,
Mauro Molchansky, Pedro Ramos de Carvalho e Ronaldo Tostes Mascarenhas),
Globo Cabo S.A (Controlada pelos três filhos de Roberto Marinho, e em
sociedade com Globo Rio Participações e Serviços). Globo Rio
Participações e Serviços (Holding controlada somente pelos filhos, em
33,34% para Roberto Irineu Marinho, 33,33% á João Roberto Marinho e
33,33% para José Roberto Marinho), Roma Participações LTDA (99,98% das
ações), Cardeiros Participações S.A (51% das ações), Companhia
Sulamericana de Printing Participações (27,5% do capital social), SPIX
(60%) Endemol Globo (50% do capital), Canal Brasil S.A, Endemol Globo,
GLB, Serviços Interativos S.A, Globo Rede S.A, GloboSat Programadora
LTDA, Infoglobo Comunicações LTDA, Multicanal Telecomunicações LTDA,
Rádio Excelsior LTDA, Telecine Programação de Filmes LTDA, USA Brasil
Programadora LTDA, Valor Economico S.A.
Conseguiu vislumbrar o tamanho da coisa?
Desligue sua TV, escolha melhor as publicações que lê, os sites que
visita e principalmente não se esqueça de divulgar essas informações. Só
assim poderemos controlar a pirâmide capitalista daqui na ponta de
baixo. Isso é consumo consciente.
Que tal uma visita a biblioteca municipal?
Postado há 35 minutes ago por Blog Justiceira de Esquerda
* Justiceira de Esquerda.
PROTESTO NO RIO CONTRA REDE GLOBO REFORÇA DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA
Cerca de mil pessoas participaram na quarta-feira (3) de um protesto
contra a Rede Globo no Rio de Janeiro. Não faltaram xingamentos e
manifestações, além do resgate da história nada democrática da maior
rede de televisão do Brasil.
Veja a íntegra do artigo do blogueiro Miguel do Rosário sobre o protesto:
Pela democratização da Mídia: a mãe de todas as batalhas
Foi uma manifestação pacífica, mas com muito sangue nas veias! Não quebramos nada, mas xingamos. Ah, como xingamos!
Imagine mil pessoas na porta da Globo mandando o Merval e Jabor pra
aquele lugar. Imagine mil pessoas ouvindo discursos sobre o mensalão que
a Globo levou dos Estados Unidos para apoiar o golpe de 64. Imagina mil
pessoas exigindo que o Ministério Público investigue a sonegação
bilionária da Vênus Platinada.
O microfone era aberto. Qualquer um que se inscrevia, podia falar,
caracterizando o caráter genuinamente democrático da manifestação.
Diferente de algumas recentes onde só diretores de Ongs tem voz. As
pessoas que trabalham, aqui no Rio, com o tema da democratização da
mídia estavam em estado de êxtase, porque conseguimos juntar um público
mais diversificado e mais jovem.
Importante: foi uma manifestação com foco. Uma coisa é reunir 20 mil
pessoas numa manifestação esquizofrênica, com um grupo pedindo a volta
da ditadura, outro pedindo o anarquismo, outro espancando militantes
partidários, outro pedindo socialismo, outro pedindo "bolsa Louis
Vitton". Não. Éramos mil pessoas com um foco: protestar contra a Globo,
contra o monopólio da mídia.
Um estudante de economia da UFRJ, muito jovem, disse uma coisa bonita:
"não estamos aqui para protestar contra a política, mas contra o poderio
econômico que sequestra a política. Não estamos aqui para protestar
contra a corrupção, mas contra os corruptores".
O refrão mais cantado foi o mesmo que esteve presente nas grandes
manifestações, mas que a grande mídia, naturalmente, escondeu:
"A verdade é dura! A Globo apoiou a ditadura!"
Fizemos uma verdadeira assembleia popular. Claudia de Abreu,
coordenadora da Frente Ampla pela Liberdade de Expressão (Fale-Rio), um
dos movimentos sociais que lideram os debates sobre democratização da
mídia no estado do Rio, fez belíssimos discursos, sempre pontuando que
não estávamos ali para uma catarse emocional, mas preparando ações
concretas para acabar com o monopólio da grande mídia.
Eu mesmo fiz alguns discursos, explicando a denúncia contra a Globo
feita no Cafezinho, sempre enfatizando que a ficha criminal da Globo vai
muito além dessas estripulias em paraísos fiscais. A Globo cometeu
crimes históricos contra o Brasil. Lutou contra a criação da Petrobrás.
Fez parte do golpe que levou ao suicídio de Vargas. Consolidou-se
financeiramente, com dinheiro estrangeiro de um lado, e de golpistas
internos, de outro, sobre o cadáver da nossa democracia. Essas coisas
tem de ser ensinadas no colégio, para que nossas crianças, adolescentes e
jovens parem de sofrer lavagem cerebral dos platinados.
Quantos milhões de brasileiros não deixaram de se alimentar por que a
Globo patrocinou e sustentou um golpe de Estado que interrompeu o
processo de modernização democrática que apenas se iniciava com João
Goulart?
Quantos milhões de brasileiros foram humilhados pela miséria, pela
fome, pela falta de escolas, hospitais e emprego, para que a família
Marinho se tornasse uma das mais ricas do mundo!
O ministro Paulo Bernardo também foi alvo dos manifestantes. Todos
muito indignados com a gestão reacionária, entreguista e covarde do
Ministério das Comunicações. Sua recente entrevista à Veja, tentando dar
uma facada nas costas dos movimentos que defendem a democratização da
mídia, foi a gota d'água.
A incompetência da ministra Helena Chagas que não propõe à presidenta a
abertura de uma mísera conta de twitter, deixando a direita midiática
pautar a agenda política nacional, também foi muito questionada pelos
manifestantes.
Ficamos orgulhosos também com a participação dos jovens ativistas da
mídia ninja, um dos movimentos mais atuantes nas grandes manifestações
populares que tomaram conta do país nas últimas semanas. A manifestação
foi toda exibida ao vivo. Tivemos mais de 10 mil pessoas assistindo via
mídia ninja, mais uns dez mil pela Pos-TV. Ou seja, vinte mil pessoas
acompanharam ao vivo a nossa manifestação!
O momento alto do evento foi quando centenas de pessoas levaram uma
fita listrada e "lacraram" a Rede Globo, numa alusão ao que a Polícia
Federal costuma fazer com as pequenas rádios comunitárias acusadas de
alguma mísera irregularidade burocrática. A Globo pode dever bilhões,
pode fraudar, e ninguém faz nada. A gente fez, simbolicamente. Lacramos a
TV Globo.
A quantidade de policiais era impressionante. Havia mais PM na porta da
Rede Globo do que protegendo a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
naquela manifestação que terminou em depredação da Alerj. Mais do que
em frente à sede do governo. A gente conversou com o major, explicamos o
programa da nossa manifestação e nos comprometemos a não deixar nenhum
"infiltrado" cometer atos de violência.
Mas fizemos questão de pontuar, ao microfone, que o pior vandalismo no
Brasil vem das Organizações Globo. Um vandalismo informativo, moral e
político. Alguns garotos irresponsáveis quebraram alguns vidros da
Alerj. Depredaram uma ou duas cadeiras. A Globo, ao apoiar o golpe de
64, ajudou a destruir os alicerces de todas as assembleias legislativas
do país, inclusive da principal, em Brasília.
Houve muitas cantorias. Uma das mais fortes, mais emocionantes, foi
"Amanhã vem mais! Amanhã vem mais! Amanhã vem mais!", que deve ter feito
os platinados tremerem com a possibilidade de trazermos dezenas ou
mesmo centenas de milhares de pessoas para protestar à sua porta, e à
porta de todas as suas filiadas Brasil à fora.
Foram distribuídas quase quinhentos exemplares da revista Retrato do
Brasil, do jornalista Raimundo Pereira, que denuncia, com fartura de
documentos, a farsa do mensalão, outro golpe patrocinado pela Globo.
Vale lembrar que a Globo, aliada a forças obscuras, tem procurado
manipular o sentido dos protestos para pressionar o Supremo Tribunal
Federal a agir ao arrepio da Constituição. A Globo, além de sonegadora, é
adepta de linchamentos - de seus adversários, é claro.
Saímos todos extremamente satisfeitos com o resultado da manifestação.
Encerramos a noite num bar das redondezas, falando de política e mídia. O
deputado Protógenes Queiroz deu as caras e se dispôs a criar uma CPI da
Globo, ao que respondemos que daríamos nosso apoio, mas que, dessa vez,
tinha que ser pra valer. Não adianta só colher assinaturas. Tem de ser
efetivamente criada e conduzida com coragem, não por nenhum "Odarelo".
Mais importante que tudo, porém, é que produzimos um ato político que
por si só pode ajudar a conscientizar as pessoas de que a concentração
da mídia, do jeito que existe no Brasil, representa um perigo à nossa
estabilidade democrática. Porque a nossa mídia é golpista, reacionária e
anti-trabalhista, de um lado; e detém um poder financeiro monstruoso,
de outro. A concentração apavorante da mídia brasileira em mãos de meia
dúzia de herdeiros da ditadura é uma anomalia que os amantes da
democracia devem combater com todas as suas forças.
A presidenta Dilma tem de entender que, se não combater a mídia
golpista, não vai conseguir fazer o Brasil avançar. A mídia já está
patrocinando greves patronais de caminhoneiros, possivelmente está em
conluio com alguns industriais para sabotar a economia, tenta manipular o
sentido das manifestações, tudo para trazer a direita de volta ao poder
em 2014.
O plebiscito proposto pela presidenta, por exemplo, pode vir a se
tornar um tiro no pé sem uma nova e mais ousada estratégia de
comunicação, e sem um contraponto decente à Globo. A Vênus Platinada,
que é a líder do principal partido conservador, quer enterrar o
plebiscito, para desmoralizar o governo. Ou então levá-lo adiante, mas
dominar o debate, fazendo aprovar seus itens mais nocivos ao povo, como o
voto distrital.
Como uma amiga, presente à manifestação, me disse, enquanto observava
orgulhosamente as pessoas protestando na porta da Globo: essa é mãe de
todas as batalhas!
Fonte: Blog de Miguel do Rosário
*Turquinho
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