Dilma tem encontro com Papa e abraça ideia de Copa contra a discriminação
Além
do encontro com o papa Francisco, previsto para as 15h (horário de
Brasília) como forma de retribuição à visita feita pelo pontífice ao
Brasil na Jornada Mundial da Juventude, Dilma ainda deve se encontrar
com o presidente da Itália, Giogio Napolitano. Segundo o Itamaraty,
porém, os chefes de Estado devem tratar apenas de questões maiores. De
acordo com a diplomacia, não há previsão de que se trate do caso da
prisão do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolatto, preso em
Modena por portar documentos falsos - a não ser que uma das partes se
sinta à vontade para entrar no tema.
Dilma Rousseff vai ficar
hospedada na Embaixada do Brasil em Roma e ainda não se sabe se, depois
de assistir ao consistório que vai elevar a Cardeal o Arcebispo do Rio
de Janeiro, dom Oraní Tempesta, neste sábado, vai ou não direto para
Bruxelas, onde participa da cúpula Brasil-União Europeia. No sábado à
tarde, a presidente deve cumprimentar Dom Orani em uma audiência geral
na sala Paulo VI no Vaticano e, caso não vá para Bruxelas, deve
participar, à noite, do coquetel oferecido pela embaixada brasileira no
Vaticano ao novo Cardeal.
A SOLIDARIEDADE A DIRCEU
247 – Chegando à reta final, a campanha que arrecada doações para pagar a
multa do ex-ministro José Dirceu teve doadores renomados, que têm um
discurso para explicar a motivação da solidariedade. Até as 12h desta
quinta-feira 20, a iniciativa havia arrecadado R$ 825.529,40, inclusa a
transferência de R$ 143 mil feita pelo excedente do colega de partido
Delúbio Soares.
Ontem, Dirceu foi notificado pela Justiça a pagar a multa de R$
971.128,92, sob risco de ter seu nome inscrito na Dívida Ativa da União.
Ao 247, o advogado José Roberto Batochio, ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), contou ter doado R$ 1 mil a Dirceu. "A solidariedade aos perseguidos é um valor a ser defendido na sociedade brasileira, que vive dias tão difíceis, quando muitos cultivam o ódio, sentimento típico de regimes fascistas", disse Batochio. Outro doador renomado foi o jornalista e escritor Fernando Morais, que foi taxativo ao justificar sua doação ao ex-ministro: "O dinheiro é meu. E com o meu dinheiro eu faço o que eu quiser".
Também jornalista, Paulo Moreira Leite, da revista IstoÉ – autor do livro "A outra história do mensalão", acredita que as doações são um instrumento para tornar inútil o esforço de realizar a "execução social" dos condenados na Ação Penal 470. "O que se quer é a execução social dos prisioneiros, que devem ser reduzidos a condição de seres manipuláveis e disponíveis, sem consciência nem vontade própria. As doações mostram que esse esforço é inútil".
Em entrevista recente ao jornal O Globo, o ator José de Abreu também declarou ter doado R$ 1 mil ao amigo Dirceu, que conheceu enquanto cursava a Faculdade de Direito. A intenção: "dividir a pena com ele". Crítico ferrenho da forma como foi julgada a Ação Penal 470, Zé de Abreu disse considerar "legítima" a iniciativa da militância, amigos e familiares em fazer a campanha de arrecadação.
Ao 247, o advogado José Roberto Batochio, ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), contou ter doado R$ 1 mil a Dirceu. "A solidariedade aos perseguidos é um valor a ser defendido na sociedade brasileira, que vive dias tão difíceis, quando muitos cultivam o ódio, sentimento típico de regimes fascistas", disse Batochio. Outro doador renomado foi o jornalista e escritor Fernando Morais, que foi taxativo ao justificar sua doação ao ex-ministro: "O dinheiro é meu. E com o meu dinheiro eu faço o que eu quiser".
Também jornalista, Paulo Moreira Leite, da revista IstoÉ – autor do livro "A outra história do mensalão", acredita que as doações são um instrumento para tornar inútil o esforço de realizar a "execução social" dos condenados na Ação Penal 470. "O que se quer é a execução social dos prisioneiros, que devem ser reduzidos a condição de seres manipuláveis e disponíveis, sem consciência nem vontade própria. As doações mostram que esse esforço é inútil".
Em entrevista recente ao jornal O Globo, o ator José de Abreu também declarou ter doado R$ 1 mil ao amigo Dirceu, que conheceu enquanto cursava a Faculdade de Direito. A intenção: "dividir a pena com ele". Crítico ferrenho da forma como foi julgada a Ação Penal 470, Zé de Abreu disse considerar "legítima" a iniciativa da militância, amigos e familiares em fazer a campanha de arrecadação.
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