via GabyGuaraniKaiowa
Racismo e machismo, reflexão interessante nesse período que antecede o carnaval.A Globeleza não nos representa!
"Mulata é uma palavra que tem raíz na palavra mula, do latim mulus designando diretamente o animal mestiço de quatro patas. A mula é o produto resultante do cruzamento do cavalo com a burra, ou seja, passou a aplicar-se ao filho do homem branco com a mulher negra. Já pararam para pensar por que a mulher negra só aparece na televisão apenas em dois momentos? Ou ela é escrava/doméstica, ou é mulata no carnaval e nessas duas visões ela está sendo colocada a serviço do homem branco. . A carne mais barata ainda é a nossa, a carne do deboche, do comércio ilegal, a carne que é alvo das balas “perdidas”, que coincidentemente tem sempre um destino certo, ainda é a carne negra. O nosso carnaval não é só festa porque ainda vivemos em um sistema que mercantiliza nossas vidas, nosso corpo e nossa sexualidade. Sendo assim, e entendendo que esse mesmo sistema se vale do racismo, machismo e tantas outras formas de opressão existentes em nossa sociedade, não comemoramos nem um pouco ao ver os corpos de outras mulheres negras sendo expostos em uma “competição” em rede nacional.
A Globeleza representa a nossa exploração, representa o quanto ainda nos tratam como se só fossemos feitas para o sexo e para demonstrar, dentro da sociedade, o selvagem, o folclórico. Ela representa o controle que a mídia branca e machista obtém sobre os nossos corpos, mas não se deixem enganar, “não deixe que te façam pensar que o nosso papel na pátria, é atrair gringo turista interpretando mulata.” Por isso buscamos escurecer/esclarecer aqui esse assunto que tanto nos atinge, a Globeleza não nos representa! Não aceitamos essa imagem, não somos o que essa mídia racista diz, não somos mais escravos e não aceitamos esse papel. — com Coletivo Negração"
"Mulata é uma palavra que tem raíz na palavra mula, do latim mulus designando diretamente o animal mestiço de quatro patas. A mula é o produto resultante do cruzamento do cavalo com a burra, ou seja, passou a aplicar-se ao filho do homem branco com a mulher negra. Já pararam para pensar por que a mulher negra só aparece na televisão apenas em dois momentos? Ou ela é escrava/doméstica, ou é mulata no carnaval e nessas duas visões ela está sendo colocada a serviço do homem branco. . A carne mais barata ainda é a nossa, a carne do deboche, do comércio ilegal, a carne que é alvo das balas “perdidas”, que coincidentemente tem sempre um destino certo, ainda é a carne negra. O nosso carnaval não é só festa porque ainda vivemos em um sistema que mercantiliza nossas vidas, nosso corpo e nossa sexualidade. Sendo assim, e entendendo que esse mesmo sistema se vale do racismo, machismo e tantas outras formas de opressão existentes em nossa sociedade, não comemoramos nem um pouco ao ver os corpos de outras mulheres negras sendo expostos em uma “competição” em rede nacional.
A Globeleza representa a nossa exploração, representa o quanto ainda nos tratam como se só fossemos feitas para o sexo e para demonstrar, dentro da sociedade, o selvagem, o folclórico. Ela representa o controle que a mídia branca e machista obtém sobre os nossos corpos, mas não se deixem enganar, “não deixe que te façam pensar que o nosso papel na pátria, é atrair gringo turista interpretando mulata.” Por isso buscamos escurecer/esclarecer aqui esse assunto que tanto nos atinge, a Globeleza não nos representa! Não aceitamos essa imagem, não somos o que essa mídia racista diz, não somos mais escravos e não aceitamos esse papel. — com Coletivo Negração"
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