Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, fevereiro 16, 2014

As 9 famílias donas da mídia no Brasil





Quem são os donos da imprensa no Brasil? Qual sua influência em nossas vidas? Como nossa história está ligada e essas famílias? Mais uma vez, depois de 10 horas de pesquisa eu as encontrei. Ok, aqui vamos nós.
O debate sobre liberdade de imprensa anda em alta no país. Diz-se muito da tentativa de censura do Governo Federal. Fala-se em retrocesso, que remonta a ditadura e blá blá blá. A história e os negócios serão nossa luz nesse tema. É proposital a grita dos tradicionais veículos de comunicação contra o suposto controle da imprensa. A imprensa é, e sempre foi, controlada no país. A questão é saber por quem, e quais foram seus acordos para que assim acontecesse.
O nome dos bois:

Abravanel (SBT)

Bloch (Antiga Manchete)

Civita (Abril)

Frias (Folha)

Levy (Gazeta)

Marinho (Globo)

Mesquita (O Estado de S.Paulo)

Nascimento Brito (Jornal do Brasil)

Saad (Band)
É surreal o acúmulo de poder nas mãos de empresários da imprensa no Brasil, assim como a supremacia da Rede Globo, que usa de lobbies, manipulação mental coletiva e todo tipo de “armas” para se manter no poder. Descobri que Roberto Marinho nunca se opôs ao governo, assim podia manter sua concessão e continuar manipulando toda uma fatia de mercado e a população. Ele apoiou o regime militar da ditadura; ocultou fatos importantes da história brasileira, como as manifestações pelas “Diretas já”; exibiu edições tendenciosas de debates (Lula e Collor), falsos resultados em pesquisas de preferências, feitas pelo IBOPE, e acima de tudo, demonstrou que a ética não foi um dos métodos usados para chegar aonde chegou. Foi JK, que deu a Roberto Marinho sua primeira concessão, a segunda foi de João Gullar.
Nos tempos da ditadura, a Globo não transmitia notícias que perturbassem a ordem do país, um exemplo é o depoimento do ex-presidente Médici quando afirmou que assistir a TV Globo era como um calmante depois de um dia de trabalho. Isso nos “anos de chumbo” da ditadura, quando o que não faltava eram torturas e desaparecimentos. Com a ajuda da Rede Globo essas pessoas eram ignoradas e os fatos ocultados.
Roberto Marinho justificava a ação política dos seus veículos midiáticos institucionalizando suas intervenções como uma “missão” de prestação de serviço ao interesse público, conforme ilustrou a entrevista concedida pelo próprio ao jornal The New York Times:
“Sim, eu sou o poder (da RGTV), mas eu sempre faço isso patrioticamente, tentando corrigir as coisas, buscando os melhores caminhos para o país e seus estados. Nós gostaríamos de ter poder para consertar tudo o que não funciona no Brasil. Nós dedicamos todo o nosso poder para isso“. (Riding, 1987 apud Lima, 2006, p. 83)
Segue abaixo a lista de alcance de suas operações:
TV
Rede Globo de Televisão com 5 emissoras próprias (TV Globo São Paulo, TV Globo Rio de Janeiro, TV Globo Minas, TV Globo Brasília e TV Globo Nordeste) e 117 emissoras afiliadas.Canal Futura, NET (10,4% das ações), SKY (7% das ações), TV Globo Internacional, Globo News, Viva, SporTV, SporTV2, SporTV3 ,PFC , Premiere Shows, Megapix, Gloob, GNT, Multishow, Viva, BIS, + Globosat. Em parceria com com os estúdios Twentieth Century Fox, Universal Studios, Metro-Goldwyn-Mayer, Paramount Pictures; formaram a Rede: Telecine, Telecine Action , Telecine Cult, Telecine Fun, Telecine Pipoca, Telecine Premium, Telecine Touch. Em parceria com a NBC Universal: Universal Channel, Syfy, Studio Universal. Em parceria com o Grupo Consórcio Brasil (GCB): Canal Brasil. Em parceria com a Playboy TV América Latina, onde tem contrato para toda a América Latina, forma a Playboy do Brasil Entretenimento: Sexy Hot, For Man, Playboy TV, Playboy TV Movies, Venus, Private, Sextreme.
Rádio
Rádio Globo, BH FM, CBN, Beat 98, Web rádios, Globo FM, Rádio GNT FM, Multishow FM, Rádio Canal Brasil, Rádio Zona de Impacto, Canais de Áudio SKY e NET, Web rádios GloboRadio.com (Além de possuir concessões no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Brasilía, as emissoras Rádio Globo e CBN, atuam com afiliadas em todo o território nacional, as duas emissoras controlam cerca de mais de 80 afiliadas).
Jornais
Infoglobo Comunicações S/A (Empresa responsável por editar os jornais do Grupo). São eles: O Globo, Extra, Expresso, Valor Econômico (Este em parceria com o Grupo Folha, tendo portanto 50% das ações da empresa Valor Econômico S/A).
Internet
Globo.com: G1, GloboEsporte.com, EGO, Globo TV, TVG, TechTudo, Frases.com.br, Musica.com.br, Plim-Plim, Globo Rádio.com, 8P, Globo Video Chat, Paparazzo, Kit Net, Globo News. O portal ainda conta com o sistema de hospedagem parceiras, todas as afiliadas da emissora tem seus sites institucionais e portais hospedados, além de parceiras esportivas e de eventos: Sociedade Esportiva Palmeiras, Clube dos 13, LIESA, ClicRBS, TV TEM, BlogLog. Atualmente a Globo.com, possui 738 sites hospedados. Zap (Antigo Planeta Imóvel) Portal de anúncios em parceria com o Grupo Estado (Empresa responsável pelos sites Mundi que é especializado em busca de hotéis e passagens aéreas, ClickOn, destinado a compras coletivas, Zoom, para pesquisa de preços e o Gazeus Games, antigo Jogatina, destinado a produção de games).
Revistas
Editora Globo: Época, Época São Paulo, Época Rio, Época Negócios, Galileu, Auto Esporte, Casa e Jardim, Casa e Comida, Crescer, Globo Rural, Marie Claire, Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Quem, Monet, Edições Globo Condé Nast (É um aditivo de 70% da Editora Globo com a Condé Nast que funciona de forma independente mais diretamente ligada), Vogue, GQ, Glamour, Self, Wired, Vanity Fair
Sociedades, outros negócios e participações
Som Livre, RGE, Globo Filmes, Globo Marcas (Responsável pelos licenciamentos de todas as marcas registradas que pertencem a empresa; emissoras de TV, programas, novelas, séries e dos artistas), Geo Eventos (40% das ações),Trade Network, Outplan, Almasurf, Distel Holding S.A. (85,29% em sociedade com; Internacional Finance Corporation (IFC), Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho, José Roberto Marinho, Mauro Molchansky, Pedro Ramos de Carvalho e Ronaldo Tostes Mascarenhas), Globo Cabo S.A (Controlada pelos três filhos de Roberto Marinho, e em sociedade com Globo Rio Participações e Serviços). Globo Rio Participações e Serviços (Holding controlada somente pelos filhos, em 33,34% para Roberto Irineu Marinho, 33,33% á João Roberto Marinho e 33,33% para José Roberto Marinho), Roma Participações LTDA (99,98% das ações), Cardeiros Participações S.A (51% das ações), Companhia Sulamericana de Printing Participações (27,5% do capital social), SPIX (60%) Endemol Globo (50% do capital), Canal Brasil S.A, Endemol Globo, GLB, Serviços Interativos S.A, Globo Rede S.A, GloboSat Programadora LTDA, Infoglobo Comunicações LTDA, Multicanal Telecomunicações LTDA, Rádio Excelsior LTDA, Telecine Programação de Filmes LTDA, USA Brasil Programadora LTDA, Valor Economico S.A.
Conseguiu vislumbrar o tamanho da coisa?
Desligue sua TV, escolha melhor as publicações que lê, os sites que visita e principalmente não se esqueça de divulgar essas informações. Só assim poderemos controlar a pirâmide capitalista daqui na ponta de baixo. Isso é consumo consciente.
Que tal uma visita a biblioteca municipal?
Postado há por
 
* Justiceira de Esquerda.        

Nenhum comentário:

Postar um comentário